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« Pinocchio, un enfant parallèle » : La question du père et du fils dans l’œuvre de Carlo Collodi (1826-1890) / “A parallel child” : The question of father and son in the works of Carlo Collodi (1826-1890)

Poitrenaud-Lamesi, Brigitte 05 December 2009 (has links)
Écrivain dramatique, romancier, nouvelliste et conteur, Carlo Collodi (1826-1890), à sa mort, est avant tout reconnu comme un journaliste de talent, auteur apprécié de livres pour enfants. Paradoxalement, l’œuvre de Collodi, sous la plume de ses biographes les plus célèbres, devient ensuite celle d’un seul livre : Le avventure di Pinocchio. Storia di un burattino (1883), un chef-d’œuvre isolé « écrit par hasard » (selon l’expression de P.Pancrazi). La recherche récente de type philologique – en particulier les travaux de Daniela Marcheschi – réinsère Pinocchio dans un ensemble littéraire faisant fonction d’atelier de création, dans lequel se sont élaborés les outils stylistiques et thématiques ancillaires de l’œuvre majeure. Une étude intertextuelle, ainsi qu’une approche de type anthropologique, de l’ensemble du corpus collodien, montrent que Pinocchio est l’aboutissement d’une recherche existentielle : le projet collodien, paré de la magie des contes de fées, explore les limites du vivant et de l’inanimé, il pose la question de l’intégrité des êtres. L’analyse textuelle révèle que l’auteur a tenté, avec Pinocchio, une opération de « reproduction », de régénération, un engendrement sans la mère: la création du pantin n’est pas celle d’un être nouveau mais initialement celle d’un double du vieillard, rajeuni. Voilà pourquoi « l’enfant parallèle », auquel Collodi donne corps, n’est pas le fruit d’un désir de paternité classique, mais l’objet d’une entreprise chimérique visant à refuser le destin mortel de l’homme. / Carlo Collodi (1826-1890) playwright, novelist, short story writer and storyteller was, at his death, known primarily as a talented journalist and author of popular books for children. Paradoxically, Collodi’s work, according to his most famous biographers, had been reduced to a single book: Le avventure di Pinocchio. Storia di un burattino (1883), an isolated masterpiece "written by chance" (in the words of P. Pancrazi). Recent philological research - in particular the work of Daniela Marcheschi - reinserts Pinocchio into a literary corpus that functioned as a creative writing workshop, in which the stylistic and thematic tools subordinate to the main work were developed. An intertextual study and an anthropological approach to the complete works of Collodi show that Pinocchio is the culmination of an existential search: Collodi’s design, adorned with the magic of fairy tales, is to explore the limits of the animate and the inanimate and raise the question of the integrity of the human being. Textual analysis shows that what the author attempted with Pinocchio is a project of reproduction or regeneration, a sort of engendering without the mother: the puppet he created is not initially a new being, but rather a duplicate of the old man rejuvenated. That is why "the parallel child " to which Collodi gives life stems not from the desire for traditional paternity, but from the impossible dream of refusing the mortal destiny of man.
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A representação da infância na literatura infantojuvenil europeia a partir da segunda metade do século XIX: estudos sobre os romances Sans famille, As aventuras de Pinóquio e Peter e Wendy / The representation of childhood in European children\'s literature from the second half of the nineteenth century: studies on the novels Sans famille, The Adventures of Pinocchio and Peter and Wendy

Coelho, Isabel Lopes 07 November 2018 (has links)
Este trabalho visa estudar a representação da infância e da criança em romances europeus escritos entre 1850 e a primeira década do século XX. O corpus analisado compõe-se de três obras que se inserem na chamada literatura infantojuvenil. A primeira intitula-se Sans famille, escrita pelo francês Hector Malot e publicada em 1878. A segunda, de autoria do italiano Carlo Collodi, é o clássico As aventuras de Pinóquio, publicado entre 1881 e 1883. E, finalmente, a terceira obra, Peter e Wendy, foi escrita por J. M. Barrie e publicada em 1911. A pesquisa leva em conta alguns fatores decisivos para o desenvolvimento da literatura infantojuvenil europeia. Um deles é a percepção de que a infância constitui, de fato, uma fase de desenvolvimento marcadamente distinta da adulta. O mercado editorial, atento às percepções de sua época, passa a produzir uma quantidade de obras destinadas ao público jovem, algo até então sem precedente. Tais obras se diferenciam das antecessoras em especial pela linguagem e pelos temas de interesse específico deste público. Além disso, a própria literatura irá incorporar em sua narrativa a criança e o jovem como protagonistas, reforçando ainda mais o contato com esse novo público leitor. Sob a inspiração dos ensaios de Erich Auerbach em sua obra Mimesis, também neste trabalho foram selecionadas três obras de culturas diferentes e que pudessem trazer informações sobre a representação ficcional da infância. A narrativa francesa Sans famille, imbuída dos movimentos sociais do século XIX, traça um retrato da criança abandonada (enfant trouvé), estigmatizada desde seu nascimento, um fenômeno presente em toda a Europa. Em As aventuras de Pinóquio, o tema é outro: em uma Itália recém-unificada pela força, o romance de Pinóquio problematiza a questão educacional, que será a bandeira do novo governo. Por fim, Peter e Wendy representa crianças autônomas representando a crise de valores entre as expectativas dos adultos e os desejos das crianças e, assim, acena para a moderna literatura do século XX. Esta tese defende que tais obras são capitais para o surgimento de uma nova narrativa destinada ao público infantojuvenil e que seus protagonistas iniciaram uma nova representação de personagem criança na literatura, especialmente Pinóquio e Peter Pan. Ao final, o leitor encontra uma entrevista com o pesquisador inglês Peter Hunt, realizada exclusivamente para este trabalho. / This work aims to study the representation of childhood and child in European novels written between 1850 and the first decade of the twentieth century. The corpus analyzed is composed of three works that belong to the so-called children\'s literature. The first is entitled Sans famille, written by the Frenchman Hector Malot and published in 1878. The second, by the Italian Carlo Collodi, is the classic The Adventures of Pinocchio, published between 1881 and 1883. And finally, the third work, Peter and Wendy, was written by J.M. Barrie and published in 1911. The research takes into account some decisive factors for the development of European children\'s literature. One is the perception that childhood is, in fact, a phase of development markedly different from that of adulthood. The publishing market, attentive to the perceptions of its time, begins to produce a quantity of works destined to the young public, something hitherto unprecedented. Such works differ from the predecessors, especially in the language and themes of specific interest of this public. In addition, the literature itself will incorporate the child and the young person as protagonists in their narrative, reinforcing even more the contact with this new readership. Under the inspiration of Erich Auerbach\'s essays in his work Mimesis, in this work three books of different cultures were also selected bringing information about the fictional representation of childhood. The French narrative Sans famille, imbued with the social movements of the nineteenth century, traces a portrait of the abandoned child (\"enfant trouvé\"), stigmatized since its birth, a phenomenon present throughout Europe. In The Adventures of Pinocchio, the theme is different: in a newly unified Italy by force, the novel problematizes the educational system, which will be the banner of the new government. Finally, Peter and Wendy depicting autonomous children representing the crisis of values between the expectations of the adults and the desires of the children and, thus, nods to the modern literature of the twentieth century. This thesis argues that such works are important for the emergence of a new narrative aimed at children and young people and that their protagonists started a new representation of child character in literature, especially Pinocchio and Peter Pan. At the end, the reader finds an interview with the English researcher Peter Hunt, made exclusively for this work.
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A representação da infância na literatura infantojuvenil europeia a partir da segunda metade do século XIX: estudos sobre os romances Sans famille, As aventuras de Pinóquio e Peter e Wendy / The representation of childhood in European children\'s literature from the second half of the nineteenth century: studies on the novels Sans famille, The Adventures of Pinocchio and Peter and Wendy

Isabel Lopes Coelho 07 November 2018 (has links)
Este trabalho visa estudar a representação da infância e da criança em romances europeus escritos entre 1850 e a primeira década do século XX. O corpus analisado compõe-se de três obras que se inserem na chamada literatura infantojuvenil. A primeira intitula-se Sans famille, escrita pelo francês Hector Malot e publicada em 1878. A segunda, de autoria do italiano Carlo Collodi, é o clássico As aventuras de Pinóquio, publicado entre 1881 e 1883. E, finalmente, a terceira obra, Peter e Wendy, foi escrita por J. M. Barrie e publicada em 1911. A pesquisa leva em conta alguns fatores decisivos para o desenvolvimento da literatura infantojuvenil europeia. Um deles é a percepção de que a infância constitui, de fato, uma fase de desenvolvimento marcadamente distinta da adulta. O mercado editorial, atento às percepções de sua época, passa a produzir uma quantidade de obras destinadas ao público jovem, algo até então sem precedente. Tais obras se diferenciam das antecessoras em especial pela linguagem e pelos temas de interesse específico deste público. Além disso, a própria literatura irá incorporar em sua narrativa a criança e o jovem como protagonistas, reforçando ainda mais o contato com esse novo público leitor. Sob a inspiração dos ensaios de Erich Auerbach em sua obra Mimesis, também neste trabalho foram selecionadas três obras de culturas diferentes e que pudessem trazer informações sobre a representação ficcional da infância. A narrativa francesa Sans famille, imbuída dos movimentos sociais do século XIX, traça um retrato da criança abandonada (enfant trouvé), estigmatizada desde seu nascimento, um fenômeno presente em toda a Europa. Em As aventuras de Pinóquio, o tema é outro: em uma Itália recém-unificada pela força, o romance de Pinóquio problematiza a questão educacional, que será a bandeira do novo governo. Por fim, Peter e Wendy representa crianças autônomas representando a crise de valores entre as expectativas dos adultos e os desejos das crianças e, assim, acena para a moderna literatura do século XX. Esta tese defende que tais obras são capitais para o surgimento de uma nova narrativa destinada ao público infantojuvenil e que seus protagonistas iniciaram uma nova representação de personagem criança na literatura, especialmente Pinóquio e Peter Pan. Ao final, o leitor encontra uma entrevista com o pesquisador inglês Peter Hunt, realizada exclusivamente para este trabalho. / This work aims to study the representation of childhood and child in European novels written between 1850 and the first decade of the twentieth century. The corpus analyzed is composed of three works that belong to the so-called children\'s literature. The first is entitled Sans famille, written by the Frenchman Hector Malot and published in 1878. The second, by the Italian Carlo Collodi, is the classic The Adventures of Pinocchio, published between 1881 and 1883. And finally, the third work, Peter and Wendy, was written by J.M. Barrie and published in 1911. The research takes into account some decisive factors for the development of European children\'s literature. One is the perception that childhood is, in fact, a phase of development markedly different from that of adulthood. The publishing market, attentive to the perceptions of its time, begins to produce a quantity of works destined to the young public, something hitherto unprecedented. Such works differ from the predecessors, especially in the language and themes of specific interest of this public. In addition, the literature itself will incorporate the child and the young person as protagonists in their narrative, reinforcing even more the contact with this new readership. Under the inspiration of Erich Auerbach\'s essays in his work Mimesis, in this work three books of different cultures were also selected bringing information about the fictional representation of childhood. The French narrative Sans famille, imbued with the social movements of the nineteenth century, traces a portrait of the abandoned child (\"enfant trouvé\"), stigmatized since its birth, a phenomenon present throughout Europe. In The Adventures of Pinocchio, the theme is different: in a newly unified Italy by force, the novel problematizes the educational system, which will be the banner of the new government. Finally, Peter and Wendy depicting autonomous children representing the crisis of values between the expectations of the adults and the desires of the children and, thus, nods to the modern literature of the twentieth century. This thesis argues that such works are important for the emergence of a new narrative aimed at children and young people and that their protagonists started a new representation of child character in literature, especially Pinocchio and Peter Pan. At the end, the reader finds an interview with the English researcher Peter Hunt, made exclusively for this work.
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Literary Laboratories: A Cautious Celebration of the Child-Cyborg from Romanticism to Modernism

Lupold, Eva Marie 16 July 2012 (has links)
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