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A questão nuclear na relação argentino-brasileira (1968-1984) / La cuestión nuclear en la relación argentino-brasilña (1968-1984)

Rodrigo Mallea 05 July 2012 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Este trabalho visa explorar a dinâmica da relação nuclear entre Argentina e o Brasil ao longo do período 1968-1984. Em particular, ele procura analisar a interação de duas dimensões desta relação. A primeira, de ordem bilateral, centra-se no estudo da rivalidade argentino-brasileira e procura medir o seu impacto tanto nas decisões nucleares de cada país como nas tentativas de estabelecer um acordo de cooperação nesta área. A segunda dimensão, de ordem internacional, analisa o impacto que teve sobre o relacionamento argentino-brasileiro a coincidente postura de ambos os países frente o regime de não proliferação nuclear (Tlatelolco e TNP) e a pressão internacional que ambos tiveram que suportar sobre os seus programas nucleares. Com esse objetivo, o trabalho se concentra em uma abordagem histórica guiada por fontes primárias (pesquisa de arquivo e entrevistas pessoais) com o objeto de reconstruir a narrativa histórica e contribuir a novas interpretações sobre o relacionamento argentino-brasileiro no período em questão em base à nova evidencia apresentada. São apresentadas quatro conclusões centrais: (1) mesmo sob uma situação de competição regional e crescente disputa geopolítica na Bacia da Prata, não houve uma corrida armamentista para a obtenção da bomba devido à natureza da rivalidade argentino-brasileira; (2) em todo momento os dois países têm incentivos para cooperar no campo nuclear por causa da sua visão compartilhada respeito à ordem nuclear global e a falta de informação perfeita sobre as atividades nucleares do outro país; (3) a dinâmica da rivalidade regional argentino-brasileira é fundamental para explicar por que, apesar de numerosas tentativas de cooperação nuclear de ambos os lados, escolhem uma lógica de não-cooperação entre as décadas de 1960 e 1970, e posteriormente, passam a uma de cooperação no começo de 1980 (4) a democratização como variável central para explicar o rapprochement nuclear teve um papel menor do que a literatura sugere. / El presente trabajo tiene como objeto explorar la dinámica de la relación nuclear argentino-brasileña entre 1968-1984. En particular, se propone estudiar la interacción de dos dimensiones de esta relación. La primera, de orden bilateral, se centra en un análisis de la rivalidad regional argentino-brasileña con el fin de medir en qué grado ello se trasladó al campo nuclear y qué efectos tuvo sobre las tentativas de alcanzar un acuerdo en dicha área. La segunda, de orden internacional, analiza el impacto que tuvo sobre la relación bilateral argentino-brasileña la coincidente postura de ambos países frente al régimen de no proliferación nuclear (Tlatelolco y TNP) y la presión internacional que ambos debieron soportar sobre sus programas nucleares. Para ello, el trabajo propone una investigación histórica guiada por fuentes primarias (investigación de archivo y entrevistas personales) con el fin de reconstruir la narrativa existente y contribuir a nuevas interpretaciones sobre la relación argentino-brasileña en dicho período. Se presentan cuatro conclusiones centrales: (1) aún en un contexto de competencia regional signado por la creciente disputa geopolítica en la Cuenca del Plata, no existió una carrera armamentista por la bomba debido a la naturaleza de la rivalidad argentino-brasileña; (2) en todo momento ambos países tienen incentivos para cooperar en el campo nuclear por causa de su visión compartida frente al orden nuclear internacional y la falta de información perfecta sobre las actividades nucleares del otro país; (3) la rivalidad regional es central para explicar por qué, a pesar de numerosas tentativas de cooperación nuclear de ambos lados, se pasa de una lógica de nocooperación entre las décadas de 1960 y 1970 a una de cooperación en el comienzo de 1980 y (4) la democratización como principal variable para explicar el rapprochement nuclear argentino-brasileño tiene un rol menor del que sugiere la literatura.
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A questão nuclear na relação argentino-brasileira (1968-1984) / La cuestión nuclear en la relación argentino-brasilña (1968-1984)

Rodrigo Mallea 05 July 2012 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Este trabalho visa explorar a dinâmica da relação nuclear entre Argentina e o Brasil ao longo do período 1968-1984. Em particular, ele procura analisar a interação de duas dimensões desta relação. A primeira, de ordem bilateral, centra-se no estudo da rivalidade argentino-brasileira e procura medir o seu impacto tanto nas decisões nucleares de cada país como nas tentativas de estabelecer um acordo de cooperação nesta área. A segunda dimensão, de ordem internacional, analisa o impacto que teve sobre o relacionamento argentino-brasileiro a coincidente postura de ambos os países frente o regime de não proliferação nuclear (Tlatelolco e TNP) e a pressão internacional que ambos tiveram que suportar sobre os seus programas nucleares. Com esse objetivo, o trabalho se concentra em uma abordagem histórica guiada por fontes primárias (pesquisa de arquivo e entrevistas pessoais) com o objeto de reconstruir a narrativa histórica e contribuir a novas interpretações sobre o relacionamento argentino-brasileiro no período em questão em base à nova evidencia apresentada. São apresentadas quatro conclusões centrais: (1) mesmo sob uma situação de competição regional e crescente disputa geopolítica na Bacia da Prata, não houve uma corrida armamentista para a obtenção da bomba devido à natureza da rivalidade argentino-brasileira; (2) em todo momento os dois países têm incentivos para cooperar no campo nuclear por causa da sua visão compartilhada respeito à ordem nuclear global e a falta de informação perfeita sobre as atividades nucleares do outro país; (3) a dinâmica da rivalidade regional argentino-brasileira é fundamental para explicar por que, apesar de numerosas tentativas de cooperação nuclear de ambos os lados, escolhem uma lógica de não-cooperação entre as décadas de 1960 e 1970, e posteriormente, passam a uma de cooperação no começo de 1980 (4) a democratização como variável central para explicar o rapprochement nuclear teve um papel menor do que a literatura sugere. / El presente trabajo tiene como objeto explorar la dinámica de la relación nuclear argentino-brasileña entre 1968-1984. En particular, se propone estudiar la interacción de dos dimensiones de esta relación. La primera, de orden bilateral, se centra en un análisis de la rivalidad regional argentino-brasileña con el fin de medir en qué grado ello se trasladó al campo nuclear y qué efectos tuvo sobre las tentativas de alcanzar un acuerdo en dicha área. La segunda, de orden internacional, analiza el impacto que tuvo sobre la relación bilateral argentino-brasileña la coincidente postura de ambos países frente al régimen de no proliferación nuclear (Tlatelolco y TNP) y la presión internacional que ambos debieron soportar sobre sus programas nucleares. Para ello, el trabajo propone una investigación histórica guiada por fuentes primarias (investigación de archivo y entrevistas personales) con el fin de reconstruir la narrativa existente y contribuir a nuevas interpretaciones sobre la relación argentino-brasileña en dicho período. Se presentan cuatro conclusiones centrales: (1) aún en un contexto de competencia regional signado por la creciente disputa geopolítica en la Cuenca del Plata, no existió una carrera armamentista por la bomba debido a la naturaleza de la rivalidad argentino-brasileña; (2) en todo momento ambos países tienen incentivos para cooperar en el campo nuclear por causa de su visión compartida frente al orden nuclear internacional y la falta de información perfecta sobre las actividades nucleares del otro país; (3) la rivalidad regional es central para explicar por qué, a pesar de numerosas tentativas de cooperación nuclear de ambos lados, se pasa de una lógica de nocooperación entre las décadas de 1960 y 1970 a una de cooperación en el comienzo de 1980 y (4) la democratización como principal variable para explicar el rapprochement nuclear argentino-brasileño tiene un rol menor del que sugiere la literatura.

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