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[pt] A PALAVRA-PAISAGEM E OS TENSIONAMENTOS DA BIBLIOTECA COLONIAL: UM ESTUDO SOBRE AS COSMOGONIAS DA ESCRITA DE RUY DUARTE DE CARVALHO / [es] LA PALABRA-PAISAJE Y LAS TENSIONES DE LA BIBLIOTECA COLONIAL: UN ESTUDIO SOBRE LAS COSMOGONÍAS DE LA ESCRITURA DE RUY DUARTE DE CARVALHO / [en] THE WORD-LANDSCAPE AND THE TENSIONS OF THE COLONIAL LIBRARY: A STUDY ON THE COSMOGONIES OF THE WRITING OF RUY DUARTE DE CARVALHO

JULIANA CAMPOS ALVERNAZ 07 November 2022 (has links)
[pt] A tese A palavra-paisagem e os tensionamentos da biblioteca colonial: um estudo sobre as cosmogonias da escrita de Ruy Duarte de Carvalho tem como objetivo uma investigação da produção literária do escritor e intelectual angolano Ruy Duarte de Carvalho, tendo em vista as diferentes nuances da paisagem corporificada e os impasses do atravessamento da biblioteca ocidental para travar enfrentamentos a emanações de um sistema civilizatório global. Essas nuances são matrizes de análise, respectivamente, para os dois últimos volumes da trilogia Os filhos de Próspero: As paisagens Propícias (2005) e A terceira metade (2009). As escritas de meia-ficção duarteanas são construídas às vistas do leitor, isto é, o autor-narrador encena o processo de escrita, a partir de procedimentos literários e narrativos que teorizam e referenciam sua própria obra. Enquanto as histórias de si, entrelaçadas e confundíveis com a do outro (personagem principal), jogam com paisagens em constante movimento, devido à viagem, com o eu-narrador e com o outro, tanto o outro considerado apenas o diferente de si (como os personagens fronteiriços protagonistas da trilogia Os filhos de Próspero) quanto o outro distinguido pelo autor em textos teóricos, isto é, as sociedades tradicionais que não tiveram seus costumes e cosmovisão totalmente modificados pelo colonialismo. A partir disso surgiram questionamentos em relação ao que e como o triângulo relacional eu-outro-espaço influi e contribui para outros significados nas obras de Ruy Duarte de Carvalho. Será que as paisagens podem indicar a cosmovisão desse Outro? Como pensar o pós-colonial a partir de uma experiência europeia na ficção? Depois da trajetória de errâncias metodológicas da pesquisa e da leitura cerrada dos dois romances e demais obras do autor, depreendeu-se que, de um lado, a palavra-paisagem distingue-se, em certo grau, das teorias da geografia e filosofia em torno da paisagem, visto que se pode apreender paisagens epistêmicas decorrentes de mundivisões pastoris interferidas pelas epistemes ocidentais. De outro lado e de maneira similar, parece haver uma disputa de sentidos da ciência por meio de uma polifonia epistemológica, na qual comparece um embotamento dos limites da ciência ocidental e da biblioteca colonial, que se mistura às teorias de cosmogonias pastoris encenadas pelos personagens principais, Severo e Trindade. A questão do poder e dos ângulos nos quais o olhar repousa atravessa as duas abordagens, tanto a epistemologia da paisagem quanto a dos saberes, resultando em romances de tramas complexas que desfazem dicotomias por meio de cosmovisões heterogêneas, em um jogo literário e poético de alteridade que se volta para a interlocução em vez de representação. / [en] The thesis The word-landscape and the tensions of the colonial library: a study on the cosmogonies of the writing of Ruy Duarte de Carvalho aims to investigate the literary production of the Angolan writer and intellectual Ruy Duarte de Carvalho, considering the nuances of the landscape embodied and the impasses of crossing the western library in order to facing the emanations of a global civilizing system. These nuances are analysis matrices of, respectively, the last two volumes of the trilogy Os filhos de Próspero: As paisagens propícias (2005) and A terceira metade (2009). Duarte s half-fiction writings are constructed before the eyes of the reader, in other words, the author-narrator depictures the writing process, based on literary and narrative procedures that theorize and reference his own work. While the stories of the self, intertwined and confused with the other (main character), play with moving landscapes, due to the trip, with the I-narrator and with the other, as much the other considered only the different from the self (as the borders characters protagonists of the trilogy Os filhos de Próspero) as the other distinguished by the author in theoretical texts as traditional societies that did not have their customs and cosmovision totally modified by colonialism. Thenceforward, the research emerges questions in relation to why and how the relational triangle I-other-space contributes to other meanings in the works of Ruy Duarte de Carvalho. Can landscapes indicate the cosmovision of this Other? How to think about the post-colonial from an European experience in fiction? After the path of methodological deviations of the research and the close reading of the two novels and other works of the author, on the one hand, the word-landscape somehow differs from the theories of geography and philosophy about the landscape, since that one can apprehend epistemic landscapes arising from pastoral worldviews interfered with by Western epistemes. On the other hand, and in a similar way, there seems to be a dispute over the meanings of science through an epistemological polyphony, in which a blunting of western science and the colonial library appears, which mixes with the theories of pastoral cosmogonies depicturing by the main characters, Severo and Trindade. The question of power and the angles on which the gaze rests crosses the two approaches in both the epistemology of the landscape and the knowledge. As a result, the novels have complex plots that undo dichotomies through heterogeneous worldviews, in a literary and poetic game of otherness that turns to interlocution rather than representation. / [es] La tesis La palabra-paisaje y las tensiones de la biblioteca colonial: un estudio sobre las cosmogonías de la escritura de Ruy Duarte de Carvalho tiene como objetivo una investigación de la producción literaria del escritor e intelectual angoleño Ruy Duarte de Carvalho, en vista de la diferentes matices del paisaje encarnado y los callejones sin salida de cruzar la biblioteca occidental para enfrentar las emanaciones de un sistema civilizatorio global. Estos matices son matrices de análisis, respectivamente, para los dos últimos volúmenes de la trilogía Os filho de Próspero: Los paisajes de las propícias (2005) y La tercera mitad (2009). Los escritos de semificción de Duarte se construyen en la mirada del lector, es decir, el autor-narrador escenifica el proceso de escritura, a partir de procedimientos literarios y narrativos que teorizan y referencian su propia obra. Mientras las historias del yo, entrelazadas y confundidas con la del otro (protagonista), juegan con paisajes en constante movimiento, debido al viaje, con el yo-narrador y con el otro, ambos considerados sólo lo diferente del yo (como los personajes fronterizos protagonistas de la trilogía Os filho de Próspero) y el otro distinguidos por el autor en los textos teóricos, es decir, sociedades tradicionales que no tuvieron sus costumbres y cosmovisión totalmente modificadas por el colonialismo . A partir de ahí, surgieron interrogantes en relación a qué y cómo el triángulo relacional yo-otro-espacio influye y contribuye para otros sentidos en la obra de Ruy Duarte de Carvalho. Pueden los paisajes indicar la cosmovisión de este Otro? Cómo pensar lo poscolonial desde una experiencia europea en la ficción? Tras la trayectoria de divagaciones metodológicas de la investigación y la lectura atenta de las dos novelas y otras obras del autor, se infirió que, por un lado, la palabra-paisaje difiere, en cierta medida, de las teorías de la geografía y filosofía en torno al paisaje, ya que es posible aprehender paisajes epistémicos resultantes de cosmovisiones pastoriles interferidas por las epistemes occidentales. Por otro lado, y de manera similar, parece haber una disputa sobre los significados de la ciencia a través de una polifonía epistemológica, en la que aparece un desdibujamiento de los límites de la ciencia occidental y la biblioteca colonial, que se mezcla con las teorías de cosmogonías pastoriles puestas en escena por los personajes principales, Severo y Trindade. La cuestión del poder y los ángulos sobre los que reposa la mirada cruza ambos enfoques, tanto el de la epistemología del paisaje como el del saber, dando como resultado novelas con tramas complejas que deshacen dicotomías a través de cosmovisiones heterogéneas, en un juego literario y poético de alteridad. recurre a la interlocución más que a la representación.
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Reconstruire la philosophie à partir de l'Afrique : une utopie postcoloniale

Abadie, Delphine 01 1900 (has links)
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