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Esquadrões da morte no Brasil (1973 A 1979): repressão política, uso abusivo da legalidade e juridicidade manipulatória na autocracia burguesa bonapartista

Mattos, Vanessa de 29 April 2016 (has links)
Submitted by Jailda Nascimento (jmnascimento@pucsp.br) on 2016-09-16T19:22:56Z No. of bitstreams: 1 Vanessa De Mattos.pdf: 1961121 bytes, checksum: abf51a599ac71d124da744618741e2d6 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-09-16T19:22:56Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Vanessa De Mattos.pdf: 1961121 bytes, checksum: abf51a599ac71d124da744618741e2d6 (MD5) Previous issue date: 2016-04-29 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This thesis aims to analyze the work of death squads, death squads, political repression at the national level during the period from 1973 to 1979. We seek evidence that the violence of the Bonapartist state has also used these groups to perpetuation of political repression in contrast to the prevailing view that these organizations were limited to the application of "social cleansing". Active during the period of bourgeois Bonapartist autocracy, the death squads were part of the repressive system and had "modus operandi" itself, applied to any social segment taxed by the state as subversive, meeting the wishes of the hegemonic segments in the bourgeoisie represented by the class-State. Because of this integration, agents of squads enjoyed political protection from those autocrats by applying the abuse of legality which secured them legal freedom. Impunity was also afforded them through the logic of manipulative legality, embedded in that state. The end of the economic miracle and political opening process marked the decline of the death squads in view of the withdrawal of support of autocrats, the hegemonic sectors of the bourgeoisie and the favorable public opinion to those practices. To develop this research, we used DOPS documents, present in the São Paulo State Archives; the personal collection of Dr. Hélio Bicudo, available at PUC-SP Library and the National Archives of Rio de Janeiro. These documents were submitted to the immanent analysis, aimed at the analysis of the object in the search for ways of being and their role in the historical process / A presente tese tem o objetivo de analisar a atuação dos grupos de extermínio, os esquadrões da morte, na repressão política, em âmbito nacional, durante o período de 1973 a 1979. Buscamos evidenciar que a violência do Estado bonapartista se utilizou também desses grupos para perpetuação da repressão política em contraposição à ideia dominante de que essas organizações limitavam-se à aplicação da “limpeza social”. Atuantes durante o período da autocracia burguesa bonapartista, os esquadrões da morte integravam o sistema repressivo e possuíam “modus operandi” próprio, aplicado a qualquer segmento social taxado pelo Estado como subversivo, atendendo aos anseios dos segmentos hegemônicos na burguesia representados pelo Estado classista. Em virtude dessa integração, os agentes dos esquadrões gozavam de proteção política por parte daqueles autocratas por meio da aplicação do uso abusivo da legalidade que garantiu a eles liberdade legal. A impunidade também lhes foi conferida por meio da lógica da juridicidade manipulatória, entranhada naquele Estado. O fim do milagre econômico e o processo de abertura política marcaram a decadência dos esquadrões da morte tendo em vista a retirada do apoio dos autocratas, dos segmentos hegemônicos da burguesia e da opinião pública favorável àquelas práticas. Para o desenvolvimento desta pesquisa, utilizamos documentos do DOPS, presentes no Arquivo do Estado de São Paulo; do acervo pessoal do Dr. Hélio Bicudo, disponíveis na Biblioteca da PUC-SP e do Arquivo Nacional do Rio de Janeiro. Esses documentos foram submetidos à análise imanente, visando à análise do objeto na busca pelas formas do ser e sua função no processo histórico
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O Estado contra o povo: a atuação dos Esquadrões da Morte em São Paulo (1968 a 1972)

Mattos, Vanessa de 19 October 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-27T19:30:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Vanessa de Mattos.pdf: 502592 bytes, checksum: 104dee77adaadd741c79104c1e1005c3 (MD5) Previous issue date: 2011-10-19 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / This dissertation aims to analyze the performance of extermination group titled as Death Squads who worked in Sao Paulo during the period 1968 to 1972. We seek to understand the relationship that these groups have established between the Brazilian State, with repressive organs and with the segments of the ruling classes. Acting during the period severe violence - military dictatorship - is accentuated when the bias of the Bonapartist of Brazil, was part of the repressive system, and had a double function: elimination of persons indicted by the State as subversive, and this potentially dangerous condition. The impunity that leads them to get involved with people linked the contravention social, particularly accused of drug trafficking. The executions that these promoted officers in the persecution of opponents of the military dictatorship, as well extend, to the universe of so-called ordinary crime. The observed pattern of institutional violence expresses not simply the arbitrariness of police, but the very logic os a State headed by Bonapartism autocrat. To develop this study, we used DOPS documents listed in the State Archive of São Paulo and documents donated by Dr. Hélio Pereira Bicudo / A presente dissertação tem o objetivo de analisar a atuação dos grupos de extermínio, os Esquadrões da Morte, que atuaram em São Paulo durante o período de 1968 a 1972. Buscamos entender a relação que esses grupos estabeleceram com o Estado brasileiro, com os órgãos repressivos e com os segmentos de classes dominantes. Atuantes durante o período de violência acentuada ditadura militar, momento em que se acentuava o viés bonapartista do Estado brasileiro , os Esquadrões da Morte integravam o sistema repressivo e tiveram uma dupla função: eliminação de pessoas acusadas pelo Estado como subversivos e, nessa condição potencialmente perigosa. A impunidade que adquirem os leva à se envolver com pessoas vinculadas a contravenção social, particularmente acusadas de tráfico de drogas. As execuções sumárias que estes policiais promoviam nas perseguições aos opositores da Ditadura Militar se estendem assim, para o universo do denominado crime comum. O padrão observado de violência institucional expressa não a arbitrariedade de simples policiais, mas a lógica mesma de um Estado capitaneado pelo bonapartismo autocrata. Para o desenvolvimento deste estudo utilizamos documentos do DOPS, constantes do Arquivo do Estado de São Paulo e também documentos cedidos pelo Dr. Hélio Pereira Bicudo
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Alfredo Buzaid e a contrarrevolução burguesa de 1964: crítica histórico-imanente da ideologia do direito, da política e do Estado de Justiça

Machado, Rodolfo Costa 24 September 2015 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-27T19:31:13Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Rodolfo Costa Machado.pdf: 11712226 bytes, checksum: fb00c09ad128842ef9d94d528414501e (MD5) Previous issue date: 2015-09-24 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / This dissertation searches to understand the indissoluble connection between the historic activity of Alfredo Buzaid (1914-1991) and his specific bourgeois-autocratic ideology, understanding the formative period of Buzaid s thought outlined by Plínio Salgado s Brazilian Integralism and explaining the role of Buzaid (beside the Law School of University of São Paulo) in the conspiracy of Ipês complex (Institute for Research and Social Studies). His emphatic Christian anti-communism is closely examined beneath juridical basis, and the CCC (Command of Communist Hunting) agents, but mainly under the social function accomplished by Buzaid while Minister of Justice of the dictator Emílio Médici (1969-1974). Pursuing the so called ―internal enemies‖ of the self-named Brazilian Democratic Revolution of 1964, the State s autocratic ideologist managed the official denial about the crimes against humanity perpetrated by the last Brazilian Bonapartist dictatorship. In this context, Buzaid coordinated the production of the ‗Book of Truth (1970), although it has never been published. After the Ministry of Justice, during The Cold War international disputies, Alfredo Buzaid engaged his anti-communist militancy on the ―Brazilian Chapter‖ of the World Anti-Communist League (WACL), presided by the official brazilian banker of Condor Operation. With the statutory ontology of Karl Marx, this dissertation is based on the achievements of José Chasin about the Military Dictatorship of 1964-1985 as a particular way of Brazilian s bonapartism (this means the bourgeoisie s indirect dominance). We also apprehend the bonapartist Buzaid s world view in the larger context of ‗1964 Ideology , in fact, ‗the rulers of the ‗atrophic capital that, under Médici, established as tenets the ‗accelerated development based upon on official terrorism , according to Antonio Rago Filho. In accord with the historic-immanent critic, the Law s ideology of Buzaid and his conception of law ―science‖ were systematized as processual technique able to carry out the rational Administration of the State s Justice. The rationalization and technicalization of the Judiciary and the process, as well as the mutual implications between Democracy and Process, were outlined by Buzaid to build the Judiciary s autocracy into rationalizing standard for the political representation supported by the others suffraged State Powers, intending to ―save‖ de democracy from the common people. Therefore, the autocratic-technician reason as criterion for the highest state charges to repress the ―auspicious phenomenom of common people s rising‖. It is possible to grasp Buzaid s engagement at a social democracy type based on the Catholic Church s doctrine, the turning point when he contradictorily ―demonizes‖ the bourgeois technician and rationality that has made the world unsacred. Finally, we have examined the bonapartist ideology of Buzaid that supported the permanent bourgeois counter-revolution of 1964-1985. After the development of a spiritualist conception of human being, of history, State, Government, Law and its positive laws, Alfredo Buzaid has defended the establishment of a brazilian―real democracy‖, anti-communist and anti-liberal State of Justice, setting his ultra-reactionary class position at the conflict Christianity versus Marxism and atheism. Buzaid turns Camões into a medieval character and becomes an apologist of the Empire s demiurges of 1822, appearing as an anachronistic chronicler of State s greatest man. Buzaid has also ascribed the spiritualist conception of human being to the political philosophy of the 1964 counter-revolution s State of Justice, assigning with Christian ethic and morality institutionalized against the atheist communism. At last, the bourgeois counter-revolutionary constitutional law in Brazil is taken as particularity of bonapartist ideology and its accelerated economic development combined with maximum national security. Rationalization and technicalization appear, to Alfredo Buzaid, as technical-autocratic reason hostile and averse to political control exerted by the universal and direct suffrage, the bourgeois political domination kind wich is typical of classic European capitalist modernity. His processual judiciary reason represents one step behind concerning to the bourgeois classic parliamentary politic reason, expressing Buzaid s world view, in the historic praxis, the bourgeois-autocratic vocation of jurists and legal technicians able to regressively ―spiritualize‖ dictatorships and State s terrorisms, serving the great capital / Este trabalho busca compreender a articulação entre a atividade histórica de Alfredo Buzaid (1914-1991) e sua particular ideologia autocrático-burguesa, percorrendo seus anos formativos no integralismo pliniano e seu engajamento (ao lado da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo) na conspiração do complexo Ipês (Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais). Seu acendrado anticomunismo cristão, aqui, é entrelido com as raízes jurídicas e os agentes do CCC (o Comando de Caça aos Comunistas) e, sobretudo, na função social cumprida historicamente como Ministro da Justiça do general-presidente Emílio Médici (1969-1974). Perseguindo os incriminados ―inimigos internos‖ da autodesignada Revolução Democrática Brasileira de 1964, o ideólogo autocrata de Estado cogestou, consequentemente, o desmentido oficial dos crimes de lesa-humanidade da última ditadura bonapartista brasileira, produzindo (sem publicá-lo) seu Livro da Verdade (1970). Após o ministério, nos embates internacionais da dita Guerra Fria, engajou sua militância anticomunista no ―Capítulo Brasileiro‖ da Liga Mundial Anticomunista (WACL, na sigla em inglês), presidida pelo banqueiro oficial da Operação Condor. Com base nos lineamentos ontológicos da filosofia de Karl Marx, amparamo-nos naquilo avançado por José Chasin na apreensão da ditadura militar de 1964-1985 como uma forma particular de bonapartismo brasileiro (isto é, domínio indireto da burguesia), bem como entrelemos a visão de mundo buzaidiana, propriamente bonapartista, no contexto maior da Ideologia 1964, conforme Antonio Rago Filho, chamada a cumprir a função histórico-social de gestores do capital atrófico, no medicismo, pela aliança de crescimento econômico acelerado com terrorismo oficial. Conforme crítica histórico-imanente, sistematizou-se a ideologia do direito de Buzaid e sua concepção de ―ciência‖ jurídica enquanto técnica processual apta a exercer a Administração racional da Justiça de Estado. A racionalização e tecnicização do Poder Judiciário e do processo, bem como as implicações recíprocas entre Democracia e Processo, foram delineadas por Buzaid de modo a erigir a autocracia do Judiciário em padrão racionalizador à representação política sufragada presente nos demais Poderes de Estado, propugnando, tecnicamente, a necesidade de ―salvar‖ a democracia burguesa das massas. A razão técnico-autocrática como critério e parâmetro às altas funções do Estado para conter e ―pacificar‖ o auspicioso fenômeno da ascensão das massas. Notou-se aí seu engajamento em espécie de democracia social ancorada na doutrina da Igreja Católica de Roma, momento em que contraditoriamente ―demoniza‖ a racionalidade técnica burguesa que dessacralizou o mundo ocidental. Finalmente, esquadrinhou-se a ideologia bonapartista de Buzaid entretecida em defesa da contrarrevolução burguesa permanente de 1964 e sua ideologia oficial de Desenvolvimento e Segurança Nacional. Nutrindo-se de uma concepção espiritualista do ser humano, da história, do Estado, da política, do direito e de suas leis positivas, salientou-se a pugna de Buzaid por uma Democracia real brasileira e por um Estado de Justiça antiliberal e anticomunista, bem como sua posição de classe arquiconservadora na luta entre Cristianismo versus Marxismo e ateísmo. ―Medievalizando‖ Camões, constituindo-se como apologeta dos ―demiurgos‖ do Império escravagista de 1822, despontando como anacrônico cronista dos grandes homens de Estado, Buzaid atribuiu uma concepção espiritualista do ser humano à filosofia política do Estado de Justiça ditatorial, em nome da permanência da contrarrevolução burguesa de 1964. Nutriu-a de ética e moral cristãs institucionalizadas contra o ateísmo comunista. Enfim, o contrarrevolucionário direito constitucional burguês, sumariado por Buzaid, é apreendido como particularidade integrante da ideologia bonapartista do Desenvolvimento Acelerado com Máxima Segurança Nacional. Racionalização e tecnicização pressupõem, pois, uma ratio técnico-autocrática hostil e alheia ao controle eleitoral exercido pelo sufrágio universal, modo clássico de dominação política burguesa da modernidade europeia capitalista. Sua razão judiciária processual é um passo atrás em relação à clássica razão política burguesa de outrora, expressando Buzaid, na práxis histórica, a vocação autocrático-burguesa de juristas e técnicos legistas capazes de ―espiritualizar‖, regressivamente, ditaduras e terrorismos de Estado, a serviço do grande capital

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