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Geocronologia U-Pb em zircão de rochas intrusivas e de embasamento na região do Vale do Jacurici, Cráton São Francisco, BahiaSilveira, Carlos José Sobrinho da January 2015 (has links)
O Complexo Jacurici, localizado no NE do Craton São Francisco, hospeda o maior depósito de cromita do Brasil. O Complexo é constituído de várias corpos N-S, possivelmente fragmentos de um único grande sill rompido durante deformação. A idade das rochas hospedeiras é assunto de debate. Alguns trabalhos sugerem que está intruso no Bloco Arqueano Serrinha enquanto outros acreditam que é parte do Cinturão Salvador-Curaçá. Mapeamento está em desenvolvimento pela CPRM e FERBASA. Entretanto, poucos dados geocronológicos estão disponíveis para a área específica onde as rochas máfica-ultramáficas afloram. O terreno é dividido em dois segmentos chamados informalmente de paragnaisses e ortognaisses, o último supostamente mais jovem considerando estar menos deformado. Os ortognaisses ocorrem na parte norte do cinturão. Petrografia revelou que alguns dos paragnaisses são álcali-feldspato granitos fortemente milonitizados. Estes afloram relacionadas às bordas da intrusão máfica-ultramáfica na área de Ipueira. Ainda, os ortognaisses consistem, ao menos em parte, de monzogranitos com deformação de baixa temperatura. Datações de zircão por LAM-MC-ICP-MS foram realizadas para cinco amostras consideradas representativas. Apenas três resultaram em boas idades Concordia: uma rocha máfica, um monzogranito e um álcali-feldspato granito. Uma rocha máfica supostamente do embasamento produziu uma idade de 2102±5Ma e é petrograficamente similar aos metanorites descritos no Complexo Jacurici. A rocha é interpretada como registro dos primeiros pulsos do magmatismo máfico. O monzogranito gerou uma idade de 2995±15Ma, sendo mais antigo do que o esperado, relacionado ao Bloco Serrinha. O álcali-feldspato granito produziu uma idade de 2081±3Ma. O Sienito Itiúba e os pegmatitos que cortam o Complexo Jacurici tem idades semelhantes. Isto mostra uma relação muito estreita entre todas estas rochas. Considerando a falta de informações sobre a seqüência supracrustal que hospeda as rochas alcalinas e máfica-ultramáficas intrusivas nas áreas de Ipueira e Medrado, é possível que parte do terreno pertença ao Cinturão Salvador-Curaçá. Sugerimos que o Complexo Jacurici possa ter sido intrudido após a colagem tectônica entre o Bloco Serrinha e a parte mais antiga do Cinturão Salvador-Curaçá e, portanto, poderia ser hospedado por ambos. / The Jacurici Complex, located in the NE of the São Francisco Craton, hosts the largest chromite deposit of Brazil. The Complex is constituted by several N-S bodies, possible fragments of a single larger sill disrupted during deformation. The age of the host rocks is still debatable. Some works suggest it is intruded on the Serrinha Archean Block while others believe it is part of the Salvador-Curaçá Belt. Mapping is under development by CPRM and FERBASA. Nevertheless, few geochronological data is available for the specific area where the mafic-ultramafic rocks outcrop. The terrain is broadly divided in two segments called informally as paragneisses and orthogneisses, the last is supposed to be younger considering it is less deformed. The othogneisses occur at the northern part of the belt. Petrography revealed that some of the believed paragneisses are actually an alkali feldspar granite strongly milonitized. It outcrops closely related to the borders of the mafic-ultramafic intrusion in the Ipueira area. Also, the orthogneisses consist, at least in part, of monzogranites with low temperature deformation. Zircon LAM-MC-ICP-MS dating were performed for five samples considered representative. Just three provided good Concordia ages: one mafic rock, one monzogranite and one alkali feldspar granite. A supposed basement mafic rock produced a 2102±5Ma age and is petrographyly similar to the metanorites described in the Jacurici Complex. The rock is interpreted as the record of the first pulses of mafic magmatism. A monzogranite yields a 2995±15Ma age, older than expected, related to the Serrinha Block. The alkali feldspar granite yields a 2081±3Ma age. The Itiúba Syenite, the Jacurici Complex and pegmatites that crosscut the Complex have similar ages. It shows a very close relationship between all these rocks. Considering the lack of information about the supracrustal sequence that hosts the intrusive alkaline and mafic-ultramafic rocks at the Ipueira and the Medrado areas, it is possible that part of the terrain belongs to the Salvador-Curaçá Belt. We suggest that the Jacurici Complex can be intruded after the tectonic amalgamation of the Serrinha Block and the older part of the Salvador-Curaçá Belt and, therefore, could be hosted by both terrains.
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Geologia e petrologia das rochas riolíticas do Cerro Ana Dias, Região de Quitéria, Sudeste do RSOliveira, Diego Skieresz de January 2015 (has links)
As manifestações vulcânicas e sub-vulcânicas riolíticas do Neoproterozoico do sul do Brasil são correlacionados a um intenso magmatismo ácido, ligados à diferentes associações petrotectônicas do Escudo Sul-Rio-Grandense. Uma porção deste vulcanismo ocorre no Cinturão Dom Feliciano, associado ao Batólito de Pelotas, e é resultante de episódios magmáticos vinculados à ambientes pós-colisionais relacionados com os estágios finais do Neoproterozoico no sul do Brasil. O Riolito Ana Dias é a principal ocorrência sub-vulcânica deste vulcanismo e está situado na região de Quitéria, na parte central do Rio Grande do Sul. O magmatismo ácido tem sido comumente associado com as fases mais diferenciadas das suítes graníticas durante os estágios finais de evolução do Batólito de Pelotas. O Riolito Ana Dias é caracterizado como um corpo intrusivo, constituído por rochas que apresentam textura porfirítica à seriada, variando para termos equigranulares finos. Novas idades U-Pb obtidas em zircões indicam uma idade de cristalização de 581,9 ± 1,9 Ma para estes riolitos. Dados geoquímicos caracterizam as rochas riolíticas como sendo da série alcalina. Apresentam um caráter metaluminoso a peraluminoso com teores elevados de SiO2, álcalis, FeOt/FeOt+MgO e índice agpaítico e baixos conteúdos de Al2O3, CaO e MgO. Os valores de Zr, Rb, Y, Nb e Ga são moderados em comparação com os conteúdos relativamente baixos de Ba e Sr. Estas características geoquímicas de elementos maiores e traços são comuns em magmas ácidos de afinidade alcalina, com caráter dominantemente metaluminoso. O padrão de alguns elementos-traços e ETR é caracterizado por um enriquecimento em elementos mais incompatíveis, o que juntamente com a anomalia negativa em Ba, o leve enriquecimento em Ce em relação aos elementos adjacentes e o enriquecimento de K2O e Rb em relação ao Nb, sugerem magmas derivados de fontes mantélicas, enriquecidas em elementos incompatíveis com alguma forma de participação crustal. As características químicas são semelhantes com as de magmatismo granítico do tipo A, relacionado a ambientes pós-colisionais. Os dados litoquímicos obtidos indicam uma vinculação genética com as rochas graníticas mais diferenciadas da Suíte Dom Feliciano do Batólito Pelotas, associadas ao magmatismo Neoproterozoico pós-colisional do Escudo Sul-Rio-Grandense. / Neoproterozoic volcanic and subvolcanic rhyolitic systems in southernmost Brazil are correlated with acid magmatism linked to different petrotectonic associations of the Sul-Rio-Grandense Shield. A portion of this volcanism in the Dom Feliciano Belt is associated with the Pelotas Batholith, which resulted from magmatic episodes associated with the Ediacaran post-collisional evolution of southern Brazil. Ana Dias Rhyolite is the main subvolcanic occurrence of this volcanism that took place in the Quitéria region, in the central part of Rio Grande do Sul State. The acid magmatism has been commonly associated with the most differentiated granite suite phases during the final stages of emplacement of the Pelotas Batholith. The Ana Dias Rhyolite is characterized as an intrusive body with rocks that present a porphyritic to seriated texture and a gradational variation to fine-grained equigranular rocks. New zircon U-Pb dating indicates crystallization age of 581.9 ± 1.9 Ma for the Ana Dias Rhyolite. Geochemistry data characterize the rhyolites as belonging to the alkaline series; they present a metaluminous to peraluminous character; elevated SiO2 and alkali concentrations, high FeOt/FeOt+MgO ratios and agpaitic index; and low Al2O3, CaO, and MgO contents. The Zr, Rb, Y, Nb, and Ga concentrations are moderate when compared with the relatively low Ba and Sr contents. These geochemistry characteristics are common in acid magmas with alkaline affinity. The behavior of certain trace elements and REE demonstrate enrichment in more incompatible elements, in addition to the negative anomaly of Ba, the slight enrichment in Ce relative to adjacent elements, as well as the enrichment in K2O and Rb relative to Nb, suggesting magmas derived from mantle sources enriched in incompatible elements with some crustal contamination. The chemical characteristics are similar to those of A-type granites associated with Neoproterozoic post-collision magmatism in the Sul-Rio-Grandense Shield.
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Geologia, geocronologia, petrologia e metalogênese do prospecto Cu-Mo Yanac, ICA, PERUCollado Medina, Carlos Javier 05 May 2014 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Geologia. 2014. / Submitted by Ana Cristina Barbosa da Silva (annabds@hotmail.com) on 2014-10-21T19:37:09Z
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2014_CarlosJavierColladoMedina.pdf: 8335328 bytes, checksum: 39b3153448adfd68f93ab40468edc550 (MD5) / O prospecto Yanac está localizado no nordeste de Chincha Alta, Ica, Peru, na superunidade Incahuasi, dentro do segmento Arequipa do batólito costeiro de Peru e na extremidade noroeste da faixa metalogenética de cobre do Cretáceo Superior dos Andes. Três principais rochas graníticas, contemporâneas com enclaves e diques interminerais diorito-gabróicos, dioríticos e monzodioríticos foram definidas no prospecto Yanac. Primeiramente, a rocha hospedeira do sistema porfirítico Yanac, com idade U/Pb em zircão de 70,6 ± 1,0 Ma, é um granodiorito equigranular com granulação média a grossa, pertencente à superunidade Incahuasi do batólito costeiro. Com uma diferença desprezível de edade e um erro dentro de 1 Ma., ambos, O granodiorito Incahuasi é intrudido por um granodiorito porfirítico, com granulação fina a média, com idade U/Pb em zircão de 71,0 ± 1,0 Ma, e por um granodiorito-diorito porfirítico, com granulação média a grossa, com idade U/Pb em zircão de 67,75 ± 0,80 Ma. Diques traquidacíticos e basálticos cortam as rochas graníticas. Eles são pós-mineralização e podem estar relacionados com os eventos de alojamento do batólito costeiro. O granodiorito Incahuasi, o granodiorito porfirítico e o granodiorito-diorito porfirítico possuem características petrográficas de magmas oxidados. Geoquimicamente, as rochas graníticas, os diques interminerais e enclaves que ocorrem nos granitos possuem composição cálcio-alcalina, metaluminosa, de magmas do tipo I de arcos vulcânicos. Eles possuem biotita primária de composição annita-flogopita, compatível com biotita de magmas de suítes orogênicas cálcio-alcalinas, e anfibólio no campo da magnésio-hornblenda. O dique basáltico é geoquimicamente semelhante a magmas do tipo-I, enquanto o dique traquidacítico possui características geoquímicas de magmas do tipo S. Valores de εHf(T) entre -0,28 e +6,65 e de Hf TDM entre 460 e 740 Ma para o granodirito porfirítico e granodiorito-diorito porfirítico, juntamente com εNd(t) entre -1,11 e 1,72, e 87Sr/86Sr entre 0,70450 e 0,70472, e valores de Nd TDM entre 520 e 850 Ma para o granodiorito Incahuasi, granodiorito porfirítico, granodiorito-diorito porfirítico, diques interminerais, enclaves e diques basálticos, sugerem derivação de manto subcontinental, com restritos componentes crustais de sedimentos oceânicos reciclados ou embasamento Pré-Cambriano, e semelhante tendência de evolução. O dique traquidacítico possui εNd(t) de -2,33, 87Sr/86Sr de 0,70778 e Nd TDM de 850 Ma, coerentes com derivação na crosta superior. As rochas graníticas foram submetidas a diferentes tipos de alteração hidrotermal no prospecto Yanac. A alteração propilítica é menos enriquecida em Cu-Mo e circunscrita às zonas laterais do sistema. É caracterizada por vênulas designadas de subtipo A1, com quartzo-clorita-albita-carbonatos-pirita±calcopirita; A2, com pirita-quartzo±calcopirita±molibdenita; e A3, com assembleias de K-feldspato-epidoto-clorita-pirita±calcopirita. A alteração fílica é mais central e mais enriquecida em Cu-Mo. É caracterizada por diferentes tipos de vênulas. O primeiro, caracterizado como fraca alteração filica cortada por expressivos stockworks, representados pelas vênulas do subtipo B1, com assembleia de quartzo-pirita-calcopirita-molibdenita e fraco halo de alteração de sericita-albita; B2, com quartzo-sericita e halo de albita, com sutura de pirita-molibdenita-calcopirita±K-feldspato; B3, com sericita-clorita-quartzo-pirita±calcopirita; e B4, com quartzo-pirita e com um bem pronunciado halo de sericita atingindo até 2 cm de espessura; e o segundo, caracterizado como forte alteração fílica, representada pelas vênulas do tipo B5, com quartzo-sericita-pirita±albita, destrói completamente a textura original da rocha. Uma zona restrita, contendo brecha hidrotermal, pode ser caracterizada por fraca alteração fílica, pela similaridade da assembleia de alteração e mineralização com o evento B. A alteração mais jovem observada é dominada por vênulas locais designadas C1, com associação de laumontita-quartzo-adulária. O granodiorito-diorito porfirítico é interpretado como sendo o responsável pela geração de soluções hidrotermais e enriquecimento em Cu e Mo, por sua intrusão tardia em relação às outras fases pré-existentes, a posição espacial da brecha hidrotermal, presença moderada a pervasiva de stockworks e teores altos de Cu e Mo relacionados à alteração fílica. Processos supergênicos tardios e erosão em Yanac definem uma fina zona de oxidação-lixiviação. Com base no estilo da mineralização, rocha hospedeira, metais, alteração hidrotermal e minerais metálicos, o prospecto Yanac é interpretado como semelhante a depósitos do tipo Cu(-Mo) pórfiro. Considerando-se a mineralização como tendo a idade mínima de 67,75 ± 0,80 Ma., Yanac situa-se no cinturão cuprífero peruano do Cretáceo Superior. Recomenda-se investigação nas porções mais profundas do prospecto, com o objetivo de verificar a existência de assembleias hidrotermais de alta temperatura e possíveis teores mais elevados de metais. Concentrações econômicas de Cu-Mo na transição pórfiro-epitermal em Yanac e regiões vizinhas também devem ser consideradas. À medida que mais ocorrências e depósitos sejam estudados ao longo do cinturão metalogenético do Cretáceo Superior dos Andes Centrais, no sul do Peru, é possível que outros depósitos de Cu-Mo ± Au sejam descritos com características semelhantes às de Yanac. _________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The Yanac prospect is located at northeast of Chincha Alta, Ica Region, Peru, in the Arequipa segment of the coastal batholith of Peru and in the northwestern end of the late Cretaceous copper metallogenic belt of the Andes. Three major granitic rocks, contemporaneous with gabbroic diorite-diorite-monzodiorite intermineral dykes and enclaves, were defined at Yanac prospect. The host rock of the Yanac porphyritic system, with U/Pb zircon age of 70.6 ± 1.0 Ma, is a medium to coarse-grained equigranular granodiorite from the Incahuasi superunit of the coastal batholith. With an inconsiderable difference age and error within of 1 Ma., both, the Incahuasi granodiorite is intruded by a fine to medium-grained porphyritic granodiorite, with U/Pb zircon age of 71.0 ± 1.0 Ma, and by a medium to coarse-grained porphyritic granodiorite-diorite, with U/Pb zircon age of 67.75 ± 0.80 Ma. Finally, trachydacite and basaltic dykes cut the porphyry system. They are post-mineralization and could be related with the emplacement events of the coastal batholith. The Incahuasi granodiorite, the porphyritic granodiorite and the porphyritic granodiorite-diorite have petrographic characteristics of oxidized magmas. Geochemically, the granitic rocks, the dykes and the enclaves that occur in the granites have calc-alkaline and metaluminous composition, similar to I-type magmas from volcanic arcs. They have primary annite-phlogopite biotite, compatible with calc-alkaline orogenic suites, and magnesium-hornblende amphiboles. The basaltic dyke is geochemically similar to I-type magmas, while the trachydacitic dyke has S-type magma signature. Values of εHf(T) from -0.28 to +6.65 and Hf TDM from 460 to 740 Ma for the porphyritic granodiorite and porphyritic granodiorite-diorite, together with εNd(t) from -1.11 to 1.72, 87Sr/86Sr(i) between 0.70450 and 0.70472, and Nd TDM values from 520 to 850 Ma. for the Incahuasi granodiorite, porphyritic granodiorite, porphyritic granodiorite-diorite, intrusive intermineral dykes, enclaves and basaltic dykes, suggest a subcontinental mantle derivation, with minor crustal component of recycled oceanic sediments or precambrian basement, and a similar evolution trend. They are considered as the source of magmas and of Cu-Mo metals. The trackydacite dyke has εNd(t) of -2.33, 87Sr/86Sr(i) of 0.70778 and TDM of 850 Ma., coherent with derivation from the upper crust. The granitic rocks underwent different types of hydrothermal alteration at Yanac. A less enriched Cu-Mo propylitic alteration is mostly restricted to lateral zones and is characterized by A1 subtype veinlets with quartz-chlorite-albite-carbonates-pyrite±chalcopyrite; A2, with pyrite-quartz±chalcopyrite±molybdenite; and A3, with K-feldspar-epidote-chlorite-pyrite±chalcopyrite assemblages. A more Cu-Mo enriched central phyllic alteration in the system is characterized by different subtypes of veinlets. First, by a weak phyllic alteration, with high stockwork intensity, represented by B1 subtype veinlets, composed of quartz-pyrite-chalcopyrite-molybdenite, and weak alteration halo of sericite-albite; B2, with quartz-sericite, and albite halo, and pyrite-molybdenite-chalcopyrite±K-feldspar suture; B3, with sericite-chlorite-quartz-pyrite±chalcopyrite; and B4, with quartz-pyrite with a very pronounced sericite halo reaching up to 2 cm thick; and second, by a strong phyllic alteration, represented by B5, with quartz-sericite-pyrite±albite veinlets, that completely destroy the original texture of the rock. The hydrothermal breccia may be characterized by a weak phyllic alteration by its similarity of alteration and mineralization assemblage in event B. The latest veins observed are dominated by local C1 veinlets, with laumontite-quartz-adularia association. The porphyritic granodiorite-diorite is interpreted as the responsible for the generation of hydrothermal solutions and Cu and Mo enrichment, by its later emplacement, the spatial position of the hydrothermal breccia, moderate to pervasive stockwork structures and higher Cu and Mo values related to the phyllic alteration. Subsequent supergenic process and erosion at Yanac define a thin oxidation-leached zone. Based on the style of the mineralization, the host rock, the metals, the hydrothermal alteration and the metallic minerals, Yanac is interpreted as similar to porphyry Cu(-Mo) deposits. Considering the mineralization as having the minimum age of 67.75 ± 0.80 Ma, it is situated within the upper Cretaceous metallogenic copper belt of the Peruvian Andes. Investigation in deeper parts of the prospect is encouraged, in order to verify the existence of high temperature hydrothermal assemblages and possible higher metal concentrations. Economic concentrations of Cu-Mo in the transition porphyry-epithermal at Yanac and nearby should also be considered. It is possible that as more deposits are studied along the metallogenetic late Cretaceous belt of the Central Andes, in southern Peru, other Cu-Mo±Au deposits with characteristics similar to Yanac are described.
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Geologia do Terreno Paranaguá / Geology of Paranaguá TerraneLeonardo Fadel Cury 25 June 2009 (has links)
O Terreno Paranaguá é composto por unidades geológicas pré-cambrianas distribuídas ao longo de uma faixa alongada segundo a direção NE-SW, com cerca de 250 Km de extensão, tendo em média 30 km de largura. Ocupa a porção sul sudeste do território brasileiro, abrangendo os Estados de São Paulo (Terreno Paranaguá Setentrional), Paraná e Santa Catarina (Terreno Paranaguá Meridional). Esse terreno é constituído em grande parte por um complexo ígneo, representado pelas suítes Morro Inglês, Rio do Poço e Canavieiras-Estrela. Como encaixantes desses granitos l.s., ocorrem rochas gnáissicas e gnáissico-migmatíticas do Complexo São Francisco do Sul e rochas metassedimentares da Sequência Rio das Cobras. A Suíte Morro Inglês apresenta assinaturas litoquímicas condizentes com rochas graníticas formadas em arco magmático, apresentando caráter cálcio-alcalino de alto K a shoshoníticos, com conteúdos relativamente altos de Ba, Nb, Zr, Rb, Sr, Th e K2O. Este padrão é semelhante ao observado em ambientes sin a tardi-colisionais, associados a arcos-magmáticos maduros, com fontes modificadas pela contaminação crustal. A Suíte Canavieiras-Estrela é constituída por quartzo-monzodioritos, leuco-granodioritos e monzogranitos, com termos porfiríticos e inequigranulares, com máficos representados por biotita ± anfibólio. Comparativamente, as rochas da Suíte Morro Inglês apresentam maiores valores de \'K IND.2 O\' e menores de \'Na IND.2 O\' do que as rochas da Suíte Canavieiras-Estrela. Ambas as suítes apresentam importantes variações de Ba e Sr, altos valores de Rb e Zr, médios a altos valores de Nb e Y. As rochas da Suíte Rio do Poço podem ser individualizadas em duas unidades distintas, com diferenças petrográficas e litogeoquímicas. Os sienogranitos rapakivi apresentam características compatíveis com granitos do tipo A, metaluminosos a marginalmente peraluminosos. Porém, tal interpretação não parece adequada para os leucogranitos com duas micas desta suíte, que apresentam caráter marginalmente peraluminoso, com termos mais empobrecidos em ETRP, sem anomalia negativa de Eu. Os dados petrográficos e, principalmente, estruturais sugerem que a colocação das suítes Morro Inglês, Canavieiras-Estrela e Rio do Poço ocorreram durante um estágio tardio do período colisional. As idades U-Pb (zircão) dessas suítes são bastante próximas, não permitindo uma separação clara das mesmas. Observa-se uma grande concentração de idades no intervalo 600-580 Ma, representando o principal período do magmatismo no Terreno Paranaguá. Com menor freqüência, valores mais antigos do intervalo de 620-610 Ma foram obtidos nas três suítes, sugerindo a presença de um magmatismo relativamente precoce na evolução desse terreno. As idades U-Pb (zircão) obtidas em bordas de cristais, bem como em veios leucograníticos tardios, distribuem-se no intervalo 560-480 Ma. Essas idades devem estar associadas a importantes eventos termotectônicos do Cambro-Ordoviciano, relacionados a Orogenia Rio Doce. Os metassedimentos da Sequência Rio das Cobras ocorrem como faixas alongadas e pouco expressivas. Na porção meridional do Terreno Paranaguá, ocorrem paragêneses fácies xisto verde, zona da biotita (Serra da Prata PR), enquanto nas porções central e setentrional ocorrem paragêneses fácies anfibolito, podendo atingir fácies granulito em associações com cianita-granada-silimanitafeldspato alcalino (Guaraqueçaba PR e Iguape -SP). Análises U-Pb em zircão dos gnaisses de alto grau caracterizam idades concentradas no intervalo 1,8-2,1 Ga. Os pontos analíticos realizados nas bordas de zircão caracterizam idades de 611 ± 39 Ma. Idades U-Pb em monazitas caracterizam um intervalo relativamente mais jovem em 599 ± 5 Ma, provavelmente associado ao pico metamórfico. O Complexo São Francisco do Sul é representado por gnaisses compostos por dioritos, quartzomonzodioritos, granodioritos, trondhjemitos e monzogranitos. Na região de Guaratuba e Guaraqueçaba (Terreno Paranaguá Central) são freqüentes as feições de migmatização, com leucossomas graníticos com granada e turmalina. Análises U-Pb caracterizam períodos de cristalização do zircão no Paleoproterozóico (2.173 ± 18 Ma), Neoproterozóico (626 ± 25 Ma) e Cambro-Ordoviciano (510-490 Ma). O balizamento do Terreno Paranaguá com as microplacas Luis Alves e Curitiba é tectônico, caracterizado pelas zonas de cisalhamento transcorrentes Palmital e Alexandra em sua porção meridional, e zonas de cavalgamento Serra Negra e Icapara em sua porção setentrional. As zonas de cisalhamento transcorrentes Palmital e Alexandra (Terreno Paranaguá Meridional) apresentam cinemática sinistral com componente obliqua, caracterizada pela coexistência de lineações strike slip e down dip. As zonas de cisalhamento Serra Negra e Icapara representam uma grande frente de colisão, localizada no Terreno Paranaguá Setentrional. Apresentam vergências para nor noroeste e componentes obliquas (lineações strike slip e down dip). A transição dessas duas tectônicas distintas se faz por falhas de abatimento, com direções N-S ou NNW-SSE, estando ambas associadas a um regime transpressivo com características de rampa lateral. Os padrões estruturais observados sugerem que a colocação do Terreno Paranaguá Setentrional é relacionada a uma tectônica de nappes com rumo nor noroeste. Esta colisão está provavelmente inserida no contexto de aglutinação da porção oeste do Supercontinente Gondwana, durante o Neoproterozóico. / The Paranaguá Terrane is composed of precambrian geological units distributed in a NE-SW elongated swath, about 250 km long and 30 km wide, in south-southeastern Brazil, within the States of São Paulo (Nothern Paranaguá Terrane), Paraná and Santa Catarina (Southern Paranaguá Terrane). This terrane is constituted mainly by an igneous complex, represented by the Morro Inglês, Rio do Poço and Canavieiras-Estrela suites. The country rocks of these l.s. granites are gnaissic and gnaissic-migmatitic rocks of the São Francisco do Sul Complex and metassedimentary rocks of the Rio das Cobras Sequence. Lithochemical signatures of the Morro Inglês Suite are compatible with arc magmatic-generated granitic rocks, with high-K to shoshonitic calc-alkaline character and relatively high contents of Ba, Nb, Zr, Rb, Sr, Th and K2O. This pattern resembles the one observed in sin- to late-collisional environments related to mature magmatic arcs, with sources modified by crustal contamination. The Canavieiras-Estrela Suite is composed of quartz-monzodiorites, leucogranites and monzogranites, with porphyritic and inequigranular rocks, with mafics represented by biotite ± anfibole. Comparativily, the Morro Inglês Suite rocks present higher values of \'K IND.2 O\' and smaller values of \'Na IND.2 O\' than the rocks of the Canavieiras-Estrela Suite. Both suites show important variations of Ba and Sr, high values of Rb and Zr, and medium-to-high values of Nb and Y. Two distinct rock units can be individualized in the Rio do Poço Suite, based on petrographical and lithogeochemical differences. The rapakivi sienogranites characteristics are compatible with metaluminous to marginally peraluminous type A granites. Such interpretation does not seem adequate for the two-mica leucogranites in this suite, which present a marginally peraluminous character, with HREE-depleted rocks, without an Eu negative anomaly. Petrographic and, mostly, structural data suggest that the Morro Inglês, Canavieiras-Estrela and Rio do Poço suites emplacement occurred during a late stage of the collisional event. U-Pb ages (zircon) of these suites are very close and does not allow a clear separation of them. A high concentration of ages between 600-580 Ma represent the main magmatic period of the Paranaguá Terrane. Although less frequent, older ages between 620-610 Ma were obtained in the three suites, suggesting the presence of a relatively early magmatism in this terrane\'s evolution. U-Pb ages (zircon) obtained in crystals borders, as well as in late leucogranitic veins, are distributed between 560-480 Ma. These ages must be related with important thermotectonic events of the Cambro-Ordovician Rio Doce Orogeny. The metassedimentary rocks of the Rio das Cobras Sequence occur as elongated strips, with little areal expression. In the southern portion of the Paranaguá Terrane, green schist (biotite zone) paragenesis are present (Serra da Prata PR), while in the central and northern portions there are afibolite facies paragenesis up to granulite facies in association with kyanite-garnet-sillimanite-K feldspar (Guaraqueçaba - PR e Iguape -SP). U-Pb zircon analysis of the high-grade gneisses show a concentration of ages between 1.8-2.1 Ga. The analytical spots in zircon borders yield ages of 611 ± 39 Ma. U-Pb monazite ages yield a relatively younger interval of 599 ± 5 Ma, probably related with the metamorphic peak. The São Francisco do Sul Complex is represented by gneisses composed of diorites, quartzmonzodiorites, granodiorite, trondhjemites and monzogranites. In the Guaratuba and Guaraqueçaba region (Central Paranaguá Terrane) migmatization features are frequent, with garnet and turmaline-bearing granitic leucosomes. U-Pb analysis yield Paleoproterozoic (2.173 ± 18 Ma), Neoproterozoic (626 ± 25 Ma) and Cambro-Ordovician (510-490 Ma) zircon crystallization ages. The limit of the Paranaguá Terrane with the Luis Alves and Curitiba microplates is tectonic, characterized by the Palmital and Alexandra transcurrent shear zones in its southern portion and by the Serra Negra and Icapara thrusts in its northern portion. Both Palmital and Alexandra transcurrent shear zones (Southern Paranaguá Terrane) present sinistral kinematic with oblique component, marked by the coexistence of strike-slip and down-dip lineations. The Serra Negra and Icapara shear zones represent a large collision front, located in the Northern Paranaguá Terrane, with north-northwest vergence and oblique components (strike-slip and down-dip lineations). The transition between these two distinct tectonic styles is given by N-S or NNW-SSE faults associated with a transpressive regime, with lateral ramp characteristics. The observed structural pattern suggest that the emplacement of the Northern Paranaguá Terrane is due to nappe tectonics towards north-northwest. This collision is probably related with the Neoproterozoic aglutination setting of the western Gondwana Supercontinent.
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Aplicação de métodos radiométricos em minerais diagenéticos de rochas sedimentares siliciclásticasMaraschin, Anderson José January 2008 (has links)
O objetivo principal desta tese foi a avaliação de métodos radiométricos aplicados em minerais diagenéticos potássicos. Procurou-se verificar a sua viabilidade na obtenção de idades referentes a eventos deposicionais e diagenéticos em rochas sedimentares siliciclásticas. O método 40K-40Ar foi aplicado em ilitas diagenéticas presentes nos arenitos fluviais da Formação Guaritas (Bacia do Camaquã, RS). As ilitas diagenéticas foram identificadas por técnicas analíticas convencionais, como petrografia, difração de raios X e microscopia eletrônica de varredura e transmissão, permitindo a separação de diferentes frações granulométricas para datação. As frações maiores (2-6 μm) contendo ilita resultaram em idades mais antigas (ente 521 e 489 Ma), o que pode indicar uma sútil contaminação por minerais detríticos potássicos, derivados dos granitóides sin-tectônicos adjacentes, potencial área-fonte dos arenitos da Formação Guaritas. As frações mais finas (0,1, 0,4 e < 2 μm), provavelmente desprovidas de contaminação, revelaram idades entre 490 e 470 Ma, representativas do processo de ilitização nos arenitos. Estas idades ficaram muito próximas à idade ordoviciana previamente inferida para esta unidade sedimentar. O outro método utilizado foi o 40Ar-39Ar em overgrowths de K-feldspato que ocorrem em abundância nos arenitos-reservatório da Formação Açu (Bacia Potiguar, RN). Esses overgrowths precipitaram em condições de superfície, logo após a deposição do sedimento, de acordo com feições diagnósticas de eodiagênese, tais como cutículas de argilominerais mecanicamente infiltrados ao redor destes. Assim, a idade de 120 Ma obtida nessa feição diagenética indiretamente representa a idade deposicional para os arenitos da Formação Açu. Além disso, estes resultados ficaram muito próximos às idades inferidas (entre 112,9 e 96,9 Ma) pelo seu conteúdo palinológico. Foram obtidas também idades 40Ar-39Ar do K-feldspato detrítico, onde os valores entre 428 e 373 Ma estão muito próximos aos cristais datados de rochas da Província Borborema, embasamento da Bacia Potiguar e fonte dos arenitos da Formação Açu. Este estudo mostra que a aplicação de métodos radiométricos em minerais diagenéticos tem sido usada com sucesso na obtenção de idades diagenéticas e deposicionais em arenitos e assim contribuindo para o melhor entendimento da evolução diagenética de rochas sedimentares siliciclásticas. / The present thesis aimed at the application of radiometric methods to diagenetic mineral phases in order to determine depositional or diagenetic events in siliciclastic sedimentary rocks. The 40K-40Ar method was applied to diagenetic illites from sandstones of the Guaritas Formation (Camaquã basin, south Brazil). Diagenetic illites were initially identified by different analytical procedures such as petrography, X-ray diffraction, scanning and transmission electron microscopy, in order to obtain different size fractions. The obtained ages of around 521 Ma in the 2-6 μm fraction is associated with a slight contamination probably derived from syn-transcurrent granitoids, the potential sources of detritus for the sandstones of the Guaritas Formation. Contamination-free, fine fractions (<0.1, <0.4, and < 2 μm) yielded ages between 490 and 470 Ma, interpreted as the age of the illitization process in these sandstones. The obtained results are close to the previously estimated age for this sedimentary unit. In hydrocarbon reservoir sandstones of the Açu Formation (Potiguar basin, northeast Brazil), the 40Ar-39Ar method was applied to K-feldspar overgrowths. These overgrowths precipitated in near-surface conditions, soon after deposition, as inferred from typical eogenetic features as infiltrated grain coatings around the overgrowths. Thus, the obtained age of around 120 Ma is interpreted as a depositional age for the sandstones of the Açu Formation. Besides, the result is close to the estimated age for the Açu Formation (112.9 to 96.9 Ma) by its palynological content. Ages from detrital K-feldspar grains spread from 428 to 373 Ma, very similar to ages obtained in areas of the Borborema Province, which is the basement of the Potiguar basin and main source area for the sandstones of the Açu Formation. This study highlights that the radiometric methods have been used with success on diagenetic minerals for constraining the timing of depositional and diagenetic events in sandstones, contributing for a better understanding of diagenetic history of siliciclastic sedimentary rocks.
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Geocronologia U-Pb em zircão de rochas intrusivas e de embasamento na região do Vale do Jacurici, Cráton São Francisco, BahiaSilveira, Carlos José Sobrinho da January 2015 (has links)
O Complexo Jacurici, localizado no NE do Craton São Francisco, hospeda o maior depósito de cromita do Brasil. O Complexo é constituído de várias corpos N-S, possivelmente fragmentos de um único grande sill rompido durante deformação. A idade das rochas hospedeiras é assunto de debate. Alguns trabalhos sugerem que está intruso no Bloco Arqueano Serrinha enquanto outros acreditam que é parte do Cinturão Salvador-Curaçá. Mapeamento está em desenvolvimento pela CPRM e FERBASA. Entretanto, poucos dados geocronológicos estão disponíveis para a área específica onde as rochas máfica-ultramáficas afloram. O terreno é dividido em dois segmentos chamados informalmente de paragnaisses e ortognaisses, o último supostamente mais jovem considerando estar menos deformado. Os ortognaisses ocorrem na parte norte do cinturão. Petrografia revelou que alguns dos paragnaisses são álcali-feldspato granitos fortemente milonitizados. Estes afloram relacionadas às bordas da intrusão máfica-ultramáfica na área de Ipueira. Ainda, os ortognaisses consistem, ao menos em parte, de monzogranitos com deformação de baixa temperatura. Datações de zircão por LAM-MC-ICP-MS foram realizadas para cinco amostras consideradas representativas. Apenas três resultaram em boas idades Concordia: uma rocha máfica, um monzogranito e um álcali-feldspato granito. Uma rocha máfica supostamente do embasamento produziu uma idade de 2102±5Ma e é petrograficamente similar aos metanorites descritos no Complexo Jacurici. A rocha é interpretada como registro dos primeiros pulsos do magmatismo máfico. O monzogranito gerou uma idade de 2995±15Ma, sendo mais antigo do que o esperado, relacionado ao Bloco Serrinha. O álcali-feldspato granito produziu uma idade de 2081±3Ma. O Sienito Itiúba e os pegmatitos que cortam o Complexo Jacurici tem idades semelhantes. Isto mostra uma relação muito estreita entre todas estas rochas. Considerando a falta de informações sobre a seqüência supracrustal que hospeda as rochas alcalinas e máfica-ultramáficas intrusivas nas áreas de Ipueira e Medrado, é possível que parte do terreno pertença ao Cinturão Salvador-Curaçá. Sugerimos que o Complexo Jacurici possa ter sido intrudido após a colagem tectônica entre o Bloco Serrinha e a parte mais antiga do Cinturão Salvador-Curaçá e, portanto, poderia ser hospedado por ambos. / The Jacurici Complex, located in the NE of the São Francisco Craton, hosts the largest chromite deposit of Brazil. The Complex is constituted by several N-S bodies, possible fragments of a single larger sill disrupted during deformation. The age of the host rocks is still debatable. Some works suggest it is intruded on the Serrinha Archean Block while others believe it is part of the Salvador-Curaçá Belt. Mapping is under development by CPRM and FERBASA. Nevertheless, few geochronological data is available for the specific area where the mafic-ultramafic rocks outcrop. The terrain is broadly divided in two segments called informally as paragneisses and orthogneisses, the last is supposed to be younger considering it is less deformed. The othogneisses occur at the northern part of the belt. Petrography revealed that some of the believed paragneisses are actually an alkali feldspar granite strongly milonitized. It outcrops closely related to the borders of the mafic-ultramafic intrusion in the Ipueira area. Also, the orthogneisses consist, at least in part, of monzogranites with low temperature deformation. Zircon LAM-MC-ICP-MS dating were performed for five samples considered representative. Just three provided good Concordia ages: one mafic rock, one monzogranite and one alkali feldspar granite. A supposed basement mafic rock produced a 2102±5Ma age and is petrographyly similar to the metanorites described in the Jacurici Complex. The rock is interpreted as the record of the first pulses of mafic magmatism. A monzogranite yields a 2995±15Ma age, older than expected, related to the Serrinha Block. The alkali feldspar granite yields a 2081±3Ma age. The Itiúba Syenite, the Jacurici Complex and pegmatites that crosscut the Complex have similar ages. It shows a very close relationship between all these rocks. Considering the lack of information about the supracrustal sequence that hosts the intrusive alkaline and mafic-ultramafic rocks at the Ipueira and the Medrado areas, it is possible that part of the terrain belongs to the Salvador-Curaçá Belt. We suggest that the Jacurici Complex can be intruded after the tectonic amalgamation of the Serrinha Block and the older part of the Salvador-Curaçá Belt and, therefore, could be hosted by both terrains.
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Geologia e petrologia das rochas riolíticas do Cerro Ana Dias, Região de Quitéria, Sudeste do RSOliveira, Diego Skieresz de January 2015 (has links)
As manifestações vulcânicas e sub-vulcânicas riolíticas do Neoproterozoico do sul do Brasil são correlacionados a um intenso magmatismo ácido, ligados à diferentes associações petrotectônicas do Escudo Sul-Rio-Grandense. Uma porção deste vulcanismo ocorre no Cinturão Dom Feliciano, associado ao Batólito de Pelotas, e é resultante de episódios magmáticos vinculados à ambientes pós-colisionais relacionados com os estágios finais do Neoproterozoico no sul do Brasil. O Riolito Ana Dias é a principal ocorrência sub-vulcânica deste vulcanismo e está situado na região de Quitéria, na parte central do Rio Grande do Sul. O magmatismo ácido tem sido comumente associado com as fases mais diferenciadas das suítes graníticas durante os estágios finais de evolução do Batólito de Pelotas. O Riolito Ana Dias é caracterizado como um corpo intrusivo, constituído por rochas que apresentam textura porfirítica à seriada, variando para termos equigranulares finos. Novas idades U-Pb obtidas em zircões indicam uma idade de cristalização de 581,9 ± 1,9 Ma para estes riolitos. Dados geoquímicos caracterizam as rochas riolíticas como sendo da série alcalina. Apresentam um caráter metaluminoso a peraluminoso com teores elevados de SiO2, álcalis, FeOt/FeOt+MgO e índice agpaítico e baixos conteúdos de Al2O3, CaO e MgO. Os valores de Zr, Rb, Y, Nb e Ga são moderados em comparação com os conteúdos relativamente baixos de Ba e Sr. Estas características geoquímicas de elementos maiores e traços são comuns em magmas ácidos de afinidade alcalina, com caráter dominantemente metaluminoso. O padrão de alguns elementos-traços e ETR é caracterizado por um enriquecimento em elementos mais incompatíveis, o que juntamente com a anomalia negativa em Ba, o leve enriquecimento em Ce em relação aos elementos adjacentes e o enriquecimento de K2O e Rb em relação ao Nb, sugerem magmas derivados de fontes mantélicas, enriquecidas em elementos incompatíveis com alguma forma de participação crustal. As características químicas são semelhantes com as de magmatismo granítico do tipo A, relacionado a ambientes pós-colisionais. Os dados litoquímicos obtidos indicam uma vinculação genética com as rochas graníticas mais diferenciadas da Suíte Dom Feliciano do Batólito Pelotas, associadas ao magmatismo Neoproterozoico pós-colisional do Escudo Sul-Rio-Grandense. / Neoproterozoic volcanic and subvolcanic rhyolitic systems in southernmost Brazil are correlated with acid magmatism linked to different petrotectonic associations of the Sul-Rio-Grandense Shield. A portion of this volcanism in the Dom Feliciano Belt is associated with the Pelotas Batholith, which resulted from magmatic episodes associated with the Ediacaran post-collisional evolution of southern Brazil. Ana Dias Rhyolite is the main subvolcanic occurrence of this volcanism that took place in the Quitéria region, in the central part of Rio Grande do Sul State. The acid magmatism has been commonly associated with the most differentiated granite suite phases during the final stages of emplacement of the Pelotas Batholith. The Ana Dias Rhyolite is characterized as an intrusive body with rocks that present a porphyritic to seriated texture and a gradational variation to fine-grained equigranular rocks. New zircon U-Pb dating indicates crystallization age of 581.9 ± 1.9 Ma for the Ana Dias Rhyolite. Geochemistry data characterize the rhyolites as belonging to the alkaline series; they present a metaluminous to peraluminous character; elevated SiO2 and alkali concentrations, high FeOt/FeOt+MgO ratios and agpaitic index; and low Al2O3, CaO, and MgO contents. The Zr, Rb, Y, Nb, and Ga concentrations are moderate when compared with the relatively low Ba and Sr contents. These geochemistry characteristics are common in acid magmas with alkaline affinity. The behavior of certain trace elements and REE demonstrate enrichment in more incompatible elements, in addition to the negative anomaly of Ba, the slight enrichment in Ce relative to adjacent elements, as well as the enrichment in K2O and Rb relative to Nb, suggesting magmas derived from mantle sources enriched in incompatible elements with some crustal contamination. The chemical characteristics are similar to those of A-type granites associated with Neoproterozoic post-collision magmatism in the Sul-Rio-Grandense Shield.
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Petrologia e geocronologia do complexo máfico-ultramáfico trincheira, sudoeste do cráton amazônico: implicações tectônicas do mesoproterozóicoRizzotto, Gilmar Jose January 2012 (has links)
A ambiência geotectônica das rochas máfico-ultramáficas do sudoeste do Cráton Amazônico é, de uma maneira geral, pouco conhecida. A maioria dos trabalhos desta porção cratônica está enfocada nos estudos geocronológicos em granitóides, de modo que pouco se sabe sobre a origem e significado tectônico destas rochas. Neste contexto, esta pesquisa buscou contribuir para o conhecimento da evolução geotectônica do sudoeste do Cráton Amazônico, através da caracterização de um complexo ofiolítico Mesoproterozóico, correspondente ao Complexo Trincheira, de idade Calimiana. Desta forma, uma nova proposta de modelo tectônico é aqui apresentada, a qual explica muitas das características anteriormente enigmáticas da história Pré-cambriana desta área-chave e possibilita outras alternativas para a reconstrução do supercontinente Columbia. O ofiolito Trincheira é composto de rochas extrusivas (anfibolitos derivados de basaltos maciços e almofadados), intrusivas máfico-ultramáficas, chert, formação ferrífera bandada, pelitos, psamitos e pequena proporção de rochas cálcio-silicáticas. A composição geoquímica das rochas extrusivas e intrusivas máfico-ultramáficas mostra semelhanças com os basaltos toleiíticos modernos, as quais possuem moderado a forte fracionamento de elementos terras-raras leves, padrão quase horizontal dos elementos terras-raras pesados e moderada a forte anomalia negativa dos elementos de alto campo de força (especialmente Nb), uma assinatura geoquímica típica de zona de subducção. As unidades basais do ofiolito Trincheira são quimicamente similares aos modernos basaltos de cadeia meso-oceânica (MORB). Esse comportamento químico muda para as unidades de topo as quais apresentam uma assinatura similar aos toleiítos de arco-de- ilha (IAT). Portanto, o ofiolito Trincheira deve ter sido originado em um ambiente intra-oceânico de supra-subducção composto de um sistema de arco/retro-arco. Os dados isotópicos de Sm, Nd e Sr para essas rochas indicam valores iniciais de Nd de moderados a altamente positivos (+2.6 a +8.8) e muito baixa razão inicial de 87Sr/86Sr (0,7013 – 0,7033), sugerindo que esses magmas foram originados a partir de uma fonte mantélica empobrecida e nada ou fracamente contaminados por componentes de subducção. O complexo ofiolítico foi deformado, metassomatizado e metamorfisado durante o desenvolvimento da Faixa Móvel Guaporé, um orógeno acrescionário-colisional Mesoproterozóico (1,47-1,35 Ba), constituído pela zona de sutura Guaporé, a qual une o Cráton Amazônico com o Bloco Paraguá. A fase colisional que marca o encaixe final dessas duas massas continentais ocorreu por volta de 1,35 Ba, onde o metamorfismo atingiu temperaturas entre 780 a 853°C nos granulitos máficos e 680 a 720°C nos anfibolitos, com pressão média de 6,8 kbar. A sutura Guaporé foi reativada no final do Mesoproterozóico e evoluiu para a abertura de um rift intracontinental, com a sedimentação das rochas dos Grupos Nova Brasilândia e Aguapeí, o qual marca a fragmentação final do supercontinente Columbia, por volta de 1,3-1,2 Ba. Granulitos máficos, anfibolitos e trondhjemitos da porção meridional do Cinturão Nova Brasilândia, representativos da última fase compressional que afetou o sudoeste do Cráton Amazônico, forneceram idades U-Pb de 1110 Ma, as quais datam o metamorfismo de alto grau e o fechamento do rift, processo resultante da acresção do microcontinente Arequipa-Antofalla ao Cráton Amazônico. Portanto, a fragmentação do supercontinente Columbia foi seguida rapidamente pela aglomeração de outras massas continentais, formando o supercontinente Rodínia, por volta de 1100 Ma. / The tectonic framework of the ultramafic-mafic rocks of the southwestern Amazon Craton is generally little known. Most of work this cratonic portion is focused on the geochronological studies of granitoids, so that little is known about the origin and tectonic significance of these rocks. In this context, this study contributes to the knowledge of the tectonic evolution of the southwestern Amazon Craton, through the characterization of a Mesoproterozoic ophiolitic complex, corresponding to the Trincheira Complex of Calymmian age, and propose a tectonic model that explains many previously enigmatic features of the Precambrian history of this key craton, and discuss its role in the reconstruction of the Columbia supercontinent. The complex comprises extrusive rocks (fine-grained amphibolites derived from massive and pillowed basalts), mafic-ultramafic intrusive rocks, chert, banded iron formation, pelites, psammitic and a smaller proportion of calc-silicate rocks. The geochemical composition of the extrusive and intrusive rocks indicates that all noncumulus mafic-ultramafic rocks are tholeiitic basalts. These rocks display moderately to strongly fractionation of light rare earth elements (LREE), near-flat heavy rare earth elements (HREE) patterns and moderate to strong negative high field strength elements (HFSE) anomalies (especially Nb), a geochemical signature typical of subduction zones. The lowest units of the Trincheira ophiolite are similar to the modern mid-ocean ridge basalt (MORB). This behavior changes to an island arc tholeiites (IAT) signature in the upper units of the Trincheira ophiolite. Therefore, the Trincheira ophiolite appears to have originated in an intraoceanic supra-subduction setting composed of an arc-back-arc system. Mafic-ultramafic rocks of the Trincheira ophiolites display moderate to highly positive initial Nd values of +2.6 to +8.8 and very low values for the initial 87Sr/86Sr ratio (0.7013 - 0.7033). It is suggested that these magmas originated from a depleted mantle source, which experienced low degree of contamination by variable subduction components. The ophiolitic sequence was deformed, metasomatized and metamorphosed during the development of the Alto Guaporé Belt, a Mesoproterozoic accretionary-collisional orogen that represents the Guaporé suture zone. Metamorphism was pervasive and reached temperatures of 780-853°C in mafic granulites and 680-720°C in amphibolites under an overall pressure of 6.8 kbar. The Guaporé suture zone is defined by the ESE–WNW trending mafic-ultramafic belt formed during a Mesoproterozoic (ca. 1.47-1.43 Ga) accretionary phase, and overprinted by upper amphibolite-granulite facies metamorphism during collisional phase in the Ectasian (~1.35 Ga), which mark the docking final of the Amazon craton and Paraguá Block. This suture was reactivated and evolved from the development of an intracontinental rift environment, represented by Nova Brasilândia and Aguapeí Groups, which mark the final breakup of the supercontinent Columbia in the late Mesoproterozoic (ca. 1.3-1.2 Ga). Mafic granulites, amphibolites and trondhjemites in the northernmost portion of the Nova Brasilândia belt yield U-Pb zircon ages ca. 1110 Ma, which dates the high-grade metamorphism and the closure of the rift, due to the accretion of the Arequipa-Antofalla basement to the Amazon craton. Therefore, the breakup of supercontinent Columbia was followed in short sequence by the assembly of supercontinent Rodinia at ca. 1100 Ma.
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Metodologias isotópicas Sr87/Sr86, δC13 e δO18 em estudos geológicos e arqueológicosMachado, Márcia Corrêa January 2013 (has links)
Esta tese foi desenvolvida com o objetivo de propor metodologias para análises isotópicas de Sr com quantidades reduzidas de amostras e ácidos, com aplicações em foraminíferos, carbonatos e conchas continentais. Uma abordagem metodológica às análises isotópicas de Sr envolvendo microfósseis em estudos geológicos de bacias sedimentares distintas, com uma nova proposta de metodologia em comparação às usuais já em rotina, é discutida, bem como os resultados encontrados. Um valor de consenso para o NBS-987 é proposto. A quimioestratigrafia isotópica de Sr, C e O é aplicada ao estudo de carbonatos de uma bacia sedimentar petrolífera da Venezuela. A ênfase é dada à discussão dos isótopos radiogênicos de Sr aplicados à estratigrafia isotópica, e aos isótopos estáveis C e O, aplicados a variações climáticas e definição do ambiente de deposição da seção em estudo. Foi possível caracterizar um aumento da razão de Sr87/Sr86 por carreamento de Sr continental em um mar restrito, onde se instalou a Bacia do Maracaibo. Os dados δO18 e δC13 apontam para dois grupos (clusters) e variam de -3,76 a -11, e de -1,75 a -13,87, respectivamente. Um dos clusters (de δC13 = -2,5 ± 1,0 e de δ18O = -10,0 ± 1,5) ilustra a deposição marinha homogênea em condições tropicais, enquanto o segundo cluster reflete a ciclicidade provocada pela circulação do oceano Atlântico com água de mais fria ou clima com tendência de resfriamento. Os valores δC13 entre -2,5 ± 1,0 não se encaixam com a excursão significativa do isótopo de carbono como esperado para o evento anóxico oceânico (OAE). Na última parte deste trabalho, as razões isotópicas de Sr87/Sr86, C13/C12 e O18/O16 são aplicadas à Arqueologia. Um estudo envolvendo os resultados destes isótopos em conchas carbonáticas de três sítios arqueológicos distintos da Província Arqueológica de Lagoa Santa, em Minas Gerais, é apresentado e discutido. A aplicação da técnica de isótopos de estrôncio para estudos de migração em humanos e animais de sítios arqueológicos é revisada. / This thesis has been developed in order to propose methods for isotopic analysis of Sr with small amounts of samples and acids applied to forams, carbonate rocks and continental shells. A methodological approach to the Sr isotopic analyzes involving microfossils in geological studies of distinct sedimentary basins, with a proposed new methodology as compared to the usual routine is discussed, as well as the results. A consensus value for the NBS-987 is proposed. The chemostratigraphy isotopic Sr, C and O is applied to the study of carbonates from the hydrocarbon producing Maracibo Basin, Venezuela. Radiogenic Sr isotopes applied to high resolution stratigraphy and C and O stable isotope applied to climate variation and definition of depositional environment are herein discussed for the studied section. Higher 87Sr/86Sr ratios are present as result of influxo of continental Sr in a restricted sea, where formed the Maracaibo Basin. δ18O e δ13C data are divided in two groups (clusters) ranging from -3,76 to -11 and from -1,75 to -13,87, respectively. The main cluster (δ13C = -2,5 ± 1,0 and δ18O = -10,0 ± 1,5) suggests a homogeneous marine depositon under tropical conditions, whereas the second one reflects a cyclicity associted with Atlantic ocean circulation with cololer water or clima with cooling trend. δ13C values between -2,5 ± 1,0 do not support the so-called global Ocean Anoxic Event OAE3. The emphasis is on discussion and review of stable isotopes of C and O and the possible events that would be related to the last event of the anoxic Cretaceous period known as abbreviated OAE3. In the last part of this work, the isotopic ratios of 87Sr/86Sr, 18O/16O and 13C/12C are applied to archeology. A study of the results of these isotopes in carbonate shells of three distincts archaeological Provincial Archaeological Lagoa Santa, in Minas Gerais, is presented and discussed. The application of the technique of strontium isotopes for migration studies in humans and animals from archaeological sites is reviewed.
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Geocronologia, geoquímica isotópica Re-Os e elemental em folhelhos pirobetuminosos da Formação Ipubi, Bacia do AraripeSILVA, Thales Lúcio Santos da 19 May 2017 (has links)
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DISSERTAÇÃO Thales Lúcio Santos da Silva.pdf: 1336198 bytes, checksum: 4466dbd9b3976b626f7273e524f174f8 (MD5)
Previous issue date: 2017-05-19 / CNPq / A Formação Ipubi corresponde à unidade litoestratigráfica do Grupo Santana que contém os folhelhos pirobetuminosos subjacentes aos evaporitos. O principal objetivo do trabalho foi a datação dos folhelhos pelo método Re-Os como forma de se obter idade absoluta da sua deposição, uma vez que os mesmos só possuem dados de datação relativa. Além disso, também foram determinados elementos químicos maiores, menores e traços para uma melhor compreensão das condições deposicionais. Os folhelhos foram analisados utilizando espectrometria de fluorescência de raios X para a análise de elementos maiores e traços e espectrometria de massas com ionização térmica (Thermal Ionization Mass Spectrometry – TIMS) para a determinação de isótopos de Re e Os. Dessa forma, obtiveram-se resultados a partir de parâmetros geoquímicos e isotópicos sugerindo que a incursão marinha na Bacia do Araripe iniciou-se com a deposição dos folhelhos da Formação Ipubi e não pelos sedimentos da Formação Romualdo. A partir das correlações entre os elementos químicos na forma de óxidos e normalização pelo NASC, os resultados obtidos pela geoquímica elemental sugerem que essas rochas são compostas por calcita, argilominerais (ilita, esmectita), feldspato alcalino, quartzo, apatita, celestita e sulfetos (esfalerita, pirita/calcopirita, galena). Baixas razões de Rb/Sr (0,03–0,87) e elevadas razões de Sr/Cu (2,64–21,35) sugerem condições áridas e úmidas durante a deposição dos folhelhos estudados. Parâmetros geoquímicos utilizando-se as concentrações de V e Ni indicaram ambiente redutor predominantemente marinho. Análises isotópicas Re-Os apresentaram variações nos valores de ¹⁸⁷Re/¹⁸⁸Os (45,12–875,61) e ¹⁸⁷Os/¹⁸⁸Os (0,65–3,76) sugerindo que há diferentes paleoambientes deposicionais (marinho e lacustre) durante a deposição dessas rochas, sugerindo que houve incursão marinha durante sua deposição. Além disso, o fracionamento de Re-Os é controlado pelo ambiente redutor. Essa ideia também é sugerida pelas concentrações relativamente mais elevadas de Re (≈13,30 ppb) e de Os (≈156,34 ppt) encontradas nesses folhelhos. Os valores obtidos pelo ¹⁸⁷Os/¹⁸⁸Os inicial (Osᵢ= 0,65–3,76) sugerem uma fonte mista (mantélica e crustal superior) para o Os adsorvido pela matéria orgânica nos folhelhos. Percebe-se que esses valores são iguais aos de Osᵢ, sugerindo que os sedimentos dessas rochas são marinhos. A melhor isócrona Re-Os forneceu uma idade para deposição dos folhelhos da Formação Ipubi de 104,2 ± 4,8 Ma. Essa idade sugere que sua deposição ocorreu no Albiano Superior (106–100,5 Ma) e não no intervalo Aptiano-Albiano, como sugerido por datações relativas, até então as únicas existentes para os folhelhos investigados. / which contains the black shales under evaporites. The main objective on this paper was the shales’ dating through the method Re-Os as a way to obtain the absolut age of their deposition, once they only have relative age data. Besides that, major elements and traces for understanding depositional conditions were also identified. The shales were evaluated by X-ray fluorescence spectrometry to major elements and traces analysis and termal ionization mass spectrometry (TIMS) for determination of isotopes of Re and Os. That way, the results from geochemistry parameters and from isotopic geochemistry obtained suggests that marine incursion in Araripe Basin started with the deposition of black shales from Ipubi Formation rather than by sediments from Romualdo Formation. The results by elemental geochemistry suggests this rocks are composed of calcite, argillomineral (ilite, smectite), K-feldspar, quartz, apatite, granite and sulfides (sphalerite, pyrite/chalcopyrite, galena). Low rates of Rb/Sr (0.03-0.87) and high rates of Sr/Cu (2.64-21.35) indicate arid and humid conditions during shales’ deposition. Geochemical parameters, using the V and Ni concentrations, also indicate a predominantly marine reducing environment. Isotopic analyzes Re-Os presented valeus variations of ¹⁸⁷Re/¹⁸⁸Os (45.12–875.61) and ¹⁸⁷Os/¹⁸⁸Os (0.65–3.76) suggesting that are differents environmental (marine and lacustrine) that also indicate that there was a marine incursion during its deposition. Moreover, the fractionation of Re-Os is controlled by it’s reducing enviroment. That idea are also suggested by the relatively higher concentrations of Re (≈13.30 ppb) and Os (≈156.34 ppt) found on this shales. Values obtained by ¹⁸⁷Os/¹⁸⁸Os initial (Osᵢ= 0.65–3.76) suggest a mixed source (mantle and upper crust) to Os on the organic matter in the shales but also that the shales’ sediments are predominantly marine. The best isochrone Re-Os provided an age for black shale deposition from Ipubi Formation of 104.2 ± 4,8 Ma. It indicates that it deposition occurred in the Early Albian (≈106–100.5 Ma) and not on Aptian-Albiano as suggested by relative dating, the only ones existing for the shales investigated until now.
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