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Emprego de veias preservadas em glicerol como substituto de enxerto de nervo: estudo experimental em ratos / Use of glycerol preserved veins as substitute of nerve graft: experimental study in ratsCunha, Armando dos Santos 03 September 2007 (has links)
Grandes perdas de tecido neural não permitem a reparação por meio de anastomose primária. Nesses casos, a auto-enxertia de nervo é considerado o melhor tratamento. A despeito de um tratamento cirúrgico adequado, déficits funcionais são observados e melhoras quanto à recuperação funcional e diminuição das seqüelas são desejáveis. Várias são as técnicas que almejaram esse propósito. A interposição de condutores tubulares, como ponte entre os cotos proximal e distal do nervo seccionado, apresenta-se como uma técnica alternativa que oferece vantagens teóricas. A veia é um material estudado como possível condutor tubular avaliado experimentalmente e em casos clínicos. Estudos recentes têm dado importância na utilização de transplantes de tecidos armazenados em banco de tecidos. O glicerol é utilizado para preservação de tecidos, tendo sido relatado seu uso em nervos e vasos. Entretanto, não há relatos da utilização de veias preservadas em glicerol como substituto de enxerto de nervo. O objetivo deste trabalho foi comparar, em ratos, o grau de regeneração neural, utilizando análise histológica e análise funcional, obtida com a interposição de enxerto autógeno de nervo, veia autógena, veia autógena preservada em glicerol e veia alógena preservada em glicerol. Com técnica microcirúrgica, foram criados defeitos de 5 mm do nervo fibular de ratos da raça Lewis. Os animais foram divididos em quatro grupos de seis, de acordo com o tratamento empregado para correção do defeito: nos animais do Grupo A (grupo controle), foi realizado o reposicionamento do fragmento de nervo retirado (auto-enxerto); nos animais do Grupo B, foi interposto um segmento de 1 cm de veia jugular externa autógena; nos animais do Grupo C, foi interposto a veia jugular externa autógena preservada em glicerol a 98% a 4ºC por sete dias; no Grupo D os animais doadores foram ratos da raça Sprague-Dawley que tiveram a veia jugular externa preservada em glicerol de forma igual ao Grupo C e utilizadas para reconstrução do defeito neural em ratos da raça Lewis, sendo considerado um enxerto alógeno preservado em glicerol. Os animais foram sacrificados após seis semanas para realização dos estudos histológicos. Para a avaliação da recuperação funcional foram estudados os padrões de deambulação dos ratos (\"walking track analysis\") no pós-operatório imediato, 3 e 6 semanas de pós-operatório. O grupo controle (auto-enxerto) apresentou resultados histológicos semelhantes aos grupos de veias preservadas em glicerol (autógena e alógena), entretanto apresentou uma maior reação tecidual perineural e maior presença de escape axonal se comparada a todos os grupos. A utilização de veia autógena sem preservação demonstrou padrão histológico com maior neoangiogênese e áreas de rarefação axonal com presença de tecido conectivo no estroma neoformado. O padrão histológico foi semelhante nos demais grupos. O grupo que utilizou veia autógena (sem glicerol) apresentou menor recuperação funcional quando comparado com os demais grupos para 3 e 6 semanas. O resultado funcional foi estatisticamente semelhante entre os grupos de veias preservadas (autógena e alógena) e o auto-enxerto. / Great losses of neural tissue cannot be repaired by primary conventional suturing. In such cases, nerve autografting is considered to be the treatment of choice. In spite of adequate surgical treatment, functional deficits occur. Also, improvement in functional recuperation and decrease in sequelae are expected. There are many techniques aiming at this purpose. The interposition of tubular conduits, as a bridge between the ends of a sectioned nerve, among these the vein graft, is an alternative technique which offers theoretical advantages. The vein is a studied material as possible evaluated tubular conductor experimentally and in clinical cases. Recent studies have given importance in the use of tissues transplants stored in banks. Glycerol is used for tissue preservation, having been told to its use in nerves and vessels. However, it does not have studies of the use of glycerol reserved veins in as substitute of nerve graft. The purpose of this study was to compare, in rats, the neural regeneration degree, using histological analysis and functional analysis, obtained after interposition of a nerve graft, autogenous vein, autogenous vein preserved in glycerol and allograft vein preserved in glycerol. A 5 mm neural gap in the fibular nerve of rats (Lewis breed) has been created under microsurgical techinique. Four groups of six animals each have been divided according to the treatment employed: Group A - control group: replacement of the fibular nerve itself (autograft); Group B - a 1omm segment of external jugular vein was interposed; Group C - a preserved external jugular vein in glycerol 98% per 7 days was interposed in the fibular nerve gap; Group D - external jugular vein preserved in glycerol of Sprague-Dawley rats had been used equal form to group C in Lewis rats. The animals had been sacrificed after 6 weeks for accomplishment of the histological studies. The functional walking track analysis was performed after in the pre-op, and in the pos-op (immediately, 3 and 6 weeks). The control group (autograft) presented similar histological results to the groups of glycerol preserved veins (autogenous vein and allograft vein), however it presented a bigger perineural tecidual reaction and bigger presence of escape axonal if compared with all the groups. The use of autogenous vein without preservation demonstrated histological results with greater neoangiogenesis and presence of connective tissue inside the neo-formed stroma. Histological pattern was similar to other studied groups. The group that used autogenous vein (without glycerol) presented little functional recovery for 3 and 6 weeks. No statistical difference was seen between groups A (autograft) and groups C and C(preserved veins) in the degree of functional recovery.
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Reconstrução de defeito de nervo fibular em ratos com veia glicerolada: análise histológica e funcional / Peroneal nerve gap reconstruction in rats by using glycerol-preserved veins: histological and functional assessmentCunha, Armando dos Santos 28 May 2013 (has links)
A auto-enxertia de nervo é considerado o melhor tratamento para a restauração de grandes perdas de nervo periférico. Mesmo com o tratamento cirúrgico adequado, déficits funcionais são observados e melhoras quanto à recuperação funcional e diminuição das seqüelas são desejáveis. Várias são as técnicas que almejaram esse propósito. A interposição de condutores tubulares, como ponte entre os cotos proximal e distal do nervo seccionado, apresenta-se como uma técnica alternativa que oferece vantagens teóricas. A veia é um material estudado como possível condutor tubular avaliado experimentalmente e em casos clínicos. Estudos recentes têm dado importância na utilização de transplantes de tecidos armazenados em banco de tecidos. O glicerol é utilizado para preservação de tecidos, tendo sido relatado seu uso em nervos e vasos. Entretanto, não há relatos da utilização de veias preservadas em glicerol como substituto de enxerto de nervo. O objetivo deste trabalho foi comparar, em ratos, o grau de regeneração neural, utilizando análise histológica qualitativa e quantitativa e a recuperação funcional, obtida com a interposição de enxerto autógeno de nervo, veia autógena, veia autógena preservada em glicerol e veia alógena preservada em glicerol. Com técnica microcirúrgica, foram criados defeitos de 5 mm do nervo fibular de ratos da raça Lewis. Os animais foram divididos em quatro grupos de seis, de acordo com o tratamento empregado para correção do defeito: nos animais do Grupo A (grupo controle), foi realizado o reposicionamento do fragmento de nervo retirado (auto- enxerto); nos animais do Grupo B, foi interposto um segmento de 1 cm de veia jugular externa autógena; nos animais do Grupo C, foi interposto a veia jugular externa autógena preservada em glicerol a 98% a 4ºC por sete dias; no Grupo D os animais doadores foram ratos da raça Sprague-Dawley que tiveram a veia jugular externa preservada em glicerol de forma igual ao Grupo C e utilizadas para reconstrução do defeito neural em ratos da raça Lewis, sendo considerado um enxerto alógeno preservado em glicerol. Os animais foram sacrificados após seis semanas para realização dos estudos histológicos. Para a avaliação da recuperação funcional foram estudados os padrões de deambulação dos ratos (walking track analysis)no pós-operatório imediato, 3 e 6 semanas de pós-operatório. O grupo controle (auto-enxerto) apresentou resultados histológicos semelhantes aos grupos de veias preservadas em glicerol (autógena e alógena), entretanto apresentou uma maior reação tecidual perineural e maior presença de escape axonal se comparada a todos os grupos. A utilização de veia autógena sem preservação demonstrou padrão histológico com maior neoangiogênese e áreas de rarefação axonal com presença de tecido conectivo no estroma neoformado. O padrão histológico foi semelhante nos demais grupos. A análise histológica quantitativa demonstrou estatisticamente menor concentração de axônios regenerados no grupo B (veia autógena) do que a dos demais grupos. O grupo que utilizou veia autógena (sem glicerol) apresentou menor recuperação funcional quando comparado com os demais grupos para 3 e 6 semanas. O resultado funcional foi estatisticamente semelhante entre os grupos de veias preservadas (autógena e alógena) e o auto-enxerto / Nerve autografting is considered the best treatment for the restoration of great losses of peripheral nerve. In spite of adequate surgical treatment, functional deficits occur. Also, improvement in functional recuperation and decrease in sequelae are expected. There are many techniques aiming at this purpose. The interposition of tubular conduits, as a bridge between the ends of a sectioned nerve, among these the vein graft, is an alternative technique which offers theoretical advantages. The vein is a studied material as possible evaluated tubular conductor experimentally and in clinical cases. Recent studies have given importance in the use of tissues transplants stored in banks. Glycerol is used for tissue preservation, having been told to its use in nerves and vessels. However, it does not have studies of the use of glycerol reserved veins in as substitute of nerve graft. The purpose of this study was to compare, in rats, the neural regeneration degree, using qualitative and quantitative histological analysis and functional recovery, obtained after interposition of a nerve graft, autogenous vein, autogenous vein preserved in glycerol and allograft vein preserved in glycerol. A 5 mm neural gap in the fibular nerve of rats (Lewis breed) has been created under microsurgical techinique. Four groups of six animals each have been divided according to the treatment employed: Group A Î control group: replacement of the fibular nerve itself (autograft); Group B Î a 1omm segment of external jugular vein was interposed; Group C Î a preserved external jugular vein in glycerol 98% per 7 days was interposed in the fibular nerve gap; Group D - external jugular vein preserved in glycerol of Sprague-Dawley rats had been used equal form to group C in Lewis rats. The animals had been sacrificed after 6 weeks for accomplishment of the histological studies. The functional walking track analysis was performed after in the pre-op, and in the pos-op (immediately, 3 and 6 weeks). The control group (autograft) presented similar histological results to the groups of glycerol preserved veins (autogenous vein and allograft vein), however it presented a bigger perineural tecidual reaction and bigger presence of escape axonal if compared with all the groups. The use of autogenous vein without preservation demonstrated histological results with greater neoangiogenesis and presence of connective tissue inside the neo- formed stroma. Histological pattern was similar to other studied groups. Quantitative histological analysis showed statistically lower concentration of regenerated axons in group B (autogenous vein) than the other groups.The group that used autogenous vein (without glycerol) presented little functional recovery for 3 and 6 weeks. No statistical difference was seen between groups A (autograft) and groups C and C (preserved veins) in the degree of functional recovery
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Emprego de veias preservadas em glicerol como substituto de enxerto de nervo: estudo experimental em ratos / Use of glycerol preserved veins as substitute of nerve graft: experimental study in ratsArmando dos Santos Cunha 03 September 2007 (has links)
Grandes perdas de tecido neural não permitem a reparação por meio de anastomose primária. Nesses casos, a auto-enxertia de nervo é considerado o melhor tratamento. A despeito de um tratamento cirúrgico adequado, déficits funcionais são observados e melhoras quanto à recuperação funcional e diminuição das seqüelas são desejáveis. Várias são as técnicas que almejaram esse propósito. A interposição de condutores tubulares, como ponte entre os cotos proximal e distal do nervo seccionado, apresenta-se como uma técnica alternativa que oferece vantagens teóricas. A veia é um material estudado como possível condutor tubular avaliado experimentalmente e em casos clínicos. Estudos recentes têm dado importância na utilização de transplantes de tecidos armazenados em banco de tecidos. O glicerol é utilizado para preservação de tecidos, tendo sido relatado seu uso em nervos e vasos. Entretanto, não há relatos da utilização de veias preservadas em glicerol como substituto de enxerto de nervo. O objetivo deste trabalho foi comparar, em ratos, o grau de regeneração neural, utilizando análise histológica e análise funcional, obtida com a interposição de enxerto autógeno de nervo, veia autógena, veia autógena preservada em glicerol e veia alógena preservada em glicerol. Com técnica microcirúrgica, foram criados defeitos de 5 mm do nervo fibular de ratos da raça Lewis. Os animais foram divididos em quatro grupos de seis, de acordo com o tratamento empregado para correção do defeito: nos animais do Grupo A (grupo controle), foi realizado o reposicionamento do fragmento de nervo retirado (auto-enxerto); nos animais do Grupo B, foi interposto um segmento de 1 cm de veia jugular externa autógena; nos animais do Grupo C, foi interposto a veia jugular externa autógena preservada em glicerol a 98% a 4ºC por sete dias; no Grupo D os animais doadores foram ratos da raça Sprague-Dawley que tiveram a veia jugular externa preservada em glicerol de forma igual ao Grupo C e utilizadas para reconstrução do defeito neural em ratos da raça Lewis, sendo considerado um enxerto alógeno preservado em glicerol. Os animais foram sacrificados após seis semanas para realização dos estudos histológicos. Para a avaliação da recuperação funcional foram estudados os padrões de deambulação dos ratos (\"walking track analysis\") no pós-operatório imediato, 3 e 6 semanas de pós-operatório. O grupo controle (auto-enxerto) apresentou resultados histológicos semelhantes aos grupos de veias preservadas em glicerol (autógena e alógena), entretanto apresentou uma maior reação tecidual perineural e maior presença de escape axonal se comparada a todos os grupos. A utilização de veia autógena sem preservação demonstrou padrão histológico com maior neoangiogênese e áreas de rarefação axonal com presença de tecido conectivo no estroma neoformado. O padrão histológico foi semelhante nos demais grupos. O grupo que utilizou veia autógena (sem glicerol) apresentou menor recuperação funcional quando comparado com os demais grupos para 3 e 6 semanas. O resultado funcional foi estatisticamente semelhante entre os grupos de veias preservadas (autógena e alógena) e o auto-enxerto. / Great losses of neural tissue cannot be repaired by primary conventional suturing. In such cases, nerve autografting is considered to be the treatment of choice. In spite of adequate surgical treatment, functional deficits occur. Also, improvement in functional recuperation and decrease in sequelae are expected. There are many techniques aiming at this purpose. The interposition of tubular conduits, as a bridge between the ends of a sectioned nerve, among these the vein graft, is an alternative technique which offers theoretical advantages. The vein is a studied material as possible evaluated tubular conductor experimentally and in clinical cases. Recent studies have given importance in the use of tissues transplants stored in banks. Glycerol is used for tissue preservation, having been told to its use in nerves and vessels. However, it does not have studies of the use of glycerol reserved veins in as substitute of nerve graft. The purpose of this study was to compare, in rats, the neural regeneration degree, using histological analysis and functional analysis, obtained after interposition of a nerve graft, autogenous vein, autogenous vein preserved in glycerol and allograft vein preserved in glycerol. A 5 mm neural gap in the fibular nerve of rats (Lewis breed) has been created under microsurgical techinique. Four groups of six animals each have been divided according to the treatment employed: Group A - control group: replacement of the fibular nerve itself (autograft); Group B - a 1omm segment of external jugular vein was interposed; Group C - a preserved external jugular vein in glycerol 98% per 7 days was interposed in the fibular nerve gap; Group D - external jugular vein preserved in glycerol of Sprague-Dawley rats had been used equal form to group C in Lewis rats. The animals had been sacrificed after 6 weeks for accomplishment of the histological studies. The functional walking track analysis was performed after in the pre-op, and in the pos-op (immediately, 3 and 6 weeks). The control group (autograft) presented similar histological results to the groups of glycerol preserved veins (autogenous vein and allograft vein), however it presented a bigger perineural tecidual reaction and bigger presence of escape axonal if compared with all the groups. The use of autogenous vein without preservation demonstrated histological results with greater neoangiogenesis and presence of connective tissue inside the neo-formed stroma. Histological pattern was similar to other studied groups. The group that used autogenous vein (without glycerol) presented little functional recovery for 3 and 6 weeks. No statistical difference was seen between groups A (autograft) and groups C and C(preserved veins) in the degree of functional recovery.
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Reconstrução de defeito de nervo fibular em ratos com veia glicerolada: análise histológica e funcional / Peroneal nerve gap reconstruction in rats by using glycerol-preserved veins: histological and functional assessmentArmando dos Santos Cunha 28 May 2013 (has links)
A auto-enxertia de nervo é considerado o melhor tratamento para a restauração de grandes perdas de nervo periférico. Mesmo com o tratamento cirúrgico adequado, déficits funcionais são observados e melhoras quanto à recuperação funcional e diminuição das seqüelas são desejáveis. Várias são as técnicas que almejaram esse propósito. A interposição de condutores tubulares, como ponte entre os cotos proximal e distal do nervo seccionado, apresenta-se como uma técnica alternativa que oferece vantagens teóricas. A veia é um material estudado como possível condutor tubular avaliado experimentalmente e em casos clínicos. Estudos recentes têm dado importância na utilização de transplantes de tecidos armazenados em banco de tecidos. O glicerol é utilizado para preservação de tecidos, tendo sido relatado seu uso em nervos e vasos. Entretanto, não há relatos da utilização de veias preservadas em glicerol como substituto de enxerto de nervo. O objetivo deste trabalho foi comparar, em ratos, o grau de regeneração neural, utilizando análise histológica qualitativa e quantitativa e a recuperação funcional, obtida com a interposição de enxerto autógeno de nervo, veia autógena, veia autógena preservada em glicerol e veia alógena preservada em glicerol. Com técnica microcirúrgica, foram criados defeitos de 5 mm do nervo fibular de ratos da raça Lewis. Os animais foram divididos em quatro grupos de seis, de acordo com o tratamento empregado para correção do defeito: nos animais do Grupo A (grupo controle), foi realizado o reposicionamento do fragmento de nervo retirado (auto- enxerto); nos animais do Grupo B, foi interposto um segmento de 1 cm de veia jugular externa autógena; nos animais do Grupo C, foi interposto a veia jugular externa autógena preservada em glicerol a 98% a 4ºC por sete dias; no Grupo D os animais doadores foram ratos da raça Sprague-Dawley que tiveram a veia jugular externa preservada em glicerol de forma igual ao Grupo C e utilizadas para reconstrução do defeito neural em ratos da raça Lewis, sendo considerado um enxerto alógeno preservado em glicerol. Os animais foram sacrificados após seis semanas para realização dos estudos histológicos. Para a avaliação da recuperação funcional foram estudados os padrões de deambulação dos ratos (walking track analysis)no pós-operatório imediato, 3 e 6 semanas de pós-operatório. O grupo controle (auto-enxerto) apresentou resultados histológicos semelhantes aos grupos de veias preservadas em glicerol (autógena e alógena), entretanto apresentou uma maior reação tecidual perineural e maior presença de escape axonal se comparada a todos os grupos. A utilização de veia autógena sem preservação demonstrou padrão histológico com maior neoangiogênese e áreas de rarefação axonal com presença de tecido conectivo no estroma neoformado. O padrão histológico foi semelhante nos demais grupos. A análise histológica quantitativa demonstrou estatisticamente menor concentração de axônios regenerados no grupo B (veia autógena) do que a dos demais grupos. O grupo que utilizou veia autógena (sem glicerol) apresentou menor recuperação funcional quando comparado com os demais grupos para 3 e 6 semanas. O resultado funcional foi estatisticamente semelhante entre os grupos de veias preservadas (autógena e alógena) e o auto-enxerto / Nerve autografting is considered the best treatment for the restoration of great losses of peripheral nerve. In spite of adequate surgical treatment, functional deficits occur. Also, improvement in functional recuperation and decrease in sequelae are expected. There are many techniques aiming at this purpose. The interposition of tubular conduits, as a bridge between the ends of a sectioned nerve, among these the vein graft, is an alternative technique which offers theoretical advantages. The vein is a studied material as possible evaluated tubular conductor experimentally and in clinical cases. Recent studies have given importance in the use of tissues transplants stored in banks. Glycerol is used for tissue preservation, having been told to its use in nerves and vessels. However, it does not have studies of the use of glycerol reserved veins in as substitute of nerve graft. The purpose of this study was to compare, in rats, the neural regeneration degree, using qualitative and quantitative histological analysis and functional recovery, obtained after interposition of a nerve graft, autogenous vein, autogenous vein preserved in glycerol and allograft vein preserved in glycerol. A 5 mm neural gap in the fibular nerve of rats (Lewis breed) has been created under microsurgical techinique. Four groups of six animals each have been divided according to the treatment employed: Group A Î control group: replacement of the fibular nerve itself (autograft); Group B Î a 1omm segment of external jugular vein was interposed; Group C Î a preserved external jugular vein in glycerol 98% per 7 days was interposed in the fibular nerve gap; Group D - external jugular vein preserved in glycerol of Sprague-Dawley rats had been used equal form to group C in Lewis rats. The animals had been sacrificed after 6 weeks for accomplishment of the histological studies. The functional walking track analysis was performed after in the pre-op, and in the pos-op (immediately, 3 and 6 weeks). The control group (autograft) presented similar histological results to the groups of glycerol preserved veins (autogenous vein and allograft vein), however it presented a bigger perineural tecidual reaction and bigger presence of escape axonal if compared with all the groups. The use of autogenous vein without preservation demonstrated histological results with greater neoangiogenesis and presence of connective tissue inside the neo- formed stroma. Histological pattern was similar to other studied groups. Quantitative histological analysis showed statistically lower concentration of regenerated axons in group B (autogenous vein) than the other groups.The group that used autogenous vein (without glycerol) presented little functional recovery for 3 and 6 weeks. No statistical difference was seen between groups A (autograft) and groups C and C (preserved veins) in the degree of functional recovery
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Estudo da condução nervosa em pacientes com a síndrome SPOAN / Nerve conduction studies on SPOAN syndromeAmorim, Simone Consuelo de 02 August 2013 (has links)
Introdução: A síndrome SPOAN é uma doença neurodegenerativa, de transmissão genética autossômica recessiva, até o momento reconhecida apenas no Brasil, que caracteriza-se por: paraplegia espástica, de início nos primeiros anos de vida e caráter progressivo; atrofia óptica congênita; neuropatia periférica sensitivo-motora axonal, de início a partir da primeira década de vida; sobressaltos à estimulação sonora, disartria, deformidades de coluna e pés e sinais extra piramidais. A sua caracterização foi feita por nosso grupo, que avaliou clinicamente 71 indivíduos, originários do Rio Grande do Norte. Estudo de ligação mapeou o locus responsável pela síndrome SPOAN em uma região de 2 Mb no cromossomo 11q13. O gene responsável pela síndrome SPOAN permanece desconhecido. A síndrome SPOAN é considerada uma forma complicada de paraplegia espástica. A associação entre neuropatia e paraplegia espástica está relacionada à perda progressiva de axônios longos e tem sido relatada em algumas formas complicadas de neuropatias e paraplegias espásticas hereditárias. Casuística e métodos: Foi realizada a avaliação de 27 pacientes, 20 mulheres, com idade variando entre 4 e 58 anos. Todos os indivíduos compartilhavam o mesmo fenótipo (paraplegia espástica, atrofia de nervo óptico e neuropatia periférica) e tinham o mesmo haplótipo 11q13. Pacientes com história de diabetes mellitus ou alcoolismo foram excluídos do estudo. A avaliação neurológica incluiu a pesquisa dos escores modificados de sintomas e comprometimento neuropáticos. A força muscular foi testada e graduada conforme a escala MRC (Medical Research Council). Foi realizada a pesquisa da sensibilidade dolorosa, térmica, tátil, vibratória e artrestésica. O trofismo foi avaliado pela presença de deformidades na coluna e atrofia nos membros inferiores. Os reflexos profundos e o cutâneo plantar também foram analisados. Os estudos da condução nervosa foram realizados em um aparelho portátil Nicolet - Viking Quest, (Viasys, USA). Para os estudos de condução motora foram analisados os nervos axillar, mediano, ulnar, femoral, tibial e fibular direito. A condução sensitiva foi analisada nos nervos mediano, ulnar, radial, sural e fibular direito. O reflexo H e as ondas F foram avaliados com técnicas padrão. Alguns testes não puderam ser realizados devido à intensa atrofia e deformidades esqueléticas. O coeficiente de correlação de Pearson foi calculado entre a idade e os parâmetros, velocidade de condução, latência e amplitude. Valores de P < 0,05 foram considerados estatisticamente significantes. Resultados: Avaliação clínica: Todos os pacientes obtiveram escore de sinais neuropáticos graves e demonstraram déficit de força e atrofia distal. Deformidades dos pés estavam presentes em todos os pacientes e deformidades na coluna, em 58%. Os reflexos profundos dos membros superiores estavam exaltados em 92% dos casos e o reflexo patelar, em 63%. O reflexo Aquileu estava ausente em todos os pacientes. Todas as modalidades de sensibilidade foram afetadas, principalmente nos membros inferiores. Os dados do exame de sensibilidade na paciente de 4 anos foram desconsiderados. Estudo da condução nervosa sensitiva: Os SNAPs dos nervos mediano, sural e fibular estavam ausentes em todos os pacientes. SNAPs do nervo ulnar estavam ausentes em 96% da amostra e do nervo radial, em 80%. Estudo da condução nervosa motora: As latências motoras dos nervos axilar e femoral estavam normais em todos os pacientes. As amplitudes dos CMAPs estavam reduzidas em 15 e 52% da amostra nos nervos mediano e ulnar, respectivamente. Velocidades de condução estavam reduzidas em 50 e 41% desta casuística nos nervos mediano e ulnar, respectivamente. Velocidades de condução estavam acima de 80% do limite inferior da normalidade, em todos os nervos, exceto em 1 paciente que apresentou redução de 27% no nervo ulnar. Entretanto, este mesmo paciente apresentou amplitude menor que 2mV. Ondas F apresentavam aumento da latência, de acordo com a altura, em 100% dos casos. CMAPs estavam ausentes em 93 e 84% da amostra nos nervos fibular e tibial, respectivamente. Reflexo H estava ausente em 88% dos pacientes. Não houve correlação entre idade e a velocidade de condução, latência e amplitude dos nervos mediano e ulnar. Discussão: O estudo da condução nervosa neste grupo preencheu critérios para uma neuropatia primária axonal. Nenhum paciente apresentou bloqueio de condução ou dispersão temporal. As alterações encontradas na velocidade de condução provavelmente se devem à perda de fibras nervosas de condução rápida. Fenótipos SPOAN-like foram descritos em famílias com mutações nos genes C12orf65, TFG e OPA1. No entanto, não existem detalhes sobre a condução nervosa nestes pacientes. Neuropatia axonal de início tardio foi relacionada à SPG55 e DOA (dominant optic atrophy), enquanto neuropatia axonal e desmielinizante com leve comprometimento sensitivo foi descrita na família com mutação no gene TFG. Conclusão: Os pacientes com a síndrome SPOAN apresentam uma acentuada neuropatia axonal, sensitivo motora. As alterações encontradas na condução nervosa dos pacientes com síndrome SPOAN não são específicas, no entanto, resultados normais excluem esta condição em adultos. A paciente mais jovem desta casuística já apresentava alterações ao exame, o que pode sugerir um início precoce da neuropatia. Entretanto, não temos dados suficientes para afirmar que este seja um achado comum a todos os pacientes SPOAN / Introduction: SPOAN syndrome (Spastic Paraplegia, Optic Atrophy and Neuropathy) is a progressive neurodegenerative disorder of autosomal recessive inheritance described by our group in a large inbred family from Northeastern Brazil. The clinical picture is characterized by non-progressive congenital optic atrophy, progressive spastic paraplegia, axonal neuropathy, auditory startles, dysarthria, spinal and foot deformities and also extrapyramidal signs. Linkage studies mapped the responsible locus for the syndrome to a 2Mb region on chromosome 11q13. The gene responsible for SPOAN syndrome remains elusive. Materials and Methods: This is a cross sectional study which was conducted from 2009 to 2011. We evaluated 27 patients (20 females), with a0ges ranging from 4 to 58 years. All patients shared the same phenotype (spastic paraplegia, optic atrophy and peripheral neuropathy) and had the same 11q13 haplotype in homozygosis. Patients with history of diabetes mellitus or alcoholism were excluded from this study. All patients were evaluated by the same clinical researcher (SA). Neurological evaluation included determination of modified neuropathy symptoms (NSS) and neuropathy disability (NDS) scores. Motor strength was assessed using MRC scale. Sensibility assessment included small-fiber (pain and temperature) and large-fiber modalities (vibration-128Hz diapason, 10g monofilament and joint position sense). Spine deformities and atrophy in the lower limbs were observed. We also evaluated osteotendineous reflexes and cutaneous plantar reflexes. Nerve conduction studies were performed using a portable Nicolet - Viking Quest, (Viasys,USA). Motor conduction studies included axillary, median, ulnar, femoral, tibial and fibular nerves on the right side. Sensory nerve action potentials of median, ulnar, sural and superficial fibular nerves were recorded using a bar electrode of 3 cm and standard fixed distances. Tibial H-reflex was evaluated with standard technique. Minimal F wave latencies were obtained from ulnar and tibial nerves. A few tests could not be done in every patient due to severe deformities. We calculated Pearson\'s correlation coefficients between age and nerve conduction parameters, including velocities, latencies and amplitudes. P values <0.05 were considered statistically significant. Results: Clinical data: Neuropathic symptoms such as pain and paresthesias were rare. All patients had signs of severe neuropathy. All subjects demonstrated weakness and atrophy that were more significant distally than proximally. Foot deformities were present in all patients and spine deformities were seen in 58%. Upper limb deep tendon reflexes were exalted in 92% and patelar reflex in 63%. Ankle reflex was absent in all patients. In one patient, who was 4 years-old, sensory evaluation was inconsistent and the results were not considered. In all the other ones, sensory modalities were affected and occurred predominantly in the lower limbs. Electrodiagnostic data: Sensory nerve conduction: Median nerve SNAP was absent in all 27 patients. Ulnar nerve SNAPs were absent in 96%, whereas radial nerve SNPAs were absent in 80%. Superficial fibular and sural SNAPs were absent in all patients. Motor nerve conduction: The motor latencies of axillary and femoral nerves were normal in all patients. CMAP amplitudes were reduced in 15% of the median nerves and in 52% of the ulnar nerves. Conduction velocities (CV) were reduced in 50% of the median nerves and in 41% of the ulnar nerves. CV was above 80% of the lower normal limit for all nerves, except for one patient who showed a 27% reduction of ulnar CV, but had also a CMAP amplitude of less than 2 mV. F waves were prolonged according to the height in 100%. Only one patient who presented significant motor CV reduction of the ulnar nerve. CMAPs were absent in 93% of the fibular nerves and in 84% of the tibial nerves. A single fibular nerve showed more than 20% of CV reduction, but also had severely reduced CMAP amplitude. H reflex was absent in 88% of the patients. There was no correlation between age and neurophysiological parameters, such as median or ulnar CV, latencies or CMAP amplitudes. Discussion: Nerve conduction studies in this group fulfill criteria for primary axonal neuropathy. No patient showed conduction block or temporal dispersion. Abnormalities seen in CV and F waves are probably related to loss of fast conduction fiber nerves. We could not demonstrate correlation between age and nerve conduction parameters, including velocities, latencies and amplitudes. SPOAN-like phenotype has been found in families with mutations in C12orf65, TFG and OPA1 genes, however there is no detailed report on nerve conduction studies in these conditions. Axonal neuropathy is also described in SPG55 and DOA plus, but usually with a later onset than on SPOAN syndrome. Peripheral neuropathy is also described in the family with mutation in TFG gene, but this presents a different pattern characterized as a mixed axonal demyelinating neuropathy with mild sensory involvement. Although the nerve conduction abnormalities seen in SPOAN syndrome are not specific, normal results seem to rule out this condition, at least in adult patients. The younger patient in our series was 4-years-old, and her neurophysiological study was severely abnormal, suggesting an early-onset neuropathy. However, we do not have a comprehensive study of several young patients to support that this feature is
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Estudo da condução nervosa em pacientes com a síndrome SPOAN / Nerve conduction studies on SPOAN syndromeSimone Consuelo de Amorim 02 August 2013 (has links)
Introdução: A síndrome SPOAN é uma doença neurodegenerativa, de transmissão genética autossômica recessiva, até o momento reconhecida apenas no Brasil, que caracteriza-se por: paraplegia espástica, de início nos primeiros anos de vida e caráter progressivo; atrofia óptica congênita; neuropatia periférica sensitivo-motora axonal, de início a partir da primeira década de vida; sobressaltos à estimulação sonora, disartria, deformidades de coluna e pés e sinais extra piramidais. A sua caracterização foi feita por nosso grupo, que avaliou clinicamente 71 indivíduos, originários do Rio Grande do Norte. Estudo de ligação mapeou o locus responsável pela síndrome SPOAN em uma região de 2 Mb no cromossomo 11q13. O gene responsável pela síndrome SPOAN permanece desconhecido. A síndrome SPOAN é considerada uma forma complicada de paraplegia espástica. A associação entre neuropatia e paraplegia espástica está relacionada à perda progressiva de axônios longos e tem sido relatada em algumas formas complicadas de neuropatias e paraplegias espásticas hereditárias. Casuística e métodos: Foi realizada a avaliação de 27 pacientes, 20 mulheres, com idade variando entre 4 e 58 anos. Todos os indivíduos compartilhavam o mesmo fenótipo (paraplegia espástica, atrofia de nervo óptico e neuropatia periférica) e tinham o mesmo haplótipo 11q13. Pacientes com história de diabetes mellitus ou alcoolismo foram excluídos do estudo. A avaliação neurológica incluiu a pesquisa dos escores modificados de sintomas e comprometimento neuropáticos. A força muscular foi testada e graduada conforme a escala MRC (Medical Research Council). Foi realizada a pesquisa da sensibilidade dolorosa, térmica, tátil, vibratória e artrestésica. O trofismo foi avaliado pela presença de deformidades na coluna e atrofia nos membros inferiores. Os reflexos profundos e o cutâneo plantar também foram analisados. Os estudos da condução nervosa foram realizados em um aparelho portátil Nicolet - Viking Quest, (Viasys, USA). Para os estudos de condução motora foram analisados os nervos axillar, mediano, ulnar, femoral, tibial e fibular direito. A condução sensitiva foi analisada nos nervos mediano, ulnar, radial, sural e fibular direito. O reflexo H e as ondas F foram avaliados com técnicas padrão. Alguns testes não puderam ser realizados devido à intensa atrofia e deformidades esqueléticas. O coeficiente de correlação de Pearson foi calculado entre a idade e os parâmetros, velocidade de condução, latência e amplitude. Valores de P < 0,05 foram considerados estatisticamente significantes. Resultados: Avaliação clínica: Todos os pacientes obtiveram escore de sinais neuropáticos graves e demonstraram déficit de força e atrofia distal. Deformidades dos pés estavam presentes em todos os pacientes e deformidades na coluna, em 58%. Os reflexos profundos dos membros superiores estavam exaltados em 92% dos casos e o reflexo patelar, em 63%. O reflexo Aquileu estava ausente em todos os pacientes. Todas as modalidades de sensibilidade foram afetadas, principalmente nos membros inferiores. Os dados do exame de sensibilidade na paciente de 4 anos foram desconsiderados. Estudo da condução nervosa sensitiva: Os SNAPs dos nervos mediano, sural e fibular estavam ausentes em todos os pacientes. SNAPs do nervo ulnar estavam ausentes em 96% da amostra e do nervo radial, em 80%. Estudo da condução nervosa motora: As latências motoras dos nervos axilar e femoral estavam normais em todos os pacientes. As amplitudes dos CMAPs estavam reduzidas em 15 e 52% da amostra nos nervos mediano e ulnar, respectivamente. Velocidades de condução estavam reduzidas em 50 e 41% desta casuística nos nervos mediano e ulnar, respectivamente. Velocidades de condução estavam acima de 80% do limite inferior da normalidade, em todos os nervos, exceto em 1 paciente que apresentou redução de 27% no nervo ulnar. Entretanto, este mesmo paciente apresentou amplitude menor que 2mV. Ondas F apresentavam aumento da latência, de acordo com a altura, em 100% dos casos. CMAPs estavam ausentes em 93 e 84% da amostra nos nervos fibular e tibial, respectivamente. Reflexo H estava ausente em 88% dos pacientes. Não houve correlação entre idade e a velocidade de condução, latência e amplitude dos nervos mediano e ulnar. Discussão: O estudo da condução nervosa neste grupo preencheu critérios para uma neuropatia primária axonal. Nenhum paciente apresentou bloqueio de condução ou dispersão temporal. As alterações encontradas na velocidade de condução provavelmente se devem à perda de fibras nervosas de condução rápida. Fenótipos SPOAN-like foram descritos em famílias com mutações nos genes C12orf65, TFG e OPA1. No entanto, não existem detalhes sobre a condução nervosa nestes pacientes. Neuropatia axonal de início tardio foi relacionada à SPG55 e DOA (dominant optic atrophy), enquanto neuropatia axonal e desmielinizante com leve comprometimento sensitivo foi descrita na família com mutação no gene TFG. Conclusão: Os pacientes com a síndrome SPOAN apresentam uma acentuada neuropatia axonal, sensitivo motora. As alterações encontradas na condução nervosa dos pacientes com síndrome SPOAN não são específicas, no entanto, resultados normais excluem esta condição em adultos. A paciente mais jovem desta casuística já apresentava alterações ao exame, o que pode sugerir um início precoce da neuropatia. Entretanto, não temos dados suficientes para afirmar que este seja um achado comum a todos os pacientes SPOAN / Introduction: SPOAN syndrome (Spastic Paraplegia, Optic Atrophy and Neuropathy) is a progressive neurodegenerative disorder of autosomal recessive inheritance described by our group in a large inbred family from Northeastern Brazil. The clinical picture is characterized by non-progressive congenital optic atrophy, progressive spastic paraplegia, axonal neuropathy, auditory startles, dysarthria, spinal and foot deformities and also extrapyramidal signs. Linkage studies mapped the responsible locus for the syndrome to a 2Mb region on chromosome 11q13. The gene responsible for SPOAN syndrome remains elusive. Materials and Methods: This is a cross sectional study which was conducted from 2009 to 2011. We evaluated 27 patients (20 females), with a0ges ranging from 4 to 58 years. All patients shared the same phenotype (spastic paraplegia, optic atrophy and peripheral neuropathy) and had the same 11q13 haplotype in homozygosis. Patients with history of diabetes mellitus or alcoholism were excluded from this study. All patients were evaluated by the same clinical researcher (SA). Neurological evaluation included determination of modified neuropathy symptoms (NSS) and neuropathy disability (NDS) scores. Motor strength was assessed using MRC scale. Sensibility assessment included small-fiber (pain and temperature) and large-fiber modalities (vibration-128Hz diapason, 10g monofilament and joint position sense). Spine deformities and atrophy in the lower limbs were observed. We also evaluated osteotendineous reflexes and cutaneous plantar reflexes. Nerve conduction studies were performed using a portable Nicolet - Viking Quest, (Viasys,USA). Motor conduction studies included axillary, median, ulnar, femoral, tibial and fibular nerves on the right side. Sensory nerve action potentials of median, ulnar, sural and superficial fibular nerves were recorded using a bar electrode of 3 cm and standard fixed distances. Tibial H-reflex was evaluated with standard technique. Minimal F wave latencies were obtained from ulnar and tibial nerves. A few tests could not be done in every patient due to severe deformities. We calculated Pearson\'s correlation coefficients between age and nerve conduction parameters, including velocities, latencies and amplitudes. P values <0.05 were considered statistically significant. Results: Clinical data: Neuropathic symptoms such as pain and paresthesias were rare. All patients had signs of severe neuropathy. All subjects demonstrated weakness and atrophy that were more significant distally than proximally. Foot deformities were present in all patients and spine deformities were seen in 58%. Upper limb deep tendon reflexes were exalted in 92% and patelar reflex in 63%. Ankle reflex was absent in all patients. In one patient, who was 4 years-old, sensory evaluation was inconsistent and the results were not considered. In all the other ones, sensory modalities were affected and occurred predominantly in the lower limbs. Electrodiagnostic data: Sensory nerve conduction: Median nerve SNAP was absent in all 27 patients. Ulnar nerve SNAPs were absent in 96%, whereas radial nerve SNPAs were absent in 80%. Superficial fibular and sural SNAPs were absent in all patients. Motor nerve conduction: The motor latencies of axillary and femoral nerves were normal in all patients. CMAP amplitudes were reduced in 15% of the median nerves and in 52% of the ulnar nerves. Conduction velocities (CV) were reduced in 50% of the median nerves and in 41% of the ulnar nerves. CV was above 80% of the lower normal limit for all nerves, except for one patient who showed a 27% reduction of ulnar CV, but had also a CMAP amplitude of less than 2 mV. F waves were prolonged according to the height in 100%. Only one patient who presented significant motor CV reduction of the ulnar nerve. CMAPs were absent in 93% of the fibular nerves and in 84% of the tibial nerves. A single fibular nerve showed more than 20% of CV reduction, but also had severely reduced CMAP amplitude. H reflex was absent in 88% of the patients. There was no correlation between age and neurophysiological parameters, such as median or ulnar CV, latencies or CMAP amplitudes. Discussion: Nerve conduction studies in this group fulfill criteria for primary axonal neuropathy. No patient showed conduction block or temporal dispersion. Abnormalities seen in CV and F waves are probably related to loss of fast conduction fiber nerves. We could not demonstrate correlation between age and nerve conduction parameters, including velocities, latencies and amplitudes. SPOAN-like phenotype has been found in families with mutations in C12orf65, TFG and OPA1 genes, however there is no detailed report on nerve conduction studies in these conditions. Axonal neuropathy is also described in SPG55 and DOA plus, but usually with a later onset than on SPOAN syndrome. Peripheral neuropathy is also described in the family with mutation in TFG gene, but this presents a different pattern characterized as a mixed axonal demyelinating neuropathy with mild sensory involvement. Although the nerve conduction abnormalities seen in SPOAN syndrome are not specific, normal results seem to rule out this condition, at least in adult patients. The younger patient in our series was 4-years-old, and her neurophysiological study was severely abnormal, suggesting an early-onset neuropathy. However, we do not have a comprehensive study of several young patients to support that this feature is
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