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Geologia, petrologia e geocronologia dos gnaisses e rochas associadas na região entre Carrancas, Minduri e Luminárias (MG) / not available

Caio Arthur Santos 11 June 2014 (has links)
A região da cidade de Carrancas (sul de Minas Gerais) tem sido, a exemplo de toda a área a sul do Cráton São Francisco, objeto de diversos estudos, principalmente desde o inicio da década de 80. Entretanto, esses estudos focam principalmente nas unidades metassedimentares e suas relações entre si, enquanto rochas gnáissicas e associadas, que ocorrem numa faixa que se estende para sudoeste de Carrancas por cerca de 150 km, tem recebido pouca atenção. Assim, o presente trabalho visou separar e descrever os diferentes tipos de gnaisses e rochas associadas e esclarecer as relações entre essas rochas e as unidades metassedimentares adjacentes. Os trabalhos de campo mostram que, na maior parte da área estudada, aflora uma mesma unidade, composta principalmente por gnaisses com feições migmatiticas, em meio aos quais ocorrem intercalações principalmente de rochas metaultramáficas, mas também de rochas metamáficas e metassedimentares. Tal como apontado por Coutinho (2012) e Gengo (2010), na região a oeste da Serra das Bicas essa associação se situa tectonicamente acima dos metassedimentos do Grupo Carrancas, os quais, por sua vez cavalgam uma associação semelhante que ocorre a leste da referida serra. Foi inferido um traçado para o contato entre a associação a oeste (Nappe Gnáissica) e a associação a leste (Associação Gnáissica Inferior), o qual fica implícito nos trabalhos citados acima. Os gnaisses migmatíticos são rochas bandadas que apresentam grande variação composicional, muito embora exista um padrão de bandas ricas em plagioclásio e minerais máficos associadas a bandas ricas em microclínio e pobres em minerais máficos. As evidências petrográficas e geocronológicas não sustentam a hipótese de derivação sedimentar para esses gnaisses e sugerem que esses são migmatitos fortemente deformados. A análise das rochas metaultramáficas descritas, combinada com uma revisão dos dados disponíveis, mostra que estas foram submetidas a processos metassomáticos cujo momento de ocorrência, natureza e intensidade variaram de corpo para corpo. Datações U-Pb em zircão apontam idade de 2,75 Ga para os gnaisses migmatíticos e de 2,1 Ga para um corpo de tonalito pouco deformado presente na Associação Gnáissica Inferior. A idade de 2,75 Ga, obtida no litotipo predominante, é correlacionável a idades determinadas em complexos gnáissicos da região sul do Cráton São Francisco (Complexos Bonfim, Belo Horizonte e Bação), e contrasta com idades obtidas no Complexo Mantiqueira, ao qual os gnaisses da área de estudo são correlacionados em alguns trabalhos. / The region of Carrancas township (southern Minas Gerais state), like the whole area to the south of the São Francisco Craton, has been the target of many studies, mainly since the beginning of the 80\'s. However, these studies focus mainly the metasedimentary units and the relationships amid them, while the gneissic and associated rocks, that occur in a stripe stretching to the southwest of Carrancas for around 150 km, have received little attention. So, this work aims to separate and describe the different types of gneisses and associated rocks, and to clarify the relationships between them and the adjacent metasedimentary units. The fieldwork shows that in most of the area a same unit crops out, composed mainly by gneisses with migmatitic features, in the middle of which occur lenses of metaultramafic rocks and, less often, metamafic and metasedimentary rocks. As was pointed out by Coutinho (2012) and Gengo (2010), in the region to the west of Serra das Bicas this association tectonically overlays the metasedimentary rocks of the Carrancas Group, which, in turn, overlay a similar association that occurs further east. The contact between the western association (the Gneissic Nappe) and the eastern association (the Inferior Gneissic Association), which remains implicit in the works cited above, had its trace inferred. The migmatitic gneisses are banded rocks that show great compositional variation, despite the fact that there is a pattern of plagioclase- and mafic minerals-rich bands associated with bands that are microcline-rich and mafic minerals-poor. Petrographic and geochronological evidence do not support the hypothesis of a sedimentary derivation for these gneisses, and suggest that they are strongly deformed migmatites. The analysis of the described metaultramafic rocks, combined with a review of the available data, shows that they were submitted to metasomatic processes whose time of occurrence, nature and intensity varied form lens to lens. U-Pb zircon dating furnished an age of 2,75 Gy for the migmatitic gneisses and 2,1 Gy for a weakly deformed tonalitic body that occurs in the Inferior Gneissic Association. The 2,75 Gy age, obtained in the dominant lithology, can be correlated with ages determined in gneissic complexes of the southern São Francisco Craton (Bonfim, Belo Horizonte and Bação Complexes) and differs from the ages obtained in rocks belonging to the Mantiqueira Complex, to which the gneisses of the area are related in some works.
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A evolução Geotectônica da porção nordeste de Minas Gerais, com base em interpretações Geocronológicas

Siga Junior, Oswaldo 28 October 1986 (has links)
O presente trabalho objetivou demonstrar a potencialidade dos métodos Rb-Sr, K-Ar, Pb-Pb e U-Pb quando aplicados aos trabalhos básicos de levantamento geológico, permitindo através dos diferentes valores interpretativos dessas metodologias contribuir para o entendimento dos processos tectônicos desenvolvidos na borda sudeste do Craton do São Francisco (nordeste de Minas Gerais e parte sul da Bahia). O acervo radiométrico processado representa uma ampla amostragem dos vários domínios litológicos caracterizados, contando com cerca de 230 determinações geocronológicas. O padrão de distribuição das idades radiométricas em conjunto com as informações provenientes de outros campos das geociências permitiu compartimentar a área em dois domínios geocronológicos maiores: o domínio brasiliano externo (ocidental) e o domínio brasiliano interno (centro-oriental). No domínio brasiliano externo expõem-se os metassedimentos de baixo grau metamórfico (facies xisto-verde, zonas da clorita e biotita) da faixa Araçuaí, tipificados principalmente pelos metadiamictitos do Grupo Macaúbas. Tem ainda como representantes os metassedimentos do sistema Espinhaço, claramente envolvidos pela tectônica brasiliana, além das rochas gnáissicas-migmatíticas da estrutura anticlinorial de Itacambira-Barrocão, retrometamorfisadas neste período. Os dados isotópicos Rb-Sr e Pb-Pb disponíveis para a unidade gnáissica-migmatítica deste setor indicam geração de rochas no Arqueano (\'APROXIMADAMENTE\' 2700 Ma.) e Proterozóico Inferior (\'APROXIMADAMENTE\' 2100 Ma.). Os parâmetros \'(\'Sr POT. 87\'/\'Sr POT. 86\') IND. i\' e \'\'mü\' IND. 1\' sugerem, adicionalmente, para as rochas analisadas uma origem por retrabalhamento de materiais com vida crustal anterior. Os dados K-Ar (além de uma única datação por traços de fissão) possibilitaram delinear a história termal do domínio, sugerindo uma tectônica vertical, terminal ao ciclo Brasiliano, que colocou lado a lado, blocos formados em diferentes profundidades. O ciclo Brasiliano como formador de crosta continental é característico do domínio interno, onde é representado pelos metassedimentos Salinas e rochas gnáissicas-migmatíticas do setor oriental. Observa-se um metamorfismo crescente para leste, gradando da zona da cianita para a zona da sillimanita, atingindo na porção oriental condições P, T, do facies anfibolito alto. Os dados radiométricos Rb-Sr e U-Pb caracterizam a formação generalizada dessas rochas no período 660-570 Ma. As análises K-Ar registram a permanência de porções aquecidas (temperaturas superiores a 250° C) até pelo menos 480 Ma. A atividade geodinâmica brasiliana é também representada por uma granitogênese de grande expressão no domínio interno, incluindo uma grande variedade de litotipos, normalmente ricos em álcalis. Os dados obtidos através dos métodos Rb-Sr e U-Pb distribuiram-se num amplo intervalo de tempo (650-450 Ma.) representando episódios de caráter sin a tardi-tectônicos (650-550 Ma.), tardi a pós-tectônicos (550-500 Ma.) e pós-tectônicos a anorogênicos (500-450 Ma.). Adicionalmente, as evidências isotópicas de Sr apontam para uma evolução dessas rochas fortemente alicerçada em retrabalhamentos crustais nesses períodos. Os dados K-Ar obtidos em biotitas dos diferentes maciços concentram-se no intervalo 500-450 Ma., indicando o período de resfriamento das unidades em pauta. Numa visão integrada Brasil-África, a geometria do cinturão brasiliano é condicionada claramente pelos Cratons do São Francisco e do Congo, que serviram de ante-país para a evolução das deformações desta faixa de dupla vergência. Verifica-se uma clara simetria em termos de zoneamento tectônico, em que terrenos de alto grau ocupam no Continente Africano posições ocidentais, e os terrenos de médio a baixo grau colocam-se em posições mais externas, já próximas as coberturas de plataforma. A evolução geotectônica deste cinturão é dominantemente ensiálica, sendo aqui interpretada com base em modelo de subducção A, ocorrida durante o ciclo Brasiliano. Neste esquema propõe-se que a abertura (afinamento e quebramento rúptil da crosta superior) se estreite a norte, tomando o formato de uma cunha, cuja zona axial, de direção aproximadamente NNW/SSE pode ter evoluído sobre suturas anteriores, do Proterozóico Médio (herança Espinhaço). Finalmente, a exumação do nível crustal meso-catazonal brasiliano é interpretado como decorrente de um processo em duas etapas, a primeira inerente a inversão da cadeia brasiliana e a segunda ocorrida no Meso-Cenozóico. / This work tries to show the potential of the Rb-Sr, K-Ar, Pb-Pb and U-Pb methods applied to basic geological mapping. The different interpretative values of these methodologies contribute to the understanding of the tectonic processes developed in the southeastern border of the São Francisco Craton (northeastern Minas Gerais and southern Bahia). The geochronological data for this region represents sampling of the several lithological units characterized and corresponds to about 230 determinations. The radiometric age distribution pattern together with other geological information suggest the subdivision into two main geochronological domains: the external Brazilian domain (at the western portion) and the internal Brazilian domain (at the center-eastern part). In the external Brazilian domain occurs metassediments with low-grade of metamorphism (greenschist facies, chlorite and biotite zones) of the Araçuaí belt, being typical the Macaúbas Group metadiamictites. Also represented are the Espinhaço system metassediments, clearly involved in the Brazilian tectonics, as well as gnaissic-migmatitic rocks of the Itacambira-Barrocão anticlinal structure retrometamorphosed during this period. The Rb-Sr and Pb-Pb isotopic data for the gnaissic-migmatitic unit of this sector indicates their generation during the Archean (\'APROXIMADAMENTE\' 2.7 Ga) and Early Proterozoic (\'APROXIMADAMENTE\' 2.1 Ga). The \'(Sr POT. 87\'/\'Sr POT. 86\') IND. i\' and \'\'mü\' IND. 1\' values also suggest an origin through reworking of older crustal rocks. The K-Ar data (and one fission track datum) allow the thermal history of this domain to be delineated and suggest a vertical tectonic in the Late Brazilian Cycle, putting side by side blocks formed in different dephts. The Brazilian Cycle as a continental crust generator is characterized in the internal domain, where it is represented by the Salinas metassediments and gnaissic-migmatitic rocks of the eastern sector. An increasing metamorphism is observed towards east, grading from the kyanite towards the sillimanite zone reaching, in the estern portion, PT conditions of the upper amphibolite facies. The Rb-Sr and U-Pb data indicates the generation of these rocks in the 660-570 Ma. interval. The K-Ar analyses indicates portions with temperatures above 250°C until at least 480 Ma. The Brazilian geodinamic activity is also represented by an important granitogenesis in the internal domain including a large variety of lithotypes generally alcalic. The Rb-Sr and U-Pb data is distributed in a large time interval (650-450 Ma.) representing sin to late tectonic (650-550 Ma.), late to post-tectonic (550-500 Ma.) and post-tectonic to anorogenic (500-450 Ma.) episodes. The Sr isotopic data indicates crustal reworking for the generation of these rocks. The K-Ar data in biotites of the different massifs are concentrated in the 500-450 Ma. interval indicating the cooling of these units. In a Brazil-África integrated vision the geometry of the Brazilian belt is clearly, conditioned by the São Francisco and Congo Cratons which served as foreland to the deformational evolution of this double vergence belt. There is a clear simetry in terms of tectonic zoning in which the high-grade terrains occur in western portions of the African continent while the middle and low-grade terrains are situated in more external position, near the platform covers. The geotectonic evolution of this belt is dominantly ensialic being interpreted here based in a model of A-type subduction during the Brazilian Cycle. In this model is proposed that an opening (thinning and ruptile breaking of upper crust) occurs and is smaller towards north (wedge-shaped) and its axial zone, with an aproximately NNW/SSE direction, could have evolved over a Middle Proterozoic (Espinhaço) suture. Finally, the Brazilian meso-catazonal province exhumation is interpreted as a two stage process, the fist one related to the Brasiliano cycle and the later one occurring during the Meso-Cenozoic.
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As idades das rochas e dos eventos metamórficos da porção sudeste do Estado de São Paulo e sua evolução crustal

Tassinari, Colombo Celso Gaeta 27 July 1988 (has links)
Este trabalho foi realizado com o objetivo de se posicionar no tempo geológico as rochas e os eventos metamórficos das principais unidades pré-cambrianas da porção leste-sudeste do Estado de São Paulo, bem como, com base em estudos isotópicos de Sr e Pb caracterizar a evolução pré-cambriana da crosta continental nessa região. Para tanto, foram utilizadas análises radiométricas pelos métodos Rb-Sr e Pb-Pb em rocha total, U-Pb em zircões e K-Ar em concentrados separados de minerais. A região de estudo é dividida em cinco terrenos alóctones separados por falhamentos transcorrentes e de empurrões, que são os seguintes: - Domínio Itapira-Amparo: composto por núcleos de rochas migmatíticas e ortognáissicas e sequências metavulcanossedimentares e metassedimentares. - Domínio Piracaia-Jundiaí: Constituído por rochas migmatíticas e granulíticas relacionadas à formação de nappes. - Domínio São Roque: trata-se de uma sequência vulcanossedimentar de composição toleítica e de fundo oceânico com deposição predominantemente em ambiente de águas não profundas. - Domínio Embú: composto de rochas migmatíticas associadas a sequências supracrustais. - Domínio Costeiro: constitue-se de terrenos metamórficos de médio a alto grau (gnaisses e migmatitos) e granitos com charnoquitos associados. - O Domínio Itapira-Amparo teve seu primeiro fragmento crustal formado próximo a 3.4 b. a., um evento vinculado ao Arqueano tardio formador de ortognaisses em 2.6-2.5 b. a. e um processo geodinâmico formador de rochas importante, durante a orogenia transamazônica (2.2-1.9 b.a.) envolvendo componentes magmáticos originadas tanto da crosta continental como do rnanto superior. Além disso caracterizou-se também o desenvolvimento de sequências supracrustais principalmente em torno de 1.400 M.a., e durante o Proterozóico superior ocorreram processos de fusões parciais localizados da crosta continental. - No Domínio Piracaia-Jundiaí a idade mais antiga caracterizada em rochas do embasamento foi a idade Pb-Pb em rocha total nos granulitos de Socorro, de 1.400 M.a. interpretado como a época de formação de tais rochas. Também neste domínio foi detectado um evento formador de rochas no Proterozóico Superior, entre 800 e 600 M.a. vinculado a migmatizações e formação de granitos. - No Domínio São Roque, o pacote inferior da sequência vulcanossedimentar homônima começou a sua deposição em torno de 1.800 M.a., sofrendo metamorfismo próximo a 1.400 M.a. Após esta fase ocorreu, provavelmente nova sedimentação e posterior metamorfismo entre 800 e 700 M.a. e atividade granítica pós-tectônica dentro do intervalo de tempo 700-550 M.a. - No âmbito do Domínio Embú foram caracterizados eventos geodinâmicos formadores de rocha em 2.500, 1.500 e 750 M.a., sendo que o último registra a época sintectônica do tectonismo vinculado ao Proterozóico Superior. Os granitóides pós-tectônicos registraram idades entre 700 e 600 M.a. principalmente. - No Domínio Costeiro, as rochas características da crosta inferior indicaram idades de formação de rochas entre 650 e 600 M.a., a partir de retrabalhamento de rochas pré-existentes e as manifestações graníticas posteriores ocorreram próximo a 550 M.a. - De uma forma geral os granitóides intrusivos nos cinco domínios decrescem em idades no sentido do Domínio Piracaia-Jundiaí para o Costeiro, conforme o rumo de NW para SE. - As evidências e isotópicas de Sr e Pb sugerem que os granitóides intrusivos estudados da área em estudo são formados por processos de fusão parcial da crosta continental inferior ou superior, não envolvendo em seus respectivos magmas parentais componentes significativos do manto superior. Os estudos geocronológicos realizados, aliados às informações geológicas existentes nos permite estimar que os períodos de tempo principais formadores de rochas na área em estudo foram entre 1.5-1.3 Ga. e 0.75-0.55 Ga. Entretanto estes intervalos de tempo não correspondem aos principais períodos de formação de crosta continental, porque as orogenias do Proterozóico Médio e Superior envolveram predominantemente materiais reciclados da crosta continental. / Pb-Pb and Rb-Sr whole rock isotope systematics and U-Pb on zircons method analyses are reported for rocks from the southeastern part of São Paulo state. The isotopic studies on granitic intrusions, orthogneissic rocks and migmatitic terranes, in this area, provides an important indication of the age and nature of the continental crust. This region include five major differents allochthonous tectonic terranes separated by thrust and strike slip faults. These suspect terranes are: - Amparo-Itapira Domain: Metassedimentary and metavolcanossedimentary sequences, which outcrop in the nucleous of the nappes, of the archean ortognaissic and migmatitic rocks. - Piracaia-Jundiai terrain: granulitic and migmatitic rocks related to the mass overthrusts. - São Roque Domain: Mid-Proterozoic volcanossedimentary sequences, with tholeiitic composition of shallow-oceanic environment. - Embu Terrain: Late Proterozoic supracrustal rocks associated with archean and mid-proterozoic migmatitic terranes. - Costeiro Domain: Late Proterozoic granites and migmatites with charnoquitic rocks. Approximately 300 Ar, Sr and Pb isotopic age determinations have been considered in this paper, categorized, as to reliability and significance. The history revelead is episodic, with distribuition patterns within episodes very well defined. The observed geological history for each terrain are: the Amparo-Itapira domain has a history dating back to 3.4 Ga. and since 2.6 to 2.5 Ga. and 2.2 to 1.9 Ga. geodynamic episodes of crust-formation occurred involving both mantle-derived magmas and reworking of older material. Supracrustal sequences developed during the Mid-Proterozoic time (1.4 Ga.), and, in the Late Proterozoic (--650 M.a.) minor crustal partial melting process occurred. In the Piracaia-Jundiai terrain, the granulitic rocks yelded Pb-Pb whole-rock age around 1.4 Ga. suggesting derivation from reworking of crustal material. Late Proterozoic ages were obtained for the migmatites and post-tectonic granites. The metavolcanic-sedimentary sequentes within the São Roque Geologic Domain developed during the time period 1.8 to 0.7 Ga. and comprise two metamorphic superinposed episodes (1.4 and 0.8 Ga.). The post-tectonic granitic activities occurred between 700-550 M.a. Within the Embu terrain, ancient protholit fragment was identify with an age at least 2.5 Ga. and two migmatization and granitization episodes were superimposed at 1.5 Ga. and 750 M.a. All the metamorphic rocks of the Costeiro Domain developed in the Late Proterozoic time, with syntectonic phase around 650 M.a. This geological process implies recycling of crustal material. The 1.000 to 550 M.a. range has been obtained for the intrusives granitoids, Generally these rocks are progressive younging from the Amparo-Itapira Domain (1.000-850 M.a.) in the NW, towards to the Costeiro Terranes (550 M.a.) in the SW. The studied granitoids of this area have Pb and Sr isotopic compositions which indicate crustal sources: lower and upper crust or a mixture of upper plus lower crust. The Sr and Pb isotopic evidences, which has been used as a petrogenetic indicator, together with the available geological information provide to estimated that the main periods of rock-formation episodes in this area occurred during the time-period 1.5-1.3 Ga. and 0.75-0.55 Ga. Although the Mid and Late Proterozoic were a period of a large amount of rocks were formed in this area, they were not a major crust-forming period, because these rocks are mainly constituted by recycled continental crust.
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Petrogênese e geocronologia U-Pb do magmatismo granítico tardi- a pós-orogênico no batólito Agudos Grandes (SP) / not available

Leite, Renato Jordan 28 March 2003 (has links)
O presente trabalho integra mapeamento faciológico, petrografia, geoquímica, isotopia Rb-Sr e Sm-Nd, e geocronologia U-Pb no estudo de magmatismo tardi- a pós orogênico do batólito granítico Agudos Grandes, uma extensa unidade Neoproterozóica intrusiva no Complexo Embu, porção central da Faixa Ribeira. Os principais corpos tardi-orogênicos do batólito ocorrem como uma sucessão de intrusões elipsoidais complexamente zonadas que, em direção a oeste, têm caráter progressivamente mais félsico e são mais afetadas por processos hidrotermais. Todos os plútons foram datados pelo método U-PB em monazita, e têm idades indistinguíveis, de \'DA ORDEM DE\'600 Ma. Os termos menos diferenciados são constituintes principais do granito Piedade; peculiar é a linhagem peraluminosa (muscovita-biotita granitos) de borda, que deve ter se gerado por forte contaminação de magmas básicos por material metassedimentar, e contrasta com a linhagem metaluminosa central (biotita granitos portadores de titanita) por exibir menor Mg#, maior Al, padrões de ETR mais fracionados, \'ANTIND. \'épsilon\' N\'\'d IND. T\' mais negativo (-14 a -15 versus -12 a -14) e maior \'ANTIPOT. 87 Sr\'/\' ANTIPOT. 86 S\'\'r IND. T\' (0,712-0,713 versus 0,710-0,711). Os granitos mais diferenciados, presentes nos maciços Roseira, Serra dos Lopes e Pilar do Sul, têm assinatura isotópica de Sr e Nd consistente com origem a partir de magmas similares aos da linhagem peraluminosa de Piedade através de processos de assimilação e cristalização fracionada. Os granitos tardi-orogênicos mostram algumas similaridades importantes com os granitos sin-orogênicos cálcio-alcalinos de alto K que formaram a massa principal do batólito Agudos Grandes a \'DA ORDEM DE\'610 Ma, entre elas os teores elevados Sr e os padrões de ETR muito fracionados e com fracas anomalias negativas de Eu, sugestivos de fontes profundas, fora campo de estabilidade do plagioclásio. Dois conjuntos de granitos pós-orogênicos, ambos com afinidades geoquímicas com granitos de tipo A (altos K/Na, Y, Nb e Zr e baixos Al, Ba, Sr e Mg#), foram identificados. A \'DA ORDEM DE\'585 Ma se formaram os plútons São Miguel Arcanjo e Capão Bonito, integrantes da Província Itu, que exibem \'ANTIND. \'épsilon\' N\'\'d IND. T\' fortemente negativos (\'DA ORDEM DE\'-16) e altos \'ANTIPOT. 87 Sr\'/ \'ANTIPOT. 86 S\'\'r IND. T\' (0,715-0,717) e Th/U, consistentes com a participação importante de crosta antiga empobrecida. A \'DA ORDEM DE\' 565 Ma formaram-se os plútons fortemente alongados Serra da Bateia e Serra da Queimada, que têm assinatura isotópica mais primitiva (e.g., \'ANTIND. \'épsilon\' N\'\'d IND. T\' = -10 a -12), possivelmente refletindo a participação de um componente de manto, mas também incorporando material de crosta menos empobrecida. Esses plútons tardios podem ter se formado como reflexos intra-placa de processos orogenéticos que ocorriam mais a NE. O baixo Mg# dos granitos pós-orogênicos indica geração sob condições redutoras, o que é confirmado pela química dos minerais máficos. Os padrões de ETR pouco fracionados com anomalias negativas de Eu bem definidas sugerem que a geração dos magmas parentais dos granitos pós-orogênicos ocorreu a profundidades menores, dentro do campo de estabilidade do plagioclásio. / The present study combines faciological mapping, petrography, geochemistry, Rb-Sr and Sm-Nd isotope geochemistry, and U-Pb geochronology as tools in the study of the late- to post-orogenic magmatism in the Agudos Grandes granitic batholith, an extensive Neoproterozoic unit intrusive into the Embu Metamorphic Complex, central portion of the Ribeira Belt. The main late-orogenic bodies occur as a succession of zoned ellipsoidal plutons which are progressively more felsic and were more affected by hydrothermal processes westwards. All the plutons were dated by the U-Pb method in monazite, and yield undistinguishable ages at \'DA ORDEM DE\'600 Ma. The least differentiated rocks are the main constituents of the Piedade granite; peculiar is the border peraluminous lineage (muscovite-biotite granites), which seems to have been generated by strong contamination of basic magmas with metasedimentary material, and differs from the central metaluminous lineage (titanite-bearing biotite granites) by its lower Mg#, higher Al, more fractionated REE patterns, more negative \'ANTIND. \'épsilon\' N\'\'d IND. T\' (- 14 to -15 versus -12 to -14) and higher \'ANTPOT. 87 Sr\'/\'ANTPOT. 86 S\'\'r IND. T\' (0.712-0.713 versus 0.710-0.711). The more differentiated granites, which predominate in the Roseira, Serra dos Lopes and Pilar do Sul massifs, have Sr and Nd isotope signature consistent with an origin from magmas akin to the Piedade peraluminous lineage through assimilation-crystal fractionation (ACF) processes. The late-orogenic granites show some important similarities with the \'DA ORDEM DE\'610 Ma syn-orogenic high-K calc-alkaline granites that make up the bulk of the batholith, such high Sr contents and strongly fractionated REE patterns with weak negative Eu anomalies, suggestive of deep sources, outside the feldspar stability field. Two groups of post-orogenic granites were identified, both with A-type geochemical affinites (high K/Na, Y, Nb and Zr and low Al, Ba, Sr and Mg#). At \'DA ORDEM DE\'585 Ma the São Miguel Arcanjo and Capão Bonito plutons were formed, as a part of the Itu Province; these granites have strongly negative \'ANTIND. \'épsilon\' N\'\'d IND. T\' (\'DA ORDEM DE\'-16), high \'ANTPOT 87 Sr\'/\'ANTPOT 86 S\'\'r IND. T\' (0.715-0.717) and Th/U, suggestive of sources within a depleted old crust. At \'DA ORDEM DE\'565 Ma the elongated Serra da Bateia and Serra da Queimada plutons were formed, with a more primitive isotope signature (e.g., \'ANTIND. \'épsilon\' N\'\'d IND. T\' = -10 a -12), possibly reflecting a mantle component, but also incorporating less depleted crust material. These late plutons may have formed as within-plate reflections of coeval orogenic processes occurring to the NE. The Mg# of the post-orogenic granites is indicative of generation under reducing conditions, which is confirmed by the chemistry of mafic minerals. The weakly flactionated REE patterns with well-defined negative Eu anomalies suggest that their parent melts were generated at lower depths, within the plagioclase stability field.
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Modelagem termodinâmica de fusão parcial e metamorfismo em condições de fácies granulito: exemplo do complexo Itatins, SP / not available

Silva, Mauricio Pavan 14 December 2017 (has links)
No presente trabalho são apresentados os resultados da modelagem da fusão parcial a partir de composições químicas ideais de grauvaca, folhelho e granodiorito visando estabelecer uma metodologia para o estudo de rochas da fácies granulito submetidas à fusão parcial usando o programa THERMOCALC. Os resultados são comparados à rochas ortoderivadas do Complexo Itatins, Faixa Ribeira Meridional, SP. O complexo está localizado na junção dos terrenos tectono-estratigráficos Embu, Curitiba e Costeiro e é constituído por dois tipos principais de rochas: (i) biotita granulito félsico e (ii) paragnaisse migmatítico estromático, ambos apresentando alta taxa de fusão parcial, registrado pela alta proporção de leucossoma observado no campo e com a presença frequente de rafts de granulito máfico. A estimativa da variação composicional do líquido anatético e das condições de metamorfismo foi feita através da modelagem metamórfica usando o programa THERMOCALC. As composições do líquido anatético e do resíduo correspondente foram calculadas a partir de duas composições ideais de rochas sedimentares. Essa técnica permitiu avaliar como ocorre a variação composicional dos produtos de fusão parcial ao longo do aquecimento isobárico em duas condições: sistema aberto (com extração do líquido anatético e modificação da composição modelada) e sistema fechado (com acumulação do líquido anatético e sem modificação da composição modelada). Os resultados indicam que o líquido gerado possui composição granodiorítica a granítica, com teores de K2O aumentando progressivamente conforme K-feldspato e biotita são consumidos. No sistema aberto, o K-feldspato permanece estável em um intervalo maior de temperatura. As associações minerais de fácies granulito variam de acordo com o protolito, tendo ortopiroxênio como fase diagnóstica para a grauvaca. No caso do folhelho, não há uma fase que seja diagnóstica no intervalo P-T estudado, pois ortopiroxênio é estável só em condições de pressão inferiores a 0,3 GPa. Porém no sistema aberto, a presença de espinélio marca as condições de metamorfismo granulítico. A alta taxa de fusão parcial registrada e os indícios de que houve extração do líquido anatético indicam que a composição do protolito não foi preservada, sendo necessária a adoção de uma composição ideal. A partir de critérios petrográficos foi selecionada a composição de um granodiorito (material de referência JG-1 - Imai et al., 199) para a modelagem. Como a composição dos minerais analisados no biotita granulito félsico eram distintas daquelas geradas no modelo, foi feito um ajuste na razão XFe (Fe²+/Fe²++Mg) da composição modelada de 0,550 para 0,649. As condições P-T de pico metamórfico para o Complexo Itatins são de 0,86 ± 0,14 GPa e 858,5 ± 13,5 °C, o que corresponde a um evento dínamo-termal ocorrido na base da crosta continental, com geoterma aparente de 25 °C.km-1. Como a quantidade de líquido anatético necessária para a formação da proporção de leucossoma observado no campo é maior do que aquela prevista pelo modelo (com uma diferença de aproximadamente 40%), interpretase que houve a entrada de aproximadamente 7,21 mol. % de H2O na rocha (cerca de 2,0 % em peso), o que tornou a composição mais fértil para geração de líquido anatético. As composições de líquido anatético e do resíduo modeladas possuem valores inferiores de K2O e de XFe e superiores de CaO+Na2O que as amostras do biotita granulito félsico e do leucossoma. Essa tendência pode ser explicada pela atuação da cristalização fracionada na formação dos leucossomas, fracionando K2O no líquido e cristalizando plagioclásio na fração não segregada. Dados de ETRs e U-Pb em zircão indicam que os núcleos tem assinatura ígnea e foram formados durante o Paleoproterozoico, entre 2.158 e 2.139 Ma (intercepto superior), com idade concórdia de 2.137,2 ± 4,6 Ma. As bordas sobrecrescidas apresentam padrão ETR leves sem anomalia negativa de Pr e Nd, a qual é descrita na literatura como relacionada a recristalização em ortognaisses. Dados U-Pb nas bordas do zircão forneceram resultados entre 628 e 594 Ma (intercepto inferior), com idade concórdia 628,2 ± 4,6 Ma. Os resultados obtidos para o biotita granulito félsico permitem a interpretação de que o Complexo Itatins possa ser correlacionado ao Complexo Serra Negra, integrante do Cráton Luis Alves. Dessa forma o Complexo Itatins corresponderia à margem do cráton, retrabalhada no Neoproterozoico, durante a colagem de terrenos que consolidou o continente Gondwana Ocidental. / This thesis presents the results of metamorphic modeling of the partial melting of ideal bulk compositions of graywacke, shale, and granodiorite, to establish a methodology for the study of granulite facies rocks using the software THERMOCALC. The results are compared to ortho-derived rocks from Itatins Complex, Southern Ribeira Belt, State of São Paulo. The complex is located at the junction of the tectonostratigraphic terranes Embu, Curitiba, and Costeiro, being composed of two main types of rocks: (i) biotite felsic granulite and (ii) stromatic migmatite paragneiss. Both rocks show a high degree of partial melting, marked by the widespread presence of leucosome, and frequent occurrence of rafts of mafic granulite. The estimated variation of the composition of the anatectic melt and the calculation of the P-T conditions of the metamorphism were calculated using THERMOCALC. The compositions of the anatectic melt and the residue counterpart were calculated for two ideal compositions of sedimentary rocks. This approach allowed the evaluation of how the composition of the products from partial melting changes during an isobaric heating path in two scenarios: opensystem (with the extraction of the anatectic melt and modification of the bulk composition) and closed-system (with the accumulation of the anatectic melt and no changes in bulk composition). The results indicate the anatectic melt has granodiorite to granite composition, with increasing content of K2O, as melting reactions consume K-feldspar and biotite. In opensystem, K-feldspar becomes stable up to higher temperatures. The mineral assemblage of granulite facies metamorphism changes in response to the protolith, with orthopyroxene as the main phase of the graywacke bulk composition. For the shale bulk composition, there is not a diagnostic phase for the P-T interval modeled, as orthopyroxene is stable only at pressure below 0.3 GPa. However, for the open-system, the presence of spinel marks the conditions for granulite facies metamorphism. The high degree of partial melting recorded in the rocks of Itatins Complex and the indications of the extraction of the anatectic melt suggest a modification of the protolith\'s bulk composition. Because of this modification, it is necessary to adopt an ideal composition (reference material JG-1, from a granodiorite), selected by petrographic criteria. As the composition of the minerals from the biotite felsic granulite is different from those calculated modeled from the JG-1 bulk composition, the XFe (Fe²+/Fe²++Mg) was modified from 0.550 to 0.649. The P-T conditions of the metamorphic peak are 0.86 ± 0.14 GPa, and 858.5 ± 13.5 °C, which corresponds to a dynamo-thermal event occurred in the lower continental crust, with an apparent geotherm of 25 °C.km-1. As the proportion of anatectic melt necessary to generate the amount of leucosome observed in the outcrops is higher than the predicted by the model (a difference of at least 40 %), we interpret that an influx of 7.21 mol. % of H2O (around 2.0 wt. %) in the rock, making it more fertile. The composition of the modeled anatectic melt and residue shows lower values for K2O and XFe and higher values of CaO+Na2O than the samples of biotite granulite and leucosome. The fractional crystallization can explain this difference in compositions during leucosome formation, with the fractionation of K2O from the anatectic melt during plagioclase crystallization in the non-segregated part. REE and U-Pb data in zircon indicate that the core of the crystals had an igneous signature and was formed during the Paleoproterozoic, 2158-2139 Ma (superior intercept), with concordia age of 2137.2 ± 4.6 Ma. The overgrowth rims present LREE composition without the negative anomaly in Pr and Nd, which is related to zircon recrystallization in orthogneiss. Dates from zircon rims are in the interval of 628-594 Ma (lower intercept), with concordia age of 628.2 ± 4.6 Ma. The results from biotite felsic granulite allow the assumption that the Itatins Complex can be related to the Serra Negra Complex, part of the Luis Alves Craton. In this scenario, the Itatins Complex could represent the margin of the craton, reworked in the Neoproterozoic, during the collage of terranes in the assembly of West Gondwana.
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Caracterização dos processos geológico-evolutivos precambrianos na região de São Fidelis, norte do estado do Rio de Janeiro / Not available.

Batista, Job Jesus 07 December 1984 (has links)
Após vários anos de levantamento geológico básico na região norte do estado do Rio de Janeiro, propôs-se o desenvolvimento de pesquisa mais detalhada, de cunho científico mais profundo, tendo em vista a variedade de interrogações que se levantavam dentro do panorama geológico-evolutivo, configurado como de extrema complexidade. Além dos trabalhos iniciais de mapeamento sistemático, na escala de 1: 50.000, foram implementados trabalhos adicionais de campo em áreas selecionadas, petrografia de detalhe, estudos geocronológicos e abordagens geoquímicas. As feições tectônicas, estruturais e texturais, bem como as evidências petrológicas e os padrões geocronológicos e geoquímicos apresentados pelas rochas estudadas, permitem a caracterização dessa faixa como de típico cinturão móvel (\"móbile belt\") ensiálico. O relacionamento complexo entre os vários tipo litológicos é condicionado pelo caráter policíclico da faixa estudada, onde ocorreram diversos processos (plutonismo, migmatização, metamorfismo, deformação, anatexis ou palingênese, etc.) em diferentes fases precambrianas, muito provavelmente sendo atribuída ao Arqueano a fase primordial gerado de rochas. Acredita-se que boa parte da crosta continental dessa região já formada desde o Arqueano, sendo de constituição siálica, havendo retrabalhamento por deformação cisalhante no ciclo Transamazônico e por anatexis/palingênese no Brasiliano. Relacionado ao Arqueano ter-se-ia o embasamento plutônico (Agrupamento I do Complexo Juiz de Fora), de afinidade tonalítica (enderbitos e gnaisses porfiroblásticos), representando crescimento crustal através de processos plutônicos, com \"trend\" de diferenciação predominantemente de natureza calco-alcalina. Algumas indicações toleíticas poderiam significar um certo caráter bimodal. A esse embasamento sobrepor-se-ia pilha supracrustal (Agrupamento III - Complexo Paraíba), cujos produtos originais, depositados em tempos ) pré-Transamazônicos, seriam pelitos, psamo-pelitos, psamitos, margas, calcários, dolomitos, além da contribuição vulcânica. Durante o Ciclo Transamazônico (Proterozóico Inferior) todo o conjunto Arqueano (embasamento + supracrustais) seria intensamente afetado por movimentos cisalhantes, promovendo forte-blastomilonitização e catáclase, com aparecimento da primeira fase de migmatização, de caráter sin-tectônico, onde duas entidades apresentam expressão cartografável (unidades São José de Ubá e Monte Verde - Agrupamento II do Complexo Juiz de fora). No Ciclo Brasiliano (Proterozóico Superior) ocorre genralizada anatexis formando importantes massas granitóides e migmatitos a partir de produtos rochosos, com vivência crustal anterior, caracterizando as entidades do Complexo Serra dos Órgãos. Também, neste ciclo, ocorreram falhamentos transcorrentes em faixas reativadas. Não negligenciável é a possibilidade de atuação de evento intermediário entre os ciclos Transamazônico e Brasiliano (Ciclo Uruaçuano), relacionado ao Proterozóico Médio (mais ou menos 1.000 Ma.). Suportando esta hipótese existem algumas insinuações em resultados geocronológicos publicados. No Meso-cenozóico atuaram processos tradicionais, responsáveis pela quebra, fragmentação e separação do Gondwana, aos quais se ligariam magmatismo básico (diques de diabásio), magmatismo alcalino e formação de bacias costeiras. A evolução cinemática do cinturão é largamente dominada por movimentos verticais, porém análise de zonas de cisalhamento indicam movimentos transcorrentes. Pelas descrições dos processos atuantes no Arqueano, Proterozóico Inferior, Proterozóico Superior e Fanerozóico chega-se a umapostura não-uniformitarista em relação aos regimes tectônicos que afetaram esta porção da Província Mantiqueira, no norte fluminense, atribuindo-lhes rápido crescimento no Arqueano por fenômenos plutônicos; cisalhamento intenso no Proterozóico ) Inferior; predominância de eventos termais e reativações deformacionais no Proterozóico Superior e processos tracionais no Fanerozóico. Desta maneira estabeleceram-se grandes descontinuidades entre cada um das eras geológicas. / This work deals a study of geological processes in the evolution of a part of the North Fluminense region, which belongs to a polycyclic mobile belt. Besides the systematic 1:50.000 scale geological mapping, additional field work was carried out followed by detailed petrography, geochronological studies and geochemistry. In accord with the description of the processes that occurred in the Archean, Lower and Upper Proterozoic and Phanerozoic, a non-uniformitarian view is adopted for the tectonic regimes that affected this part of the Mantiqueira Province. The overall picture can be envisaged as one of rapid growth by plutonic phenomena ascribed to the Archean, intense shearing during Lower Proterozoic, predominance of thermal events and reactivated deformation in the Upper Proterozoic, and tractional processes in the Phanerozoic. In this way, distinct and significant discontinuities can be established between each geological era.
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Geologia, petrologia, geocronologia e mineralizações sulfetadas do complexo ézio, província mineral de carajás, Brasil

Silva, Karen Santos e 11 December 2015 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, Pós-Graduação em Geologia, 2015. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2016-05-13T17:45:54Z No. of bitstreams: 1 2015_KarenSantoseSilva.pdf: 26111864 bytes, checksum: e614285127936677357102e922e2b580 (MD5) / Approved for entry into archive by Marília Freitas(marilia@bce.unb.br) on 2016-05-26T16:57:35Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2015_KarenSantoseSilva.pdf: 26111864 bytes, checksum: e614285127936677357102e922e2b580 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-05-26T16:57:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2015_KarenSantoseSilva.pdf: 26111864 bytes, checksum: e614285127936677357102e922e2b580 (MD5) / O Complexo Máfico-Ultramáfico Acamadado Ézio faz parte de um conjunto de intrusões máfico-ultramáficas inseridas na porção leste da Província Mineral de Carajás, um dos mais importantes distritos de Cu-Au do mundo, situado na margem leste do Cráton Amazônico. O corpo intrusivo ocorre ao longo da Zona de Falha Serra do Rabo, na terminação leste do Sistema Transcorrente Carajás, uma importante feição tectônica ligada à mineralização do tipo IOCG de importantes depósitos, como Salobo, Igarapé Bahia/Alemão, Cristalino e Sossego. O complexo, que consiste de rochas gabróicas predominantes e serpentinitos, peridotitos e clinopiroxenitos subordinados, é limitado ao sul por gnaisses e migmatitos do Complexo Xingu e ao norte por rochas graníticas e granodioríticas associadas a rochas metavulcano-sedimentares atribuídas ao Supergrupo Itacaiúnas, sendo também cortado por um corpo granítico alcalino. Tais rochas foram sujeitas à alteração hidrotermal, transformadas de forma mais pervasiva ao longo de falhas dúcteis-rúpteis. Embora as feições magmáticas primárias das rochas do Complexo Ézio sejam parcial a totalmente obliteradas, estudos petrográficos e químicos sugerem uma sequência de cristalização definida por Ol+Chr; Ol+Chr+Cpx; Cpx; Cpx+Pl. Valores composicionais de olivina (Fo67-69), embora restritos a uma amostra, apontam um magma parental moderadamente primitivo. Contaminação crustal é indicada por valores de εNd (T = 2.74 Ga) fracamente positivos a variavelmente negativos (0.30 a -4.20) e anomalias negativas de Nb e Ta. A isócrona Sm-Nd em amostras de rocha total, apesar da grande incerteza, indica uma idade de cristalização magmática neoarqueana (2.77 ± 0.17 Ma). Os padrões de elementos-traço e a idade do complexo são comparáveis às demais intrusões máfico-ultramáficas de Carajás (cerca de 2.76 Ga), sugerindo processos magmáticos semelhantes. A alteração hidrotermal no complexo é responsável por uma sequência de alteração comparável ao estabelecido em sistemas IOCG de Carajás. Esta sequência é caracterizada por estágios que se superpõem, definidos por alteração precoce e bem distribuída com hornblenda-plagioclásio (albita-oligoclásio) e menor proporção de escapolita, seguido por alteração com biotita-feldspato potássico, formação de magnetita (+ actinolita, grunerita e ferropirosmalita), cloritização e epidotização como disseminações e veios associados à mineralização de Cu-Ni, e um estágio tardio marcado pela formação de veios e sericitização. Tal alteração transforma as rochas do Complexo Ézio em hidrotermalitos bandados, rochas brechadas, anfibolitos e biotita actinolititos/cummingtonititos, o último a partir de um protólito ultramáfico. Dados litogeoquímicos sugerem ganhos em K e Fe e perdas em Ca com a alteração hidrotermal nas diferentes rochas do Complexo Ézio, enquanto que os elementos-traço são afetados somente em rochas pervasivamente alteradas. Datação U-Pb em titanita associada à alteração com biotita forneceu três diferentes idades, uma mais velha de 2.620 ± 14 Ma, interpretada como idade de resfriamento ou abertura do sistema, e idades mais novas representando um re-equilíbrio isotópico por complexas interações fluido/rocha ou eventos térmicos/deformacionais. A mineralização de Cu-Ni ocorre principalmente como a matriz de corpos brechados semi-massivos a massivos e disseminações intersticiais no clinopiroxenito. A assembleia consiste de pirrotita e calcopirita como sulfetos predominantes e menores proporções de pirita, ilmenita, pentlandita, magnetita, rutilo e esfalerita, além de quantidades traço de hematita, bornita, molibdenita, uraninita, ouro nativo, prata nativa, badeleíta, cobaltita e sulfoarsenieto de Co e Ni. Geotermômetros e assembleias minerais indicam fluidos que atingem altas temperaturas nos primeiros estágios (acima de 600oC), estabilizando clinopiroxênio ou granada, e sofrem forte resfriamento (< 300oC) até a precipitação dos sulfetos. A abundância de minerais com Cl, como hornblenda, escapolita, biotita e Fe-pirosmalita, indicam a alta salinidade dos fluidos nos estágios iniciais. Assim, dois processos podem ser considerados com relação ao resfriamento do sistema: um envolvendo um único fluido que resfria como uma função do tempo, em que o conteúdo de Cl diminui por ser constantemente incorporado a minerais hidrotermais, como anfibólio, escapolita e ferropirosmalita; e outro provocado pela mistura de um fluido mais reduzido de alta salinidade e baixa concentração de S com um fluido mais oxidante e rico em S, diluindo o conteúdo de Cl. Similaridades com os depósitos de IOCG de Carajás, como Cristalino e Sossego, indicam um mesmo sistema hidrotermal envolvido. Porém, diferenças como a ausência de fluorita, predominância de alterações com hornblenda e biotita e ocorrência de ilmenita como o principal óxido mostram, dentre outros aspectos, variações na composição do fluido e das rochas hospedeiras, da ƒO2 e nível crustal das rochas afetadas. / The Ézio Layered Mafic-Ultramafic Complex is part of a cluster of mafic-ultramafic intrusions located in the eastern part of the Carajás Mineral Province, one of the most important districts of Cu-Au in the world, situated in the eastern border of Amazonian Craton. The intrusive body occurs along the Serra do Rabo Fault Zone, the eastern termination of the Carajás Strike-Slip Fault System, a major tectonic feature linked to the IOCG-type mineralization of important deposits, as Salobo, Igarapé Bahia/Alemão, Cristalino and Sossego. The complex, consisting of predominant gabbroic rocks and minor serpentinites, peridotites and clinopyroxenites, is limited to the south by gneisses and migmatites of Xingu Complex and to the north by granitic and granodioritic rocks associated to metavolcano-sedimentary rocks assigned to the Itacaiúnas Supergroup, as well as cut by an alkaline granitic body. Such rocks were subjected to hydrothermal alteration, more pervasive along ductile-brittle fault zones. Although primary magmatic features of the Ézio Complex rocks are partial to completely obliterated, petrographic and chemical studies suggest a crystallization sequence defined by Ol+Chr; Ol+Chr+Cpx; Cpx; Cpx+Pl. Compositional range of olivine (Fo67-69), although restricted to one sample, indicates a moderately primitive parental magma. Crustal contamination is indicated by weakly positive to variably negative εNd (T = 2.74 Ga) values (0.30 to -4.20) and negative anomalies of Nb and Ta. The whole-rock Sm-Nd isochron, despite great uncertainty, indicates an age of Neoarchean magmatic crystallization (2.77 ± 0.17 Ma). The patterns of trace elements and the age of the complex are comparable to other mafic-ultramafic intrusions of Carajás (about 2.76 Ga), suggesting similar magmatic processes. The hydrothermal alteration in the complex is responsible for a paragenetic sequence comparable to that established in the Carajás IOCG systems. This sequence is characterized by overlapping stages defined by early widespread hornblende-plagioclase (albite-oligoclase) and minor scapolite, followed by biotite-potassic feldspar alteration, magnetite formation (+ actinolite, grunerite and Fe-pyrosmalite), chlorite-epidote as disseminations and veins associated with mineralization of Cu-Ni, and a late-stage characterized by vein infillings and sericitization. Hydrothermal alteration transforms the Ézio Complex rocks to banded hydrothermalites, brecciated rocks, amphibolites and biotite actinolitites/ cummingtonitites, the latter from an ultramafic protolith. Lithogeochemical data suggest K and Fe gains and Ca losses with hydrothermal alteration in different rocks from the Ézio Complex, while trace elements are only affected in pervasively altered rocks. U-Pb dating in titanite associated with biotite alteration provided three different ages, an older of 2,620 ± 14 Ma, interpreted as cooling age or system opening, and younger ages representing an isotopic reequilibration by complex fluid/rock interactions or thermal events/deformation. Cu-Ni mineralization occurs mainly as the matrix of semi-massive to massive brecciated bodies and interstitial disseminations in clinopyroxenite. The assemblage consists of pyrrhotite and chalcopyrite as the predominant sulfides, minor pyrite, ilmenite, pentlandite, magnetite, rutile and sphalerite, and trace amounts of hematite, bornite, molybdenite, uraninite, native gold, native silver, baddeleyite, cobaltite and Co and Ni sulfoarsenate. Geothermometers and minerals assemblages indicate fluids that reach high temperatures in the early stages (up to 600oC), stabilizing clinopyroxene and garnet, and undergo strong cooling (< 300oC) until the precipitation of sulfides. The abundance of Cl-rich minerals, as hornblende, scapolite, biotite and Fe-pyrosmalite, indicates the high salinity of fluids in the early stages. Therefore, two cases may be considered with respect to the cooling system: one involving a single fluid that cools as a function of time, wherein Cl contents constantly decrease by incorporation of hydrothermal minerals, such as amphibole, scapolite and Fe-pyrosmalite; and another caused by mixing of a more reduced fluid of high salinity and low S contents with a more oxidized fluid rich in S, diluting Cl contents. Similarities to IOCG deposits in Carajás, as Cristalino and Sossego, indicate the same hydrothermal system involved. However, differences as the absence of fluorite, predominance of hornblende and biotite alterations and occurrence of ilmenite as the main oxide phase show, among other aspects, variations in fluid and host rock compositions, ƒO2 and crustal level of the affected rocks.
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Proveniência de sedimentos dos grupos Canastra, Ibiá, Vazante e Bambuí : um estudo de zircões detríticos e idades modelo Sm-Nd

Rodrigues, Joseneusa Brilhante January 2008 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, 2008. / Submitted by Priscilla Brito Oliveira (priscilla.b.oliveira@gmail.com) on 2009-09-21T20:52:35Z No. of bitstreams: 1 2008_JoseneusaBrilhanteRodrigues.pdf: 16453420 bytes, checksum: 2b811c354c5128f08bdd411f2dffde9f (MD5) / Approved for entry into archive by Gomes Neide(nagomes2005@gmail.com) on 2010-02-09T18:26:16Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2008_JoseneusaBrilhanteRodrigues.pdf: 16453420 bytes, checksum: 2b811c354c5128f08bdd411f2dffde9f (MD5) / Made available in DSpace on 2010-02-09T18:26:16Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2008_JoseneusaBrilhanteRodrigues.pdf: 16453420 bytes, checksum: 2b811c354c5128f08bdd411f2dffde9f (MD5) Previous issue date: 2008 / Esta tese visa investigar a origem dos detritos dos grupos Canastra, Vazante, Ibiá e Bambuí além da Formação Jequitaí. Análises integradas de U-Pb em zircões detríticos via SHRIMP e LAM-ICP-MS e Sm-Nd em rocha total permitiram determinar limites deposicionais, indicar possíveis fontes de sedimentos e fornecer elementos para interpretações tectônicas. O Grupo Canastra constitui uma seqüência regressiva de margem passiva, composta principalmente por rochas metapelíticas e metapsamíticas metamorfizadas em fácies xisto verde incluindo filito, metarritmito, quartzito e restritas intercalações de calcário e filito carbonático. Grupo Vazante representa uma seqüência detrito-carbonática constituída principalmente por quartzitos, ardósias, conglomerado, siltito e dolomitos estromatolíticos. O Grupo Ibiá apresenta localmente um diamictito basal recoberto por filitos e calci-xistos, que são os principais constituintes do grupo. A Formação Jequitaí é uma unidade glacial, representada principalmente por diamictitos, que ocorre cobrindo vastas áreas do Cráton São Francisco e com algumas exposições na Faixa Brasília. Suas rochas são recobertas por carbonatos do Grupo Bambuí, o qual representa uma seqüência carbonática-siliciclástica com crescente componente detrítico para o topo. Os dados U-Pb em zircão permitiram identificar as populações ou grãos detríticos mais jovens das unidades e estabelecer os limites máximos para deposição que são de 1030, 935, 640, 880 e 610 Ma para os Grupos Canastra, Vazante, Ibiá, Formação Jequitaí e Grupo Bambuí, respectivamente. De maneira geral foi observada pouca contribuição de terrenos arqueanos nos sedimentos estudados. O Cráton São Francisco-Congo revelou-se um importante fornecedor de detritos, especialmente para os grupos Canastra e Vazante. Já os dados dos grupos Ibiá e Bambuí evidenciaram a considerável presença de rochas da Faixa Brasília no suprimento de sedimentos. Dentre as amostras analisadas para U-Pb, somente as do Grupo Canastra não apresentaram grãos Neoproterozóicos. O espectro de idades dos grãos detríticos apresentados pelo Grupo Canastra inclui um largo intervalo de idades (1030-2996 Ma), com significativo componente Paleoproterozóico (~1,8 e ~2,1 Ga) e uma importante fonte Mesoproterozóica (1,1-1,2 Ga) para a Formação Paracatu. Estes resultados associados aos dados Sm-Nd, que forneceram TDM superiores a 1,9 Ga, são consistentes com o ambiente de uma margem continental passiva para o Grupo Canastra. As formações do Grupo Vazante forneceram padrões variados de idade U-Pb de zircões detríticos em um intervalo de 935 a 3520 Ma, porém de maneira geral terrenos de ~2,1 Ga constituem a principal fonte de sedimentos de boa parte das formações. A população mais jovem (~950 Ma) ocorre apenas nas unidades basais do Grupo Vazante, sugerindo que esta fonte foi isolada ou recoberta durante a evolução da bacia. No entanto, dados Sm-Nd revelam a participação de terrenos jovens em praticamente em todo o grupo, em especial na Formação Lapa (TDM de 1,67 a 2,00 Ga). A Formação Serra do Garrote apresentou predominância de fontes Paleoproterozóicas, tanto nas análises Sm-Nd como nas U-Pb. O topo do grupo é marcado por uma significativa mudança de fontes. Nas formações Morro do Calcário e Lapa um forte pico de idades entre 1,1-1,2 Ga representa a principal fonte, seguido por pequenas contribuições Paleoproterozóicas. Terrenos do Cráton São Francisco-Congo são considerados as principais fontes dos sedimentos do Grupo Vazante, que pode ser interpretado como uma seqüência associada a uma margem continental passiva. Os dados Sm-Nd da Formação Lapa não são totalmente compatíveis com esta interpretação e podem indicar a aproximação de terrenos significativamente mais jovens, tais como o Arco Magmático de Goiás. Os zircões do diamictito do Grupo Ibiá apresentaram idades entre 936 e 2500 Ma. Em contraste, os calcifilitos que sobrepõem os diamictitos revelam a dominante proveniência de fontes Neoproterozóicas, com importantes picos em 665, 740 e 850 Ma. Os dados Sm-Nd apresentam comportamento bimodal, com intervalos de TDM de 1,16-1,46 e 1,58-2.01 Ga. Terrenos do Cráton São Franciso e Arco Magmático de Goiás são as mais prováveis fontes do grupo, que possivelmente representa uma seqüência do tipo fore-arc. A distribuição de idades dos zircões detríticos dos diamictitos da Formação Jequitaí indicam fontes Paleoproterozóicas dominantes (2,0-2,2 Ga) assim como fontes Mesoproterozóicas e Neoproterozóicas (~880 Ma). Estes dados sugerem detritos provavelmente derivados dos Cráton São Francisco-Congo. Os dados Sm-Nd e U-Pb de grãos detríticos do Grupo Bambuí demonstraram grande variação longitudinal e temporal em suas fontes. Os padrões de idades de zircão e monazitas do Conglomerado Carrancas são idênticos aos encontrados em rochas do Complexo Belo Horizonte, o que indica que os sedimentos derivam de uma fonte local. As análises U-Pb de amostras da região da Serra de São Domingos revelaram a principal contribuição de fontes Paleoproterozóicas assim como importante aporte de material Neoproterozóico e um pequeno componente arqueano. As amostras do segmento sul do grupo apresentaram padrão simples de idades, com a dominante presença de zircões Neoproterozóicos (principalmente ~640 Ma). Os dados Sm-Nd apontam a crescente contribuição de material juvenil para o topo do grupo, com idades modelo variando de ~2,5 Ga para a Formação Sete Lagoas a ~1,5 Ga para Formação Três Marias. O conjunto de dados corrobora a interpretação de que o Grupo Bambuí representa uma bacia foreland, com sedimentos originais derivados principalmente de rochas da Faixa Brasília e subordinamente do Cráton São Francisco-Congo. As idades dos zircões detríticos da seqüência superior da Formação Sete Lagoas (com importante componente de 610-640 Ma) em associação a dados previamente publicados de Pb-Pb de ca. 740 Ma da seqüência inferior, reforçam a sugestão baseada em dados geofísicos de que a seqüência inferior não pertença ao Grupo Bambuí. _______________________________________________________________________________ ABSTRACT / Meso- to Neoproterozoic sedimentary/metasedimentary units of southern Brasília Belt and São Francisco-Congo Craton had their provenance investigated in this thesis. The Canastra, Vazante, Ibiá and Bambuí groups and the Jequitaí Formation were studied. Integrated whole-rock Sm-Nd models ages and in situ (LAM-ICPMS and SHRIMP) U-Pb zircon analyses allowed the determination of depositional limits, pointed out possible sources and furnished elements for tectonic interpretation. The Canastra Group constitutes a regressive sedimentary sequence composed mainly of metapelitic and metapsammitic greenschist-facies rocks. These include phyllite, metarhythmite and quartzite with minor intercalations of limestone as well as carbonaceous and carbonatic phyllite. The Vazante Group comprises a marine detrital-carbonatic sequence composed mainly of quartzite, slate, conglomerate, metasiltstone and dolomite with abundant stromatolitic structures. The Ibiá Group is formed by a basal diamictite followed upwards by metapelitic rocks (phyllites and calc-schists). The Jequitaí Formation is a glacial unit covering large areas of the São Francisco Craton and is also exposed within the Brasília Belt. It is overlain by the carbonatic Sete Lagoas Formation, the basal unit of the Bambuí Group which represents a carbonate-siliciclastic sequence with upward increase of the detritic component. The U-Pb zircon data allow the identification of the youngest detrital grains of the studied unit and the establishment of the maximum depositional ages. These are 1030, 925, 640, 610 and 880 Ma for the Canastra, Vazante, Ibiá and Bambuí groups and the Jequitaí Formation, respectively. Few contributions of Archean terrains were observed. The São Francisco-Congo Craton was identified as an important supplier of detritus, in particular for the Canastra and Vazante groups. Conversely, data from the Ibiá and Bambuí groups emphasise the strong contribution from the Brasília Belt. The Canastra Group was the only unit that did not show Neoproterozoic grains. The provenance signature of the Canastra Group comprises a wide range of detrital zircon ages (1030-2996 Ma) with a significant Paleoproterozoic component (~1.8 and ~2.1 Ga) and an important Mesoproterozoic source (1.1- 1.2 Ga), specially for the Paracatu Formation. This is consistent with a passive margin setting for the deposition of the Canastra sediments. The U-Pb detrital zircon signatures vary significantly among the formations (925- 3520 Ma) but, in general, 2.1 Ga terrains constitute the main source in most formations. The youngest population (ca. 950 Ma) only occurs at the lowest stratigraphic units of the Vazante Group. However Sm-Nd data reveals the contribution of young terrains in all groups, in particular in the Lapa Formation (TDM of 1.67-2.00 Ga). The Sm-Nd and U-Pb data for the Serra do Garrote Formation showed predominance of the Paleoproterozoic source. The top of the group is marked by significant change of sources; the pattern found in the Morro do Calcário and Lapa formations show a main age peak at 1.1-1.2 Ga and other small Paleoproterozoic contributions. The results suggest that Paleo- and Mesoproterozoic terrains within the São Francisco-Congo Craton represent the main sources of detrital sediments for the Vazante Group. Therefore, it may be interpreted as a passive margin sequence developed along the western margin of that continent. Slightly younger model ages in the upper Lapa Formation, however, are not entirely consistent with derivation solely from the craton and may indicate contribution from younger sources such as the Neoproterozoic Goiás Magmatic Arc to the west. Zircon grains from the diamictite of the Ibiá Group present ages raging from 936 to 2500 Ma. In contrast, the overlying calciphyllite of the Rio Verde Formation reveals a dominant Neoproterozoic provenance pattern with important peaks at 665, 740 and 850 Ma. The Sm-Nd data show a bimodal behaviour with intervals at 1.16-1.46 and 1.58-2.01 Ga. The São Francisco-Congo Cranton and Goiás Magmatic Arc are, most probably, the two main source regions for the Ibiá Group which may represent, therefore, a former fore-arc sedimentary sequence. The age distribution of the detrital zircon grains of the Jequitaí rocks indicates a dominant Paleoproterozoic source (2.0-2.2 Ga) as well as minor Mesoproterozoic and early Neoproterozoic (~880 Ma) components. These are all probably derived from the São Francisco Craton. The Sm-Nd and detrital zircon for the Bambuí Group demonstrate longitudinal and temporal variation of the source areas. The patterns observed in zircon and monazite from Carrancas Conglomerate are identical to those found in the Belo Horizonte Complex which indicates a local source. Rocks exposed in the northern area showed major contribution from Paleoproterozoic sources as well as an important component from Neoproterozoic ages and a small Archean population. Samples from the southern part of the group show a simple age pattern with the dominant presence of Neoproterozoic zircons (mainly ca. 640 My). The Sm-Nd data show an increasing contribution derived from younger materials upward in the stratigraphic sequence. TDM ages vary from ca. 2.5 Ga at the bottom to values around 1.5 Ga at the top. The data reinforce the interpretation that the Bambuí Group represents a foreland basin with the original sediments being derived mainly from the Brasília Belt, to the west. However, some contribution from the São Francisco Craton is not discarded. The detrital zircon age of the upper sequence (with 610-640 Ma population) associated with the previously published Pb-Pb isochronic ages of ca. 740 Ma of the lower sequence reinforce the suggestion, based on geophysical data, that the lower sequence does not belong to Bambuí Group.
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Geocronologia U-Pb e geoquímica isotópica Sr-Nd dos granitóides sintectônicos às zonas de cisalhamento transcorrentes Quitéria Serra doo Erval e dorsal de Canguçu, Rio Grande do Sul, Brasil

Knijnik, Daniel Barbosa January 2018 (has links)
No sul do Brasil, zonas de cisalhamento tem um papel importante na geração e posicionamento de magmas graníticos e básicos. As zonas de cisalhamento transcorrentes Quitéria-Serra do Erval (ZCQSE) e Dorsal de Canguçu (ZCTDC) fazem parte do Cinturão de Cisalhamento Sul brasileiro (CCSb), uma descontinuidade formada no Neoproterozoico, que compreende zonas de cisalhamento kilométricas, anastomosadas, de escala crustal, com cinemática predominantemente transcorrente, e estão relacionadas com a construção de um extenso batólito de quase 1000 Km (650-575Ma). Seu desenvolvimento iniciou após a colisão principal (ca. 650 Ma) entre os cratons Rio de La Plata e Kalahari. A ZCQSE controlou o posicionamento do Granodiorito Cruzeiro do Sul (635Ma) e dos Diques Tardios granodioríticos a monzograníticos (605Ma), dos granitoides de afinidade tholetítica, Arroio Divisa (625Ma), e seu pulso mais evoluído, os Granitoide Sanga do Areal (620Ma). A presença de enclaves máficos contemporâneas com esses granitoides, indicam que fontes mantélicas foram ativas durante seus posicionamentos. Valores de ƐNd entre -3.32 a -10.93 e razões de 87Sr/86Sr(i) entre 0.7048 to 0.7223 obtidas para os granitoides da QSESZ sugerem fontes mantélicas com alguma componente crustal. Xenólitos das rochas encaixantes, como as do Complexo Arroio dos Ratos (2.14Ga), são interpretadas como parte da contaminação crustal. Os padrões geoquímicos dos granitoides da ZCQSE indicam fontes e processos de diferenciação similares para todas as unidades. Dados geocronológicos dos magmatismos shoshoniticos com idades entre 635 e 605 Ma definem o período mínimo de atividade tectônica e magmática da ZCQSE, assim como expandem o intervalo do magmatismo shoshonítico no sul do Brasil, indicando uma ativação precoce de fontes mantélicas no Batólito Pelotas. Estes magmatismos de natureza shoshonítica e tholeítica registram os estágios iniciais do CCSb (640 630Ma), em um ambiente pós-colisional, logo após a colisão principal (650Ma) no ciclo Brasiliano / Pan-Africano. Neste trabalho, complexos processos de fusão parcial de fontes mantélicas e crustais envolvendo influxo de água, fluxo de calor adicional através de injeções félsicas e máficas, mixing, mingling, e descompressão relacionada a atividade de zonas de cisalhamento durante mais de 30 Ma, são sugeridos. O magmatismo ao longo da ZCTDC teve seu início com o Granito Quitéria e foi seguido pelo Granito Arroio Francisquinho, o primeiro de derivação mantélica e o segundo de fusão crustal. Novos dados U-Pb SHRIMP do Granito Quitéria apontam uma idade de 634 Ma, interpretada como idade de cristalização. Para o Granito Arroio Francisquinho, a idade de cristalização obtida em monazita e nas bordas de zircões, foi cerca de 610 Ma. Estas idades definem o período principal da atividade tectônica e magmática da ZCTDC. Uma compilação extensiva de dados isotópicos do magmatismo dentro e fora dos três batólitos que compõe o CCSb e do seu embasamento, permitiu estimar o intervalo do magamtismo pós-colisional no sul do Brasil entre 640 e 560Ma, e o intervalo dos picos termais causados por esse magmatismo no embasamento, entre 650 e 560 Ma. As idades de cristalização, heranças e os dados de Sr-Nd compilados, levaram a conclusão que estes três segmentos devem ser tratados como um único batólito. / Crustal-scale shear zones play an important role in the generation and emplacement of granitic and basic magmatism within the Neoproterozoic post-collisional setting of southern Brazil. The strike-slip Quitéria-Serra do Erval Shear Zone (QSESZ) and the Dorsal de Canguçu Transcurrent Shear Zone (DCTSZ) are part of the Southern Brazilian Shear Belt (SBSB), a major crustal discontinuity formed in the Neoproterozoic, which comprises several km-wide, anastomosing shear zones of dominantly transcurrent kinematics and is related with the building of an extensive, nearly 1000 km long batholith (650-575Ma). Its development is thought to have initiated after the main collision (ca. 650 Ma) between the Río de la Plata and Kalahari cratons. The QSESZ has controlled the emplacement of the shoshonitic Cruzeiro do Sul Granodiorite (635Ma) and late granodiorite to monzogranite dikes (Late Dikes, 605Ma), the tholeiitic Arroio Divisa granitoids (625Ma) and its more evolved pulse, the Sanga do Areal (620Ma). The presence of mafic rocks coeval with each of these granite magmas, found as mingled mafic enclaves, indicates that mantle sources were active during their emplacement. ƐNd values of -3.32 to -10.93 and 87Sr/86Sr(i) ratios from 0.7048 to 0.7223 obtained for the QSESZ granitoids suggest mantle sources with some evolved sources such as old continental crust. Host-rock xenoliths of the Paleoproterozoic Arroio dos Ratos Complex (2.14 Ga) are interpreted as crustal contaminants. Geochemical trends indicate similar sources and processes of differentiation for the QSESZ granitoids. Geochronological data of the QSESZ shoshonitic magmatisms indicates ages between 635 and 605 Ma and defines the minimum period of magmatic and tectonic activity of the Quitéria-Serra do Erval Shear Zone, as well as expand the time span for the shoshonitic magmatism in southern Brazil indicating an early activation of mantle sources in the Pelotas Batholith. These magmatisms of shoshonitic and tholeiitic nature records the initial stages of the SBSB (640 - 630Ma) in a post-collisional period, just after the Brasiliano / Pan-African main collisional event (650Ma). A complex process of partial melting of mantle and crustal sources involving water influx, additional heat flux from felsic and mafic injections, mixing, mingling and decompression related to the shear zone activity over 30 Ma duration is suggested. Magmatism emplaced along the DCTSZ has started with the mantle-derived Quitéria Granite and was followed by crustal melts such as the Arroio Francisquinho Granite (AFG). New U-Pb SHRIMP zircon data from the Quitéria Granite yielded a value of 634 Ma, interpreted as its crystallization age. The AFG crystallization age obtained in monazite, and zircon outer rims is ca. 610 Ma. The ages of these granites define the main period of coeval tectonic and magmatic activity of the DCTSZ. An extensive isotope data compilation of the magmatism within and outside the SBSB three batholith segments and its basement allows to estimate the time span of postcollisional magmatism in southern Brazil from 640 to 560 Ma, and the interval of the main thermal effects on the basement between 650 and 560 Ma. The crystallization/inherited ages and the Sr-Nd isotope data, lead to conclude that three segments should be addressed as a single batholith.
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Fosforitos da Região de Juazeiro, Bahia: Paleoambientes, Geocronologia, Controles da Mineralização e Correlações Estratigráficas

Oliveira , Luís Rodrigues dos Santos de 04 1900 (has links)
Submitted by Everaldo Pereira (pereira.evera@gmail.com) on 2017-02-21T02:32:30Z No. of bitstreams: 1 Mestrado Luiz Rodrigues.pdf: 43870952 bytes, checksum: 0ae4354caca43b4b6556f0046de92e1e (MD5) / Made available in DSpace on 2017-02-21T02:32:30Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Mestrado Luiz Rodrigues.pdf: 43870952 bytes, checksum: 0ae4354caca43b4b6556f0046de92e1e (MD5) / A área de estudo está localizada na região norte do Estado da Bahia, no município de Juazeiro. Tectonicamente está inserida no Complexo Rio Salitre, que é uma sequência metavulcanossedimentar metamorfisada na fácies xisto verde. Os primeiros estudos sobre as ocorrências de fosfato na região de Juazeiro foram realizados no final dos anos 1970 e início dos anos 1980, localizados na Ilha do Fogo e no Serrote da Batateira. A mineralização de fosfato está hospedada em em um cinturão descontínuo de rochas metamórficas paraderivadas, constituídas por quartzito calcissilicático, quartzito com diopsídio e tremolita-quartzito. Nas imediações desses depósitos ocorre uma série de colinas chamadas Serra do Velho Firmino, Serra dos Espinhos e Serrote do Sacrabetó, que são possíveis alvos para exploração de fosfato sedimentar. As litofácies mineralizadas foram sujeitas a, pelo menos, dois eventos orogênicos. O evento mais antigo (final do Paleoproterozoico) foi o metamorfismo regional com grau variável, de xisto verde a anfibolito baixo, associado com granitóides sin-orogênicos, acompanhado por deformação polifásica. O objetivo geral do presente estudo foi caracterizar os fosfatos em seus aspectos petrogenéticos, litogeoquímicos e geocronológicos. Os objetivos específicos foram: (i) executar um mapeamento geológico, a fim de definir a mineralização e suas rochas hospedeiras, e uma tentativa de correlacionar estratigraficamente as camadas mineralizadas; (ii) realizar estudos petrológicos e litogeoquímicos das sequências metassedimentares, com foco nas camadas de fosfato, buscando decifrar sua evolução, e (iii) executar datações Sm-Nd em formações ferríferas bandadas (BIFs), que são intercalados na sequência metassedimentar. A partir dos dados de campo e litogeoquímica foi possível caracterizar cinco unidades litoestratigráficas correlacionados nos principais conjuntos de colinas, que variam de pelíticas na base, carbonática/calcissilicáticas com intercalação de BIF e quartzo-terrígenas na porção intermediária, bem como pelitica e quimica no topo. A sequência intermediária é mineralizada com apatita, que é disseminada principalmente em rochas calcissilicáticas. Anomalias negativas de Ce, quando normalizado para PAAS, indicam condições de deposição variando de sub-óxica para anóxica, em uma plataforma proximal, representada pela Serrote da Batateira, Ilha do Fogo e Serra dos Espinhos. Anomalias positivas de Eu podem ser associados a diferentes intensidades de fluxo hidrotermal durante a deposição e/ou ocasionadas pelas alterações durante o metamorfismo. Relações isotópicas de 147Sm/144Nd, que variam de 0,12 a 0,14, associadas a valores εNd que variam de -4,86 para -5,66, sugerem fontes crustais com rochas mais diferenciadas. Os dados geocronológicos de Sm-Nd sugerem uma idade de 2021±97 Ma para a sequência plataformal que hospeda as mineralizações de fosfato. As principais fácies mineralizadas foram depositadas em ambiente plataformal marinho variando de raso a profundo, O controle de mineralização é essencialmente estratigráfico, condicionado tanto por processos orgânicos quanto inorgânicos. Estes dados estão de acordo com um modelo aceito para a formação de fosforitos precambrianos. Espera-se que os resultados do presente estudo contribuam para a melhor compreensão da fosfogênese no setor nordeste do Cráton São Francisco, relacionado com a evolução da bacia paleoproterozóica. / ABSTRACT - The study area is located in the north of State of Bahia, in the Juazeiro municipality. Tectonically it is inserted in the Rio Salitre Complex, which is a metavolcanosedimentary sequence metamorphosed in the greenschist facies. The first studies about phosphate occurrences in the Juazeiro region were performed in the late 1970’s and early 1980’s, located on the Ilha do Fogo and Serrote da Batateira. The phosphate mineralization is hosted in a discontinuous belt of paraderived metamorphic rocks, consisting of calcsilicatic quartzite, quartzite with diopside and tremolite-quartzite. In the vicinity of these deposits occur a series of hills called Serra do Velho Firmino, Serra dos Espinhos and Serrote do Sacrabetó, which are possible targets for exploration of sedimentary phosphate. The mineralized lithofacies were subjected to at least two orogenic events. The earliest event (late Paleoproterozoic) was regional metamorphism with variable degree, from greenschist to low amphibolite, associated with syn-orogenic granitoids, accompanied by polyphase deformation. The general objective of the present study was to characterize the phosphate deposits, on their petrogenetic, lithogeochemical and geochronological aspects. The specific objectives were: (i) to carry out a geological mapping in order to define the mineralization and its host rocks, and an attempt to stratigraphically correlate the mineralized layers; (ii) to perform petrological and lithogeochemical studies of the metasedimentary sequences, with focus on the phosphate layers, seeking at deciphering its evolution, and (iii) to execute Sm-Nd datings in banded iron formations (BIFs), which are intercalated in the metasedimentary sequences. From the field and lithogeochemical data it was possible to characterize five lithostratigraphic units correlated in the main sets of hills, which vary from pelitic at the base, carbonate/calcsilicate, BIF and quartz-terrigenous in the intermediate portion and chemical and pelitic in the top. The intermediate sequence is mineralized with apatite, which is disseminated especially in calcsilicate rocks. Negative anomalies of Ce, when normalized to PAAS, indicate deposition conditions ranging from sub-oxic to anoxic, in a proximal platform, represented by the Serrote da Batateira, Ilha do Fogo and Serra dos Espinhos. Positive Eu anomalies may be associated with different intensities of hydrothermal flows during the deposition and/or promoted by changes during metamorphism. Isotopic ratios of 147Sm /144Nd going from 0.12 to 0.14, associated with εNd values varying from -4.86 to -5.66, suggest more differentiated crustal rock sources. The geochronological data of Sm-Nd suggest a 2021±97 Ma age to the platformal sequence that hosts of phosphate mineralization. The main mineralized facies was deposited in a marine, shallow to deep platformal environment. The control of mineralization is essentially stratigraphic, conditioned either by organic and inorganic processes. These data are in agreement with a model accepted for the formation of precambrian phosphorites. It is expected that results of the present study contribute to a better understanding of the phosphogenesis in the northeast sector of the São Francisco Craton, related to the evolution of the paleoproterozoic basin.

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