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Ecologia e evolução do sistema visual de serpentes caenophidia: estudos comparativos da morfologia retiniana e genética de opsinas / Not informed by the authorHauzman, Einat 25 November 2014 (has links)
As estruturas oculares dos vertebrados apresentam diversas adaptações relacionadas aos hábitats e atividades das espécies. A infra-ordem Serpentes possui amplo número de espécies distribuídas em quase todas as regiões da Terra e seu sistema visual apresenta variações que apontam para adaptações ecológicas. O presente estudo teve por objetivo fazer uma análise comparativa do sistema visual de diferentes espécies de serpentes Caenophidia, das famílias Dipsadidae e Colubridae, centrada no potencial de visão de cores, na densidade e topografia celular da retina e na acuidade visual. Para tanto, foram identificados os genes de opsinas expressos nas retinas, e analisadas a densidade e distribuição dos diferentes tipos de fotorreceptores e das células da camada de células ganglionares (CCG). As serpentes obtidas junto ao Laboratório de Herpetologia do Instituto Butantan foram sacrificadas com dose letal do anestésico thiopental. Os olhos foram enucleados e as retinas dissecadas para estudos genéticos e morfológicos, com imunohistoquímica e coloração de Nissl. Para sequenciamento dos genes das opsinas SWS1, Rh1 e LWS, dois olhos de 17 espécies foram utilizados. A amplificação por PCR mostrou que os três genes são expressos nas retinas de todas as espécies analisadas; o pico de sensibilidade espectral (max) de cada opsina foi estimado a partir das sequências de aminoácidos. O max do fotopigmento SWS1 foi estimado em 360 nm (UV), para todas as espécies. O fotopigmento Rh1, apresentou três diferentes combinações de aminoácidos que geram picos de sensibilidade em 500 nm, 494 nm e 484 nm. Todas as espécies de serpentes diurnas apresentaram a combinação de aminoácidos que gerou o max 484 nm. O fotopigmento LWS apresentou 4 diferentes combinações de aminoácidos, com max variando entre 543 nm e 560 nm. Para os estudos morfológicos foram utilizadas 86 retinas de 20 diferentes espécies. Retinas íntegras foram marcadas com anticorpos específicos para quantificação e análise topográfica de fotorreceptores. A coloração de Nissl foi empregada em retinas planas para quantificação de células da CCG e cálculo da acuidade visual. As análises morfológicas em retinas de serpentes noturnas mostraram uma grande densidade média de fotorreceptores (82.042 ± 37.945 células/mm2), com predominância de bastonetes, enquanto espécies diurnas apresentaram baixa densidade média de fotorreceptores (11.290 ± 2.810 células/mm2) e ausência de bastonetes. Serpentes noturnas apresentaram densidade média mais baixa de células da CCG (7.653 ± 1.636 4 células/mm2) comparada às diurnas (9.575 ± 2.301 células/mm2). O poder de resolução espacial também foi maior em espécies diurnas (2,3 ± 0,7 cpg) do que nas noturnas (1,45 ± 0,4 cpg). A distribuição de fotorreceptores e células da CCG nas retinas mostrou a presença de area centralis em diferentes regiões das retinas de espécies noturnas, e faixa horizontal em retinas das espécies diurnas, com exceção da serpente aquática e diurna Helicops modestus, que apresentou area centralis. As diferenças de localização das areae centralis variaram de acordo com hábitat e características comportamentais das espécies. Serpentes fossoriais do gênero Atractus, por exemplo, apresentaram area centralis na região dorsal da retina, que favorece o campo de visão inferior e auxilia no comportamento de escavar. Os resultados obtidos neste abrangente estudo apontam para a complexidade das adaptações do sistema visual deste grupo de vertebrados. As variações do padrão de atividade (diurna ou noturna) e uso de hábitat parecem ser fatores de forte influência sobre as características do sistema visual, como a sensibilidade espectral dos pigmentos visuais, a densidade e distribuição de neurônios nas retinas e o poder de resolução espacial do olho / The structures of vertebrate eyes have many adaptations related to the habitats and activities of the species. The infra-order Serpentes has a large number of species distributed in almost all regions of the Earth and its visual system presents variations that point to ecological adaptations. This study aimed to compare the visual system of different species of Caenophidian snakes, from the Dipsadidae and Colubridae families. To do so, the opsin genes expressed in the retinas were identified and the density and distribution of the different types of photoreceptors and the cells of the ganglion cell layer (GCC) were analyzed. The snakes were colected from Butantan Institute and were sacrificed with a lethal dose of the anesthetic thiopental. The eyes were enucleated and the retinas dissected for genetic and morphological studies, using Nissl stainig technique and immunohistochemistry. For the sequencing the opsins genes SWS1, Rh1 and LWS, two eyes of 17 species were colected. PCR amplification showed that the three opsin genes are expressed in the retinas of all species analyzed; the maximum spectral sensitivity (max) of each opsin was estimated based on the amino acid sequences. The max of the SWS1 photopigment was estimated at 360 nm (UV), for all species. The photopigment Rh1 had three different combinations of amino acids that generate max at 500 nm, 494 nm and 484 nm. All diurnal species had the amino acid combination that generate the max at 484 nm. The photopigment LWS had 4 different combinations of amino acids with max ranging from 543 nm to 560 nm. For morphological studies, 86 retinas of 20 different species were analyzed. Wholemounted retinas were stained with specific antibodies for analysis of the photoreceptors density and topography. The Nissl stainig technique was used for quantification of GCL cells in flatmounted retinas and estimation of the spatial resolving power. Nocturnal snakes had retinas with higher photoreceptor densities (82,042 ± 37,945 cells/mm2), with predominance of rods, compared to diurnal species that had low photoreceptors density (11,290 ± 2,810 cells/mm2) and the absence of rods. On the other hand, diurnal snakes had higher density of GCL cells (9,575 ± 2,301 cells/mm2) and spatial resolving power (2.3 ± 0.7 cpd), compared to nocturnal (7,653 ± 1,636 cells/mm2 and 1.45 ± 0.4 cpg). The distribution of cells in the retinas had variations related to the circadian rhythm of the species, with the presence of area centralis in retinas of nocturnal species and horizontal streak in retinas of diurnal snakes, except for the diurnal and aquatic Helicops 6 modestus, that had an area centralis in the ventral retina. The location of the area centralis varies according the habitat and specific behavior of each species. The fossorial snake Atractus, for example, had an area in the dorsal retina, which improves the resolution of the inferior visual field and benefits the digging habit in this snake. The results of this comprehensive study point to the complexity of adaptations of the visual system of this group of vertebrates. The differences in the activity pattern (diurnal or nocturnal) and habitat seem to be of great influence on the characteristics of the visual system, such as the spectral sensitivity of the visual pigments, the density and distribution of neurons in the retina and the spatial resolving power of eye
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Propriedades espaciais das respostas isoladas de cones L e M ao eletrorretinograma: implicações sobre a atividade das vias visuais paralelasJACOB, Mellina Monteiro 16 June 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-06-16 / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Foi estudada a organização espacial dos sinais de cones L e M ao eletrorretinograma (ERG), refletindo a atividade das vias pós-receptorais magno e parvocelular. Para tal, foram criados estímulos senoidais que isolavam as respostas de cones L e M e que eram emitidos por um estimulador que utilizava quatro primárias de LED, permitindo que fosse aplicado o paradigma da tripla substituição silenciosa. As frequências temporais utilizadas foram de 8 e 12 Hz, para refletir a atividade de oponência de cones, e 30, 36 e 48 Hz para refletir a atividade de luminância. As respostas de eletrorretinograma foram registradas com estímulos que alcançavam todo o campo visual (campo total) e por estímulos que variavam em configuração espacial, entre estímulos circulares e anelares com diâmetros diferentes. Os resultados obtidos confirmam a presença de dois mecanismos de resposta diferentes a estímulos com frequências temporais intermediárias e altas. As respostas de ERG medidas em frequências temporais altas dependeram fortemente da configuração espacial de estimulação. Nas condições registradas com campo total (Full-field electroretinogram, FF), as respostas de cones L foram substancialmente maiores do que as respostas de cones M na mesma condição, e do que as respostas de cones L a estímulos menores. Já as respostas de cones M aos estímulos com campo total e com diâmetro de 70º, apresentaram valores de amplitude similares. As respostas de cones L e M medidos com frequências temporais de 8 e 12 Hz, apresentaram amplitudes similares, e estavam aproximadamente em contra-fase. As amplitudes foram constantes para a maioria das configurações de estimulação. Os resultados indicaram que, quando as respostas de ERG refletem a atividade de luminância, elas estão correlacionadas positivamente com o tamanho do estímulo. Além de 35º de excentricidade retiniana, a retina contém principalmente cones L. Estímulos pequenos são suficientes para obter respostas máximas de ERG em frequências temporais intermediárias, onde o ERG é sensível também ao processamento de oponência de cones. / We studied the spatial arrangement of L- and M-cone driven electroretinograms (ERGs) reflecting the activity of magno- and parvocellular pathways. L- and M-cone isolating sine wave stimuli were created with a four primary LED stimulator using triple silent substitution paradigms. Temporal frequencies were 8 and 12 Hz, to reflect cone opponent activity, and 30, 36 and 48 Hz to reflect luminance activity. The responses were measured for full-field stimuli and for different circular and annular stimuli. The ERG data confirm the presence of two different mechanisms at intermediate and high temporal frequencies. The responses measured at high temporal frequencies strongly depended upon spatial stimulus configuration. In the full-field conditions, the L-cone driven responses were substantially larger than the full-field M-cone driven responses and also than the L-cone driven responses with smaller stimuli. The M-cone driven responses at full-field and with 70° diameter stimuli displayed similar amplitudes. The L- and M-cone driven responses measured at 8 and 12 Hz were of similar amplitude and approximately in counter-phase. The amplitudes were constant for most stimulus configurations. The results indicate that, when the ERG reflects luminance activity, it is positively correlated with stimulus size. Beyond 35° retinal eccentricity, the retina mainly contains L-cones. Small stimuli are sufficient to obtain maximal ERGs at low temporal frequencies where the ERGs are also sensitive to cone-opponent processing.
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Expressão de pequenos proteoglicanos ricos em leucina: decorim e biglicam, em placentas humanas a termo normais e com alterações da invasividade trofoblástica. / Expression of small leucine-rich proteoglycans: decorin and biglycan, in human normal term placenta and with invasiveness-changed trophoblast pathologies.Borbely, Alexandre Urban 10 September 2009 (has links)
O decorim e o biglicam são membros da família dos pequenos proteoglicanos ricos em leucina e possuem importantes funções no controle da proliferação, migração e invasão do citotrofoblasto extraviloso (TEV). O objetivo deste trabalho foi de caracterizar a expressão diferencial e a imunolocalização de decorim e biglicam em placentas humanas normais a termo (PNT), na placenta acreta (PA), na mola invasora (MI) e no coriocarcinoma (CO). Na PNT, as células deciduais apresentaram positividade para o decorim, enquanto o TEV foi negativo. O decorim foi fracamente expresso na matriz endometrial, mas negativo no fibrinoide do tipo matriz, enquanto foi positivo para biglicam. Na PA e na MI, o TEV mostrou positividade para decorim e biglicam. No CO, somente o citotrofoblasto foi positivo para ambos proteoglicanos. Portanto, o decorim e o biglicam são expressos diferencialmente em placentas normais e patológicas, sugerindo que os padrões de expressão desses proteoglicanos nas patologias estudadas indicam um papel na modulação da migração e da invasão do trofoblasto. / Decorin and biglycan are family members of the small leucine-rich proteoglycans family, and they have many functions as controlling proliferation, migration and invasion of extravillous trophoblast cells (EVT). The aim of this study was to characterize decorin and biglycan differential expression and immunolocalization in human normal term placenta (NTP), in placenta accreta (PA), in invasive mole (IM), and in choriocarcinoma (CH) samples. In PNT, deciduas cells were positive to decorin whereas EVT was negative. Decorin was faintly stained at endometrial matrix, but negative at matrix-type fibrinoid, although it was positive for biglycan. In PA and IM, the EVT was positive for decorin and biglycan. In CH, only cytotrophoblast cells were positive for both proteoglycans. Therefore, decorin and biglycan are differentially expressed in normal placenta and in placenta pathologies, suggesting that the expression patterns of the proteoglycans in studied pathologies indicate a role in modulating trophoblast migration and invasion.
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Expressão de pequenos proteoglicanos ricos em leucina: decorim e biglicam, em placentas humanas a termo normais e com alterações da invasividade trofoblástica. / Expression of small leucine-rich proteoglycans: decorin and biglycan, in human normal term placenta and with invasiveness-changed trophoblast pathologies.Alexandre Urban Borbely 10 September 2009 (has links)
O decorim e o biglicam são membros da família dos pequenos proteoglicanos ricos em leucina e possuem importantes funções no controle da proliferação, migração e invasão do citotrofoblasto extraviloso (TEV). O objetivo deste trabalho foi de caracterizar a expressão diferencial e a imunolocalização de decorim e biglicam em placentas humanas normais a termo (PNT), na placenta acreta (PA), na mola invasora (MI) e no coriocarcinoma (CO). Na PNT, as células deciduais apresentaram positividade para o decorim, enquanto o TEV foi negativo. O decorim foi fracamente expresso na matriz endometrial, mas negativo no fibrinoide do tipo matriz, enquanto foi positivo para biglicam. Na PA e na MI, o TEV mostrou positividade para decorim e biglicam. No CO, somente o citotrofoblasto foi positivo para ambos proteoglicanos. Portanto, o decorim e o biglicam são expressos diferencialmente em placentas normais e patológicas, sugerindo que os padrões de expressão desses proteoglicanos nas patologias estudadas indicam um papel na modulação da migração e da invasão do trofoblasto. / Decorin and biglycan are family members of the small leucine-rich proteoglycans family, and they have many functions as controlling proliferation, migration and invasion of extravillous trophoblast cells (EVT). The aim of this study was to characterize decorin and biglycan differential expression and immunolocalization in human normal term placenta (NTP), in placenta accreta (PA), in invasive mole (IM), and in choriocarcinoma (CH) samples. In PNT, deciduas cells were positive to decorin whereas EVT was negative. Decorin was faintly stained at endometrial matrix, but negative at matrix-type fibrinoid, although it was positive for biglycan. In PA and IM, the EVT was positive for decorin and biglycan. In CH, only cytotrophoblast cells were positive for both proteoglycans. Therefore, decorin and biglycan are differentially expressed in normal placenta and in placenta pathologies, suggesting that the expression patterns of the proteoglycans in studied pathologies indicate a role in modulating trophoblast migration and invasion.
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Estudios electrorretinográficos en modelos de neurodegeneración en el sistema visual del roedor adultoAlarcón Martínez, Luis 23 October 2009 (has links)
Las enfermedades neurodegenerativas cursan con la degeneración y muerte de las neuronas las cuales son incapaces de suplir su propia muerte. Debido a esta característica enfermedades como el Alzheimer, el Parkinson o el Glaucoma no tienen cura en la actualidad. La retina es una proyección del sistema nervioso central (SNC) encapsulada en el globo ocular y aislada del resto del SNC, lo que la hace fácilmente accesible a la manipulación experimental. En este trabajo estudiamos las alteraciones funcionales de la retina con el electrorretinograma de campo completo (ERG), técnica basada en el registro de la respuesta eléctrica retiniana tras la presentación de un estímulo de luz homogéneo. Así hemos estudiado los efectos de la sección del nervio, del aumento de presión intraocular y de la fototoxicidad, dichas lesiones afectan selectivamente a determinadas poblaciones neuronales retinianas e imitan enfermedades neurodegenerativas como el Glaucoma o la Degeneración Macular Asociada a la Edad. / Neurodegenerative diseases are characterized by degeneration and death of neurons which are unable to recover after a given insult, thus impairing functional recuperation. Because of this, there is no cure for diseases such as Alzheimer, Parkinson or Glaucoma. The retina is a projection of the central nervous system (CNS) located in the eye and therefore, isolated from the rest of the CNS. This makes the retina a very good model for experimental manipulation. In this work we have studied the functional changes in the retina by full field electroretinograme (ERG). This technique records the electric response of the retina after presentation of homogeneous light stimuli. We have studied the effects that optic nerve sections, increase of the intraocular pressure and phototoxicity have on ERG recordings. These lesions impair selectively certain retinal neuronal populations and imitate neurodegenerative diseases as Glaucoma or Age-related Macular Degeneration.
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