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Uma nova espécie de Hypostomus Lacépède (Siluriformes: Loricariidae) da bacia do rio Paraguaçu e redescrição de Hypostomus unae (Steindachner, 1878), Estado da Bahia, BrasilBezerra, Byanca 28 August 2013 (has links)
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BYANCA.pdf: 5038143 bytes, checksum: b21367548b8e2650ea0dbf826d1c3ec6 (MD5) / CNPq / O gênero Hypostomus inclui 125 espécies atualmente reconhecidas como válidas e distribuídas desde a Costa Rica até a Argentina. Seus integrantes possuem corpo
revestido por placas ósseas e boca ventral, sendo conhecidos popularmente principalmente como cascudos, acaris e chupa-pedra. O gênero é um dos mais complexos taxonomicamente na ordem Siluriformes. Particularmente, para as drenagens costeiras do nordeste brasileiro são reconhecidas dez espécies, quatro delas descritas para o Estado da Bahia. A identificação da maioria dos exemplares coletados na Bahia tem sido dificultada pela ausência de localidade-tipo precisa e descrições originais relativamente sucintas de H. brevicauda, H. unae e H. wuchereri. Uma análise taxonômica, com base em dados morfológicos, envolvendo exemplares de Hypostomus coletados em todas as drenagens costeiras da Bahia foi realizada no presente estudo. Os resultados permitiram o reconhecimento de uma espécie ainda não descrita para a bacia do rio Paraguaçu, cuja descrição é aqui apresentada. Além disso, exemplares provenientes de três rios incluídos na bacia do Recôncavo Sul foram identificados como H. unae, espécie aqui redescrita. A nova espécie, aparentemente endêmica da bacia do rio Paraguaçu, distingue-se das congêneres por ter o corpo coberto de manchas pretas grandes e conspícuas, superfície ventral do corpo nua ou com placas restritas à área entre nadadeiras peitorais, ausência de quilhas na cabeça e corpo, extremidade posterior da nadadeira dorsal geralmente atingindo a placa pré-adiposa, dentes bífidos, em forma de espátula, e com a cúspide lateral não fundida à mesial, sendo 47-86 dentes no premaxilar e 50-81 no dentário. Hypostomus unae ocorre nas bacias dos rios Una, das Almas e Jequiriçá e distingue-se das congêneres por ter grandes manchas pretas sobre o tronco e nadadeiras (maiores que na cabeça), sendo uma série nas membranas inter-radiais anteriores da nadadeira dorsal, superfície ventral do corpo nua ou com placas usualmente restritas à área entre nadadeiras peitorais, extremidade posterior da nadadeira dorsal não atingindo a placa pré-adiposa ou espinho da adiposa, ausência de quilhas na cabeça e corpo, dentes bífidos, em forma de espátula, e cúspide lateral não fundida à mesial, sendo 29-70 dentes no pré-maxilar e 34-89 no dentário. O presente estudo evidenciou a necessidade de continuidade da análise taxonômica dos espécimes de Hypostomus dos rios do Nordeste do Brasil, particularmente daqueles que drenam o Estado da Bahia, visando redescrever H. brevicauda e H. wuchereri, além de definir
quais espécies descritas para o rio São Francisco ocorrem no estado e descrever novas
espécies já diagnosticadas. / Salvador
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Estrutura das comunidades bentônicas sésseis em recifes de arenito na Costa Oeste do Ceará, Nordeste do Brasil: variação espacial e índice relativo de pressão ambientalPortugal, Adriana Brizon January 2016 (has links)
PORTUGAL, A. B. Estrutura das comunidades bentônicas sésseis em recifes de arenito na Costa Oeste do Ceará, Nordeste do Brasil: variação espacial e índice relativo de pressão ambiental. 2016. 166 f. Tese (Doutorado em Ciências Marinhas Tropicais), Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2016. / Submitted by Geovane Uchoa (geovane@ufc.br) on 2017-03-07T15:24:51Z
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Previous issue date: 2016 / Tropical sandstone reefs are being affected by multiple human stressors and information about environmental degradation are alarming. However, knowledge about possible impacts on sandstone reefs in the tropical zone of the planet is still insufficient. The study added multiple factors of anthropogenic pressure through the relative environmental pressure index (REPI) and related to species richness, diversity of Shannon-Wiener and evenness of Pielou, furthermore the variation of the benthic community in intertidal over the west coast of Ceará was assessed. The original research was conducted in five sandstone reefs distributed on the west coast of Ceará, Northeastern Brazil (Tropical Southwestern Atlantic). The reefs are distant westbound from the city of Fortaleza. The collections of samples were carried out in the dry season in low-water spring tide. Sessile benthic communities in intertidal zone were sampled quali-quantitatively by nondestructive method - the percentage coverage of species - using the fotoquadrat. The results show greater richness and diversity in the lower areas of the reef, as well as was identified that there is a significant negative correlation (R² = 0.82, p = 0.03) between the REPI and richness of species. We observe that in areas with the highest number of human activities, we had lower number of species. The most active factors to lower biodiversity were urbanized area, the jetties to control coastal erosion, the kiosks and restaurants on the beachfront and storm sewers due clandestine sewage connections. Thus, we suggest to future work on multiple anthropogenic impacts about biological communities that aggregate indicators should be used (such as REPI) and be identified which factors have more influence on local biodiversity. The tropical zone is important, due to increased urbanization and anthropogenic pressures and is considered one of the areas of greatest marine biodiversity on the planet. The present results point to the need for better planning of infrastructure and the need for strict monitoring because the areas under greater influence of multiple human pressures are those with lower biodiversity. / Os recifes de arenito tropicais estão sendo afetados por múltiplos estressores humanos e as informações sobre a degradação ambiental são alarmantes. Entretanto, o conhecimento sobre possíveis impactos nos recifes de arenito na zona tropical do planeta ainda é insuficiente. O presente estudo integrou múltiplos fatores de pressões antrópicas através do índice relativo de pressão ambiental (REPI) e o relacionou com a riqueza de espécies, diversidade de Shannon-Wiener e equitabilidade de Pielou, assim como avaliou a variação da comunidade bentônica no entremarés ao longo da costa oeste do Ceará. A pesquisa inédita foi conduzida em cinco recifes de arenito distribuídos na costa oeste do Ceará, Nordeste do Brasil (Atlântico Sudoeste Tropical). Os recifes se distanciam no sentido oeste da cidade de Fortaleza. As coletas das amostras foram realizadas no período seco em baixamar de sizígia. As comunidades bentônicas sésseis da zona entremarés foram amostradas quali-quantitativamente através do método não destrutivo - a porcentagem de cobertura das espécies - utilizando o fotoquadrat. Os resultados mostram maior riqueza e diversidade nas zonas inferiores dos recifes, assim como foi identificado que existe uma relação negativa significativa (R2 = 0.82, p = 0.03) entre o REPI e a riqueza de espécies. Foi observado que a medida que aumenta o valor do REPI diminui o valor da riqueza de espécies. Os fatores antrópicos mais atuantes para a menor riqueza de espécies foram o percentual da área urbanizada, os molhes para controle da erosão costeira, as barracas e restaurantes na orla da praia e as galerias pluviais devido ligações clandestinas de esgoto. Desta forma, sugerimos aos trabalhos futuros sobre múltiplos impactos antrópicos nas comunidades biológicas sejam utilizados indicadores agregados (como o REPI) e identificados quais fatores apresentam mais influência sobre a biodiversidade local. A zona tropical é importante, devido ao aumento da urbanização e das pressões antrópicas e ser considerada uma das zonas de maior biodiversidade marinha do planeta. Os presentes resultados apontam para a necessidade de um melhor planejamento de infra-estruturas e a necessidade de um monitoramento rigoroso, porque as áreas sob maior influência das múltiplas pressões humanas são aqueles com menor biodiversidade.
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A geodinâmica e morfogênese das dunas eólicas com base nas suas taxas de migração no município de Canoa Quebrada, Aracati, Ceará, Brasil / Geodynamics and morphogenesis dunes wind in broken canoe municipality, Aracati, Ceara, BrazilPedrosa, Adriana Albuquerque January 2016 (has links)
PEDROSA, Adriana Albuquerque. A geodinâmica e morfogênese das dunas eólicas com base nas suas taxas de migração no município de Canoa Quebrada, Aracati, Ceará, Brasil. 2016. 110 f. Tese (Doutorado em geologia)- Universidade Federal do Ceará, Fortaleza-CE, 2016. / Submitted by Elineudson Ribeiro (elineudsonr@gmail.com) on 2016-06-07T19:19:29Z
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Previous issue date: 2016 / This thesis presents an analysis of geodynamic and morphogenesis of the dune field in the Canoa Quebrada region located in the municipality of Aracati inserted in the state of Ceará. It covers the area formed by fluvial-marine plain, the strip of beach and dune field located on the right bank of the mouth of the river Jaguaribe. The estimated time frame corresponds to the dynamic analysis of the dune field based on migration rates from 1988 to 2013. The objectives of this study are to analyze the environmental dynamics of the mobile dune field towards the mangrove ecosystem located at the mouth of the river Jaguaribe. Associated with the methodological approach, we used a set of techniques necessary for the completion of this research. From then analyzed through GIS aerial photographs of the 80 on the scale of 1: 25,000 and 2004 Quickbird the years of satellite images, 2010 and 2013 associated with the study of wind dynamics based on the variation of records their migration rates. In the study area, we find the moving dunes of the longitudinal type, small occurrence barcanoids, expressive occurrence and prevalence of sand sheets. The vegetation point of view, semi-fixed dunes were identified in contact with the mangrove ecosystem. These dunes can be classified as semi-fixed shapeless. There is no occurrence of fixed dunes or cemented dunes in the region. As for dune generations in Canoa Quebrada, dominates the generation D1, characterized by the occurrence of current dunes, furniture. In contact with the mangrove ecosystem, the semi-fixed dunes combine with the previous generation of dunes to the current, the current sub-type, defining the existence of D2 generation dunes. The average migration of the dune field during that period of 40 years was 7m / year. In the years 2010-2013 virtually no migration occurred, but the dunes continue to migrate towards the mangrove ecosystem. / Esta Tese apresenta uma análise da geodinâmica e morfogênese do campo de dunas na região de Canoa Quebrada localizada no município do Aracati inserido no estado do Ceará. Abrange a área formada pela planície fluvio-marinha, a faixa de praia e o campo de dunas localizados na margem direita da foz do rio Jaguaribe. O recorte temporal avaliado corresponde à análise da dinâmica do campo de dunas com base nas taxas de migração no período de 1988 a 2013. Os objetivos dessa pesquisa foram analisar a dinâmica ambiental do campo de dunas móveis em direção ao ecossistema manguezal localizado na foz do rio Jaguaribe. Associado à abordagem metodológica, utilizou-se um conjunto de técnicas necessárias à realização da presente pesquisa. A partir de então, analisou-se através do geoprocessamento de fotografias aéreas da década de 80 na escala de 1:25.000 e imagens de satélites Quickbird dos anos de 2004, 2010 e 2013 associados ao estudo da dinâmica eólica com base nos registros da variação de suas taxas de migração. Na área de estudo, encontramos dunas móveis do tipo longitudinais, de pequena ocorrência, barcanóides, de expressiva ocorrência e a predominância dos lençóis de areias. Do ponto de vista de cobertura vegetal, foram identificadas dunas semi-fixas no contato com o ecossistema manguezal. Essas dunas podem ser classificadas como semi- fixas sem forma definida. Não há ocorrência de dunas fixas ou de dunas cimentadas na região. Quanto às gerações dunares, em Canoa Quebrada, domina a geração D1, caracterizada pela ocorrência de dunas atuais, móveis. No contato com o ecossistema manguezal, as dunas semi-fixas se combinam com a geração de dunas anteriores às atuais, do tipo sub-atuais, definindo a existência de dunas de geração D2. A taxa média de migração no campo de dunas durante todo esse período de 40 anos foi de 7m/ano. Nos anos de 2010 a 2013 praticamente não ocorreu migração, mas as dunas continuam migrando em direção ao ecossistema manguezal.
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Distribuição dos grupos funcionais de plantas aquáticas em áreas alagadas costeiras do nordeste brasileiro / Distribution of functional groups of aquatic plants in coastal wetlands of northeastern BrazilMacêdo, Joemília Conceição Araújo January 2015 (has links)
MACÊDO, Joemília Conceição Araújo. Distribuição dos grupos funcionais de plantas aquáticas em áreas alagadas costeiras do nordeste brasileiro. 2015. 37 f. Dissertação (Mestrado em Ecologia e Recursos Naturais)-Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2015. / Submitted by Vitor Campos (vitband@gmail.com) on 2016-09-26T23:02:28Z
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Previous issue date: 2015 / Aquatic plants located in coastal lagoons have functional traits selected by abiotic conditions and related to the history of life, which allowed them to colonization and establishment in these environments. The present study tested the following hypotheses: (1) that the species have a homogeneous pattern of functional traits, resulting in the formation of a few groups; (2) that the limnological variables and soil act as a filter to select those traits and interfere in the distribution of populations in the pond. Thus the functional traits of the species present in a coastal lagoon in northeastern Brazil were analyzed using a sampling transects. Sediment samples were taken and analyzed in the laboratory. The limnology parameters were measured in the field, as well as the depth of the water depth and the occurrence of species away from the margin. Biological data showed formation of two functional groups, supporting the first hypothesis. But the abiotic variables were associated with the distribution of a few people, refuting the latter. Thus we conclude that the community of aquatic plants analyzed is formed by similar traits and abiotic effects are not decisive for the formation of these groups. / As plantas aquáticas situadas em lagoas costeiras apresentam traços funcionais selecionados por condições abióticas e relacionados à história de vida, que lhes permitiram a colonização e estabelecimento nesses ambientes. O presente trabalho testou as seguintes hipóteses: (1) que as espécies possuem um padrão homogêneo de traços funcionais, resultando na formação de poucos grupos; (2) que as variáveis limnológicas e pedológicas atuam como filtro que selecionam esses traços e interferem na distribuição das populações na lagoa. Desta forma os traços funcionais das espécies presentes numa lagoa costeira do nordeste brasileiro foram analisados por meio de uma amostragem por transectos. Amostras de sedimento foram retiradas e analisadas em laboratório. Os parâmetros limnológicos foram aferidos em campo, assim como a profundidade da lâmina d’água e a distância de ocorrência das espécies em relação à margem. Os dados biológicos evidenciaram a formação de dois grupos funcionais, corroborando a primeira hipótese. Porém, as variáveis abióticas foram associadas à distribuição de poucas populações, refutando a segunda hipótese. Com isso concluímos que a comunidade de plantas aquáticas analisada é formada por traços semelhantes e os efeitos abióticos não são determinantes para formação destes grupos.
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A herança geológica, a geomorfologia e a estratigrafia da barreira complexa de Passo de Torres, Planície Costeira Sul-CatarinenseSilva, Anderson Biancini da January 2015 (has links)
O sistema costeiro holocênico, estabelecido na porção emersa da Bacia de Pelotas – extremo sul da Margem Continental Brasileira –, possui setores contemporâneos com padrões de empilhamento opostos. As barreiras regressivas (progradacionais) ocorrem em embaiamentos da linha de costa, enquanto, as barreiras de natureza transgressiva (retrogradacionais) situam-se nas projeções costeiras. No embaiamento norte da Bacia de Pelotas, somente na barreira regressiva de Passo de Torres – situada entre o rio Mampituba e o extremo sul da lagoa do Caverá – se fazem presentes alinhamentos de cordões de dunas frontais (foredune ridges) bem desenvolvidos. No restante do embaiamento, lençóis de areias transgressivos (transgressive sand sheets), formados pela erosão parcial ou total dos cordões frontais, cobrem a morfologia das barreiras. Observa-se também que em certo ponto da progradação da barreira de Passo de Torres, o sistema eólico se desestabilizou e na sua morfologia lençóis de areias transgressivos cobrem os cordões frontais, igualmente como ocorre nas demais barreiras do embaiamento norte da Bacia de Pelotas. Desta forma, duas questões surgem: Por que unicamente na barreira de Passo de Torres, alinhamentos de cordões de dunas frontais ficaram preservados, enquanto que, nas demais barreiras do embaiamento os mesmos foram erodidos? E, além disso, por que em determinado momento da progradação da barreira, ocorreu uma desestabilização do sistema eólico (erosão) e os lençóis de areias transgressivos passam a dominar a morfologia da mesma? As hipóteses analisadas neste trabalho referem-se à influência do rio Mampituba, a mudanças climáticas e a herança geológica da topografia antecedente, ou seja, do substrato pleistocênico. Constatou-se que uma ação combinada destes fatores pode elucidar tais questões. Ressalta-se que uma inversão do comportamento do nível relativo do mar (uma elevação em torno de 2000 anos antes do presente) também foi analisada na tentativa de esclarecer o comportamento diferenciado da barreira de Passo de Torres. As hipóteses consideradas neste estudo foram avaliadas com base em análises geomorfológicas, estratigráficas, geocronológicas e batimétricas, através do emprego do sensoriamento remoto, de sistemas de posicionamento, do método geofísico do georradar, de sondagens (as quais se obtiveram materiais para datação) e cartas náuticas da Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN). / The Holocene coastal system established in the onshore portion of the Pelotas Basin – the southern end of the Brazilian Continental Margin – has contemporary sectors with opposite stacking patterns. Regressive barriers (progradational) occur in shoreline embayments, while the transgressive barriers (retrogradational) are located in coastal projections. In the north embayment of the Pelotas Basin, only in the Passo de Torres regressive barrier – located between the Mampituba river and the southern end of the Caverá lagoon – there are alignments of well-developed foredune ridges. In other parts of the embayment, transgressive sand sheets, formed by partial or total erosion of the foredune ridges, cover the morphology of the barriers. It is also possible to observe that at a certain moment in the Holocene progradation of the Passo de Torres barrier, the aeolian system has been destabilized and in its morphology transgressive sand sheets cover the foredune ridges, the same that occurs in other barriers of the Pelotas Basin northern embayment. Thus, two questions arise: Why only in the Passo de Torres barrier, foredune ridges were preserved, while in the other barriers of the northern embayment they have been eroded? Furthermore, why at some point in barrier progradation, occurred destabilization of the aeolian system (erosion) and transgressive sand sheets start to dominate the barrier morphology? The hypotheses analyzed in this work are related to the influence of the Mampituba river, the climate change and geological inheritance of the antecedent topography, i.e., the Pleistocene substrate. The finding of this research shows that a combined action of these factors can elucidate these questions. It is noteworthy that a reversal of the relative sea-level behavior (rising around 2000 years before the present) was also evaluated in an attempt to explain the different behavior of the Passo de Torres barrier. The hypotheses suggested considered in this study were evaluated based on geomorphological, stratigraphic, geochronological and bathymetric analysis, using remote sensing, global positioning systems, the geophysical method of ground penetration radar (GPR), drill hole (of which was obtained material for dating) and nautical charts of the Directorate of Hydrography and Navigation (DHN).
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Estratigrafia e evolução da barreira holocênica na praia do Hermenegildo (RS)Lima, Leonardo Gonçalves de January 2008 (has links)
A caracterização do sistema de barreiras costeiras na Praia do Hermenegildo, através de técnicas de sondagem (SPT) aliadas a métodos geofísicos de alta resolução (GPR), permitiu determinar as relações estratigráficas entre as unidades litológicas (fácies) dos ambientes deposicionais costeiros, bem como suas geometrias características. Horizontes orgânicos e conchas de moluscos foram submetidos a datações de radiocarbono, permitindo assim o posicionando cronológico das unidades estratigráficas. Além dos aspectos geológico-evolutivos, foram também analisados os aspectos climáticos e ecológicos que influenciaram a evolução ambiental desta região durante o final do Pleistoceno e no Holoceno. O registro estratigráfico identificado é composto de duas unidades maiores: i) uma unidade retrogradacional (transgressiva) holocênica; sobreposta ao ii) substrato pleistocênico. Estas unidades estão separadas por uma discordância erosiva, representando um hiato deposicional condicionado pelo nível de mar baixo do último estágio glacial. Com base na estrutura sedimentar, características sedimentológicas, datações de radiocarbono, análises de palinomorfos, diatomáceas e moluscos foi possível distinguir sete fácies sedimentares: Fácies L3 (estuarino/lagunar), Fácie B3 (marinho/raso/estuarino), Fácies TA4 (paludial de água doce), Fácies L4 (estuarino/lagunar), Fácies ML4 (margem lagunar), Fácies T4 (paludial) e Fácies B4 (eólico). A unidade (seqüência) pleistocênica (fácies L3 e B3) indicam que um sistema barreira-laguna foi presente na área ocupada atualmente pela Praia do Hermenegildo durante a Penúltima Transgressão. Os aspectos estratigráficos interpretados para a unidade holocênica indicam claramente uma natureza retrogradante (transgressiva), produzida pela migração de um sistema barreira-laguna em direção ao continente. O seu registro bioestratigráfico define uma máxima influência marinha (fácies L4), por volta de 6.800 cal anos AP, intercalando períodos de deposição tipicamente lacustres na retrobarreira (fácies TA4 e T4). A porção emersa da barreira corresponde a uma fácies eólica (B4), que ao transgredir sobre o ambiente lagunar de retrobarreira originou a fácies ML4 sob uma dinâmica lagunar. Os aspectos estratigráficos identificados para este setor costeiro convergem para um diagnóstico onde as tendências transgressivas operam neste setor nos últimos 6.800 cal anos AP. / The characterization of the coastal barrier system of Hermenegildo, by data obtained trough SPT drilling and GPR allowed the establishment of the stratigraphic relationships between the lithological units of the coastal depositional environments of Hermenegildo, as well as the identification of their geometries. Organic horizons and shells were dated by 14C, allowing the chronological positioning of the stratigraphic units. Not only geological aspects were analysed, but also climatic and ecological aspects that have influenced the environmental evolution of the study region at the end of the Pleistocene and during the Holocene. The stratigraphic record is formed by two major units: i) a retrogradational (transgressive) Holocene unit; overlying the ii) Pleistocene substrate. These units are limited by an erosional surface related to the sea level low stand of the last glaciation. Based on sedimentary structures, sedimentology, 14C dating, palinology, analysis of diatoms and mollusks it was possible to distinguish seven sedimentary facies: Facies L3 (estuarine/lagoonal), Facies B3 (shallow marine/estuarine), Facies TA4 (fresh water marsh), Facies L4 (estuarine/lagoonal), Facies ML4 (lagoonal margin), Facies T4 (salt marsh) and Facies B4 (aeolian). The Pleistocene unit (facies L3 and B3) indicates the existence of a barrier/lagoon system in the present region of Hermenegildo beach at the time of the penultimate transgression. The stratigraphy of the Holocene unit clearly indicates its retrogradational (transgressive) nature, as a product of the landward migration of a barrier/lagoon system. The biostratigraphic record of the Holocene unit shows a maximum marine influence in the lagoonal system (facies L4) around 6,800 cal yrs BP, intercalating periods of typical lacustrine deposition in the backbarrier area (facies TA4 and T4). The emerged part of the barrier corresponds to the aeolian facies (B4), which by transgressing into the lagoonal depression formed facies ML4, under the lagoonal margin dynamics. The stratigraphic aspects of this coastal sector converge into a diagnostic of a transgressive trend of sea level operating in this sector in the last 6,800 cal yrs BP.
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Correlações e interações de longo alcance em meios desordenados: linhas costeiras e transição de Anderson / Correlations and long-range interactions in disordered media: shorelines and Anderson transitionMorais, Pablo Abreu de January 2012 (has links)
MORAIS, Pablo Abreu de. Correlações e interações de longo alcance em meios desordenados: linhas costeiras e transição de Anderson. 2012. 117 f. Tese (Doutorado em Física) - Programa de Pós-Graduação em Física, Departamento de Física, Centro de Ciências, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2012. / Submitted by Edvander Pires (edvanderpires@gmail.com) on 2015-05-19T18:48:02Z
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Previous issue date: 2012 / Many physical phenomena have strong dependence on the disorder of the medium in which they occur. The {it Anderson} theory localization, for example, states that the introduction of disorder in electronic systems can promote the metal-insulator transition, also known as {it Anderson} transition. However, for low dimensional systems, according to the same theory, any finite degree of uncorrelated disorder is able to promote the exponential localization of all electronic functions. The general {it Anderson} theory localization is violated when long-range correlations and long-range interactions are used. In this scenario, the metal-insulator transition also occurs for low dimensional systems. In network problems, the long-range connections are responsible for the short average distance between individuals belonging to the same social network. This phenomenon is popularly known as six degrees of separation. Furthermore, {it Kleinberg} showed that the introduction of a power-law distribution of long-range links in a network produces a minimum in the transmission time information from a source site to a target site network . In this thesis, we investigate how the long-range disorder changes the universality class of two mathematical models that represent the following physical problems: the erosion process in correlated landscapes and the delocalization-localization transition of the normal modes of a harmonic chain with long range connections restricted by a cost function. In the first model, we show that long-range spatial correlations in the geological properties of the coast, in the critical regime of our model, generates a spectrum of fractals shorelines whose fractal dimensions vary between {it D} = 1.33 and 1.00 when we vary the {it Hurst} exponent in the range $0< H <1$. Furthermore, when we use uncorrelated surfaces, the shoreline, for very intense sea erosion, are self-affine and belong to the same universality class of the interfaces described by the equation of {it Kardar-Parisi-Zhang} ({it KPZ}). In the second model, we show that long-range links in a chain harmonic inserted with a probability with decreasing size of the bond, $p sim r^{-alpha}$, restricted by a cost function proportional to chain length, promotes a delocalization-localization transition of the normal modes for the exponent $ alpha simeq 1.25$. / Muitos fenômenos físicos têm forte dependência da desordem do meio no qual ocorrem. A teoria de localização de Anderson, por exemplo, estabelece que a introdução de desordem em sistemas eletrônicos pode promover a transição metal-isolante, também conhecida como transição de Anderson. Contudo, para sistemas de baixa dimensionalidade, segundo essa mesma teoria, qualquer grau finito de desordem pode promover a localização exponencial de todas as funções eletrônicas. No entanto, foi mostrado que a teoria geral de localização de Anderson é violada quando correlações e interações de longo alcance são utilizadas. Nesse cenário, a transição metal-isolante ocorre também para sistemas de baixa dimensionalidade. Nos problemas relacionados com redes, as ligações de longo alcance são responsáveis pela pequena distância média entre indivíduos pertencentes à mesma rede social. Esse fenômeno é popularmente conhecido como os seis graus de separação. Além disso, Kleinberg mostrou que a introdução de uma distribuição em lei de potência de ligações de longo alcance em uma rede substrato gera um mínimo no tempo de envio de uma informação de um sítio fonte a um sítio alvo da rede. Nesta tese, investigamos como a desordem de longo alcance altera a classe de universalidade de dois modelos matemáticos que representam os seguintes problemas físicos: o processo de erosão na costa de paisagens correlacionadas e a transição deslocalização-localização dos modos normais de vibração de uma cadeia harmônica com ligações de longo alcance restritas por uma função custo. No primeiro modelo, mostramos que correlações espaciais de longo alcance nas propriedades geológicas da costa, no regime crítico do nosso modelo, gera um espectro de linhas costeiras fractais cujas dimensões fractais variam entre D=1.33 e 1.00 quando variamos o expoente de Hurst no intervalo 0< H < 1. Além disso, quando utilizamos superfícies não correlacionadas, as linha costeiras, para erosões marítimas muito intensas, são auto-afins e pertencem a mesma classe de universalidade das interfaces descritas pela equação de Kardar-Parisi-Zhang (KPZ). No segundo modelo, mostramos que ligações de longo alcance inseridas em uma cadeia harmônica com uma probabilidade decaindo com o tamanho da ligação, p ∼ r−α, restritas por
uma função custo proporcional ao tamanho da cadeia, promovem uma transição deslocalização localização dos modos normais de vibração para o expoente α ≅ 1.25.
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Estratigrafia e evolução holocênica de uma barreira costeira trangressiva-regressiva, litoral norte do Rio Grande do SulLima, Leonardo Gonçalves de January 2013 (has links)
No presente estudo, a origem e evolução da barreira costeira holocênica do litoral norte do Rio Grande do Sul, setor entre Torres e Curumim, foi definida por uma unidade basal transgressiva (retrogradacional) antecedendo uma regressiva (progradacional). A transição entre estas unidades (transgressiva/regressiva) ocorreu antes de ter sido atingido o nível mais alto da Transgressão Marinha Pós-Glacial (6−5 ka), gerando durante a progradação da barreira uma fase de regressão normal, sucedida de uma fase de regressão forçada. Sondagens geotécnicas Standard Penetrating Test (SPT), vibrocore e perfis de Ground Penetrating Radar (GPR) integram a aquisição de dados do registro sedimentar. Análises sedimentológicas, paleontológicas e geocronológicas fundamentam a descrição e a interpretação das fácies sedimentares e suas associações. A base do registro holocênico corresponde a ambientes continentais e costeiros pré-transgressão (pântanos basais), resultantes da inundação inicial da topografia antecedente (substrato pleistocênico) pelo lençol freático que acompanhava o nível do mar em elevação. Gradativamente o nível do mar inundou estes ambientes dando início a fase transgressiva da barreira, quando ambientes lagunares/estuarinos ocuparam a retaguarda da barreira na proximidade de canais de ligação laguna/oceano. Neste tempo, deltas de maré de enchente ocupavam posições avançadas continente adentro nestes canais, e a morfologia da barreira transgressiva correspondia à morfologia de leques de sobrelavagem que migravam em direção ao continente, como resultado do transporte dos sedimentos da praia para a retaguarda da barreira. Assim, enquanto no extremo continental da barreira os leques de sobrelavagem eram depositados sobre os sedimentos lagunares/estuarinos, no extremo oceânico da barreira estes depósitos eram erodidos durante a migração da superfície de ravinamento em direção ao continente. Os últimos eventos de deposição de leques de sobrelavagem, datados em 7,2 ka, ocorreram em sincronia com o fechamento dos canais de ligação, indicando o término da fase transgressiva. Após este isolamento da retrobarreira, os sedimentos litorâneos que anteriormente eram transportados transversalmente à linha de costa, pelos canais de ligação e processos de sobrelavagem adquirem uma componente de transporte longitudinal na ordem de centenas de quilômetros, iniciando efetivamente a fase regressiva (progradacional) da barreira. Com o nível do mar ainda em elevação, esta fase inicial de progradação da barreira correspondeu a uma regressão normal. Esta fase perdurou até o nível de mar mais alto da Transgressão Marinha Pós-Glacial (6−5 ka) sendo então sucedida por uma fase de regressão forçada até os dias atuais. / In this study the origin and evolution of the Rio Grande do Sul northern coast (sector between Torres and Curumim) was defined as a basal transgressive unit (retrogradational) followed by a regressive (progradational) one. The transition between these units (transgressive/regressive) occurred before the higher level of the Post-Glacial Marine Transgression was reached, resulting in a phase of normal regression followed by a forced regression during the process of barrier progradation. Standard Penetrating Test (SPT), vibrocore borehole and Ground-penetrating Radar (GPR) profiles integrated the acquisition data of the sedimentary record. Sedimentological, paleontological and geochronological analyses were the base of the description and interpretation of sedimentary facies and their association. The basal record of the Holocene corresponds to a pre-transgression continental and coastal environments (basal swamps) associated to the flooding of the antecedent topography (Pleistocene substrate), as a consequence of the rising of both the water table and sea-level. Gradually the sea-level proportioned the flooding of these environments initiating the transgressive barrier phase, when lagoonal/estuarine environments occupied the rear of the barriers, in the vicinity of lagoonal inlets. At this time, flood tidal deltas occupied the distal positions of these inlets, while the transgressive barrier morphology corresponded to washover morphology, which migrated towards mainland carrying sediment from the beach to the backbarrier. Thus, while in the continental side of the barrier washover processes were depositing beach sands over lagoonal/estuarine sediments, in the oceanic side of the barrier these deposits were eroded by waves and longshore currents, during the process of migration of the ravinement surface towards the mainland. The latest events of washover deposition dated on 7.2 ka, occurred coupled with the closure of inlets, indicating the end of the transgressive phase. After this isolation of the backbarrier, the littoral sediments that were transported across the coastline by the connecting channels and washover processes acquired a longitudinal component transport of hundreds of kilometers, and thus effectively starting the phase of regression of the barrier at around 7.2 ka. With the sea-level even still rising, this initial stage of barrier progradation corresponded to a normal regression. This phase lasted until the higher sea level of the Post-Glacial Marine Transgression (6-5 ka) was reached and then was succeeded by a phase of forced regression up to the current day.
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A barreira costeira holocênica e suas relações com a morfodinâmica praial no Estado do Rio Grande do Sul, BrasilReichow, Camila January 2018 (has links)
A análise dos parâmetros morfométricos publicados buscou relacionar o comportamento morfodinâmico praial com o da barreira costeira holocênica no estado do Rio Grande do Sul (RS), para estabelecer de que maneira estes ambientes estão relacionados. Foram analisados os dados de 31 praias, de Torres ao Chuí, possibilitando uma revisão e reavaliação dos estágios morfodinâmicos, com a compartimentação destes locais em cinco grupos, baseados em sua morfodinâmica e mobilidade praial. O grupo 1 é composto pelas praias intermediárias de mobilidade moderada à alta, que estão em sua maioria localizadas no litoral médio do RS correspondente a barreira agradacional, com alto desenvolvimento de campos de dunas transgressivas e dunas frontais, e estão também associadas às praias com característica retrogradante da barreira, porção sul da barreira agradacional. O grupo 2 compõe as praias dissipativas, com estágio intermediário ocorrendo de maneira secundária, de moderada à alta mobilidade, associadas a barreira progradante do litoral norte. Este setor apesar de apresentar alto potencial de transporte sedimentar por ventos e por ondas não apresenta campos de dunas bem desenvolvidos, onde o aporte sedimentar favorece a progradação costeira. O grupo 3 é formado por praias intermediárias de baixa mobilidade, associadas à porção norte da barreira agradacional e às praias do litoral sul que representam a transição entre a barreira progradante e retrogradante. No litoral médio a associação da baixa mobilidade praial com a alta capacidade de transporte e disponibilidade sedimentar, resultante do transporte sedimentar pelo vento no sentido continental, permitiu o desenvolvimento de grandes campos de dunas transgressivos e de dunas frontais. O grupo 4 é constituído por praias dissipativas e secundariamente intermediárias, de baixa mobilidade, da barreira progradante do litoral sul, que não desenvolveu vastos campos de dunas, semelhante ao que ocorre na barreira progradante ao norte. O grupo 5 é formado por duas praias diferenciadas, onde o estágio intermediário predomina e o refletivo ocorre eventualmente no verão, e estão localizadas em barreiras retrogradantes. As praias dissipativas são responsáveis por remobilizar o maior volume sedimentar da antepraia ao ambiente praial, onde integra o processo de progradação costeira. A porção da barreira agradacional, responsável pelas maiores dunas frontais, apresenta a menor mobilidade, sendo que conforme sua mobilidade é aumentada em direção ao sul, os maiores campos de dunas transgressivas ocorrem. Os estágios intermediários possuem energia suficiente para transportar sedimentos da antepraia para a praia, enquanto que a formação ou não das dunas é influenciada pelo potencial de transporte do vento NE e pela orientação da linha de costa com relação a este vento. As barreiras retrogradantes estão associadas a estágios intermediários de mobilidade variável, sendo que os dois focos erosivos do estado estão associados à alta mobilidade, o qual deixa estes ambientes susceptíveis aos episódios de erosão durante a passagem de eventos de tempestades. Assim, o caráter erosivo da barreira pode estar associado tanto com a energia de ondas, quanto com uma antepraia irregular e um déficit sedimentar, que acarreta em variações na morfodinâmica praial. / The analysis of the morphometric parameters of the published works about beach morphodynamics in the State of Rio Grande do Sul had the objective to relate the morphodynamic behavior of the beach with the holocene coastal barrier, in order to establish how these environments are related. The data of 31 beaches were analyzed, allowing a review and reevaluation of the morphodynamic stages, with the compartmentalization of these sites in five groups, based on their morphodynamics and beach mobility. Group 1 is composed of intermediate beaches with moderate to high mobility, which are located in the middle coast corresponding to the aggradational barrier, with high development of transgressive dunes and foredunes, and, associated too with the beaches with retrogradational characteristics of the barrier. Group 2 consists of dissipative beaches, with intermediate stage occurring in a secondary way, being these from moderate to high mobility, associated with the progradational barrier of the north coast. This sector, despite to present a high potential for sediment transport by winds and waves, does not have well development dunefields, where the sediment budget supports coastal progradation. Group 3 is formed by intermediate beaches of low mobility, associated with the northern portion of the aggradational barrier and the beaches of the south coast that represent the transition between the prograded and retrograded barrier. In the middle coast, the association of low beach mobility with high transport capacity and sedimentary availability, and the resulting of the sedimentary transport by wind onshore, allowed the development of large transgressive dunefields and foredunes. Group 4 consists of dissipative and secondarily intermediate beaches, with low mobility, of the progradational barrier of the south coast, which, similar to what occurs in the progradational barrier of the north, did not develop largest dune fields. Group 5 is formed by two beaches with peculiar characteristics, where the intermediate stage predominates and the reflective occurs eventually in the summer, associated with the retrograded barrier. The dissipative beaches are responsible for remobilizing highs sediments volumes of the shoreface and provide to the beach environment, where, in this case, it is converted into coastal progradation. The portion of the aggradational barrier responsible for the largest frontal dunes presents the smaller mobility, and as its mobility is increased towards the south, the largest transgressive dunefields in the state occurs. The intermediate stages have enough energy to carry sediments from the shoreface to the beach, while the formation of the dunes is influenced by the transport potential of the NE wind and by the orientation of the coastline in relation to this wind. Retrograded barriers are associated to intermediary stages of variable mobility, and the two erosive hotspots of the state are associated with high mobility, which turns these environments susceptible to erosion episodes during the passing of storm events. Thus, the erosive character of the barrier may be associated with both wave energy and an irregular shoreface and a negative sediment budget, which leads to variations in beach morphodynamics.
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Avaliação ambiental integrada como subsídio ao manjo lacustre (estudo de caso : Lagoa Juparanã, ES)Martins, Fabíola Chrystian Oliveira 11 October 2013 (has links)
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tese_8927_Tese Sury Monteiro 2015.pdf: 10583453 bytes, checksum: d6cfcda3a7da117a946ca841382908d1 (MD5) / FAPES / O objetivo desta pesquisa foi avaliar as condições ambientais da lagoa Juparanã (ES), através de
indicadores limnológicos, associação com uso e ocupação da terra da bacia hidrográfica lacustre e
aplicação do modelo conceitual DPSIR, visando uma abordagem integrada. Foram realizadas 11
amostragens ao longo de ciclo sazonal anual, sendo seis no verão e cinco no inverno em quatro
estações amostrais e três profundidades: superfície, limite da zona eufótica e fundo da coluna d’água.
As variáveis limnológicas abióticas avaliadas foram: temperatura, oxigênio dissolvido, nutrientes,
condutividade elétrica, pH, turbidez, material particulado em suspensão, transparência da água. A
estabilidade da coluna d’água foi determinada através do cálculo da resistência térmica relativa e do
número de Wedderburn A comunidade fitoplanctônica foi avaliada através da densidade populacional,
biovolume, riqueza de táxons e concentração de clorofila a. Além disso, foi determinado índice de
estado trófico lacustre (IET). A classificação do uso da terra foi determinada através de SIG. A lagoa
Juparanã é um ecossistema aquático polimítico, de águas doces, pH levemente alcalino, com
reduzida transparência e concentração de clorofila a e elevadas concentrações oxigênio dissolvido. O
IET classificou a lagoa como mesotrófica com tendência a eutrófica. Estas características
favoreceram o desenvolvimento do fitoplâncton, principalmente das cianobactérias que apresentaram
densidades elevadas, predominando durante todo o estudo em todas as estações e profundidades
amostrais, com reduzido biovolume e riqueza de táxons. As variáveis limnológicas apresentaram
diferenças significativas apenas entre o verão e o inverno. Com relação ao uso da terra, a agricultura
predomina na bacia hidrográfica, seguida de pastagem, predominando na paisagem da bacia
hidrográfica sistemas seminaturais. Os efeitos da agricultura e da pastagem contribuíram para os
aportes alóctones de nutrientes para a lagoa, que é um ecossistema misturado, disponibilizando-os
ao fitoplâncton. A aplicação do modelo DPSIR para as pressões causadas pelo diferente uso da terra
e pela piscicultura sugere como resposta a adoção de uma gestão consorciada baseada em práticas
sustentáveis e determinação da capacidade de suporte deste ecossistema. / The aim of study was to evaluate the environmental conditions of Juparanã lake (ES) through
limnological indicators associated with the use and occupation of land in the lake catchment and
application of DPSIR conceptual model, aiming an integrated approach. 11 samples were taken
during the annual seasonal cycle, six in summer and five in winter in four sampling stations and
three depth: surface, photic zone limit and bottom of the water column. The limnological abiotic
variables were: temperature, dissolved oxygen, nutrients, conductivity, pH, turbidity, suspended
particles, water transparency. The stability of the water column was determined by calculating
the relative thermal resistance and Wedderburn’s Number. The phytoplankton community was
evaluating by population density, biovolume, taxa richness and chlorophyll a concentration.
Furthermore, it was determined lake trophic state index (TSI). The classification of land use was
determined through GIS. The Juparanã lake is a polymictic aquatic ecosystem of freshwater,
slightly alkaline pH with low transparency and concentration of chlorophyll a high dissolved
oxygen concentrations. The TSI classified the lake as mesotrophic to eutrophic trend. These
features favored the development of phytoplankton especially cyanobacteria that had high
densities predominating throughout the study in all stations and sampling depths, reduced
biovolume and taxa richness. Limnological variables showed significant differences only
between summer and winter. With respect to land use, agriculture predominates in the basin,
followed by grassland, predominantly in the landscape of seminature systems. The effects of
agriculture and grazing contributed to the allochthonous nutrient inputs to the lake, which is a
mixed ecosystem, making them available to phytoplankton. The application of the DPSIR model
to the pressures caused by different land use and the fish farming as a response suggests the
adoption of a consortium management based on sustainable practices and determine the
carrying capacity of the ecosystem.
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