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Grupo Andrelandia na região a norte de Ouro Fino, MG / Not available.Vasconcellos, Antonio Carlos B. C. 29 August 1988 (has links)
Na região a norte de Ouro Fino, extremo sudoeste do Estado de Minas Gerais, foi individualizada, ao longo de uma faixa de orientação aproximada EW e largura média de 6,5 km, uma seqüência meta-vulcano-sedimentar proterozóica. Litoestratigraficamente, caracteriza-se por um conjunto de 9 unidades que foram agrupadas, da base para o topo, em quatro seqüências principais: seqüência gnáissica inferior (unidade dos biotita gnaísses tonalíticos); seqüência xisto-quartzítica (unidades dos quartzitos placosos e biotita xistos quartzo-feldspáticos); seqüência gnáissica intermediária (unidade dos gnaisses bandados); e seqüência gnáissico-quartzítica (unidades dos biotita gnaisses quartzosos, hornblenda-biotita gnaisses ocelares, muscovita-quartzo-biotita xistos, muscovita quartzitos e anfibolitos com gnaisses cálcio-silicáticos). A equivalência e continuidade física dessa seqüência meta-vulcano-sedimentar com as unidades do Grupo Andrelândia (da região que lhe empresta o nome) puderam ser evidenciadas a partir da correlação do empilhamento litoestratigráfico e de levantamentos regionais de campo. Uma unidade ortognáissica pré-tectônica intrusiva no Grupo Andrelândia se apresenta como corpos tabulares concordantes e, em geral, de grande extensão lateral. Informalmente denominada de granito-gnaisses Taguar, essa unidade é constituída por ferrohastingsita-piroxênio granitos, biotita-ferrohastingsita granitos e granodioritos e ferrohastingsita-biotita granitos, todos gnáissicos e portadores de magnetita. As unidades do Grupo Andrelândia e os granito-gnaisses Taguar registram uma história deformacional com 5 fases superpostas de dobramentos. A primeira fase (D1) tem como registro principal uma foliação tectônica S1 preservada de modo reliquiar; dobras referentes a esta fase, não foram encontradas, e sua orientação e vergência tectônica são desconhecidas. A organização estrutural do Grupo Andrelândia está controlada por uma articulação de nappes de dobramento atribuíveis à segunda fase (D2), que tem seus elementos lineares orientados preferencialmente segundo N55E-S55W, indicando um sentido de transporte tectônico aproximado de N35W. Essas duas primeiras fases desenvolveram-se sob condições metamórficas da fácies anfibolito médio (primeira isógrada da sillimanita), sinformas e antiformas normais, abertas e apertadas, desenhadas pela foliação principal das unidades do Grupo Andrelândia e pelos seus contatos correspondem às fases de dobramentos tardios superpostos D3, D4 e D5, que são orientados, respectivamente, segundo NE/SW, WNW-ESSE e NNE-SSW. A fase D3 do Grupo Andrelândia corresponde à fase D1 dos meta-sedimentos da Formação Eleutério-Pouso Alegre e se desenvolveu sob condições da fácies xisto verde, Zonas lineares de cisalhamento tiveram um desenvolvimento penecontemporâneo a parte das fases de dobramento. A partir da análise litoestratigráfica regional do Grupo Andrelândia e correlatos são caracterizadas, na Faixa Alto Rio Grande, três zonas isópicas principais, alongadas segundo a direção média ENE e denominadas, das porções esternos para as internas da Faixa, de Grupo São João Del Rey, Grupo Andrelândia e Grupo Itapira. Em cada uma destas zonas são descritos diversos estágios evolutivos (de \"rift\" a plataforma e a vulcânico \"flysch\") parte admitindo referência paleogeográfica no paleocontinente \"São Francisco\", parte nas porções internas da Faixa. Ao lado das diferenças individuais entre seus estágios equivalentes, reconhece-se um diacronismo no estabelecimento e desenvolvimento das três zonas isópicas. Os dados geocronológicos disponíveis para as unidades do Grupo Andrelândia, seu embasamento e os granito-gnaisses Taguar permitem posicionar a Faixa Alto Rio Grande no Proterozóico Médio. Para o período de estabelecimento e desenvolvimento paleogeográfico reconhece-se como limites inferior e superior, respectivamente, os intervalos de 1.900 - 1.800 m.a. e 1.500 - 1.400 m.a.. O primeiro evento tectônico, responsável pelo desenvolvimento da foliação S1 e de prováveis inversões paleogeográficas, deve ter ocorrido em torno de 1.400 m.a.. Para o segundo evento tectônico, responsável pela organização estrutural principal da Faixa Alto Rio Grande e pelo \"underthrusting\" da mesma sob os terrenos da Nappe de Empurrão Socorro-Guaxupé, os dados existentes não são conclusivos, ora sugerindo idades entre 1.200 e 1.00 m.a., ora entre 850 e 800 m.a.. Como limite superior seguro para os eventos tardi-tectônicos é reconhecido o intervalo de 500-550 m.a. / In the Ouro Fino region, southwestern Minas Gerais state, a Proterozoic metavolcanosedimentary sequence was individualized along a belt of approximately EW orientation and with average width of about 6.5 km, Lithostratigraphically it is characterized by 9 units which were grouped, from base to top, into four main sequences: lower gneissic sequence (tonalitic biotite gneisses unit); schist-quartzitic sequence (platy quartzites and quartzofeldspathic biotite schists unit); intermeadiate gneissic sequence (banded gneisses unit); and gneissic-quartzitic sequence (quartz-rich biotite gneisses, hornblende-biotite augen gneisses, muscovite-quartz-biotite schists; muscovite quartzites and amphibolites with calc-silicatic gneisses units). Based on the lithostratigraphic correlation and regional field work, the equivalence and physical continuity of this metavolcanosedimentary sequence with the Andrelândia Group (from the homonymous region) can be established. A pre-tectonic orthogneissic unit, intrusive into the Andrêlandia Group, occurs as tabular, concordant bodies and generally with large lateral extension. This unit, informally named as Taguar granite-gneisses, consists of ferrohastingsite-pyroxene granites, biotite-ferrohastingsite granite-granodiorites, and ferrohastingsite-biotite granites, all of them gneissic and magnetite-bearing. The Andrelândia Group sequences and the Taguar granite-gneisses were deformed by 5 superposed folding phases. The first phase (\'D IND.1\') has a reliquiar \'S IND.1\' tectonic foliation preserved, but folding related to this phase has not been found and its orientation and tectonic vergence are unknown. The structural organization of the Andrelândia Group is controlled by folding nappes attributed to the second phase (\'D IND. 2\'), with N55E-S55W oriented linear elements indicating a tectonic transport towards about N35W. These two phases were developed under middle-amphibolite facies conditions (first isograd of sillimanite). Normal synforms and antiforms, open to tight, showed by the main foliation of the Andrelândia Group units and by their contacts, correspond to the superposed late \'D IND. 3\', \'D IND. 4\' and \'D IND.5\' phases, which are oriented NE-SW, WNW-ESE and NNE-SSW, respectively. The \'D IND. 3\' phase of the Andrelândia Group corresponds to the \'D IND. 1\' phase of the Eleutério-Pouso Alegre Formation metasediments and was developed under greenschist facies condition. Linear shear zones had a coeval development to some of these folding phases. Three main isopic zones, elongated along an ENE direction, are characterized in the Alto Rio Grande Belt, based on the regional lithostratigraphic analyses of the Andrelândia Group and correlates. These zones are named, from the external to the internal portions of the belt, as São João del Rei, Andrelândia, and Itapira groups. Each of these zones have several evolutionary stages (from rifting to platformal sedimentation to flysch-volcanic stage), some of them with paleogeographic reference to the \"São Francisco\" paleocontinent while others to internal portions of the belt. Besides individual differences between equivalent stages, a diachronism in the establishment and development of the three isopic zones is recognized. The existing geochronological data for the Andrelândia Group units, their basement and the Taguar granite-gneisses suggest that the Alto Rio Grande Belt is of Middle-Proterozoic age. The lower and upper limits for the paleogeographic establishment and development, are considered the 1,900 - 1,800 Ma and 1,500 - 1,400 Ma intervals, respectively. The first tectonic event, responsible for the \'S IND. 1\' foliation and probable paleogeographic inversions, should have occurred at about 1,400 Ma ago. For the second tectonic event, responsible for the main structural organization of the Alto Rio Grande Belt and its underthrusting beneath the terrains of the Socorro-Guaxupé Thrust Nappe, the available data is inconclusive suggesting either 1,200 - 1,000 Ma or 850 - 800 Ma age intervals. The late-tectonic events have a well defined 550 - 500 Ma interval upper limit.
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Complexo Embu no leste do Estado de São Paulo: contribuição ao conhecimento da litoestratigrafia e da evolução estrutural e metamórficaFernandes, Amelia Joao 09 May 1991 (has links)
O embasamento pré-cambriano que aflora na região leste do Estado de São Paulo, a sudeste da Bacia de Taubaté, foi estudado em escala de reconhecimento, através de perfis regionais. Foi dada ênfase ao reconhecimento de grandes unidades mapeáveis, bem como à evolução estrutural e metamórfica. Foram definidas para o Complexo Embu (cujas rochas predominam na área estudada) três unidades de metasupracrustais denominadas de Redenção da Serra, Rio Paraibuna e Rio Una. Gnaisses peraluminosos e (\'+ OU -\'granada)-biotita-plagioclásio gnaisses predominam na Unidade Redenção da Serra, enquanto quartzitos e rochas calciossilicáticas são mais abundantes na Unidade Rio Paraibuna. A Unidade Rio Una constitui-se de xistos, quartzo-xistos e quartzitos intercalados ritmicamente. O Complexo Embu foi afetado por 5 fases de deformação. O metamorfismo principal, possivelmente do Proterozóico Superior, relaciona-se às duas primeiras fases e situa-se no final do grau médio e início do grau forte (zona da sillimanita-muscovita à zona da sillimanita-feldspato potássico, com anatexia local). A Unidade Rio Una permanece no grau médio, nas zonas da granada, estaurolita e sillimanita. A segunda fase de deformação gerou a foliação principal, em posição plano-axial a dobras recumbentes, e é frequentemente acompanhada por uma textura blastomilonítica com achatamento e estiramento mineral de direção NE. À terceira fase de deformação relacionam-se grandes dobras apertadas a fechadas e inversas e, à quarta, dobras normais, abertas a fechadas. A quinta fase é tardia e transversal ao trend regional NE. O Complexo Embu foi intrudido em períodos pré-metamórficos por rochas tonalíticas a graníticas de afinidade cálcio-alcalina; e, posteriormente à foliação principal, por maciços sin a tardi-tectônicos constituídos de biotita granitos porfiríticos e muscovita-biotita granitos equigranulares. Estes foram posicionados, segundo dados isotópicos Rb-Sr, entre 700 e 570 Ma. O Complexo Rio Capivari, aqui definido, é composto por gnaisses migmatíticos, de composição tonalítica a granítica, corresponde ao embasamento do Complexo Embu, e aflora em três núcleos. Há evidências de que o Complexo Rio Capivari sofreu metamorfismo (gerador de leucossomas trondhjemíticos) anterior e mais intenso que o metamorfismo principal do Complexo Embu. Dados geocronológicos (Sm-Nd, Rb-Sr, Pb-Pb) sugerem uma idade arqueana ou do Proterozóico Inferior para o Complexo Rio Capivari, além de um evento metamórfico, gerador de leucossomas, do Proterozóico Médio. Na porção oriente-meridional da região estudada, a sul do maciço granítico de Natividade, ocorre o Complexo Costeiro. Ele é composto predominantemente por ortognaisses blastomiloníticos. Dados isotópicos Rb-Sr sugerem idades iguais ou mais baixas que 630 Ma para estas rochas. Acredita-se que o Complexo Costeiro foi tectonicamente justaposto ao Complexo Embu no final do Proterozóico Superior, depois do desenvolvimento da foliação principal do segundo complexo. As zonas de cisalhamento que recortam a área fornecem-lhe um padrão de compartimentação em blocos amendoados e, provavelmente, foram ativas desde períodos penecontemporâneos à terceira fase de deformação do Complexo Embu, até épocas posteriores à quarta fase. As rochas metamórficas, que ocupam as porções internas das zonas de cisalhamento, foram submetidas a um retrometamorfismo de baixo grau, e intrudidas por corpos alongados de granitóides blastomiloníticos. / The Precambrian basement cropping out in the eastern part of the state of São Paulo, south of the Taubaté Basin, was studied in a reconnaissance scale, by means of regional profiles. Emphasis was placed on the recognition of large mappable units, as well as on the structural and metamorphic evolutions of these rocks. The metamorphosed supracrustal units which predominate in the area belong to Embu Complex, in this work divided into three major units, defined as Redenção da Serra, Rio Paraibuna and Rio Una. Peraluminous gneisses and (+garnet)-biotite-plagioclase gneisses predominate in the Redenção da Serra Unit, while quartzites and calc-silicate rocks are more prominent in the Rio Paraibuna Unit. The Rio Una Unit consists of rhythmic schists, quartz-schists and quartzites. Five phases of deformation affected the Embu Complex. The main metamorphic event is coeval to the first two phases of deformation (of Late Proterozoic age ?) and attained to high grade metamorphism (sillimanite-muscovite to sillimanite- K feldspar zones, with local anatexis) in the Redenção da Serra and Rio Paraibuna units. The Rio Una Unit reached a lower metamorphic grade, represented by the garnet, staurolite and sillimanite zones. The main foliation is parallel to the axial plane of recumbent folds of the second phase of deformation, which often developed a blastomilonitic texture with NE-trending mineral flattening and stretching. Large tight overturned folds are associated with the third phase of deformation, whereas open to close folds mark the fourth phase. A late, fifth phase, is transversal to the regional NE trend. Intrusive granitoid rock include: (1) pre-metamorphism tonalitic-granitic rocks with calc-alcaline affinities now converted into orthogneisses, so far undated, and (2) syn- to late-tectonic batholiths and minor plutons dominated by porphyritic biotite granitoids and equigranular muscovite-biotite granites, whose available Rb-Sr isotope data range between 700-570 Ma. A unit of migmatitic gneisses of tonalitic to granitic composition was recognized as basement of the Embu Complex, cropping out as three nucleii, and herein named Rio Capivari Complex. It shows evidence of a strong metamorphic event that is not recorded in the Embu Complex and produced trondhjemitic leucosomes. Available geochronological data (Rb-Sr, Pb-Pb) point to an Archean (2950-2750 Ma) or Lower Proterozoic (2500 a 2300 Ma) age for the Complex, with some reworking in the Middle Proterozoic (1500-1300 Ma). In the southeastern portion of the area, occurs the Costeiro Complex that is predominantly composed of blastomilonitic orthogneisses; Rb-Sr isotope data from literature yield ages equal to or lower than 630 Ma. It is believed that the Costeiro Complex was tectonically juxtaposed to the Embu Complex at the end of Late Proterozoic, after the development of the main foliation of the latter complex. The studied area is cut by a series of large shear zones that were probably active contemporaneously to the third and outlast the fourth phases of deformation of the Embu Complex. The metamorphic rocks engaged in these shear zones underwent a low-grade retrogressive metamorphism and were intruded by elongated bodies of blastomilonitic granitoids.
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Caracterização do comportamento geológico estrutural na região da represa de Furnas (MG) com dados de sensoriamento remoto / Not available.Mattos, Juercio Tavares de 10 June 1986 (has links)
A presente pesquisa constitui uma contribuição para o conhecimento das características geológicas e estruturais de uma região tectonicamente complexa e estruturalmente desconhecida em grande parte. Os estudos realizados objetivaram fundamentalmente estabelecer as principais fases deformacionais na região da represa de Furnas (MG), utilizando imagens fotográficas do sistema LANDSAT e fetografias aéreas pancromáticas. A abordagem metodológica está voltada para a exploração dos atributos espaciais das imagens, através de uma adequação de critérios fotointerpretativos que permitisse de umamaneira sistemática e codificada, analisar os principais elementos morfoestruturais (de relevo e drenagem), interpretar o significado estrutural destes elementos e estabelecer relações geométricas entre as estruturas geológicas e as fases deformacionais. Através dos estilos deformacionais, da magnitude das estruturas diagnósticas e dos elementos estruturais (foliações e lineações) puderam-se reconhecer na área quatro importantes fases deformacionais. A primeira fase (restrita às rochas da Unidade Araxá) é caracterizada por uma intensa foliação de transposição, com dobras sem vergência definida e traços axiais próximos a EW. A segunda fase, a mis expressiva, exibe grandes dobramentos recumbentes vergentes para Leste, Com xistosidade de fluxo bem proeminente. A geometria das dobras menores desta segunda fase é bem variável, o mesmo acontecendo com seus traços axiais e eixos que variam entre NS e WNW devido aos efeitos provocados pelos falhamentos da fase seguinte. A terceira fase deformacional corresponde a um episódio de grandes rupturas com a formação de zonas de cisalhamento de direção NW, constituídas por um conjunto de sistemas de falhas transcorrentes, inversas e/ou de empurrão e complexas (transcorrências associadas com empurrões). A quarta fase deformacional representa uma mudança completa de estilo, dando lugar a ) dobramentos flexurais amplos com dimensões quilométricas, os quais são responsáveis pelas principais estruturas sinformes e antiformes encontradas na área, com direção N60-70W. Outras estruturas menos marcantes foram mapeadas, principalmente nas porções leste da área. Constituem-se de juntas, falhas e amplas flexuras NS que podem pertencer a uma outra fase deformacional, ou representar estruturas resultantes dos efeitos dos falhamentos da terceira fase deformacional. A superposição destas fases deformacionais deu origem a estruturas superimpostas com figuras de interferências complexas. Estas figuras são verdadeiros diagnósticos da geometria e do posicionamento das estruturas formadas na segunda e na quarta fase deformacional. Finalmente, os estilos deformacionais da região da represa de Furnas permitem concluir que a estruturação da região foi marcada, em tempos Pré Brasilianos, por uma tectônica \'epidérmica\' do tipo de escoamento (que deu origem às estruturas do tipo \'nappe de charriage\'). Esta tectônica é bem caracterizada pelas Unidades Araxá e Canastra, as quais consituem unidades alóctones transportadas de oeste para leste. Já em tempos Brasilianos, sob o mesmo regime de esforços, a tectônica foi inicialmente embasamento, e este, por sua vez, deslocou as coberturas metassedimentares (Araxá, Canastra e Bambuí) de uma forma escalonada de NW para SE, o que ocasionou \'amarrotamentos\' nestas coberturas com intensidades variáveis. Uma mudança no regime de esforços fez surgir as grandes flexuras NW seguidas das NS que são atualmente responsáveis pelos grandes sinformes e antiformes encontrados na área. Os produtos de sensoriamentoremoto, principalmente as imagens TM (Thematic Mapper) do LANDSAT aliada às fotografias aéreas pancromáticas, mostraram-se de grande valia na definição do arcabouço estrutural e regional e forneceram informações essenciais para a compreensão das principais estruturas ) menores, originadas nas diversas fases deformacionais. / The present research is a contribution to the knowledge of the geological and structural characteristics of a tectonically complex and, in great part, structurally unknown region. The studies aim at fundamentally to stablish the main deformational phases that occurred in the Furnas (MG) dam region, using photographic images from the LANDSAT system and panchromatic aerial photographies. The methodological approach deals with the images special attributes exploration through and adequacy of photointerpretative criteria which would permit, in a systematic and codified manner, to analyse the main morphostructural elements (relief and drainage), interpret the structural meaning of these elements and establish geometric relations between the geologic structures and deformational phases. Through the deformational styles, the magnitude of the diagnostic structures and the structural elements (foliations and lineations), four important deformational styles could be recognized in the area. The first phase (restricted to the Araxa Unit rocks) is characterized by an intense transposition foliation with folds without defined vergency and axial traces next to EW. The second phase, the most expressive, exibits great recumbent folding vergent to east with a rather proeminent flow cleavage. The second phase minor folds geometry is quite variable, the same happening with their axial traces and axis which vary from NS and WNW due to the effects caused by faults in the next phase. The third deformational phase corresponds to an episode of great ruptures with the formation of shear zones with NW direction composed by a group of transcurrent fault systems, inverse and/or of trust and complex (transcurrencies associated with thrust). The fourth deformational phase represents a complete change in style, giving place to vast flexural folds of kilometrical dimensions which are responsible for the main synform and antiform structures found in the area with N60-70W direction. Other less marking structures were mapped mainly in the east portion of the area. They constitute joints, faults and vast NS flexures which may belong to another deformational phase or represent structures resulting from the effects of the fault in the third deformational phase. The superposing of these deformational phases originated superimposed structures with complex interference figures which are a true diagnosis of the positioning geometry of the structures formed in the second and fourth deformational phases. Finally, the deformational styles of the Furnas dam region permit to conclude that the region\'s structuring was marked in Pre-Brazilian times by a superficial tectonics of the flow type (that originated the structures of the \"nappe de charriage\" type). This tectonics is well-characterized by the Araxá and Canastra Units which constitute allochthonous units transported from west to east. Already in Brazilian times and under the same stress regime, the tectonics was initially rigid (ductile-ruptile) and originated the shear zones which fragmented the embasement which, by its turn, displaced the metasedimentary covers (Araxá, Canastra and Bambuí) in a staggered form from NW to SE, causing \"crumplings\" in these covers with variable intensities. A change in the stress regime forced the appearance of great NW flexures followed by the NS ones, which are nowadays responsible for the great synforms and antiforms found in the area. Remote sensing products, mainly the TM (Thematic Mapper) images from LANDSAT, together with panchromatic aerial photographies, proved to be of great value in defining the region\'s structural skeleton. They also furnished essential information for the comprehension of the main minor structures originated in the several deformational phases.
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Estilos de deformações glaciotectônicas no Subgrupo Itararé, Neopaleozóico da Bacia do Paraná / Not available.Tomio, Alexandre 24 November 2004 (has links)
Este trabalho analisa estruturas glaciotectônicas presentes em sedimentos do Subgrupo ltararé (Neopaleozóico, Bacia do Paraná), estudando os modelos de deformações glaciotectônicas e depósitos de ambiente subglacial e proglacial, nos estados de São Paulo e Paraná. Adicionalmente, como análise comparativa, estudou-se estruturas glaciotectônicas em sedimentos Recentes (Islândia) e deformações ligadas a fluxos gravitacionais de massa (Boituva). A fim de caracterizar as deformações, interpretar sua gênese e estabelecer critérios para diferenciá-las, utilizou-se análises estratigráficas, sedimentológicas e estruturais. Dentre os principais resultados, destacam-se: comprovação da existência de estruturas glaciotectônicas no Subgrupo ltararé, incluindo morainas de empurrão neopaleozóicas; classificação das estruturas glaciotectônicas relacionadas a ocorrências pré-pleistocênicas; contribuições aos modelos reológicos, sobretudo ao Ciclo de Deslizamento-Aderência; considerações genéticas às deformações em Boituva, Capivari, Jumirim e Witmarsum; novos dados sobre pavimentos de clastos de Capivari e Jumirim; análise de estruturas glaciotectônicas associadas a sedimentos congelados (Islândia); análise estrutural e da gênese das deformações em Boituva; e discussão dos métodos estruturais para distinção de deformações glaciotectônicas e de fluxos gravitacionais de massa. / The work analyze glaciotectonic structure present in sediments of the Itararé Subgroup (Neopaleozoic, Paraná Basin), through the study of the glaciotectonic deformation models in the subglacial and proglacial environment deposits, in the states of São Paulo and Paraná. A comparative analysis were developed involving glaciotectonic structures in Recent sediments (Iceland) and deformation related to gravitational mass flows (Boituva). To characterize the deformations, interpret its genesis and establish criteria to differentiate them, stratigraphical, sedimentological and structural analyses were used. The main results of the research are: confirmation of the existence and characterization of neopalaleozoic glaciotectonic structures generated in subglacial and proglacial environments; pre-Pleistocene glaciotectonic structures classification; contributions to the reological models of the \"subglaciotectonic\" structures, in particular to the Slide-Stick Cycle Model; interpretation of the genesis of the Boituva, Capivari, Jumirim and Witmarsum deformations; identification of neopaleozoic push moraines; new data about the boulder pavements of Capivari and Jumirim; description of brittle glaciotectonic structures occurrences in Iceland, which where development as consequence of the presence of frozen sediments; structural analysis of the deformations found in Boituva, with the characterization of a landslide process; analyses on the use of structural methods for discrimination between glaciotectonicas deformations and of gravitational mass flows.
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O Complexo Embu na porção sudeste da folha Mauá (SF-23-Y-D-IV-1) / Not available.Silva, Paulo Cezar Santarem da 29 October 1992 (has links)
A cartografia geológica da porção sudeste da folha Mauá (SF.23.Y-D-IV-1), na escala 1:25.000, possibilitou reconhecer a predominância de rochas metassupracrustais pertencentes ao Complexo Embu, guardando registros de uma complexa evolução tectono-metamórfica tida aqui como provavelmente iniciada no Proterozóico Médio. As unidades aqui descritas compreendem uma sequência onde as feições sedimentares originais acham-se obliteradas tanto pela tectônica quanto pelos eventos metamórficos aí atuantes, restando apenas um bandamento decimétrico persistente, provável reflexo do bandamento primário dos litótipos. Grosso modo, esta sequência compreende uma alternância de litótipos metapsamíticos e metapeliticos, de natureza provavelmente turbidítica, apresentando-se metamorfisada em baixo e médio-alto grau metamórfico, alcançando localmente fusão parcial in situ; o contato entre as unidades de baixo e médio-alto grau é sempre tectônico (cavalgamento) e nestas, gradacional. Na porção norte da área predominam os terrenos de baixo grau, com sericita-filitos e quartzo-filitos da unidade dos Xistos Oropó (RIDEG, 1974; PMexo) que para sul parecem ter sua continuidade nos granada xistos da unidade PMegx. Nos metassedimentos de médio-alto grau são encontrados sillimanita-muscovita-biotita gnaisses finos localmente migmatizados (unidade PMem), gradando para sillimanita-biotita xistos e sillimanita-biotita quartzitos (unidade Pmesx), e uma unidade onde os termos psamíticos assumem maior importância (unidade Estância Angelina, PMeea). Em direção a sudeste ocorrem duas unidades fortemente estruturadas pela Zona de Cisalhamento de Cubatão (ZCC), que lhes imputa uma importante foliação milonítica e as retrometamorfiza para condições da zona da muscovita (grau baixo); tais unidades correspondem a unidade de sillimanita-biotita-xistos e biotita-gnaisses milonitizados (unidade PMesxg) e unidade de ortoquartzitos com turmalinitos e metabásicas xistificadas, subordinados (unidade PMeq). A granitogênese na área foi intensa, sendo relacionada a idades do Proterozóico Superior (Ciclo Brasiliano), havendo, segundo caracterização preliminar pelo método da tipologia do zircão (uma vez que não foi realizado estudo litoquímico mais detalhado), duas linhagens distintas: a cálcio-alcalina, onde se destacam como litótipos mais antigos os biotita-granito-gnaisses lupeba e Rio Grande da Serra (biotita ortognaisses de composição monzogranítica a granodiorítica, de média e baixa profundidade, respectivamente), seguindo-se o Granito Mauá (biotita granito 3A-3B, porfiróide, de alta profundidade). A segunda linhagem seria representada pelo Granito-gnaisse Taiaçupeba (muscovita-biotita-sienogranito) provavelmente crustal. As datações Rb-Sr existentes apontam idades de 710+-50 Ma (Granito Mauá) e 635+-45 Ma (Granito-gnaisse Taiaçupeba), sendo inconclusivas, uma vez que esta última foi realizada em amostras internas a ZCC e aquela é uma idade média aproximada entre datações variando entre 760 e 660 Ma. O Granitóide Jardim Itacolomi é aqui descrito e denominado de modo informal já que a ausência de afloramentos preservados impossibilitam a sua caracterização mais acurada. O quadro metamórfico-estrutural reconhecido aponta o registro de pelo menos 4 episódios metamórficos distintos, responsáveis pela geração de 5 superfícies metamórficas. O episódio M1 apresenta seu registro no grau baixo (unidades PMexo e PMegx) e no grau médio (zona de sillimanita) a alto, chegando a atingir condições de fusão parcial in situ; é responsável pelo surgimento da foliação de transposição Sn, que recupera uma foliação \'Sn IND.1\' com as mesmas características metamórficas e estruturais. O segundo episódio metamórfico reconhecido corresponde a um metamorfismo sob condições estáticas (M2), representado pelo crescimento de porfiroblastos subcentimétricos e centimétricos de muscovita, além de cianita, estaurolita e fibrolita em granulometria compatível com a matriz dos xistos. O metamorfismo M3 é vinculado a implantação da Zona de Cisalhamento Transcorrente de Cubatão (ZCC), no grau baixo (zona da muscovita / granada), e gerando uma importante foliação milonítica Sm, não restrita apenas a ZCC. Por fim, um metamorfismo M4, de caráter retrometamórfico no grau baixo (zona da muscovita), acha-se também registrado na área, sendo responsável pelo desenvolvimento das clivagens de crenulação Sn + 1 e Sn + 2. Quanto a ZCC, foram realizados estudos em quartzitos e granitóides afetados pela mesma estudos estes que permitiram caracterizar uma movimentação predominantemente dextral para esta transcorrência e, subordinadamente, sinistral. Como o Granito-gnaisse Taiçupeba acha-se datado segundo datações minerais em micas, e é o principal representante da movimentação sinistral que aí atuou, atribui-se a idade obtida (635 \'+ OU -\' 40Ma) como sendo a idade deste binário; a movimentação dextral é, naturalmente, mais jovem, já que é a feição predominante em campo. A orientação do vetor de deformação \'alfa\' é predominantemente subperpendicular a zona de cisalhamento, sugerindo a atuação de mecanismos de cisalhamento puro na ZCC, mas a análise do eixo C do quartzo, mais sensível, aponta atuação predominante do cisalhamento simples. / The field works in 1:25.000 scale, in the southern portion of the Mauá sheet (SF.23.Y-D-IV-1) made possible recognize the Complexo Embu as a predominantly unity, envolved in a tectono-metamorphic complex evolution, with probably middle proterozoic ages. The metasupracrustal sequence has no longer evidences of primary structures, erased by superposed tectonic and metamorphic events; by this way, is distinguished a decametric metapelitic-metapsamitic alternance (relict, probably, of primary bedding), with turbiditic characteristics, in lower and middle/higher grade of metamorphism. The lower and middle / higher grade sequences have tectonic contacts with which other. In the northern portion predominates the lower grade sequences with sericite-filites and quartz-filites (Oropó Schists, RIDEG 1974; PMexo unity), with apparent continuance southward, in the garnet-schists unity (PMegx); In the middle-higher grade sequences these are sillimanite-muscovite-biotite-gneisses locally migmatized (PMem unity) passing by sillimanite-muscovite-biotite-schists and sillimanite-biotite-quartzites (PMesx unity), and a sequence where metapsamites increase their importance (Estância Angelina unity, PMeea); all this sequences have gradational contacts. In the southestern portion there are two unities strongly structured by Cubatão Shear Zone (Zona de Cisalhamento Cubatão, ZCC), with all contacts being tectonic ones: a sillimanite-milonite-schists and biotite-milonite-gneisses unity (PMesgx unity) and a milonite ortoquartzite unity (PMeq), with subordinated turmalinite s and basic-schists. During the Upper Proterozoic (Brasiliano Cicle), occurs an important granitogenisis event, characterized by zircon tipology (preliminar data) in two distinctive trends: a calico-alcaline one and a crustal trend. To the calico-alcaline trend corresponds the lupeba and Rio Grande da Serra biotite-granite-gneisses, the oldest ones, with monzogranitic and granodioritic composition and middle and lower profundity, respectively; Mauá granite (biotite-granite 3A - 3B, porphiroidal, and higher profundity) is other representative example, and the crustal trend has in the Taiaçupeba granite-gneiss (muscovite-biotite-sienogranite) its example. The geocronological ages are fewer and inconclusives: Mauá granite has an age of 710+-50Ma (ages variance between 760-660 Ma) and Taiaçupeba granite-gneiss, 635+-45Ma, with mineral datation (micas), collected in outcrops inside ZCC. Jardim Itacolomi granitoid is informaly descrite, once are not found preservated outcrops. Recognized metamorphic-structural framework indicates four distinctives metamorphic events, wich generates five metamorphic surfaces. M1 event has its development in lower (PMexo an PMegx unities) and middle grade (sillimanite zone) with locally \"in situ\" anatexy (higher grade, PMem unity); is responsabile for generation of the Sn foliation, wich recovers a \'Sn IND.1\' surface with same metamorphic-structural characteristics. The second event (M2) corresponds a thermal metamorphism, in static conditions, with overgrown of subcentimetric muscovite porphiroblasts, and Kianite, staurolite and fibrolite in some granulation as the schists matrix. M3 event occurs in closely association with the development of ZCC, in lower grade (muscovite/garnet zone), generating Sm surface, not restricte to ZCC. Eventually M4 event, also retrometamorphic, in lower grade (muscovite grade) is responsabile for appearance of Sn + 1 and Sn + 2 crenulation cleavages. In the ZCC, studies in quartzites and granitoids become possible recognize dextral and sinistral movements. The 635 \'+ OR -\' 45Ma age of the Taiaçupeba granite-gneiss, the principal example of sinistral movement, is assumed to this binary; by this way, dextral movement is younger, once that predominates in outcrops and microstructural analysis of quartz C-axis, that tends to preserve the last principal deformational registers. \'alfa\'1 deformational vetor orientation is predominantly subperpendicular to ZCC, what sugest that pure shear mechanisms are active in ZCC; but the quartz C-axis analysis, more sensitive, points towards predominance of simple shear mechanisms.
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Arcabouço geotectônico da região da Faixa Riacho do Pontal, nordeste do Brasil: dados aeromagnéticos e gravimétricos / Not available.Oliveira, Roberto Gusmão de 14 April 1998 (has links)
Os dados aeromagnéticos do Projeto Borda Sul da Bacia do Parnaíba e um conjunto de dados gravimétricos levantados no norte do Cráton do São Francisco e na região da Faixa Riacho do Pontal pelo DNPM/CPRM, CPRM/Observatório Nacional e no presente estudo, foram tratados, interpretados e correlacionados com dados geológicos, com o objetivo de compreender a estrutura profunda e a articulação tectônica, resultante do processo colisional entre a \"Placa Sanfranciscana\" e a Faixa Riacho do Pontal. Inicialmente os dados geológicos da Faixa Riacho do Pontal foram reinterpretados. Neste estágio foram identificadas as formas causadas pela interação entre a crosta quente e dúctil da faixa e a crosta rígida e fria da Placa Sanfranciscana. A análise dos dados lito-estruturais tornou possível a proposta de um novo zoneamento, separando a faixa em três diferentes zonas: 1) interna, intensamente deformada e granitizada; 2) central, com características ofiolíticas; e 3) thrust-and-fold belt, deformando seqüências de plataformas nos estilos thin e thick skin. Os dados aeromagnéticos, sem o IGRF (International Geomagnetic Reference Field), foram interpolados, transformados em imagem digital e filtrados no domínio da freqüência, visando eliminar ruídos e tendências direcionais espúrias. Em seguida foram gerados mapas de anomalias residual, regional, continuação para cima (10 km) e do relevo sombreado. Este conjunto de informações foi interpretado qualitativamente e correlacionado com os dados geológicos/estruturais, dando ênfase na identificação de alinhamentos e unidades aeromagnéticas, definidas em função da amplitude e da textura do padrão anômalo. A transparência dos dados aeromagnéticos em relação à cobertura sedimentar permitiu a identificação dos prolongamentos das estruturas pré-cambrianas por sob os sedimentos fanerozóicos da Bacia do Parnaíba. A interpretação e correlação geológica discriminou falhas e blocos crustais com características litológicas/geofísicas distintas e caracterizou no embasamento da bacia um grande volume de rochas magnéticas e grabéns Cambrianos, alongados ou sigmoidais, controlados por zona de cisalhamentos correlacionadas com alinhamentos aeromagnéticos na direção NE-SW. Os dados gravimétricos foram homogeneizados e interpolados. A partir do mapa de anomalia Bouguer foi realizada uma separação regional/residual por meio de métodos espectrais, com o objetivo de identificar e separar as anomalias causadas por fontes profundas daquelas causadas por fontes rasas. Os mapas resultantes foram interpretados qualitativamente, separando-se alinhamentos e unidades gravimétricas. Observa-se que as regiões internas das Faixas Riacho do Pontal e Rio Preto e o Maciço/Terreno Pernambuco-Alagoas estão relacionadas com uma anomalia gravimétrica positiva com 200 km de comprimento de onda e amplitude de 60 mGal, formando um semicírculo que contorna a extremidade norte do cráton. O flanco sul desta anomalia define os limites do Cráton do São Francisco. A modelagem gravimétrica direta semiquantitativa é compatível com um evento colisional Neoproterozóico, que resultou no cavalgamento da litosfera da faixa sobre o cráton. A estrutura crustal colisional foi definida por três diferentes domínios geofísicos/geotectônicos: 1) \"Cráton do São Francisco\", remanescentes da \"Placa Sanfranciscana\"; 2) Marginal, composto pelas partes internas das faixas móveis marginais; e 3) Interno, consistindo no embasamento da região sudeste da Bacia do Parnaíba e do sul da Província Borborema. / Aeromagnetics data of the Projeto Borda Sul da Bacia do Paraíba and a set of gravimetric data survey situated in the northern of the São Francisco craton and Riacho do Pontal bett, NE Brazil region, were interpreted and correlated with geological data to aim at understanding the deep structure and the tectonic articulation, resultant of the collisional process between Riacho do Pontal belt and the Sanfranciscana plate. The Riacho do Pontal belt geological data reinterpretation was the introductory step. In this stage, shapes caused by interaction between the hot plastic crust of the belt and the cold rigid crust of the Sanfranciscana plate were identified. Also, a analysis of the litho-structural data made it possible to propose a new zoning, setting apart the belt in three distinct zones: 1) intern, with crystalline core characteristics; 2) central, with ophiolitic characteristics; and 3) thrust-and-fold belt, deforming platform sequences in thin and thick-skin tectonic style. Aeromagnetics total field data reduced from International Geomagnetic Reference Field (IGRF) were interpolated, transforme by Fast Fourier Transform (FFT) towards spatial frequency domain and filtrated to aim at eliminate noises and spurious directional trends. Regional, residual, upward continuation and shading maps were produced afterwards. This maps, in the format of digital images, were interpreted and established a relationship with geological data. Alignments and aeromagnetics units based on amplitudes and anomalous textures were defined. The transparencies of the aeromagnetic data in relation to the sedimentary covering permit to identify the extension of the precambrian structures and lithology under the Parnaiba basin fanerozoic sediments. The interpretation and geological data correlation separates faults and crustal blocks with different lithological/geophysical features and identifies a big volume of magnetic rocks and NE-SW elongated cambrian grabens in the basement basin. Bouguer gravimetric data were interpolated and afterwards, the spectral regional/residual anomalies separation was carried out. Deep and shallow sources were established from this procedure. Alignments and gravimetric units were identified in the resultants maps. The inner parts of the Riacho do Pontal and Rio Pedro belts, and western part of the Pernambuco-Alagoas massif/terrain are in correlation with 200 km wave-length positive gravimetric anomaly, 60mGal of amplitude, making up a semicircle in the northern extremity of the craton. The south flank this anomaly, corresponds to the limit of the São Francisco craton. The gravimetric profiles 2.5D direct modeling, agree with a Neoproterozoic collisional process turned out in overthrusts of the northern craton by the belt lithosphere. The resultant collisional framework is determined by three several geophysics/geotectonic domains: 1) São Francisco craton, the Sanfranciscana plate remainder; 2) Marginal, composed of inner parts of the marginal belts; and 3) Intern, consisting of Paraiba basin basement and southern Borborema province.
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Mecanismos de deformação e orientações cristalográficas preferenciais em tectonitos de formações ferríferas - Quadrilátero Ferrífero, MG / Not available.Lagoeiro, Leonardo Evangelista 20 August 1998 (has links)
Trabalhos experimentais recentes têm confirmado as observações feitas por vários autores de que a presença de uma segunda fase mineral, em especial filossilicatos, aumenta consideravelmente a dissolução durante a deformação por dissolução-precipitação por pressão. Muitos autores consideram tal comportamento como exclusivo dos minerais com estrutura em camadas, os quais possuem a habilidade de reter a fase fluida aquosa, mesmo quando submetidos a grandes tensões normais. No entanto, experimentos de dissolução em halita e sílica têm mostrado que a capacidade de retenção da fase fluida parece ser uma característica das interfaces entre diferentes fases (interfases), ao invés de uma exclusividade dos filossilicatos. Um outro fator importante na dissolução do quartzo é a sua orientação cristalográfica. Observações em tectonitos naturais indicam que determinadas orientações reticulares dos grãos de quartzo, sob tensão diferencial, dissolvem mais facilmente que outras orientações. Grande parte dessas observações têm sido feitas em quartzitos, havendo, portanto, uma limitação para a sua aplicação a outros tectonitos de composição diferente, mas deformados em condições semelhantes. Estudos em tectonitos de formações ferríferas bandadas precambrianas constituídos de quartzo, hematita e magnetita, provenientes de diferentes locais do Quadrilátero Ferrífero (MG), mostraram que muitas microestruturas de dissolução comumente encontradas em quartzitos também são comuns nesses tipos de rochas. Tais observações são importantes no sentido de que, apesar de os óxidos de ferro possuírem estruturas atômicas muito diferentes dos filossilicatos, eles praticamente exercem o mesmo efeito nos processos de deformação por dissolução-precipitação por pressão. Além de participarem na dissolução do quartzo de uma maneira determinante, são também dissolvidos e reprecipitados. Além do mais, as transformações de fase magnetita para hematita de baixo grau metamórfico, comumente observadas em alguns dos tectonitos estudados, indicam que tais feições aumentam consideravelmente a ductibilidade dessas rochas, através da liberação da energia de deformação acumulada nos grãos. Para o estudo das transformações da magnetita para hematita, (Capítulo 2) foram selecionadas amostras do setor sul da Serra do Curral. O mesmo conjunto de amostras foi utilizado na análise da influência da presença dos óxidos de ferro e da orientação cristalográfica na dissolução dos grãos de quartzo. Os resultados e discussões referentes a esse estudo são apresentados no Capítulo 3. A presença dos óxidos de ferro na deformação das formações ferríferas vai além dos processos de dissolução. A determinação de orientações cristalográficas de eixos e de quartzo em tectonitos deformados em condições metamórficas de fácies xisto verde, zona de alta temperatura, (setor nordeste da Serra do Curral, Piedade) mostraram que as orientações preferenciais dos eixos c dependem do conteúdo em hematita presente nos diferentes domínios composicionais (bandas composicionais). A apresentação e discussão dos resultados desse estudo é feita no Capítulo 4. As microestruturas presentes nos diferentes domínios composicionais indicam a operação de diferentes mecanismos de deformação e recuperação dos grãos de quartzo. Domínios com conteúdo em hematita entre 10 e 25% em volume possuem microestruturas indicativas de migração de bordas de grãos. Já nos domínios com 50% vol. ou mais em hematita, microestruturas sugerem a atuação de mecanismos de recuperação por saltos de discordâncias (dislocation climb) e de recristalização por rotação de subgrãos. A atuação de diferentes mecanismos de recristalização produziram diferentes padrões de orientações de eixos c de quartzo nos tectonitos estudados. Microscopia eletrônica de varredura (MEV) foi empregada para determinar a distribuição e caracterizar as estruturas dos poros nas bordas dos grãos de quartzo e hematita, e, dessa forma, avaliar a distribuição da fase fluida intergranular (Capítulo 5). Para esse estudo, foram escolhidas amostras de tectonitos de formações ferríferas deformados em condições metamórficas de fácies anfibolito, provenientes da margem leste do QF (flanco leste do Anticlinal de Mariana). Os resultados mostraram que a distribuição da fase fluida aquosa é altamente anisotrópica, concentrando-se especialmente em bordas de grãos normais a direção de extensão máxima. Essa é a direção preferencial do crescimento dos grãos de quartzo. Uma conclusão importante do presente estudo é que a geração de foliação penetrativa e as razões axiais encontradas para o agregado não estão necessariamente relacionadas ao campo de deformação local, podendo, no entanto, refletir o campo de tensão responsável pelas anisotropias na distribuição da fase fluida e no crescimento dos grãos do agregado. No Capítulo 6, é feita uma discussão geral na qual todos os resultados apresentados nos capítulos anteriores são integrados com o intuito de dar uma visão geral dos processos envolvidos no desenvolvimento das microestruturas e na produção das orientações cristalográficas preferenciais. Para tanto, são consideradas as condições de deformação para cada um dos locais de escolha das amostras, avaliando, dessa maneira, a influência de fatores prevalecentes na operação dos mecanismos de deformação. Tais fatores incluem o grau metamórfico (temperatura e pressão), a presença de fase fluida aquosa intergranular e a presença da magnetita e hematita na deformação por dissolução-precipitação por pressão (pressure solution) e por plasticidade intracristalina (dislocation creep). As conclusões gerais do presente estudo estão enumeradas no Capítulo 7.(I) Transformação da magnetita para hematita libera a energia de deformação acumulada no retículo da magnetita, eliminando, assim, grãos resistentes à deformação (hard grains), aumentando a ductibilidade do agregado; microfraturamento e dissolução ao longo das interfaces da magnetita e (0001) da hematita, resultando numa drástica redução do tamanho dos grãos. (II) Dissolução do quartzo é maior nas interfases quartzo/óxido de ferro normais à direção de compressão máxima, mostrando que essa não é uma característica exclusiva das interfases (001)/(0001), filossilicatos/quartzo; a dissolução dos grãos de quartzo é seletiva e depende da orientação cristalográfica dos grãos. Grãos orientados com eixos c paralelos a compressão máxima dissolvem-se mais facilmente. Grãos lenticulares de quartzo com orientação preferencial de forma e cristalográfica (eixo c) na direção da extensão máxima são interpretados como resultantes da precipitação e do crescimento orientado. (III) Padrões de microestruturas e microtramas de eixos c de quartzo em diferentes domínios composicionais indicam que os mecanismos de deformação e recristalização dos grãos de quartzo dependem do conteúdo em hematita. (IV) A distribuição anisotrópica da fase fluida, resultante da anisotropia da energia interfacial da hematita e da ação da tensão diferencial, leva ao crescimento preferencial dos grãos. A fase fluida acumula-se nas bordas normais à compressão mínima, promovendo o crescimento dos grãos nessa direção. Dessa forma, a anisotropia na distribuição da fase fluida, e, como conseqüência, na dissolução e crescimento dos grãos resulta na formação de uma foliação penetrativa de grãos (placas de hematita e grãos tabulares de quartzo). / It is well known that phase transformation greatly enhances the ductility and may have important rheological constrains in rocks. While enhanced ductibility due to phase transformation is considered to be more important in the mantle reaction-enhanced ductibility is believed to be mainly a crustal phenomenon. However, the study of tectonitos from a low temperature and high strain deformed Precambrian Iron Formations (Itabira Formation, from Quadrilátero Ferrífero, MG) showed that the phase transformation magnetite to hematite, in a presence of a large amount of intergranular fluid phase, played an important role in the deformation of these crustal rocks. The phase transformation occurs in response to the strain energy stored in the magnetite grains arising from the increase of the dislocation densities along the crystallographic planes . The formation of new hematite grains presumably would reduce the strain energy just because they would at least initially be dislocation-free, so the magnetite containing dislocations and thus having moderate to high strain energy would be replaced by dislocation-free hematite. The new /(0001) interphase boundaries become planes of weakness along which the fluid phase might penetrate, allowing their inner part of the grains to be in contact with the fluid phase. Microfracturing and dissolution occur along the interphase (0001) normal to the maximum compressive stress. Thus phase transformation, microfracturing and dissolution are close-related processes that lead to a grain size reduction and to the production of a smooth and pervasive foliation. Experimental work has confirmed the observations of several authors that a second phase, especially layer silicates, greatly enhance the dissolution of quartz. Most of these observations have been performed on quartzites and this phenomenon is attributed to the ability of the layered silicates to adsorb structured water on the interfaces quartz/mica even under high normal stress gradients. Although the iron oxides have completely different crystal structures, optical and SEM observations in the iron formation rocks indicate that they bring about the same effect. This might be related to the effects of iron oxides on the wetting behavior of water. The presence of oxides enhances wetting thereby enhancing dissolution. Furthermore wetting behavior is usually crystallographically controlled, which is consistent with the observations. Besides the wetting behavior of iron oxides, the dissolution of quartz is strongly dependent on the crystallographic orientation. Extensive quartz c-axes measurements performed for a wide range of quartz-iron oxide rations showed that quartz grains oriented with its c-axes at low angle to the maximum compressive stress are more easily dissolved and tend to disappear as the dissolution proceeds. On the other hand grains with its c-axes at high angle to the maximum compressive stress are more resistant to the dissolution. In chapter 1 the problems and the aims of the present study are defined. In chapter 2 the evidences for the transformation and dissolution of magnetite are reported. Then a microphysical model is presented to explain how the transformation occurs and how it influences the dissolution of magnetite grains. Chapter 3 reports the microstructures and LPOs of quartz grains for several different quartz-magnetite/hematite ratios. The evidences found in these rocks suggest that the dissolution of quartz grains is enhanced by the presence of iron oxide and it is strongly dependent on the orientation of quartz c-axes with respect to the shortening direction (Z). All samples used for the studies reported in chapters 2 and 3 come from low temperature and high strain iron formation rocks collected in a cross-section along the southwestern part of the Serra do Curral Syncline. Chapter 4 presents the results of the study of quartz c-axes patterns taken in several oriented samples of iron formation collected in cross-sections along the northeastern part of the Serra do Curral Syncline (Serra da Piedade). Optical thin sections of the iron formation rocks display a banded structure defined by platelike-hematite-rich domains oriented parallel to the main foliation. The domain boundaries, which define the main foliation (SA), are composed mainly of hematite platelets rich layers (over 50 volume % of hematite). Quartz grains in hematite-rich-domains (50 vol.% of hematie) exhibit a quite equant shape. Internally the domains are made up of hematite platelets (10 vol.% of hematite) and tabular quartz grains. The elongate hematite and the tabular grains define the internal fabric (\'S IND.B\'), oblique to the main foliation (\'S IND.A\'). The specimens were selected according to the volume content of hematite in different admixed layers. Layers containing 10, 25 and 50 volume % of hematite were selected to perform the c-axis measurements. C-Axis patterns for recrystallized grains reveal notable differences in the three selected domains studied. The distinct types of microstructures observed in these domains indicate that the mechanism of recovery (grain boundary migration recrystallization or dislocation climb) is affected by the content of the hematite present in each domain. Consequently, the operation of the different mechanisms of recovery was responsible for the development of different c-axis patterns present in domains with different hematite content. When recovery occurs dominantly by strain-induced grain boundary migration, as it does in quartz domains with hematite content of 10 or 25 vol.% (quartz domains), the resulting c-axis preferred orientations are marked by a maximum concentration around the pole to the internal foliation. Fundamentally, c-axis distributions in these domains occur approximately parallel to the maximum shortening direction (Z). When recovery occurs dominantly by dislocation climb (leading to progressive subgrain rotation recrystallization), as it does in domains with 50% of hematite content (hematite domains), the c-axis preferred orientations are defined by a maximum concentration asymmetrically distributed around the intermediate shortening direction (Y). Chapter 5 reports the study of the microstructures of grain boundaries and the distribution of pores via SEM microscopy in quartz-hematite iron formation rocks. The samples studied were collected along a section of the Mariana Anticline. According to the petrological constrains, the metamorphic grade of the banded iron formation of this part of the Quadrilátero Ferrífero may have reached the amphibolite facies. The higher temperature and lower strain rate metamorphism produced the mineral assemblage quartz + hematite \' + OU -\' kyanite \'+ OU -\' garnet in these banded iron formation. Contrasting with the tabular hematite grains in the tectonitos of the Serra da Piedade, hematite grains in tectonitos of the Mariana Anticline show shapes very similar to the micas in quartzite rocks. They are characteristically foliated and display an excellent basal partition. The main goal of the study of this chapter is to infer the fluid distribution along grain boundaries and together with the grain boundaries microstructures to evaluate the role of fluid distribution on the mechanisms and kinetics of quartz growth in these metamorphic rocks. All observations were performed in oriented samples hence an attempted has been made to establish a correlation between the fluid distribution and the principal compressive directions. Grain boundary microstructures observed in different sections provided important insights on the processes involved in the generation of these microstructures. The different topographies observed along differently oriented boundaries and the heterogeneous distribution of pores along these grain boundaries indicate that fluid geometry and distribution in these rocks are highly anisotropic. The irregular topography of the quartz grain boundaries normal to the maximum elongation direction (X), in addition to the numerous inclusions of tiny hematite grains indicate that a significative grain growth occurred parallel to that direction, driven by reduction of the total grain boundary area. The purpose of chapter 6 is to assemble the information presented in the preceding chapters in order to draw a broad idea about all the processes involved in the deformation of the iron formation rocks and in the generation of the lattice preferred orientations. In addition, a general approach is given to evaluate the influence of the physical and chemical environment on the deformation mechanisms, such as metamorphic grade (T and P, inferred from mineral assemblages), intergranular fluid phase and the presence of a second phase. To assess the geological implications of the results obtained. In conclusion (Chapter 7) the present work has shown that (I) phase transformation greatly enhances the ductility of rocks under crustal conditions, by removing grains which are more resistant to the deformation. (II) Dissolution is easier at the interphase boundaries (magnetite-hematite and quartz-iron oxides). This might be related to the effects of iron oxide on the wetting behavior of water. (III) The dissolution-precipitation of quartz grains is strongly dependent on the crystallographic orientation. This lead to the development of lattice preferred orientations due to anisotropic dissolution/growth rates during solution-transfer creep. For quartz grains, both dissolution and growth parallel to the c-axis are faster than at right angles, resulting in a formation of c-axis maxima parallel to the maximum principal finite elongation direction (X) and c-axis minima parallel to the maximum principal finite shortening direction (Z). (IV) The extensive measurement of quartz c-axes showed that the lattice preferred orientations (LPOs) change significantly as a function of the amount of admixed hematite in the layers. Layers with a low content of hematite exhibit microstructures indicative of grain boundary migration. On the other hand, layers with high content of hematite show microstructures indicative of subgrain formation. Thus quartz grains are recovered and recrystallized by different mechanisms as a function of the amount of hematite that, on its turn, result in different patterns of LPOs. (V) Based on the characterization of pore structures and its distribution, evidences have been found for anisotropic grain growth. The anisotropic grain growth is a result of the anisotropic distribution of the fluid phase due to a combination of the anisotropy of hematite and to the differential stress. Interphase boundaries normal to the maximum shortening direction (Z) are typically pore-free. This might be indicative of the presence of a continuous high-diffusivity fluid film along these boundaries. On the other hand, boundaries normal to the maximum elongation direction (X) display a very irregular topography and profuse distribution of irregular pores, in which well-formed hematite and quartz grains are frequently found. These features indicate that these boundaries are sites of fluid accumulation and precipitation. The highest grain growth rates in the X-direction led to the formation of grains with aspect ratios that exceed the value expected from strain.
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A faixa alto Rio Grande na região a sul de São Gonçalo do Sapucaí (MG) / Not available.Perrotta, Mônica Mazzini 07 June 1991 (has links)
Situada na porção central da Faixa Alto Rio Grande, marginal ao Cráton do São Francisco, a área estudada compreende corpos tabulares ortognáissicos, que datam do Arqueano-Proterozóico Inferior, e faixas metassedimentares com evolução no Proterozóico Médio. No conjunto mais antigo, o Complexo São Gonçalo do Sapucaí, uma associação ortognáissico-metavulcânica de gnaisses homogêneos e bandados, respectivamente, constitui na área a encaixante de corpos granitoides-gnáissicos considerados como Complexo Amparo. O conjunto metassedimentar, representado por pacotes de paragnaisses e associações rítmicas de xistos e quartzitos, tem continuidade física lateral com seqüências definidas a E-NE como Grupo Andrelândia. Estes dois conjuntos estratigráficos, quando do evento deformacional principal, engajaram-se em nappes de dobramento, em posição anyiclinal, com estruturas sinclinais degeneradas e/ou com cavalgamentos ao longo dos flancos inversos. As unidades ortognáissicas constituem o núcleo de dobras cujo transporte foi para NNW. Empilham-se na área, da base para o topo, as Nappes Rio Sapucaí, Serra do Quiabeiro e Ribeirão do Cafundó (onde foi estabelecida a coluna estratigráfica local do Grupo Andrelândia). No topo desta pilha alóctone ocorre a Nappe de Cavalgamento Serra das Águas. As estruturas em nappe evoluíram sob metamorfismo de grau médio, as pressões intermediarias, com apogeu na zona da silimanita. Desenvolvem uma foliação penetrativa correspondendo à xistosidade \'S IND.2\' no grupo Andrelândia, que transpõe e recupera uma superfície reliquiar \'S IND.1\'. As nappes são afetadas por dobramentos homoaxiais inclinados para NNW de terceira fase. Desenvolvem a foliação \'S IND.3\', xistosidade evoluída sob condições da zona da biotita. Uma quarta fase de dobramentos normais e descontínuos, homoaxial às anteriores, desenvolve nos metassedimentos uma clivagem de crenulação discreta ou, localmente, uma xistosidade fraca a biotita. Faixas de cisalhamento subverticais cortam a área em continuidade com a Zona de Cisalhamento Três Corações a NE. Tem história evolucional complexa, inciando-se precocemente à terceira fase de dobramentos e admitindo removimentações posteriores às dobras de quarta fase. Uma quinta fase de dobramentos ortogonais é responsável por amplas inflexões delineadas pelos contatos litológicos. / The studied area, located in the central portion of the Alto Rio Grande Belt, at the border of the São Francisco Craton, is made of tabular Archean-Early Proterozoic orthogneissic bodies and metassedimentary belts with Middle Proterozoic evolution. In the older sequence, the São Gonçalo do Sapucaí Complex, an orthogneissíc-metavolcanic association of homogeneous and banded gneisses, respectively, is the country rock of the Amparo Complex gneissic granitoid bodies. The metassedimentary sequence is represented by paragneisses and schist-quartzite , rythmic associations and is in the lateral continuity with sequences defined as the Andrelandia Group east-northeastwards. These two stratigraphic domains were involved, during the main deformational event, in anticlinal fold nappes with degenerated synclinal structures and/or with thrusting along the inverted limbs. The orthogneissic units constitute fold nucleii with north-northwestward transport. Front the base to top, the Rio Sapucaí, Serra do Quiabeiro and Ribeirão do Cafundó Nappes are piled up. The last one is where the local stratigraphic column of the Andrelândia Group was estabilished. The Serra das Águas Thrust Nappe occurs at the top of this Allochthonous pile. The nappe structures evolved under medium pressure-medium grade metamorphism reaching the sillimanite zone. They develop a penetrative foliation, conesponding to the \'S IND.2\' schistosity of the Andrelandia Group, wich transposes and recuperates a \'S IND.1\' relict surface. The nappes are affected by a third phase homoaxial folding, north-northwesterly inclined, and develops the \'S IND.3\' foliation, a schistosity developing under biotite zone conditions. A fourth phase normal and discontinuous folding homoaxial to the previous ones, develop in the metassediments a discreet crenulation cleavage or, locally, a biotite-bearing weak schistosity. Subvertical shear belts cut the area in continuity with the Três Corações Fault northeastwards. They have a complex evolutionary history starting before the third fold phase and still continuing until after the folds of the fourth phase. A fifth folding phase, orthogonal to the earlier ones, is responsible for the large inflections delineated by the lithological contacts.
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Adesivos estruturais uretânicos aplicados a combinações de compósitos, plásticos e metais / Structural urethane adhesives applied in combination of composites, plastics and metalsQuini, Josué Garcia 14 March 2011 (has links)
Neste trabalho foram avaliadas as propriedades de um adesivo estrutural uretânico que visavam colagens de peças automotivas compostas por combinações de compósitos, termoplásticos e metais, que requerem do adesivo um elevado desempenho e compatibilidade com esses materiais. Para tanto, foram avaliadas as resistências ao cisalhamento de juntas formadas com estes substratos e o adesivo uretânico em diversas condições de exposição, que visam simular os efeitos deletérios que estas juntas estarão expostas durante sua utilização. Estes métodos permitiram caracterizar o adesivo como estrutural para tais aplicações, pois em todos os ensaios a fratura se deu fora da área de colagem, levando a conclusão de que a junta formada é mais resistente do que o substrato isoladamente. Foram desenvolvidos dois inovadores tratamentos de superfície alternativos ao lixamento, que foram o desengraxe com solventes e tratamento com plasma. Estes tratamentos tem contribuído significativamente om a comunidade e a partir deste estudo tem sido utilizados na indústria. A avaliação do comportamento térmico do adesivo e dos substratos permitiu o desenvolvimento de métodos de análise da composição das frações de massa de matriz polimérica, cargas minerais e fibra de vidro de modo prático, rápido e preciso, por uso da termogravimetria. A calorimetria diferencial exploratória possibilitou avaliar as transições vítreas dos substratos e do adesivo, bem como a energia liberada na reação do adesivo uretânico. Os fenômenos de interação química entre o adesivo e os substratos foram investigados pelo uso da técnica de espectroscopia infravermelho por reflectância atenuada, onde pode-se de forma inédita comprovar a existência de reações covalentes e de hidrogênio entre o adesivo e os substratos, que explicam a elevada aderência deste adesivo.Os resultados de todos os ensaios e análises levam à conclusão final que o adesivo uretânico, embora muitas vezes não considerado como estrutural, é um candidato plenamente capacitado ao trabalho de adesão estrutural, especialmente para uso automotivo nas condições descritas neste trabalho. / In this study there were evaluated the properties of a structural urethane adhesive used for bonding automotive parts made from combinations of composites, thermoplastics and metals, which require a high adhesive performance and compatibility with these materials. Thus, there were evaluated the shear strength of joints formed with these substrates and adhesive urethane different exposure conditions, which aim to simulate the deleterious effects that these joints are exposed during their use. These methods allowed characterization like structural adhesive for these applications, because in all tests the fracture occurred outside the area of bonding, leading to the conclusion that the joint formed is stronger than the substrate alone. There were developed two innovative surface treatments alternative to grinding, which was a degreasing solvent and treatment with plasma. These methods have significantly contributed to the community and from this study has been used in industry. The evaluation of the thermal behavior of the adhesive and the substrates allowed the development of methods for analyzing the composition of mass fractions of polymer matrix, fillers and fiberglass in a practical, fast and accurate, by use of thermogravimetry. The differential scanning calorimetry allowed to evaluate the glass transitions of substrates and adhesive, and the energy released in the reaction of urethane adhesive. The phenomena of chemical interaction between the adhesive and the substrates were investigated by use of infrared spectroscopy by attenuated reflectance, where it can be in an unprecedented way to prove the existence of covalent and hydrogen reactions between the adhesive and the substrates, which explains the high adhesion of this adhesive.The results of all testing and analysis lead to the final conclusion that the adhesive urethane, although often not considered as structural, is a fully qualified candidate for structural work of adhesion, especially for automotive use under the conditions described in this thesis.
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Evolução metamórfica das rochas da região de Stene Point, Ilha Coronation, microcontinente das orcadas do sul - AntárticaValadares, Diana Martins Pinheiro 30 March 2012 (has links)
Esta dissertação visa investigar as condições de metamorfismo e deformação das rochas metamáficas e metassedimentares do Complexo Metamórfico Scotia, na Ilha Coronation, formadas no estágio de subducção que precede a desagregação do Gondwana. A análise química das fases minerais permitiu determinar valores de temperatura e pressão calculadas com o programa THERMOCALC. Além disso, estudo sobre a proveniência dos metassedimentos foi conduzido com o método U-Pb em grãos de zircão. O Complexo Metamórfico Scotia é formado por intercalação de rochas metamáficas e metassedimentares com mármores e metachert, derivadasde depósitos sedimentares de caráter turbidítico, metamorfisadas e deformadas em ambiente de subducção. As rochas metamáficas consistem em rochas foliadas, de textura nematoblástica, com porfiroblastos de granada e plagioclásio. A paragênese é: quartzo + hornblenda + granada + epidoto + albita ±biotita ±titanita. As rochas metassedimentares compreendem rochas foliadas, de textura lepidoblástica com domínios granoblásticos e porfiroblastos de granada e plagioclásio, com a paragênese: quartzo + muscovita + biotita + clorita + granada + plagioclásio ± titanita. Em ambas as rochas, é comum a presença de minerais zonados. A granada tem ampla variação composicional entre os componentes almandina-grossulária-espessartita do núcleo para borda, há intercrescimento das composições oligoclásio-andesina e albita-oligoclásio-andesina nos grãos de plagioclásio, o epidoto é zonado opticamente e o anfibólio cálcico tem núcleos com pleocroísmo mais fraco que as bordas e finas lamelas de exsolução de cummingtonita. Os cálculos de P-Tindicam dois grupos de resultados, um com pressões elevadas, entre 12 e 16 kbar, e outro com pressões intermediárias, entre 4 e 8 kbar. O grupo com pressões elevadas registra o pico bárico com 15,95 ± 2,85 kbar, para rochas máficas, e de 16,40 ± 1,50 kbar, para as rochas metassedimentares. O pico metamórfico é registrado pela temperatura mais elevada, que coincide com o grupo de pressões intermediárias, calculado em 621 ± 18°C, para as rochas máficas e 564 ± 18 °C, para as rochas metassedimentares. Os dois grupos de condições P-Tindicam que a subducção pode ter chegado à elevadas profundidades, na fácies metamórfica epidoto-eclogito, mas com o pico metamórfico nas fácies metamórficas epidoto-anfibolito e anfibolito, em condições similares ao que foi calculado por Meneilly & Storey (1986) para as rochas da Ilha Signy. As condições P-Tde metamorfismo não são conclusivas, considerando a presença de texturas e composições que mostram desequilíbrio nos minerais. Os dados U-Pb em zircão permitiram identificar as populações de grãos detríticos com maior contribuição nos metassedimentos nos intervalos do Jurássico Inferior ao Permiano Inferior, 200-290 Ma, e do Carbonífero Inferior ao Neoproterozóico, 350-550 Ma. Através destes dados podem-se estabelecer as regiões de Adie Inlet, Cabinet Inlet Cape Casey e Target Hill, que fazem parte do embasamento da Península Antártica, como as principais áreas fontes dos protolitos sedimentares do Complexo Metamórfico Scotia; e permitem uma correlação entre o complexo e as unidades do Grupo Península Trinity e da Formação Miers Bluff. Os limites máximos para deposição foram estimados para o Jurássico Inferior com as idades de 202 e 191 Ma para as rochas do Complexo Metamórfico Scotia. / The present master dissertation aims to investigate the metamorphism and deformation conditions of mafic and metasedimentary rocks of the Scotia Metamorphic Complex, Coronation Island, formed in the subduccion stage that precedes the disintegration of Gondwana. Chemical analysis of mineral phases allowed determining temperature and pressure values, calculated with THERMOCALC. Furthermore, a study on the origin of metasediments was conducted with U-Pb method to date zircon grains. The Scotia Metamorphic Complex is formed by intercalation of mafic and metasedimentary rocks with metachert and marble, derived from sedimentary turbiditic deposits, metamorphosed and deformed in a subduction setting. The mafic rocks are foliated, with nematoblastic texture and porphyroblasts of garnet and plagioclase. The paragenesis is: quartz + hornblende + garnet + epidote + albite ± biotite ± titanite. The metasedimentary rocks comprise foliated rocks, lepidoblastic texture with granoblastic domains and porphyroblasts of garnet and plagioclase, with the paragenesis: quartz + chlorite + muscovite + biotite + garnet + plagioclase ± titanite. In both rocks, is common the presence of zoned minerals. Garnet has a wide compositional variation between the almandine-grossular-spessartite end members from core to rim, plagioclase ir composedof intergrowths of oligoclase-andesine and albite-oligoclase-andesine, the epidote is optically zoned, and the calcic amphibole has cores with weaker pleochroism than the rims and thin cummingtonite exsolution lamellae. The P-Tcalculations indicate two groups of results, one with elevated pressures, between 12 and 16 kbar, and another with intermediate pressures, between 4 and 8 kbar. The group with higher pressures recorded peak baric conditions with 15.95 ± 2.85 kbar, for mafic rocks, and 16.40 ± 1.50 kbar, for the metasedimentary rocks. The metamorphic peak is achieved at higher temperature, which coincides with the group of intermediate pressures, calculated at 621 ± 18 °C, for the mafic rocks and 564 ± 18 °C, for the metasedimentary rocks. The two groups of P-Tconditions indicate that the rocks may have reached high depths during subduction in epidote-eclogite facies, but with the metamorphic peak in the epidote-amphibolite and amphibolite facies, under similar conditions to what was calculated by Meneilly & Storey (1986) for the Signy Island rocks. The P-Tmetamorphism conditions are not conclusive, considering the presence of textures and compositions that show disequilibrium in the minerals. The U-Pb zircon ages permitted to identify populations of detrital grains with a major contribution in the metasediments between the Lower Jurassic to Lower Permian, 200-290 Ma, and Lower Carboniferous to the Neoproterozoic intervals, 350-550 Ma. Through these data can be established the regions of Adie Inlet, Cape Inlet Cabinet Casey Hill and Target, which are part of the Antarctic Peninsula basement, as the main source areas for the sedimentary protoliths of the Scotia Metamorphic Complex, and allow a correlation between the complex and the Trinity Peninsula Group and Miers Bluff Formation unities. The maximum deposition limit was estimated for the Lower Jurassic to the ages 202 and 191 Ma for the Scotia Metamorphic Complex rocks.
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