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A condicionalidade e o intertexto como instrumentos de persuasão em horóscopos: uma abordagem sistêmico-funcionalSilva, Christiane Augusto Gomes da 22 May 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007-05-22 / This paper aims at studying the persuasive language of horoscopes from online versions of the following American newspapers: Los Angeles Times, New York Daily News, Chicago Tribune and San Francisco Chronicle. 2544 horoscopes have been selected during 53 days, and 943 conditional structures have been found. Latour and Woolgar (1979) state that the objective of rhethoric persuasion is to convince the participants that they haven t been convinced, and Halliday (1985) points out that persuasion tends to be highly implicit and to avoid attitudinal language, which is usually associated with interpersonal meaning. The horoscope is a text genre, thus, according to Martin (1984), it can be separated in stages, each of those with its specific function. 37,06% of the analized horoscopes present some kind of conditional structure, with the explicit connector, if (30,75%), or implicit ones (69,25%). Protasis occurs, mostly (71,15%), preposed to the apodosis, functioning as sentence Themes, and, therefore, restricting the content of the Rhemes. The language of horoscopes also presents elements of metadiscursive modality, such as person markers, hedges and emphatics. Besides, one of the stages consists of a kind of truth, a belief that has its roots in polular culture and that helps the reader rescue a specific intertext that the hosroscope writer previously had in mind. In addition, there is the theory of frames (Bednarek, 2005), responsible for text coherence which is attributed, in this case, by the text readers -, that focuses on the relation among text, context, world knowledge, and coherence. Thus, by reading a horoscope, the reader interacts with the text, giving it the most coherent meaning according to their own world knowledge. These factors prepare the readers for the reading and, therefore, they do not question what has been predicted by the author and, at the same time, they act impelled by the power of this genre. The same factors also prevent the horoscope writers from making mistakes regarding their predictions. All that makes horoscopes a highly pesuasive text genre.This kind of persuasion is implicit, for it makes use of a combination of specific lexico-grammatical choices and specific contexts. Regarding the lexico-grammar, this paper focuses on structures that convey conditional meanings, emphasizing Géis s (1971) concept of invited inferences and the relation between conditional structures and Theme, and conditional meaning. It also refers to Critical Discourse Analysis (Fairclough, 1992; Fowler, 1991), concerning the social function of language, and to Halliday s (1985; 1994) functional model, for the connection between language structures and social values. People are interested in horoscopes because they seem to work as a source for advice and entertainment as, according to Spengler (1969), religious faith has been replaced by other beliefs. The metodology adopted is interpretative, based on quantitative data / Esta pesquisa propõe-se a estudar a linguagem persuasiva dos horóscopos, coletados online, dos seguintes jornais dos Estados Unidos: Los Angeles Times, New York Daily News, Chicago Tribune and San Francisco Chronicle (USA). Foram compilados 2544 horóscopos, durante 53 dias e foram encontradas 943 construções condicionais. Latour e Woolgar (1979) afirmam que o objetivo da persuasão retórica é convencer os participantes de que não foram convencidos e Halliday (1985) aponta que a persuasão tende a ser altamente implícita e a evitar a linguagem atitudinal normalmente associada ao significado interpessoal. O horóscopo é um gênero, e, assim, de acordo com a definição de Martin (1984), divide-se em estágios, cada um com sua finalidade específica. Dos horóscopos examinados, 37,06% apresentam a construção condicional, com conectivo explícito, isto é, com se (30,75% dos casos) ou implícito (69,25% dos casos). A prótase ocorre, na maioria dos casos (71,15%), anteposta à apódose, funcionando, portanto, como tema, ou seja, determinando o conteúdo do rema. Por outro lado, a linguagem do horóscopo conta com a modalidade do metadiscurso, através de marcadores pessoais, hedges e enfatizadores. Além disso, um dos estágios reflete na maioria dos casos uma verdade, uma crença arraigada na cultura popular, que ajuda a fazer o leitor recuperar um intertexto, evidentemente, pretendido pelo autor do texto. A isso, junta-se a noção de enquadres (Bednarek, 2005), responsável pela coerência do texto, que é, segundo ela, atribuída por parte dos leitores e ouvintes, focalizando a relação entre texto, contexto, conhecimento de mundo e coerência. Assim, ao ler um horóscopo, o leitor interage com o texto e dá a ele o significado mais coerente de acordo com seu conhecimento de mundo. Esses fatores concorrem para que, assim condicionados, os leitores não questionem as previsões do astrólogo e ajam guiados pela força do gênero, e para que o escritor possa esquivar-se da responsabilidade por eventuais falhas que seus prognósticos apresentem, fazendo do horóscopo, portanto, um gênero altamente persuasivo. A esse tipo de persuasão denomina-se implícita, pois ocorre graças a escolhas léxico-gramaticais, que, combinadas a contextos específicos, tornam o texto persuasivo. Nesse sentido, quanto à léxico-gramática, focamos a escolha de estruturas que expressam condicionalidade, enfatizando o conceito de inferências convidadas de Géis (1971) e abordando a relação entre a construção condicional e o Tema e a expressão da condicional. Também há referência à análise crítica do discurso, com Fairclough (1992) e Fowler (1991) referindo-se ao funcionamento social da língua e ao modelo funcional desenvolvido por Halliday (1985; 1994) e seus pesquisadores para o exame da conexão entre estrutura lingüística e valores sociais. As pessoas voltam-se à astrologia por meio dos horóscopos com as finalidades de entretenimento e aconselhamento, já que, segundo Spengler (1969), a fé religiosa é substituída por outras crenças à medida que o homem se dá conta de que a vida não tem sentido após a morte. A metodologia adotada para a análise dos dados tem cunho interpretativista, com base em dados quantitativos
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