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O colono que virou suco: terra, trabalho, Estado e capital na modernização da citricultura paulista / . The settler who turned into juice: land, work, state and capital in the modernization of São Paulo citrus production

Boechat, Cássio Arruda 14 March 2014 (has links)
Esta tese discorre sobre o processo de constituição da citricultura paulista e sua modernização a partir dos anos 1960, articulando essa constituição com a expansão da cafeicultura pelo interior de São Paulo e com as suas crises. Procuramos, na análise desses processos, enfatizar o sistema de trabalho do colonato para a cafeicultura, debatendo suas contradições bem como suas interpretações na literatura. O fim do colonato, por sua vez, foi estudado a partir das particularidades encontradas em trabalho de campo, culminando em formas precarizadas de trabalho agrícola. O papel da educação e dos institutos de pesquisa foi outro tema debatido, como elemento fundamental para a modernização da agricultura. Quanto a esta, circundamos as transformações nas formas de ser do Estado e em como este conduziu políticas visando à diversificação de produções agropecuárias, entre as quais a citricultura. Mais do que diversificar, encontramos no desdobrar dessa modernização uma transformação radical no modo de se produzir laranjas, na forma de se explorar o trabalho e na destinação dessas mercadorias como matéria-prima de uma indústria processadora, instalada no interior paulista a partir dos anos 1960. A crise da citricultura e o papel do associativismo e da política como mediação de conflitos foram tratados ao final, já no contexto de um processo global de financeirização. Esta tese procurou recuperar historicamente elementos dessa realidade modernizada, compreendendo a modernização como um processo que delineia uma crise interna na acumulação de capital e como um processo de autonomização das categorias de terra, trabalho e capital / This Doctorate dissertation deals with the process of the State of São Paulo citrus production establishment and its modernization from the 1960s onwards. It articulates this establishment to the coffee production expansion within this State and its crises. Nevertheless, in the analysis of such process, we focused the matter of the work system in coffee production called colonato, discussing its contradictions as well as its interpretation in literature. The end of the colonato system was studied from the particularities found in field works, giving birth to new lower standardized work forms in agriculture. The role of education and of research institutes was another debated theme, understood here as a fundamental element of agriculture modernization. As far as this modernization is concern, we sought the changes in the forms of the State itself and how it conducted policies aiming at the diversification of agricultural productions, among which citrus production was included. More than diversification, we found a radical transformation in the way to produce oranges, also in the way of exploiting work and in the destination of those commodities as raw material to a processing industry, established in the 1960s. This dissertation grasped historical elements of such modernized reality, comprehending the process as developing an internal crisis to the accumulation of capital, as well as the autonomization process of the categories of lad, work and capital
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Região do colonato: mobilização do trabalho e autonomização do capital na área de Olímpia (1857-1964) no Oeste Paulista / Region of colonato: mobilization of work and financial autonomy of capital in Olimpia\'s area (1857-1964) in Oeste Paulista

Boechat, Cássio Arruda 26 June 2009 (has links)
Esta dissertação procurou uma maneira de pensar o conceito de região, já problematizando a formação de relações sociais de produção que, tomadas como sendo particulares, caracterizam uma região. Tratamos, portanto, da formação dos pressupostos de realização do valor, numa distinção que o conceito de colonização assume para o período colonial e para o sistema de colonato da cafeicultura do chamado Oeste Pauliosta, depois da formação da propriedade privada da terra na área de Olímpia-SP, mostrando como ela teve a ver com a violência civilizatória contra as populações indígenas locais, com a própria República, o coronelismo. Em outra abordagem, pensamos a região do colonato como fruto de uma política de Estado que organizou a expansão da cafeicultura e, principalmente, a imigrãção em massa para formar a superpopulação relativa no Oeste Paulista. Por fim, procuramos pensar na concretização desses pressupostos de uma expansão da cafeicultura e, com ela, do colonato, nas diferentes fases do processo e, por outro lado, analisando o contrato de trabalho do colonato de sua aplicação retardatária e as relações sociais de produção nela vigentes como próprias de um processo de autonomização do capital. Com isso, traçamos um painel das possibilidades de reprodução da força de trabalho nas condições (regionais) de ausência de uma superpopulação relativa formada e suas implicações mais amplas na vida da população geral de uma época. / This thesis aimed at a manner to deal with the concept of region, already discussing the formation of social relations of production, which, taken as being particular, characterize a region. We therefore thought on the formation of value relatization assumptions, distinguishing the way the concept of colonization is taken when related to the colonial period and to the colonato system in the coffee production in the later Nineteenth century so-called Oeste Paulista (the west portion of Brazilian são Paulo state). The colonato region was thought through three different approaches. The first of them dealt with the private property formation of the city of Olímpia, São Paulo, area. There we tried to show how it had to do with the civilizatory violence against the local Indian populations, also with the breading of new cities and with a particular form of State in Brazil\'s First Republic period: the coronelismo. In second approach, we thought the colonato region as a product of a State policy that organized the coffee productioon expansion and, mainly, a mass imigration in order to establish the relative super-population in the Oeste Paulista. finally, we sought to analyze the concretization of such coffee production expansion (and, thus, the colonato expansion) together with the different phaes of the process and, in the other hand, analyzing the colonato contract and its apllication in a Olimpia area coffee farm. In general, we put the region as a \"accelerated\" (or \"later\") modernization and the social relations of production as part of a capital autonomization process. with this, we draw a picture of the labor force reproduction possibilities in these (regional) conditions of lacking of a formed relative super-population and its implications to life in general of an epoch\'s population.
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Região do colonato: mobilização do trabalho e autonomização do capital na área de Olímpia (1857-1964) no Oeste Paulista / Region of colonato: mobilization of work and financial autonomy of capital in Olimpia\'s area (1857-1964) in Oeste Paulista

Cássio Arruda Boechat 26 June 2009 (has links)
Esta dissertação procurou uma maneira de pensar o conceito de região, já problematizando a formação de relações sociais de produção que, tomadas como sendo particulares, caracterizam uma região. Tratamos, portanto, da formação dos pressupostos de realização do valor, numa distinção que o conceito de colonização assume para o período colonial e para o sistema de colonato da cafeicultura do chamado Oeste Pauliosta, depois da formação da propriedade privada da terra na área de Olímpia-SP, mostrando como ela teve a ver com a violência civilizatória contra as populações indígenas locais, com a própria República, o coronelismo. Em outra abordagem, pensamos a região do colonato como fruto de uma política de Estado que organizou a expansão da cafeicultura e, principalmente, a imigrãção em massa para formar a superpopulação relativa no Oeste Paulista. Por fim, procuramos pensar na concretização desses pressupostos de uma expansão da cafeicultura e, com ela, do colonato, nas diferentes fases do processo e, por outro lado, analisando o contrato de trabalho do colonato de sua aplicação retardatária e as relações sociais de produção nela vigentes como próprias de um processo de autonomização do capital. Com isso, traçamos um painel das possibilidades de reprodução da força de trabalho nas condições (regionais) de ausência de uma superpopulação relativa formada e suas implicações mais amplas na vida da população geral de uma época. / This thesis aimed at a manner to deal with the concept of region, already discussing the formation of social relations of production, which, taken as being particular, characterize a region. We therefore thought on the formation of value relatization assumptions, distinguishing the way the concept of colonization is taken when related to the colonial period and to the colonato system in the coffee production in the later Nineteenth century so-called Oeste Paulista (the west portion of Brazilian são Paulo state). The colonato region was thought through three different approaches. The first of them dealt with the private property formation of the city of Olímpia, São Paulo, area. There we tried to show how it had to do with the civilizatory violence against the local Indian populations, also with the breading of new cities and with a particular form of State in Brazil\'s First Republic period: the coronelismo. In second approach, we thought the colonato region as a product of a State policy that organized the coffee productioon expansion and, mainly, a mass imigration in order to establish the relative super-population in the Oeste Paulista. finally, we sought to analyze the concretization of such coffee production expansion (and, thus, the colonato expansion) together with the different phaes of the process and, in the other hand, analyzing the colonato contract and its apllication in a Olimpia area coffee farm. In general, we put the region as a \"accelerated\" (or \"later\") modernization and the social relations of production as part of a capital autonomization process. with this, we draw a picture of the labor force reproduction possibilities in these (regional) conditions of lacking of a formed relative super-population and its implications to life in general of an epoch\'s population.
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O colono que virou suco: terra, trabalho, Estado e capital na modernização da citricultura paulista / . The settler who turned into juice: land, work, state and capital in the modernization of São Paulo citrus production

Cássio Arruda Boechat 14 March 2014 (has links)
Esta tese discorre sobre o processo de constituição da citricultura paulista e sua modernização a partir dos anos 1960, articulando essa constituição com a expansão da cafeicultura pelo interior de São Paulo e com as suas crises. Procuramos, na análise desses processos, enfatizar o sistema de trabalho do colonato para a cafeicultura, debatendo suas contradições bem como suas interpretações na literatura. O fim do colonato, por sua vez, foi estudado a partir das particularidades encontradas em trabalho de campo, culminando em formas precarizadas de trabalho agrícola. O papel da educação e dos institutos de pesquisa foi outro tema debatido, como elemento fundamental para a modernização da agricultura. Quanto a esta, circundamos as transformações nas formas de ser do Estado e em como este conduziu políticas visando à diversificação de produções agropecuárias, entre as quais a citricultura. Mais do que diversificar, encontramos no desdobrar dessa modernização uma transformação radical no modo de se produzir laranjas, na forma de se explorar o trabalho e na destinação dessas mercadorias como matéria-prima de uma indústria processadora, instalada no interior paulista a partir dos anos 1960. A crise da citricultura e o papel do associativismo e da política como mediação de conflitos foram tratados ao final, já no contexto de um processo global de financeirização. Esta tese procurou recuperar historicamente elementos dessa realidade modernizada, compreendendo a modernização como um processo que delineia uma crise interna na acumulação de capital e como um processo de autonomização das categorias de terra, trabalho e capital / This Doctorate dissertation deals with the process of the State of São Paulo citrus production establishment and its modernization from the 1960s onwards. It articulates this establishment to the coffee production expansion within this State and its crises. Nevertheless, in the analysis of such process, we focused the matter of the work system in coffee production called colonato, discussing its contradictions as well as its interpretation in literature. The end of the colonato system was studied from the particularities found in field works, giving birth to new lower standardized work forms in agriculture. The role of education and of research institutes was another debated theme, understood here as a fundamental element of agriculture modernization. As far as this modernization is concern, we sought the changes in the forms of the State itself and how it conducted policies aiming at the diversification of agricultural productions, among which citrus production was included. More than diversification, we found a radical transformation in the way to produce oranges, also in the way of exploiting work and in the destination of those commodities as raw material to a processing industry, established in the 1960s. This dissertation grasped historical elements of such modernized reality, comprehending the process as developing an internal crisis to the accumulation of capital, as well as the autonomization process of the categories of lad, work and capital
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As estruturas sociais e econ?micas do Imp?rio Romano do Ocidente e o estabelecimento do reino dos visigodos nas Galliae Aquitania e Narbonensis

Sartin, Gustavo Henrique Soares de Souza 10 August 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2014-12-17T15:25:15Z (GMT). No. of bitstreams: 1 GustavoHSSS_DISSERT.pdf: 1419465 bytes, checksum: 8c673af6f681d84dd2fb46f03c113540 (MD5) Previous issue date: 2011-08-10 / In the year 376 of the Common Era, a tribe of Germanic warriors known as Tervingi , of Gothic extraction, crossed the Hister (Danube) river due south, entering the Roman Empire. They fled the Huns, a nomadic group that came plundering their way from the East. It did not take long for a conflict between the Roman imperial authorities and the refugees to begin. Peace was reached in 382 and, henceforth, the Tervingi would be officially foederati (allies) of the Romans, gaining the right to remain an autonomous tribe inside the borders of the Empire. For the next thirteen years the Tervingi warriors fought beside the Roman imperial armies in every major conflict. Nevertheless, after the death of the emperor Theodosius I in 395, their relations deteriorated severely. In theory, the Tervingi remained Roman allies; in practice, they begun to extort monies and other assets from the emperors Honorius and Arcadius. The sack of Rome by the Tervingi king Alaric in 410 was both the culmination and the point of inflection of this state of affairs. During the 410s the Tervingi warriors would fought again beside the Roman Imperial armies and be rewarded with a piece of land in the southwestern portion of the Gallic diocese. Dubbed Visigoths , they would remain trusted Roman allies throughout the next decades, consolidating their own kingdom in the process. This dissertation deals not only with the institution of the Visigothic kingdom in the southwestern portion of the Galliae but also with the social and economic conditions that hindered the Roman ability to defend their territory by themselves, hence opening opportunities for foederati like the Tervingi to carve out a piece of it for themselves. / No ano de 376 da era comum, uma tribo de guerreiros germ?nicos conhecidos como tervingi (terv?ngios), de origem g?tica, cruzou o rio Hister (Dan?bio) rumo ao sul, adentrando o Imp?rio Romano. Eles fugiam dos hunos, um grupo n?made que vinha do leste saqueando tudo em seu caminho. N?o passou muito tempo at? que tivesse in?cio conflito entre as autoridades imperiais romanas e os refugiados. A paz foi alcan?ada em 382 e, dali em diante, os terv?ngios seriam, oficialmente, foederati (aliados) dos romanos, ganhando o direito de continuar sendo uma tribo aut?noma dentro das fronteiras do Imp?rio. Durante os treze anos seguintes os guerreiros terv?ngios lutaram ao lado dos ex?rcitos imperiais romanos em cada um dos conflitos importantes. Ainda assim, ap?s a morte do imperador Teod?sio I em 395, as rela??es entre eles se deterioraram severamente. Em teoria, os terv?ngios permaneciam aliados dos romanos; na pr?tica, haviam come?ado a extorquir dinheiro e outros recursos dos imperadores Hon?rio e Arc?dio. O saque de Roma pelo rei terv?ngio Alarico em 410 foi tanto a culmina??o quanto o ponto de inflex?o nesse estado de coisas. Durante a d?cada de 410, os guerreiros terv?ngios lutariam novamente ao lado dos ex?rcitos imperiais romanos e seriam recompensados com uma por??o de terra na ?rea sudoeste da diocese gaulesa. Apelidados de visigodos , eles permaneceriam aliados dos romanos ao longo das d?cadas seguintes, consolidando seu pr?prio reino no processo. Esta disserta??o trata n?o apenas do estabelecimento do reino visig?tico na por??o sudoeste das Galliae mas tamb?m das condi??es sociais e econ?micas que restringiram a capacidade romana de defender por conta pr?pria seu territ?rio, dando oportunidade para que foederati como os terv?ngios arrancassem um peda?o dele para si.

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