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Violência doméstica : vitimização e enfrentamento

Costa, Lila Maria Gadoni January 2010 (has links)
Esta pesquisa investigou a violência doméstica contra a mulher a partir um estudo teórico e dois estudos empíricos. O primeiro estudo empírico apresenta um levantamento do perfil dos casos atendidos no setor de psicologia de uma Delegacia para a Mulher, em município da região metropolitana de Porto Alegre, no período de 2006 a 2008. O levantamento foi realizado a partir de 351 fichas de mulheres e adolescentes com idades entre 12 e 78 anos (M=36,95; DP=13,09). Os tipos de violência perpetrada foram violências física, psicológica e sexual contra a mulher ou contra seus filhos. Os dados levantados confirmam estudos que apontam que a maioria dos casos de violência contra a mulher ocorre em seus próprios lares e que o uso de álcool e drogas e a presença de violência anterior nas famílias podem ser apontados como fatores de risco para a violência doméstica. O segundo estudo investigou, através de dois estudos de caso, a presença da multigeracionalidade e o processo de enfrentamento (coping) na violência doméstica. Foi observada presença de multigeracionalidade em ambos os casos e estratégias de enfrentamento à violência focada tanto na emoção como no problema, que evoluíram com o tempo. As participantes contaram com recursos pessoais, como autoestima e autoeficácia, além dos recursos sócioecológicos, como a delegacia para a mulher, o atendimento psicológico e o apoio da rede social no resgate da autoconfiança, confirmando a importância desses fatores no enfrentamento da violência doméstica. Medidas no sentido de aperfeiçoar o atendimento a essa população, através de uma maior compreensão dos aspectos que envolvem a multigeracionalidade e o processo de enfrentamento podem contribuir para erradicar a violência doméstica contra a mulher. / This research investigated domestic violence against women through literature review and two empirical studies. The first empirical study presents a survey on the cases consulted in the psychological service of a women’s police station unit, in a city located in Porto Alegre’s metropolitan area, from 2006 to 2008. The survey was done through the analyses of 351 forms of women aged between 12 and 78 years (M=36,95; SD=13,09). The types of violence perpetrated included physical, psychological and sexual abuse against women or their children. The gathered data confirmed studies demonstrating that the majority of the violence cases against women occur in their own homes and that the use of alcohol or drugs and the presence of previous violence in the families can be indicated as risk for domestic violence. The second study investigated, through two case studies, multigenerational aspects and the coping process in domestic violence. It was observed multigenerational aspects in both cases and that strategies to address violence were focused as much on emotion as in problem, and evolutes over time. Participants relied on personal resources, such as selfesteem and self-efficacy, in addition to socio-ecological resources, such as the women’s police station, psychological attendance and social network support in the rescue of confidence, confirming the relevance of these strategies in coping with domestic violence Steps to improve the attendance to this population through a better comprehension of the aspects that involve multigenerational and coping process may contribute to end domestic violence against women.
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Violência doméstica : vitimização e enfrentamento

Costa, Lila Maria Gadoni January 2010 (has links)
Esta pesquisa investigou a violência doméstica contra a mulher a partir um estudo teórico e dois estudos empíricos. O primeiro estudo empírico apresenta um levantamento do perfil dos casos atendidos no setor de psicologia de uma Delegacia para a Mulher, em município da região metropolitana de Porto Alegre, no período de 2006 a 2008. O levantamento foi realizado a partir de 351 fichas de mulheres e adolescentes com idades entre 12 e 78 anos (M=36,95; DP=13,09). Os tipos de violência perpetrada foram violências física, psicológica e sexual contra a mulher ou contra seus filhos. Os dados levantados confirmam estudos que apontam que a maioria dos casos de violência contra a mulher ocorre em seus próprios lares e que o uso de álcool e drogas e a presença de violência anterior nas famílias podem ser apontados como fatores de risco para a violência doméstica. O segundo estudo investigou, através de dois estudos de caso, a presença da multigeracionalidade e o processo de enfrentamento (coping) na violência doméstica. Foi observada presença de multigeracionalidade em ambos os casos e estratégias de enfrentamento à violência focada tanto na emoção como no problema, que evoluíram com o tempo. As participantes contaram com recursos pessoais, como autoestima e autoeficácia, além dos recursos sócioecológicos, como a delegacia para a mulher, o atendimento psicológico e o apoio da rede social no resgate da autoconfiança, confirmando a importância desses fatores no enfrentamento da violência doméstica. Medidas no sentido de aperfeiçoar o atendimento a essa população, através de uma maior compreensão dos aspectos que envolvem a multigeracionalidade e o processo de enfrentamento podem contribuir para erradicar a violência doméstica contra a mulher. / This research investigated domestic violence against women through literature review and two empirical studies. The first empirical study presents a survey on the cases consulted in the psychological service of a women’s police station unit, in a city located in Porto Alegre’s metropolitan area, from 2006 to 2008. The survey was done through the analyses of 351 forms of women aged between 12 and 78 years (M=36,95; SD=13,09). The types of violence perpetrated included physical, psychological and sexual abuse against women or their children. The gathered data confirmed studies demonstrating that the majority of the violence cases against women occur in their own homes and that the use of alcohol or drugs and the presence of previous violence in the families can be indicated as risk for domestic violence. The second study investigated, through two case studies, multigenerational aspects and the coping process in domestic violence. It was observed multigenerational aspects in both cases and that strategies to address violence were focused as much on emotion as in problem, and evolutes over time. Participants relied on personal resources, such as selfesteem and self-efficacy, in addition to socio-ecological resources, such as the women’s police station, psychological attendance and social network support in the rescue of confidence, confirming the relevance of these strategies in coping with domestic violence Steps to improve the attendance to this population through a better comprehension of the aspects that involve multigenerational and coping process may contribute to end domestic violence against women.
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Violência doméstica : vitimização e enfrentamento

Costa, Lila Maria Gadoni January 2010 (has links)
Esta pesquisa investigou a violência doméstica contra a mulher a partir um estudo teórico e dois estudos empíricos. O primeiro estudo empírico apresenta um levantamento do perfil dos casos atendidos no setor de psicologia de uma Delegacia para a Mulher, em município da região metropolitana de Porto Alegre, no período de 2006 a 2008. O levantamento foi realizado a partir de 351 fichas de mulheres e adolescentes com idades entre 12 e 78 anos (M=36,95; DP=13,09). Os tipos de violência perpetrada foram violências física, psicológica e sexual contra a mulher ou contra seus filhos. Os dados levantados confirmam estudos que apontam que a maioria dos casos de violência contra a mulher ocorre em seus próprios lares e que o uso de álcool e drogas e a presença de violência anterior nas famílias podem ser apontados como fatores de risco para a violência doméstica. O segundo estudo investigou, através de dois estudos de caso, a presença da multigeracionalidade e o processo de enfrentamento (coping) na violência doméstica. Foi observada presença de multigeracionalidade em ambos os casos e estratégias de enfrentamento à violência focada tanto na emoção como no problema, que evoluíram com o tempo. As participantes contaram com recursos pessoais, como autoestima e autoeficácia, além dos recursos sócioecológicos, como a delegacia para a mulher, o atendimento psicológico e o apoio da rede social no resgate da autoconfiança, confirmando a importância desses fatores no enfrentamento da violência doméstica. Medidas no sentido de aperfeiçoar o atendimento a essa população, através de uma maior compreensão dos aspectos que envolvem a multigeracionalidade e o processo de enfrentamento podem contribuir para erradicar a violência doméstica contra a mulher. / This research investigated domestic violence against women through literature review and two empirical studies. The first empirical study presents a survey on the cases consulted in the psychological service of a women’s police station unit, in a city located in Porto Alegre’s metropolitan area, from 2006 to 2008. The survey was done through the analyses of 351 forms of women aged between 12 and 78 years (M=36,95; SD=13,09). The types of violence perpetrated included physical, psychological and sexual abuse against women or their children. The gathered data confirmed studies demonstrating that the majority of the violence cases against women occur in their own homes and that the use of alcohol or drugs and the presence of previous violence in the families can be indicated as risk for domestic violence. The second study investigated, through two case studies, multigenerational aspects and the coping process in domestic violence. It was observed multigenerational aspects in both cases and that strategies to address violence were focused as much on emotion as in problem, and evolutes over time. Participants relied on personal resources, such as selfesteem and self-efficacy, in addition to socio-ecological resources, such as the women’s police station, psychological attendance and social network support in the rescue of confidence, confirming the relevance of these strategies in coping with domestic violence Steps to improve the attendance to this population through a better comprehension of the aspects that involve multigenerational and coping process may contribute to end domestic violence against women.
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Percepção de Maus-Tratos no Domicílio pelo Idoso Morador no Município de Juazeiro-BA

BEZERRA, M. L. B. F. 29 October 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-29T14:10:13Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_3632_FINAL IMPRESSAO maria Luiza.pdf: 614540 bytes, checksum: 15832be9c728b09c7cdd1fda046eb3ec (MD5) Previous issue date: 2010-10-29 / A população brasileira apresenta um processo de envelhecimento acelerado e se espera que em 2025 o Brasil seja o sexto país com mais idosos no mundo (IBGE, 2004). Os profissionais da saúde, principalmente aqueles que fazem parte da Estratégia de Saúde da Família e Comunidade, deparam-se constantemente - com queixas relacionadas à violência doméstica e social contra os idosos. Assim, necessitam compreender este fenômeno para atuar em defesa e garantir a qualidade de vida destes indivíduos. A Teoria Bioecológica do Desenvolvimento Humano de Bronfenbrenner (1996) foi a fundamentação teórica utilizada nesta pesquisa e permitiu o estudo do idoso dentro do microssistema familiar, a sua integração dentro deste ambiente ecológico e assim tornou possível a investigação sobre a violência que ocorre no domicílio. O objetivo geral deste trabalho foi analisar a percepção de violência pelo idoso e como ele reage diante de uma situação de violência. A investigação, realizada em Juazeiro-BA, contou com a participação de 10 idosos, na faixa etária entre 64 e 84 anos, que frequentavam a Unidade de Saúde da Família e que possuiam indícios de violência. As informações sóciodemográficas dos participantes foram coletadas a partir do prontuário da família dos idosos e complementadas no momento da entrevista. Dos 10 idosos pesquisados, 9 eram do sexo feminino, 6 tinham mais de seis filhos, 5 moravam com mais de quatro pessoas no domicílio, 8 eram analfabetos e tinham alguma religião, 6 eram do lar, 10 possuiam alguma doença crônica e 10 recebiam até um salário mínimo: sendo, para a maioria, a única fonte de renda da família. O roteiro da entrevista continha questões que buscavam identificar os seguintes aspectos: relações familiares e pessoais dos idosos; tipos de violência e a percepção deles da violência; autores da violência; reações e a estratégia de enfrentamento utilizadas por eles diante da situação. Depois da transcrição das entrevistas, foi efetuada a análise do conteúdo conforme orienta Bardin (2006). As principais formas de violência presentes no ambiente doméstico dos idosos foram a psicológica (90%) e a negligência (100%), seguindo com a financeira (50%) e em menor proporção a física (30%) e o abandono (30%). A violência foi percebida nas ações e circunstâncias vivenciadas por eles no cotidiano como confusão, bebida, brigas, desentendimento, brutalidade, desobediência, tristeza e agressão física. Em relação aos autores da violência, observou-se que eram, na maioria das vezes, filhos da vitima, do sexo masculino, dependentes financeiramente e usuários de drogas e de álcool. A reação dos idosos diante das situações de violência apresentou-se em alguns casos como inexistente, ou em outras situações de forma tímida, temerosa e fragilizada. Alguns idosos apresentaram reações através da manifestação patológicas diante das situações. O apoio de familiares e amigos, como também a religião, foram as estratégias de enfrentamento utilizadas. Também se observou que oito participantes não conheciam o Estatuto do Idoso (2003). Este trabalho aponta a necessidade de capacitação dos profissionais que fazem parte da estratégia saúde da família, no que se refere à violência contra o idoso e articulação de uma rede de apoio a fim de formar parcerias para o combate à violência. Sugere-se também a inserção do psicólogo como integrante da equipe a fim de apoiar os profissionais e oferecer melhor assistência. Os dados sobre as características peculiares deste grupo populacional poderão ser levados em consideração no momento da formulação e implementação das políticas públicas e dos planos de enfrentamento da violência.
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Estresse e enfrentamento em pacientes neurológicos portadores de HTLV-I.

Silva, Arnaldo Rocha 13 December 2011 (has links)
Submitted by Edileide Reis (leyde-landy@hotmail.com) on 2015-04-08T21:07:26Z No. of bitstreams: 1 Arnaldo Rocha Silva.pdf: 853243 bytes, checksum: 2ddb94b7f13cbf248529a4d141134bd5 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-04-08T21:07:26Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Arnaldo Rocha Silva.pdf: 853243 bytes, checksum: 2ddb94b7f13cbf248529a4d141134bd5 (MD5) Previous issue date: 2011-12-13 / O presente estudo, realizado em dois ambulatórios de referência na Bahia, no período de fevereiro de 2006 a agosto de 2007, tem como finalidade, determinar a prevalência de estresse nos pacientes neurológicos portadores de HTLV-I e as diversas fases em que se encontram; determinar a prevalência dos mecanismos de enfrentamento nos referidos pacientes e as estratégias utilizadas; avaliar a associação entre fatores de estresse e mecanismos de enfrentamento e avaliar uma possível associação entre estresse e mecanismos de enfrentamento de acordo com gênero, idade e escolaridade. A população foi composta por 45 pacientes atendidos no ambulatório de HTLV-I da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública e da Fundação de Neurologia e Neurocirurgia – Instituto do Cérebro, na cidade de Salvador-BA. Foram utilizados dois instrumentos na coleta dos dados: Inventário de Sintomas de Stress de Lipp (ISSL) e Inventário de Estratégias de Coping de Folkman e Lazarus. Os resultados foram tabulados e analisados, utilizando-se o pacote estatístico R versão 2.13.1 para Linux. Obteve-se pela avaliação dos instrumentos aplicados que 71% dos entrevistados percebem-se estressados. Quanto às estratégias de enfrentamento utilizadas pelos pacientes destaca-se a reavaliação positiva, seguida de afastamento e autocontrole. O paciente acometido por infecção com HTLV-1 é estressado, mas percebe-se no mesmo, estratégias de enfrentamento que oferecem apoio a seguir em frente na luta pela vida.
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O impacto do trabalho nas variáveis coping e bem-estar subjetivo em uma amostra de adolescentes

Arteche, Adriane Xavier January 2003 (has links)
A adolescência tem sido compreendida enquanto etapa de transição entre a infância e a idade adulta há muito tempo. No século IV a.C. o caráter universal desde período do desenvolvimento já era referido nas descrições de Aristóteles. No entanto, as concepções sobre adolescência normal, especialmente nos países mais pobres, como o Brasil, chocam-se com o mundo real. Diante da realidade de pobreza e violência, os jovens adolescentes não se preocupam apenas com estudo e lazer, mas incluem em suas vidas o contexto do trabalho. Frente a isto, esta pesquisa avaliou, em adolescentes, o impacto do trabalho nas variáveis coping e bem-estar subjetivo, comparando adolescentes não-trabalhadores, adolescentes em regime de trabalho regular e adolescentes em regime de trabalho educativo. A amostra foi composta de 193 jovens entre 14 e 17 anos de idade (77 não-trabalhadores, 58 trabalhadores em regime regular e 58 trabalhadores em regime educativo). Os instrumentos utilizados foram um questionário demográfico, a Escala Multidimensional de Satisfação de Vida (que avalia a satisfação de vida a partir dos fatores família, amizade, self, self comparado, escola, não violência e trabalho), as Escalas de Afeto Positivo e Afeto Negativo (PANAS), a Escala de Eventos de Vida Estressores na Adolescência e a Entrevista sobre Estratégias de Coping no Trabalho. Os resultados demonstraram que, entre os três grupos de jovens, os adolescentes em regime de trabalho educativo mostraram-se mais satisfeitos com suas vidas, principalmente em relação à subescala self comparado. Na comparação entre os dois grupos os jovens trabalhadores, aqueles de regime educativo mostraram-se mais satisfeitos com seu trabalho; as estratégias de coping, no entanto, não correlacionaram-se com o bem-estar subjetivo, nem diferenciaram os grupos, sendo que ambos referiram uma maior utilização de coping ativo frente a eventos estressores no trabalho.
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O enfrentamento ao fenômeno discriminatório sob a ótica dos servidores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Badalotti, Tatiana Stürmer January 2017 (has links)
A discriminação é entendida como fator causador de prejuízos e iniquidades em saúde. Ela pode ocasionar sofrimento psicológico, adoção de comportamentos negativos, como o consumo de álcool e tabaco, estresse, ansiedade, além das alterações nos sistemas fisiológicos do organismo. O objetivo desta pesquisa foi explorar o fenômeno discriminatório e formas de enfrentamentos aos fenômenos por servidores, vinculados à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Tratase de um estudo qualitativo analítico, que buscou gerar informações por meio da realização de entrevistas individuais semiestruturadas, as quais foram interpretadas pela perspectiva teórica da fenomenologia. O material textual produzido foi interpretado seguindo o método de análise de conteúdo de Bardin. Os principais resultados revelam um modelo de enfrentamento à discriminação, onde as categorias inter-relacionam-se. Neste modelo a categoria cultura ocupa um papel central, interligando-se com as cotas, educação formal, legislação e políticas públicas, mídias e educação informal, como principais estratégias de enfrentamento à discriminação.
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O impacto do trabalho nas variáveis coping e bem-estar subjetivo em uma amostra de adolescentes

Arteche, Adriane Xavier January 2003 (has links)
A adolescência tem sido compreendida enquanto etapa de transição entre a infância e a idade adulta há muito tempo. No século IV a.C. o caráter universal desde período do desenvolvimento já era referido nas descrições de Aristóteles. No entanto, as concepções sobre adolescência normal, especialmente nos países mais pobres, como o Brasil, chocam-se com o mundo real. Diante da realidade de pobreza e violência, os jovens adolescentes não se preocupam apenas com estudo e lazer, mas incluem em suas vidas o contexto do trabalho. Frente a isto, esta pesquisa avaliou, em adolescentes, o impacto do trabalho nas variáveis coping e bem-estar subjetivo, comparando adolescentes não-trabalhadores, adolescentes em regime de trabalho regular e adolescentes em regime de trabalho educativo. A amostra foi composta de 193 jovens entre 14 e 17 anos de idade (77 não-trabalhadores, 58 trabalhadores em regime regular e 58 trabalhadores em regime educativo). Os instrumentos utilizados foram um questionário demográfico, a Escala Multidimensional de Satisfação de Vida (que avalia a satisfação de vida a partir dos fatores família, amizade, self, self comparado, escola, não violência e trabalho), as Escalas de Afeto Positivo e Afeto Negativo (PANAS), a Escala de Eventos de Vida Estressores na Adolescência e a Entrevista sobre Estratégias de Coping no Trabalho. Os resultados demonstraram que, entre os três grupos de jovens, os adolescentes em regime de trabalho educativo mostraram-se mais satisfeitos com suas vidas, principalmente em relação à subescala self comparado. Na comparação entre os dois grupos os jovens trabalhadores, aqueles de regime educativo mostraram-se mais satisfeitos com seu trabalho; as estratégias de coping, no entanto, não correlacionaram-se com o bem-estar subjetivo, nem diferenciaram os grupos, sendo que ambos referiram uma maior utilização de coping ativo frente a eventos estressores no trabalho.
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O enfrentamento ao fenômeno discriminatório sob a ótica dos servidores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Badalotti, Tatiana Stürmer January 2017 (has links)
A discriminação é entendida como fator causador de prejuízos e iniquidades em saúde. Ela pode ocasionar sofrimento psicológico, adoção de comportamentos negativos, como o consumo de álcool e tabaco, estresse, ansiedade, além das alterações nos sistemas fisiológicos do organismo. O objetivo desta pesquisa foi explorar o fenômeno discriminatório e formas de enfrentamentos aos fenômenos por servidores, vinculados à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Tratase de um estudo qualitativo analítico, que buscou gerar informações por meio da realização de entrevistas individuais semiestruturadas, as quais foram interpretadas pela perspectiva teórica da fenomenologia. O material textual produzido foi interpretado seguindo o método de análise de conteúdo de Bardin. Os principais resultados revelam um modelo de enfrentamento à discriminação, onde as categorias inter-relacionam-se. Neste modelo a categoria cultura ocupa um papel central, interligando-se com as cotas, educação formal, legislação e políticas públicas, mídias e educação informal, como principais estratégias de enfrentamento à discriminação.
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Uma Proposta de Análise do Coping no Contexto de Grupo de Mães de Bebês Prematuros e com Baixo Peso na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal

RAMOS, F. P. 31 August 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-29T14:10:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_3518_Tese Fabiana Pinheiro Ramos versão final 16 06 2013.pdf: 15190716 bytes, checksum: 123c3b7dd486c28e4329c6d97bcdd7b3 (MD5) Previous issue date: 2012-08-31 / A Teoria Motivacional do Coping define o enfrentamento como o processo de autorregulação do comportamento, da emoção e da orientação motivacional em condições de estresse psicológico, com o objetivo de manter, restaurar ou reparar necessidades psicológicas básicas de relacionamento, competência e autonomia. Os estressores podem ser percebidos como ameaça ou desafio e seu enfrentamento é analisado em 12 famílias, consideradas o nível mais alto da estrutura hierárquica do coping, segundo seu desfecho adaptativo: (a) positivo (autoconfiança, busca de suporte, resolução de problemas, busca de informações, acomodação e negociação); e (b) negativo (delegação, isolamento, desamparo, fuga, submissão e oposição). Aplicou-se esta abordagem na análise do coping da hospitalização do bebê internado em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) por prematuridade e/ou baixo peso (PT-BP), no contexto de Grupo de Mães (GM), em uma maternidade pública. As participantes foram abordadas no próprio hospital e, após a explicação dos procedimentos da pesquisa, deram seu consentimento por escrito. Foram coletadas as variáveis neonatais na Ficha do Bebê e as 25 mães compuseram uma amostra de conveniência, e preencheram: (a) Protocolo de Registro de Dados Gerais, (b) Critério de Classificação Econômica Brasil, (c) Escala Modos de Enfrentamento de Problemas (EMEP), e (d) Questionário Momento da Notícia. Depois, participaram de um dos 7 GM (2-7 participantes), com metodologia breve e estruturada e composto por: Sessão 1 - Características do bebê e da UTIN - com um Questionário de Avaliação da Intervenção (QUAI); e Sessão 2 - Desenvolvimento infantil e cuidados após a alta hospitalar com Livro de Apoio à Intervenção, QUAI, um Inventário de Satisfação do Usuário e uma entrevista individual sobre o enfrentamento. Três observadores treinados preencheram: (a) Protocolo de Registro de Sessão, (b) Protocolo de Avaliação do Comportamento Verbal e Não Verbal das Mães em Situação de Grupo, e (c) Instrumento de Observação do Padrão de Interação do Mediador em Situação de Grupo. No seguimento, após a alta hospitalar, as mães foram entrevistadas e preencheram a Escala de Eventos Vitais e a EMEP. A análise do processo de enfrentamento mostrou que o momento da notícia da hospitalização e a primeira visita à UTIN causaram grande impacto emocional, com reações de tristeza, preocupação, medo e surpresa, compartilhadas pelos pais. As estratégias de enfrentamento mais utilizadas durante a hospitalização pertenciam às famílias de coping: autoconfiança, negociação, acomodação (mediadas principalmente por crenças religiosas) e busca de suporte (sobretudo do marido/companheiro), percebendo-se a situação como desafio e fonte de amadurecimento pessoal; mas ocorreram também estratégias menos adaptativas como a delegação. Houve correlações significativas entre: (a) nível socioeconômico mais alto e uso de estratégias relacionadas à necessidade de relacionamento; (b) mães multíparas e desamparo, fuga e oposição e estratégias de enfrentamento agrupadas como percepção de ameaça; (c) mães que não trabalhavam fora de casa e autoconfiança; e (d) maior número de dias de internação do bebê e menor delegação. Após a alta hospitalar, a maioria não relatou ter dificuldades com os bebês, apresentando maiores médias de negociação, autoconfiança, acomodação e busca de suporte e redução significativa de delegação. Duas mães enfrentaram diferentemente a perda dos filhos: com autoconfiança e resolução de problemas, e outra com negociação e autoconfiança; mas ambas apoiando-se na religião. Os GM tiveram boa adesão e avaliação pela aprendizagem, suporte psicológico oferecido e troca de experiências entre as mães, que relataram sentir-se melhor após as sessões. A mediadora do GM seguiu os critérios para a promoção do coping, especialmente no fornecimento de estrutura (contexto previsível, contingente e consistente). Os dados sugerem que o GM ajudou a promover o coping dessas mães ao alterar sua percepção de controle e de suporte social, e aumentar a satisfação de suas necessidades de competência e de relacionamento. Esta pesquisa apresentou a viabilidade do sistema de 12 famílias de coping para a análise do enfrentamento em adultos, forneceu contribuições teórico-metodológicas ao estudo do coping, e ampliou o conhecimento sobre o tema central ao identificar e analisar as estratégias de enfrentamento utilizadas pelas mães na relação com o estressor - hospitalização do bebê PT-BP em UTIN em vários momentos, mapeando o processo de enfrentamento dessas mães. Além disso, mostrou a importância de intervenções breves em Psicologia Pediátrica, capazes de promover o enfrentamento. Espera-se que as melhorias no processo de enfrentamento geradas pela participação das mães nesta pesquisa possam ter tido, no longo prazo, resultados positivos na sua saúde física e mental, e, cumulativamente, no curso do desenvolvimento de seus bebês. Palavras-chave: 1) Enfrentamento; 2) Coping; 3) Intervenção Psicológica; 4) Nascimento Prematuro; 5) Grupos de Apoio.

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