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Uma reconstrução da filosofia política de Karl R. PopperRosas, João Cardoso January 1990 (has links)
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O totalitarismo em Hannah ArendtSilva, Vitor Emanuel Dias da January 2010 (has links)
Contrariamente às abordagens que haviam sido feitas na sua época e que consideravam o Totalitarismo uma outra forma autoritária de governo, Arendt aborda a questão totalitária encarando o Totalitarismo como algo sem precedentes, resultado de um processo que teve inicio após o julgamento de Sócrates e que viria a marcar a separação entre a Filosofia e a Política e consequente descredibilização da última. Este trabalho vista demonstrar o fundamento, a importância e a singularidade da reflexão arendtiana sobre o fenómeno totalitário assim como do mal que dele resulta, procurando destacar as consequências que resultaram da experiência totalitária e entender até que ponto somos ainda hoje afectados pelas mesmas. Com base nas noções arendtianas de Acção e Liberdade tentaremos também reflectir sobre a forma pela qual será possível ao ser humano o retorno a si mesmo, isto é, à sua condição de ser naturalmente político.
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Robert Nozick e Peter Vallentyne : as dificuldades de rectificação no contexto das teorias libertáriasPinto, Eliana do Carmo Rocha January 2013 (has links)
O libertarismo assume-se como uma teoria política baseada nos direitos de autopropriedade e de propriedade dos recursos externos e da sua legitimidade ao longo da história das posses num mercado livre. Na senda de John Locke, Robert Nozick e Peter Vallentyne estabelecem restrições (proviso) e princípios de justiça que impõem os critérios e limites das aquisições e transferências justas, constituindo a rectificação o mecanismo de correcção histórica das violações dos direitos de propriedade ocorridas ao longo das transacções efectuadas. A justiça intergeracional, as questões de redistribuição das posses, a importância atribuída à igualdade material, bem como o papel e funções do estado no restabelecimento da justiça surgem imediatamente como pano de fundo da rectificação. Argumenta-se neste trabalho que nenhum dos autores responde com eficácia aos problemas de rectificação. Estes acabam assim por debilitar os seus pressupostos, indicando no entanto, ao mesmo tempo, rumos e temas da reflexão incontornáveis na discussão político-filosófica actual.
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A acção plural em Hannah Arendt ou o político enquanto utopia da educaçãoLeitão, Maria Paula Melo January 2003 (has links)
Este trabalho de investigação tendo como principal suporte a obra filosófica de Hannah Arendt, nomeadamente, La Condition de l'Homme Moderne, parte da formulação da acção política que a autora realiza, clarificando o seu significado antropológico e as suas implicações enquanto paradigma educativo. O Objectivo que atravessou e mobilizou o trabalho desenvolvido na dissertação foi o de estabelecer um cruzamento entre a filosofia do agir humano proposta por H. Arendt e a noção de uma pedagogia filosófica, acaba por intersectar os processos educativos aportando-lhes patamares de radicalidade crítica e, simultaneamente, contributos para projectos de realização humana. A tese defendida na convicção de que não é mais viável aceitarmos uma politização da pedagogia ou uma pedagogização da política, dado que ambas as postura representam formas de instrumentalização a repudiar. O que se salienta é a importância em reconhecer e privilegiar o cariz eminentemente político das relações humanas que, a nível pedagógico, se traduz na defesa de valores que promovam a verdadeira condição humana. Em suma, o que se postula é a tese de que o político pode e deve assumir um carácter utópico para a educação.
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A teoria marxiana da história: uma abordagem crítica interdisciplinarXavier, Edgar de Andrade January 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007 / The objectives of the dissertation are: a) to present and to comment questionings and critics to the Marxian theory of history (MTH) made by critics of Marxism and analytical Marxists; b) to make questionings and critics to MTH grounded on Marx’s texts and considering analysis of critics of Marxism, analytical Marxists and other authors; c) to make considerations about possibilities and limitations of MTH as contributions to the interpretation of history and the attempt of building a society less unjust and less violent. Aspects of Marxian philosophy and science that we consider situated out of TMH are excluded. The approach is interdisciplinary: philosophical considerations are associated with economic, sociological, political and historical considerations. Our critics to MTH do not imply accepting conservative position that holds negation of reality of exploitation in capitalism, attempt of justifying it or refusal in accepting socialism as a promising option. Our position is not against socialism but against inspired in Marx socialism, grounded on revolution and dictatorship; nor against capitalism but against exploitative and low ethical level capitalism. We start presenting questionings and critics to MTH made by two critics of Marxism, Karl Popper and Raymond Aron, and results of analogous research in analytical Marxists: Erik Wright, Andrew Levine and Elliott Sober (collective work) and Gerald Cohen. Basing ourselves in Marx’s texts and in the mentioned analysis, we present our questionings and critics to MTH, grounded in largely cited Marxists and critics of Marxism. This part (chapter 3), nucleus of the dissertation, has arguments defending the following hypothesis: the correct philosophical and scientific position about divine existence seems to be, until now, the doubt and quest; Marx has negated divine existence without convincing grounds; his contribution to construction of method in social sciences is modest; Hegelian dialectics has being very controversial; establishing relationship between Marx’s and Hegel’s philosophies is very problematic; clearly identifying applications that Marx has done with dialectics is very problematic; Marxian theory of historical materialism in restricted sense (concerning relationship between powers and relations of production and between economic base and superstructure) has being formulated in a vague and unconvincing way; Marxian theory of struggle of classes is reductive and unconvincing and has being refuted by history; conception of self-destruction of capitalism has being vaguely formulated, does not resist theoretically and has being refuted by history; idem as to dictatorship of proletariat; idem as to society without classes and with social justice as a consequence of revolution; idem as to gradual disappearing of State. The discussion of these hypothesis leads to considerations about the possibilities and limitations of MTH that show that it has heavy errors in central aspects, concluding that instead of reconstructing Marxism we should try to construct an authentic, profound, comprehensive and achievable utopia, using elements of Marx’s theories that seem valid. We conclude identifying errors that have to be avoided in the construction of this utopia, considering critical aspects of MTH and real socialism, and sketching contributions to the elaboration of this utopia. / São objetivos da dissertação: a) apresentar e comentar questionamentos e críticas à teoria marxiana da história (TMH) feitos por críticos do marxismo e marxistas analíticos; b) fazer questionamentos e críticas à TMH a partir de textos de Marx e considerando análises de críticos do marxismo, marxistas analíticos e outros autores; c) fazer considerações sobre possibilidades e limitações da TMH como contribuição à interpretação da história e à tentativa de construir sociedade menos injusta e com menos violência. Ficam excluídos aspectos da filosofia e ciência marxianas que consideramos situados fora da TMH. O enfoque é interdisciplinar: considerações filosóficas estão vinculadas a considerações de ordem econômica, sociológica, política e histórica. Nossas críticas à TMH não implicam em aceitar posição conservadora que contenha negação da realidade da exploração no capitalismo, tentativa de justificá-la ou recusa em aceitar o socialismo como opção promissora. Nossa posição não é contrária ao socialismo e sim a socialismo de inspiração marxiana, baseado em revolução e ditadura; nem contrária ao capitalismo e sim a capitalismo explorador e de baixo nível ético. Inicialmente apresentamos questionamentos e críticas à TMH feitos por dois críticos do marxismo, Karl Popper e Raymond Aron, e resultados de pesquisa análoga em marxistas analíticos: Erik Wright, Andrew Levine e Elliott Sober (obra coletiva) e Gerald Cohen. Baseando-nos em textos de Marx e nas análises mencionadas, apresentamos nossos questionamentos e críticas à TMH, respaldados em muitos marxistas e críticos do marxismo citados amplamente. Essa parte (capítulo 3), núcleo da dissertação, contém argumentos visando à defesa das seguintes hipóteses: a posição filosófica e científica correta quanto à existência divina parece ser, até o presente, de dúvida e busca; Marx negou a existência divina sem fundamentação convincente; sua contribuição para a construção de método em ciências sociais é modesta; a dialética hegeliana tem sido muito controvertida; é muito problemático estabelecer a relação entre as filosofias de Marx e Hegel; é muito problemático identificar claramente as aplicações que Marx fez da dialética; a teoria marxiana do materialismo histórico em sentido restrito (referente à relação entre forças e relações de produção e entre base econômica e superestrutura) foi formulada de modo vago e não-convincente; a teoria marxiana da luta de classes é reducionista e não-convincente e tem sido refutada pela história; a concepção da autodestruição do capitalismo foi formulada vagamente, não se sustenta teoricamente e tem sido refutada pela história; idem quanto à ditadura do proletariado; idem quanto à sociedade sem classes e com justiça social como conseqüência de revolução; idem quanto ao desaparecimento gradativo do Estado. A discussão dessas hipóteses conduz a considerações sobre as possibilidades e limitações da TMH que mostram que tem erros graves quanto a aspectos centrais, concluindo que não se deve tentar reconstruir o marxismo e sim procurar construir utopia autêntica, profunda, abrangente e viável, usando elementos das teorias de Marx que pareçam válidos. Concluímos identificando erros a evitar na construção dessa utopia, considerando aspectos criticáveis da TMH e do socialismo real, e esboçando subsídios para a elaboração dessa utopia.
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A controversia de Valladolid : a aplicação aos indios americanos da categoria aristotelica de escravos por naturezaRodriguez Gutierrez, Jorge Luiz 28 November 1990 (has links)
Orientadores : João Carlos Quartim de Morais, Francisco Benjamin de Sousa / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-07-13T22:45:45Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1990 / Resumo: Não informado / Abstract: Not informed. / Mestrado / Filosofia Politica / Mestre em Lógica e Filosofia da Ciência
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Valores democráticos : reflexão ética sobre os significados atribuídos à liberdade e à igualdadeTeixeira, Daniel Viana 22 August 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008-08-22 / The study of constitutional law, contemporaneously, has as main task the formulation of a
conceptual basis that incorporates the values and institutional elements of democratic political
systems. The theory of democracy, as the study of characteristic values and institutions of
these political systems, is an important element of that legal discipline. These issues relate
directly to crucial aspects of social order and the very definition of behaviours and ways of
life considered valuable and, hence, you want to retain or promote. These are questions of
ethics, importing on making or assuming moral and political decisions concerning them. The
ethical context of the contemporary capitalist societies provides homogeneous answers, in
some degree, on such issues, what matters in a specific understanding of the meaning
assigned to the basic values of democratic ideology freedom and equality and in the
adoption of a hegemonic institutional model for democratic political systems. This paper
proposes to make a critical analysis on the treatment that has been given to this theme,
emphasizing the predominantly ethical character of the discussion, which is much more
subjected to a trial inside, according personal criteria of the individuals involved, than to
exogenous constraints, as commonly defended by political science. It is proposed, also, to
examine whether and how democratic political systems are capable of being sensitive and
responding to ethical guidance and interests of each of the individuals subjected to them. / O estudo do direito constitucional, contemporaneamente, tem como tarefa principal a
formulação de uma base conceitual que incorpore os valores e os elementos institucionais dos
sistemas políticos democráticos. A teoria da democracia, como estudo dos valores e das
instituições características desses sistemas políticos, torna-se um elemento importante para a
citada disciplina jurídica. Tais temas dizem respeito diretamente a aspectos cruciais da
ordenação social e à própria definição de condutas e modos de vida considerados valiosos e
que, por isso, se deseje conservar ou promover. São questões de natureza ética, que importam
a tomada ou pressuposição de decisões morais e políticas a seu respeito. O contexto ético
próprio das sociedades capitalistas contemporâneas fornece respostas com certo grau de
homogeneidade sobre tais questões, o que importa numa compreensão específica do
significado atribuído aos valores básicos da ideologia democrática liberdade e igualdade
, e na adoção de um modelo institucional hegemônico para os sistemas políticos
democráticos. O presente trabalho propõe-se a realizar uma análise crítica sobre o tratamento
que se tem dado a esse tema, enfatizando o caráter predominantemente ético da discussão, que
se subordina muito mais a um julgamento interior, segundo critérios pessoais dos indivíduos
envolvidos, do que a condicionantes exógenos, conforme comumente defendido pela ciência
política. Propõe-se, ainda, a analisar se e como os sistemas políticos democráticos têm
capacidade de ser sensíveis e de responder à orientação ética e aos interesses de cada um dos
indivíduos a eles submetidos.
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Sebastianismo e luta de raçasFerreira, Leonel da Costa January 2011 (has links)
Na aula de 21 de Janeiro de 1976, proferida no Collége de France, Michel Foucault faz uma breve referência ao Sebastianismo como exemplo de um discurso associado a uma contra-história. A alusão surge no contexto da análise das relações de poder e da discursividade subjacente à luta das raças. Trata-se de um discurso elaborado por autores como Coke ou Lilburne em Inglaterra e por Boulanvillier e Buat- Nançay em França, e cujo ponto de inteligibilidade é a divisão do corpo social e a consequente reactivação da guerra através de outros meios que não os do conflito armado. Este trabalho trata das condições de possibilidade do mito sebastianista e das suas metamorfoses. Não pretende apresentar uma delimitação categórica e definitiva daquilo que possibilitou o Sebastianismo no devir histórico, mas de uma proposta de confrontação entre grelhas de leitura que subjazem a um contexto político e cultural particular e a transfigurações discursivas e epistemológicas que não se restringiram à idiossincrasia nacional. Opondo-se ao discurso universal, totalizador, normativo e neutro da verdade jurídico-filosófica, o mito sebastianista assoma como a prédica do derrotado e do proscrito, põe em circulação a denúncia das injustiças cometidas e anuncia uma ordem outra. O Sebastianismo emerge, por conseguinte, não apenas como discurso desqualificado e estranho à tradição filosófica, mas afirma-se, sobretudo, como agente impulsionador das instituições e da ordem e como reactivação de uma guerra silenciosa no interior dos mecanismos de poder.
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O pensamento político de Cornelius CastoriadisSantos, Helder Azevedo January 2010 (has links)
Cornelius Castoriadis (1922-1997), fundador do grupo Socialismo ou Barbárie, promoveu uma crítica feroz, não só das sociedades capitalistas ocidentais, como também, o que era novidade na esquerda do pós-guerra, dos países do chamado Socialismo real, em particular, da União Soviética estalinista. Essa crítica teve como pano de fundo o confronto constante com o pensamento de Karl Marx, inserindo-se na problemática marxista mas, simultaneamente, em especial na obra A Instituição Imaginária da Sociedade, negando o marxismo enquanto ideologia da opressão, afirmando a história como criação irredutível a qualquer plano racional, natural ou divino, elevando a imaginação a um lugar predominante, considerando cada sociedade como auto-instituição, ou seja, criadora das suas instituições e significações imaginárias sociais. Castoriadis procurou elaborar um pensamento político que visa estabelecer as possibilidades de uma sociedade autónoma, porque consciente da sua auto-instituição, constituída por seres autónomos formados numa cultura de questionamento crítico e responsabilidade total, pressupostos indispensáveis para a realização de uma sociedade verdadeiramente democrática.
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Arqueologia(s) do poder : espaço público : um projecto político, antropológico e poiéticoBastos, Fernando José Rodrigues Evangelista Machado January 2010 (has links)
Tomando como referência a noção de poder e a forma da sua manifestação no exercício político ao longo da história do pensamento, procura-se, através de um atlas civilizacional pautado por autores de menção incontornável - sofistas, Platão, Aristóteles, S. Agostinho, T. More, Maquiavel, Campanella, Hobbes, J-J Rousseau, Hegel, Marx e Nietzsche - fazer uma arqueologia que seja capaz de desconstruir os artefactos teóricos que formatam as nossas idiossincrasias no espaço público. Arqueologia que, a partir de uma leitura política da filosofia desses autores, tem por objectivo compreender as dinâmicas contemporâneas que ocorrem no espaço público contemporâneo. Tendo em conta as soluções, ou utopias, que o passado convocou, pretende-se olhar as contradições e as tensões entre o individual e o social, entre o círculo totalitário e o horizonte democrático que vão eclodindo num espaço que confronta governantes e governados. A democracia ocidental assenta na ideia de um contrato social e político banalizado pelo tempo e pela história. Tal realidade, em certa medida, favoreceu o esquecimento dos seus princípios genésicos provocando uma clara separação, se não oposição, entre uma democracia formal e uma democracia que, ao incrustar-se no real, perde as suas referências teóricas, perde a sua forma e enraíza-se num poder, cuja vontade solipsista, é apenas expressão de quem o detém. Nesse sentido, a democracia, independentemente das suas formas, está instrumentalizada e esvaziada de sentido. A cidade, como espaço singular da vida dos homens e das suas organizações, impõe-se como limiar de situações-limite e do seu significado transformando-se, deste modo, como lugar privilegiado para uma semântica arqueológica. (...)
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