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Evolução cromossômica, disploidia e epigenética no gênero Phaseolus L. (Fabaceae)

Fonsêca, Artur Fellipe de Andrade 28 February 2014 (has links)
Submitted by Haroudo Xavier Filho (haroudo.xavierfo@ufpe.br) on 2015-05-13T19:31:28Z No. of bitstreams: 1 Tese Artur Fonsêca.pdf: 1984525 bytes, checksum: 9550c1711540f45d9aa2bf5fb66e030e (MD5) / Made available in DSpace on 2015-05-13T19:31:28Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tese Artur Fonsêca.pdf: 1984525 bytes, checksum: 9550c1711540f45d9aa2bf5fb66e030e (MD5) Previous issue date: 2014-02-28 / Capes; Facepe / O gênero Phaseolus L. tem como principal representante o feijão comum (P. vulgaris), mundialmente conhecido por sua importância econômica. A espécie possui 22 cromossomos pequenos (1,7 a 2,4 μm), contendo grandes blocos heterocromáticos pericentroméricos e subteloméricos. Além do feijão comum, o gênero possui outras quatro espécies de importância econômica, em um total de aproximadamente 75 espécies, todas neotropicais. Em sua maioria apresentam 2n = 22 cromossomos, entretanto, três espécies do grupo Leptostachyus apresentam 2n = 20. Com o objetivo de entender a organização da cromatina e a causa da disploidia descendente no gênero, o presente estudo utilizou imunocoloração e hibridização in situ fluorescente (FISH) em P. vulgaris e P. leptostachyus. As marcas epigenéticas para histonas modificadas e DNA revelaram que H3K4me3 e H4K5ac (trimetilação na lisina 4 da histona H3 e acetilação na lisina 5 da histona H4), em geral, foram associadas às regiões eucromáticas, enquanto H3K27me1, H3K9me2 (mono- e dimetilação das lisinas 27 e 9, respectivamente) e 5mC (5-metilcitosina) às heterocromáticas. Sítios de DNAr 45S, regiões centroméricas e a maioria dos blocos heterocromáticos terminais foram hipometilados, incluindo um associado a um cluster de genes de resistência à antracnose. Não foi encontrada associação entre a regulação da atividade dos genes de resistência e as modificações da cromatina ao nível cromossômico. Além disso, diferentes domínios heterocromáticos que variaram quanto ao padrão epigenético foram observados, revelando a complexidade e heterogeneidade da heterocromatina no gênero. Em outra abordagem, utilizando a FISH de BACs cópia única em P. leptostachyus (2n = 20), foi revelado que uma inserção do cromossomo 10 no centrômero do cromossomo 11, associada a uma translocação com o braço longo do cromossomo 6 foram responsáveis pela disploidia descendente em Phaseolus. Seis translocações, até então inéditas para o gênero, e duas novas inversões cromossômicas foram evidenciadas, aparentemente sem relação direta com essa disploidia. Apesar da estabilidade cariotípica, até então observada no gênero, esse grande número de rearranjo demonstra que a taxa de alterações cromossômicas pode ser bastante variável mesmo numa pequena escala de tempo evolutivo.
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Caracterização genética de Araceae, com ênfase em espécies da Amazônia brasileira

Correia da Silva, Mario January 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T15:49:18Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo127_1.pdf: 5135920 bytes, checksum: 7ce3b83de0b3c66828d195aba8d141ea (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2007 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A família Araceae pertence às monocotiledôneas estimando-se que inclua cerca de 3.500 espécies e 105 gêneros, com ampla distribuição mundial, exceto na Antártida. O gênero Anthurium Schott concentra o maior número de espécies (ca. de 800), seguido de Philodendron Schott que inclui cerca de 400 espécies, no qual concentra-se a maioria das análises deste trabalho. A presente avaliação inclui análises citogenéticas de 40 espécies da família Araceae, enquanto 19 espécies foram amostradas pela primeira vez através de marcadores moleculares (DNA Amplification Fingerprinting DAF). Coletas incluíram áreas de floresta amazônica (estados de Manaus e Pará) e de Mata Atlântica incluindo quatro estados brasileiros (Alagoas, Bahia, Minas Gerais e Pernambuco). Para 32 espécies tratam-se das primeiras informações citológicas. O número cromossômico 2n=32 foi observado em 21 espécies, seguido por 2n=34 em oito espécies. O número 2n=30 foi observado apenas em quatro espécies, porém, o mais incomum foi o número 2n=46, observado numa única espécie. Quanto à morfologia cromossômica, observou-se uma conservação entre as populações da maioria das espécies estudadas, com predominância de pares submetacêntricos e metacêntricos, com poucos acrocêntricos. Com base nas atuais análises e em dados da literatura, a disploidia parece ser o principal mecanismo citoevolutivo, sobretudo em Philodendron, o qual pode ser considerado como um gênero paleopoliplóide. Em 13 espécies, a coloração com fluorocromos, antes ou após o tratamento para bandeamento C, evidenciou variações qualitativas (CMA3/DAPI e CB-CMA3 Palavras-chave: Araceae, Cromossomos, Disploidia, Hibridização, Fluorocromos, DNA Amplification Fingerprinting, UPGMA. /DAPI, respectivamente), quantitativas e de posição da heterocromatina constitutiva, revelando tratar-se de um importante marcador carioevolutivo. A impregnação argêntica revelou a variação da quantidade de nucléolos em quatro espécies, que apresentaram no máximo quatro, seis ou oito nucléolos. O presente trabalho apresenta também os primeiro dados com técnicas de bandeamento para Philodendron e Anthurium (e para a família Araceae), assim como hibridização in situ fluorescente (FISH) com sonda de DNAr 45S para A. gracile. Polimorfismos revelados pelo marcador DAF e analisados pelo método de UPGMA permitiram uma distinção entre os 16 taxa analisados, com níveis significativos de polimorfismo. Dendrogramas gerados por esta metodologia foram consistentes com informações taxonômicas e dados populacionais. As relações intra, interespecíficas e intergenéricas (Philodendron e Dieffenbachia) são discutidas, revelando possíveis tendências evolutivas
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Citogenética em espécies do gênero Eichhornia Kunth, Pontederiaceae Kunth

SILVA, Maria Luiza da 10 February 2014 (has links)
Submitted by (edna.saturno@ufrpe.br) on 2016-06-29T13:52:35Z No. of bitstreams: 1 Maria Luiza da Silva.pdf: 1369807 bytes, checksum: 27a12fb618790d4807325a30dfc6fc12 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-06-29T13:52:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Maria Luiza da Silva.pdf: 1369807 bytes, checksum: 27a12fb618790d4807325a30dfc6fc12 (MD5) Previous issue date: 2014-02-10 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / Eichhornia is a Neotropical genus belonging to the family Pontederiaceae. It occurs in aquatic environments with outstanding ecological importance. Chromosome studies in the genus are scarce, limited to the description chromosome numbers. This study aimed to analyze four species of Eichhornia, by conventional Giemsa staining, fluorochrome staining with CMA and DAPI and fluorescent in situ hybridization (FISH), to characterize the karyotypes and define numerical or structural karyotypic polymorphisms that could contribute to interspecific differentiation between these four species and the understanding of chromosome evolution of the genus Eichhornia. All species have small chromosomes and symmetrical karyotypes, from 0.73 μm in E. crassipes to 2.94 μm in E. heterosperma and predominantly metacentric. Chromosomal counts were 2n = 32 for E. crassipes, 2n = 30 for E. heterosperma, 2n = 28 for E. diversifolia and 2n = 16 for E. paniculata. The investigated species showed interphase nuclei ranging from areticulate to semi-reticulate and proximal early condensation in prophase chromosomes with most intense staining in pericentromeric regions. The CMA/DAPI staining revealed CMA+/DAPI- bands that were co-localized with 45S rDNA sites in terminal regions. Two signals were observed for E. heterosperma and E. diversifolia, and four signals in E. paniculata and E. crassipes, although six CMA+ signals were observed in the latter species. The 5S rDNA did not vary in the number of sites but in position. Two sites were observed in the terminal region in E. paniculata and in the pericentromeric region in the other species. Chromosomal inversion and dysploidy were suggested to explain the non-colinearity of 5S rDNA sites. / Eichhornia é um gênero Neotropical pertencente à família Pontederiaceae. Ocorre em ambientes aquáticos com destacada importância ecológica. Estudos cromossômicos em espécies do gênero são escassos, limitando-se a descrição da quantidade de cromossomos. O presente trabalho teve como finalidade analisar quatro espécies de Eichhornia através da coloração convencional com Giemsa, com os fluorocromos CMA e DAPI e pela hibridização in situ fluorescente (FISH), visando caracterizar os cariótipos e definir polimorfismos cariotípicos numéricos ou estruturais que contribuam para a diferenciação interespecífica entre essas quatro espécies e para a compreensão da evolução cromossômica do gênero Eichhornia. Todas as espécies apresentaram cromossomos pequenos e cariótipos simétricos, medindo desde 0.73 μm em E. crassipes a 2.94 μm em E. heterosperma e cromossomos predominantemente metacêntricos. As contagens cromossômicas foram 2n = 32 para E. crassipes, 2n = 30 para E. heterosperma, 2n = 28 para E. diversifolia e 2n = 16 para E. paniculata. As espécies investigadas apresentaram núcleos interfásicos variando de arreticulados a semi-reticulados e cromossomos com condensação profásica proximal com coloração mais intensa na região pericentromérica. A coloração CMA/DAPI revelou bandas do tipo CMA+/DAPI- que foram co-localizadas com os sítios de DNAr 45S nas regiões distais. Dois sinais foram observados para E. heterosperma e E. diversifolia e quatro sinais em E. paniculata e em E. crassipes, embora tenham sido observados seis sinais CMA+ nesta última espécie. O DNAr 5S não variou em número de sítios, mas em posição. Dois sítios foram observados na região terminal em E. paniculata e na região pericentromérica das demais espécies. Eventos de inversão e disploidia cromossômica foram sugeridos para explicar a não colinearidade dos sítios de DNAr 5S.
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Os cromossomos holocêntricos de rhynchospora vahl (cyperaceae): Evolução cariotípica e diversidade de sequências satélites

SANTOS, Tiago Ribeiro Barros dos 04 March 2016 (has links)
Submitted by Irene Nascimento (irene.kessia@ufpe.br) on 2016-08-12T19:39:07Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Tese_versão_final_biblioteca_português.pdf: 2265965 bytes, checksum: 707851ccf48e28513fc34178bca7c739 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-08-12T19:39:07Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Tese_versão_final_biblioteca_português.pdf: 2265965 bytes, checksum: 707851ccf48e28513fc34178bca7c739 (MD5) Previous issue date: 2016-03-04 / Capes / Cromossomos holocêntricos apresentam atividade cinetocórica difusa e essa organização favorece, em teoria, rápidas variações cromossômicas numéricas e o acúmulo de DNA satélite (DNAsat) predominantemente nas regiões terminais dos cromossomos. O gênero de plantas Rhynchospora (Cyperaceae), um dos diversos grupos com esse tipo cromossômico, apresenta espécies com cariótipos entre 2n = 4 e 2n = 58, cuja variação é atribuída à poliploidia e a eventos de quebra/fusão, levando a disploidias. Quanto à distribuição de DNAsat, o único relato até o momento revelou uma baixa proporção dessas sequências, com o único repeat identificado (Tyba) associado aos holocentrômeros. Com o intuito de entender como a estrutura centromérica difusa interfere na organização de sequências ao longo do cromossomo e na evolução do cariótipo como um todo, foram realizadas uma análise de reconstrução dos números cromossômicos ancestrais de Rhynchospora em um contexto filogenético e a caracterização de DNAsats em três espécies do gênero. O complemento cromossômico 2n = 10 foi indicado como o mais provável para o ancestral do gênero, tendo sido mantido em diferentes taxa. A maioria dos clados mostrou números estáveis e a homoplasia de cariótipos foi observada em uma frequência relativamente baixa. Os genomas de R. ciliata/R. globosa e R. tenuis apresentaram duas e uma família(s) de DNAsat, respectivamente, com um padrão de condensação típico (blocos condensados em intérfase). Uma localização preferencial nos terminais cromossômicos foi observada apenas para os DNAsat de R. globosa. Três tipos de cromatina foram revelados pela distribuição dessas sequências: (1) associadas à heterocromatina e presente na forma de cromocentros em intérfase e blocos nos cromossomos metafásicos (R. ciliata e R. globosa); (2) compactados em interfase mas parcialmente descondensados em metáfase e não diretamente associados à heterocromatina (R. ciliata e R. tenuis); ou (3) associados aos holocentrômeros (R. ciliata e R. tenuis). De forma geral em Rhynchospora, os eventos de fusão e fissão parecem atuar localmente no remodelamento dos cariótipos e as sequências satélites não mostram uma tendência única de distribuição. A estrutura centromérica difusa, portanto, não determina em larga escala a dinâmica evolutiva dos cromossomos do gênero. / Holocentric chromosomes show diffuse kinetochore activity, what would lead to fast evolution of chromosome numbers and a biased distribution of satellite repeats. The plant genus Rhynchospora (Cyperaceae) possesses holocentric chromosomes and shows a large chromosome number variation (2n = 4 to 2n = 58) attributed to polyploidy and frequent fusion/fission events, leading to dysploidy. Regarding satellite repeats (satDNA), the only investigated species showed a low proportion of these sequences, with the single family identified associated to the holocentromeres. In the present work, aiming to better understand how the diffuse centromere organisation could interfere with the distribution of satellite repeats along the chromosomes and with the karyotype evolution as a whole, we combined a reconstruction of Rhynchospora chromosome numbers in a phylogenetic framework and the characterisation of satellite repeats in three selected species. The karyotype with 2n = 10 was suggested as the ancestral state and was maintained in different lineages. Most of the clades showed stable chromosome number and recurrent karyotypes changes (leading to homoplasies) were detected in low frequency. All Rhynchospora species analysed (R. ciliata, R. globosa and R. tenuis) showed a higher diversity of satellite repeats than R. pubera, with most of the repeats showing a typical condensation profile (clustered in interphase). A preferential terminal location on chromosomes was only observed for R. globosa satDNAs. These sequences, however, might represent different chromatin types, organized in distinct ways: (1) associated to the heterochromatin and clustered in interphase and metaphase (identified in R. ciliata and R. globosa only); (2) clustered in interphase but partially decondensed in metaphase and not associated to heterochromatin domains (R. ciliata e R. tenuis); (3) associated to the holocentromeres (R. ciliata e R. tenuis). Taken together, at least for Rhynchospora, fusion/fission events may not act in a broader way in the reshuffling of karyotypes and satellite repeats distribution do not appeared to be biased towards the chromosome termini. A non-localized centromere, therefore, must not constrain, in a large scale, the chromosome evolution of the genus.

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