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A perspectiva da mulher como resistência às configurações ideológicas do ditador latino-americano : o romance de Julia Alvarez e de Mario Vargas Llosa

Tavares, Carla Rosane da Silva January 2007 (has links)
Tendo como pressupostos os estudos de teóricas feministas da atualidade, como Teresa de Lauretis, Judith Butler e Joan Scott, e críticas literárias, dentre as quais Rita Teresinha Schmidt e Márcia Hoppe Navarro, ao lado de pensadores como Mikhail Bakhtin, Louis Althusser e Fredric Jameson, o presente trabalho expõe os resultados da pesquisa A perspectiva da mulher como resistência às configurações ideológicas do ditador latinoamericano: o romance de Julia Alvarez e de Mario Vargas Llosa. A fundamentação teórica permite a análise de um corpus literário constituído pelos romances contemporâneos No tempo das Borboletas (1994), da dominicana, naturalizada americana, Julia Alvarez, e A festa do Bode (2000), do peruano Mario Vargas Llosa, narrativas que possuem em comum a questão de El Trujillato — esta última utilizada como contraponto da primeira, que se constitui em objeto principal do estudo literário. A metodologia adotada centra-se na análise comparativista dos romances, norteada pelos princípios da Literatura Comparada. Com enfoques e pontos de vista diferenciados, os textos possibilitam a análise da representação de gênero e ideologia, ao lado do cruzamento que se estabelece entre Literatura e História. A compreensão de gênero, como construção social e cultural, contribui com a verificação de peculiaridades do discurso literário, na explicitação da mulher enquanto sujeito plural e multiforme. O entendimento de ideologia(s) como mecanismo(s) de conhecimento/desvendamento ou mascaramento da realidade contribui com o projeto de análise deste trabalho. A análise crítica explicita o lugar discursivo da mulher em um contexto predominantemente masculino, permitindo a verificação de posições ideológicas nas formações político-sociais que se inserem numa sociedade dominada pela ditadura. Os textos literários, com as subjetividades próprias de cada autor/a, revisitam um período da História da República Dominicana, mostrando a presença feminina ainda à margem dos processos de decisão, entretanto revelam que essa mulher tem consciência da situação e tudo faz para mudá-la. Assim, quando de sua inserção no espaço político, ela promove uma ruptura nos padrões instituídos. No cotejo comparativo entre as narrativas, verifica-se que a representação de gênero feminino é mais expressiva no romance das Borboletas, com a atuação política das irmãs Mirabal. O fato de ser sua autora uma mulher, que vivenciou parte da ditadura, confere ao processo de escritura do texto literário condições mais explícitas de traduzir sua percepção acerca da temática e da explicitação da condição da mulher em um contexto marcado pela prepotência do homem. O romance de Vargas Llosa, por sua vez, oferece maior exploração da História instituída, revelando uma perspectiva masculina mais acentuada no âmbito da realidade ficcional. Em conjunto, ambas as poéticas permitem um novo e atualizado olhar para questões políticas em meio ao horror instituído de uma época trágica. O cenário da República Dominicana, que ainda inspira reflexões, é reconstruído com maestria nesse percurso através da tessitura literária. / Teniendo como presupuestos los estudios de teóricas de la actualidad, como Tereza de Lauretis, Judith Butter y Jean Scott, y críticas literarias, entre las cuales Rita Terezinha Schmitd y Márcia Hoppe Navarro, al lado de pensadores como Mikhail Bakhtin, Louis Althusser y Frederic Jameson, el presente trabajo presenta el resultado de la investigación titulada La perspectiva de la mujer como resistencia a las configuraciones ideológicas del dictador latinoamericano: la novela de Julia Alvares y de Mario Vargas Llosa. La fundamentación teórica permite la análisis de un corpus literario constituido por los romances contemporáneos El tiempo de las mariposas (1994), de la dominicana naturalizada americana, Julia Alvarez, La fiesta del chivo (2000), del peruano Mario Vargas Llosa, narrativas que poseen en común la cuestión de El Trujillato – esta última utilizada como contrapunto de la primera, que se constituí en objeto principal del estudio literario. La metodología adoptada está ubicada en el análisis comparativo de las novelas, norteada por los principios de la Literatura Comparada. Con enfoques y puntos de vista diferenciados, los textos posibilitan el análisis de la representación del género e ideología, al lado del cruzamiento que se establece entre Literatura e Historia. La comprensión del género como construcción social y cultural, contribuye con la verificación de particularidades del discurso literario, en la explicación de la mujer mientras sujeto plural y multiforme. El entendimiento de ideología(s) como mecanismo(s) de conocimiento/descubrimiento o enmascaramiento de la realidad contribuye con el con el proyecto de análisis de este trabajo. El análisis crítica explicita el lugar discursivo de la mujer en un contexto predominantemente masculino, permitiendo la verificación de posiciones ideológicas en las formaciones políticas sociales que están en una sociedad históricamente dominada por la dictadura. Los textos literarios, con la autonomía propias de cada autor/a, redescubren un período de la Historia de la República Dominicana, mostrando la presencia de la mujer en un mundo en lo cual ella aun está a orilla de los procesos de decisión, sin embargo revelan que esa mujer tiene consciencia de la situación y todo hace para cambiarla. Así, cuando su introducción en el espacio político, ella promueve una ruptura en los padrones instituidos. En el cotejo comparativo entre las narrativas, percibiese que la representación del género femenino es más expresiva en el romance de las Mariposas, y el facto de ser su autora una mujer que ha vivenciado parte de la dictadura da al proceso de escritura del texto literario condiciones más explícitas de traducir su percepción de la condición de la mujer en un contexto marcado por la prepotencia del hombre. La novela de Vargas Llosa, por su vez, ofrece una mayor exploración de la Historia instituida, trayendo una perspectiva masculina más acentuada en el ámbito de la ficción. En conjunto, ambas las poéticas permiten un nuevo y actualizado mirar para cuestiones de política de una época trágica de la República Dominicana, que aun inspira reflexiones y, en ese recorrido la organización literária reconstruye con maestría el escenario del horror.
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A perspectiva da mulher como resistência às configurações ideológicas do ditador latino-americano : o romance de Julia Alvarez e de Mario Vargas Llosa

Tavares, Carla Rosane da Silva January 2007 (has links)
Tendo como pressupostos os estudos de teóricas feministas da atualidade, como Teresa de Lauretis, Judith Butler e Joan Scott, e críticas literárias, dentre as quais Rita Teresinha Schmidt e Márcia Hoppe Navarro, ao lado de pensadores como Mikhail Bakhtin, Louis Althusser e Fredric Jameson, o presente trabalho expõe os resultados da pesquisa A perspectiva da mulher como resistência às configurações ideológicas do ditador latinoamericano: o romance de Julia Alvarez e de Mario Vargas Llosa. A fundamentação teórica permite a análise de um corpus literário constituído pelos romances contemporâneos No tempo das Borboletas (1994), da dominicana, naturalizada americana, Julia Alvarez, e A festa do Bode (2000), do peruano Mario Vargas Llosa, narrativas que possuem em comum a questão de El Trujillato — esta última utilizada como contraponto da primeira, que se constitui em objeto principal do estudo literário. A metodologia adotada centra-se na análise comparativista dos romances, norteada pelos princípios da Literatura Comparada. Com enfoques e pontos de vista diferenciados, os textos possibilitam a análise da representação de gênero e ideologia, ao lado do cruzamento que se estabelece entre Literatura e História. A compreensão de gênero, como construção social e cultural, contribui com a verificação de peculiaridades do discurso literário, na explicitação da mulher enquanto sujeito plural e multiforme. O entendimento de ideologia(s) como mecanismo(s) de conhecimento/desvendamento ou mascaramento da realidade contribui com o projeto de análise deste trabalho. A análise crítica explicita o lugar discursivo da mulher em um contexto predominantemente masculino, permitindo a verificação de posições ideológicas nas formações político-sociais que se inserem numa sociedade dominada pela ditadura. Os textos literários, com as subjetividades próprias de cada autor/a, revisitam um período da História da República Dominicana, mostrando a presença feminina ainda à margem dos processos de decisão, entretanto revelam que essa mulher tem consciência da situação e tudo faz para mudá-la. Assim, quando de sua inserção no espaço político, ela promove uma ruptura nos padrões instituídos. No cotejo comparativo entre as narrativas, verifica-se que a representação de gênero feminino é mais expressiva no romance das Borboletas, com a atuação política das irmãs Mirabal. O fato de ser sua autora uma mulher, que vivenciou parte da ditadura, confere ao processo de escritura do texto literário condições mais explícitas de traduzir sua percepção acerca da temática e da explicitação da condição da mulher em um contexto marcado pela prepotência do homem. O romance de Vargas Llosa, por sua vez, oferece maior exploração da História instituída, revelando uma perspectiva masculina mais acentuada no âmbito da realidade ficcional. Em conjunto, ambas as poéticas permitem um novo e atualizado olhar para questões políticas em meio ao horror instituído de uma época trágica. O cenário da República Dominicana, que ainda inspira reflexões, é reconstruído com maestria nesse percurso através da tessitura literária. / Teniendo como presupuestos los estudios de teóricas de la actualidad, como Tereza de Lauretis, Judith Butter y Jean Scott, y críticas literarias, entre las cuales Rita Terezinha Schmitd y Márcia Hoppe Navarro, al lado de pensadores como Mikhail Bakhtin, Louis Althusser y Frederic Jameson, el presente trabajo presenta el resultado de la investigación titulada La perspectiva de la mujer como resistencia a las configuraciones ideológicas del dictador latinoamericano: la novela de Julia Alvares y de Mario Vargas Llosa. La fundamentación teórica permite la análisis de un corpus literario constituido por los romances contemporáneos El tiempo de las mariposas (1994), de la dominicana naturalizada americana, Julia Alvarez, La fiesta del chivo (2000), del peruano Mario Vargas Llosa, narrativas que poseen en común la cuestión de El Trujillato – esta última utilizada como contrapunto de la primera, que se constituí en objeto principal del estudio literario. La metodología adoptada está ubicada en el análisis comparativo de las novelas, norteada por los principios de la Literatura Comparada. Con enfoques y puntos de vista diferenciados, los textos posibilitan el análisis de la representación del género e ideología, al lado del cruzamiento que se establece entre Literatura e Historia. La comprensión del género como construcción social y cultural, contribuye con la verificación de particularidades del discurso literario, en la explicación de la mujer mientras sujeto plural y multiforme. El entendimiento de ideología(s) como mecanismo(s) de conocimiento/descubrimiento o enmascaramiento de la realidad contribuye con el con el proyecto de análisis de este trabajo. El análisis crítica explicita el lugar discursivo de la mujer en un contexto predominantemente masculino, permitiendo la verificación de posiciones ideológicas en las formaciones políticas sociales que están en una sociedad históricamente dominada por la dictadura. Los textos literarios, con la autonomía propias de cada autor/a, redescubren un período de la Historia de la República Dominicana, mostrando la presencia de la mujer en un mundo en lo cual ella aun está a orilla de los procesos de decisión, sin embargo revelan que esa mujer tiene consciencia de la situación y todo hace para cambiarla. Así, cuando su introducción en el espacio político, ella promueve una ruptura en los padrones instituidos. En el cotejo comparativo entre las narrativas, percibiese que la representación del género femenino es más expresiva en el romance de las Mariposas, y el facto de ser su autora una mujer que ha vivenciado parte de la dictadura da al proceso de escritura del texto literario condiciones más explícitas de traducir su percepción de la condición de la mujer en un contexto marcado por la prepotencia del hombre. La novela de Vargas Llosa, por su vez, ofrece una mayor exploración de la Historia instituida, trayendo una perspectiva masculina más acentuada en el ámbito de la ficción. En conjunto, ambas las poéticas permiten un nuevo y actualizado mirar para cuestiones de política de una época trágica de la República Dominicana, que aun inspira reflexiones y, en ese recorrido la organización literária reconstruye con maestría el escenario del horror.
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A perspectiva da mulher como resistência às configurações ideológicas do ditador latino-americano : o romance de Julia Alvarez e de Mario Vargas Llosa

Tavares, Carla Rosane da Silva January 2007 (has links)
Tendo como pressupostos os estudos de teóricas feministas da atualidade, como Teresa de Lauretis, Judith Butler e Joan Scott, e críticas literárias, dentre as quais Rita Teresinha Schmidt e Márcia Hoppe Navarro, ao lado de pensadores como Mikhail Bakhtin, Louis Althusser e Fredric Jameson, o presente trabalho expõe os resultados da pesquisa A perspectiva da mulher como resistência às configurações ideológicas do ditador latinoamericano: o romance de Julia Alvarez e de Mario Vargas Llosa. A fundamentação teórica permite a análise de um corpus literário constituído pelos romances contemporâneos No tempo das Borboletas (1994), da dominicana, naturalizada americana, Julia Alvarez, e A festa do Bode (2000), do peruano Mario Vargas Llosa, narrativas que possuem em comum a questão de El Trujillato — esta última utilizada como contraponto da primeira, que se constitui em objeto principal do estudo literário. A metodologia adotada centra-se na análise comparativista dos romances, norteada pelos princípios da Literatura Comparada. Com enfoques e pontos de vista diferenciados, os textos possibilitam a análise da representação de gênero e ideologia, ao lado do cruzamento que se estabelece entre Literatura e História. A compreensão de gênero, como construção social e cultural, contribui com a verificação de peculiaridades do discurso literário, na explicitação da mulher enquanto sujeito plural e multiforme. O entendimento de ideologia(s) como mecanismo(s) de conhecimento/desvendamento ou mascaramento da realidade contribui com o projeto de análise deste trabalho. A análise crítica explicita o lugar discursivo da mulher em um contexto predominantemente masculino, permitindo a verificação de posições ideológicas nas formações político-sociais que se inserem numa sociedade dominada pela ditadura. Os textos literários, com as subjetividades próprias de cada autor/a, revisitam um período da História da República Dominicana, mostrando a presença feminina ainda à margem dos processos de decisão, entretanto revelam que essa mulher tem consciência da situação e tudo faz para mudá-la. Assim, quando de sua inserção no espaço político, ela promove uma ruptura nos padrões instituídos. No cotejo comparativo entre as narrativas, verifica-se que a representação de gênero feminino é mais expressiva no romance das Borboletas, com a atuação política das irmãs Mirabal. O fato de ser sua autora uma mulher, que vivenciou parte da ditadura, confere ao processo de escritura do texto literário condições mais explícitas de traduzir sua percepção acerca da temática e da explicitação da condição da mulher em um contexto marcado pela prepotência do homem. O romance de Vargas Llosa, por sua vez, oferece maior exploração da História instituída, revelando uma perspectiva masculina mais acentuada no âmbito da realidade ficcional. Em conjunto, ambas as poéticas permitem um novo e atualizado olhar para questões políticas em meio ao horror instituído de uma época trágica. O cenário da República Dominicana, que ainda inspira reflexões, é reconstruído com maestria nesse percurso através da tessitura literária. / Teniendo como presupuestos los estudios de teóricas de la actualidad, como Tereza de Lauretis, Judith Butter y Jean Scott, y críticas literarias, entre las cuales Rita Terezinha Schmitd y Márcia Hoppe Navarro, al lado de pensadores como Mikhail Bakhtin, Louis Althusser y Frederic Jameson, el presente trabajo presenta el resultado de la investigación titulada La perspectiva de la mujer como resistencia a las configuraciones ideológicas del dictador latinoamericano: la novela de Julia Alvares y de Mario Vargas Llosa. La fundamentación teórica permite la análisis de un corpus literario constituido por los romances contemporáneos El tiempo de las mariposas (1994), de la dominicana naturalizada americana, Julia Alvarez, La fiesta del chivo (2000), del peruano Mario Vargas Llosa, narrativas que poseen en común la cuestión de El Trujillato – esta última utilizada como contrapunto de la primera, que se constituí en objeto principal del estudio literario. La metodología adoptada está ubicada en el análisis comparativo de las novelas, norteada por los principios de la Literatura Comparada. Con enfoques y puntos de vista diferenciados, los textos posibilitan el análisis de la representación del género e ideología, al lado del cruzamiento que se establece entre Literatura e Historia. La comprensión del género como construcción social y cultural, contribuye con la verificación de particularidades del discurso literario, en la explicación de la mujer mientras sujeto plural y multiforme. El entendimiento de ideología(s) como mecanismo(s) de conocimiento/descubrimiento o enmascaramiento de la realidad contribuye con el con el proyecto de análisis de este trabajo. El análisis crítica explicita el lugar discursivo de la mujer en un contexto predominantemente masculino, permitiendo la verificación de posiciones ideológicas en las formaciones políticas sociales que están en una sociedad históricamente dominada por la dictadura. Los textos literarios, con la autonomía propias de cada autor/a, redescubren un período de la Historia de la República Dominicana, mostrando la presencia de la mujer en un mundo en lo cual ella aun está a orilla de los procesos de decisión, sin embargo revelan que esa mujer tiene consciencia de la situación y todo hace para cambiarla. Así, cuando su introducción en el espacio político, ella promueve una ruptura en los padrones instituidos. En el cotejo comparativo entre las narrativas, percibiese que la representación del género femenino es más expresiva en el romance de las Mariposas, y el facto de ser su autora una mujer que ha vivenciado parte de la dictadura da al proceso de escritura del texto literario condiciones más explícitas de traducir su percepción de la condición de la mujer en un contexto marcado por la prepotencia del hombre. La novela de Vargas Llosa, por su vez, ofrece una mayor exploración de la Historia instituida, trayendo una perspectiva masculina más acentuada en el ámbito de la ficción. En conjunto, ambas las poéticas permiten un nuevo y actualizado mirar para cuestiones de política de una época trágica de la República Dominicana, que aun inspira reflexiones y, en ese recorrido la organización literária reconstruye con maestría el escenario del horror.
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Incidencia del derecho en la creación y funcionamiento de las Joint Ventures. Análisis de la organización jurídica de las Joint Ventures en la Unión Europea, con especial referencia a España

Pauleau, Christine 17 November 2000 (has links)
La trascendencia práctica del tema del régimen jurídico de las joint ventures es indudable. En los Estados miembros de la Unión Europea, y más especialmente en España, las joint ventures remiten a una idea de mayor eficiencia económica, permitiendo a las empresas formar alianzas entre ellas, y así mejorar su competitividad, adaptando sus estructuras a las dimensiones crecientes de los mercados europeos y mundiales.Las joint ventures no están reguladas como tales en ninguna legislación nacional europea. El derecho comunitario se concentra por su parte en el análisis de los efectos de estas operaciones sobre la competencia. Las joint ventures adquieren en la práctica, únicamente, su contenido jurídico.Este estudio tiene por objetivo presentar un análisis a la vez teórico y práctico del régimen jurídico de las joint ventures, intentando definir el "valor añadido" del trabajo del jurista profesional cuando interviene en la creación y el funcionamiento de las joint ventures. La adopción de esta óptica funcionalista permite integrar el análisis de los diversos aspectos jurídicos de las joint ventures, sus estructuras contractuales y societarias así como su tratamiento en derecho de la competencia, que se abordan tradicionalmente en estudios separados, e insistir en la interelación existente entre las diversas ramas del derecho afectadas. Este estudio se concentra esencialmente en las cuestiones planteadas por las joint ventures en el ámbito del derecho de las obligaciones y del derecho societario.El jurista profesional desempeña, en primer lugar, una función de naturaleza organizativa, creando un conjunto de reglas obligatorias (reglas jurídicas) para todas las empresas participantes en la operación, de acuerdo con sus intereses estratégicos. El resultado puede ser, por ejemplo, la conclusión de un simple contrato, la constitución de una AEIE o la de una sociedad de capital. La complejidad de la organización jurídica de la joint venture impide estudiar de manera separada, como dos piezas aisladas, el llamado acuerdo de base de la joint venture por un lado, y la sociedad eventualmente constituida, la llamada filial común, por otro. El hecho de no entender la filial común como parte de un todo unitario y más complejo no permite describir correctamente las especialidades del régimen aplicable a dicha sociedad frente a sociedades constituidas en otros contextos económicos. La organización compleja de las joint ventures se diferencia de otros negocios jurídicos complejos por razón de su finalidad económica específica, la de establecer una alianza entre empresas. Tal como indica el derecho comunitario de la competencia, la joint venture es una operación en la que: (i) participan dos o más empresas independientemente activas en el mercado; (ii) se agrupan recursos necesarios al desarrollo de una actividad económica común en el seno eventualmente, pero no obligatoriamente, de una entidad separada (la llamada empresa común"); (iii) las empresas participantes ejercen un control conjunto sobre dicha actividad económica común. Estos tres elementos forman el núcleo de la definición de la joint venture en derecho.La cuestión de la validez y eficacia jurídica de los pactos presentes en el contrato complejo de joint venture, cuando implica la existencia de una sociedad de capital, es la que más dificultades plantea. El problema respecto a la joint venture, como respecto a muchos otros contratos complejos, es organizar un discurso sobre el uso de la libertad y sus consecuencias en el ámbito del derecho de sociedades.Mientras el jurista profesional organiza la joint venture, atrae también la atención del legislador sobre las necesidades jurídicas de las empresas que deciden "aliarse" en el seno de una joint venture. Los pactos presentes en los contratos complejos de joint venture no dependen únicamente del contenido del derecho aplicable a la sociedad "filial común" por ejemplo, sino también de la creatividad de los juristas profesionales. Las finalidades a cubrir por el contrato lo serán en regla general mediante combinaciones originales y complejas de mecanismos jurídicos, demostrándose una vez más el papel relevante de la práctica en la formación del derecho. Como consecuencia, puede observarse una tendencia a la flexibilización del derecho aplicable a las sociedades de capital, sobre todo en los países europeos continentales. Esta adaptación del derecho a la realidad práctica se observa también, y de manera significativa, en otras ramas del derecho, como en derecho de la competencia donde el legislador intenta introducir un tratamiento cada vez más pragmático de los efectos producidos por las joint ventures sobre los mercados. El análisis de la organización jurídica de las joint ventures en la práctica demuestra, sin embargo, la falta de utilidad y de oportunidad de una ordenación legal de la joint venture como tal en Europa. Como en el caso de la organización de la empresa, basta con que los operadores "candidatos" a la alianza encuentren en el derecho positivo los legal tools, o instrumentos jurídicos, adaptados a los objetivos económicos legítimos que persiguen ( por ejemplo, diversas formas sociales, la AIE, la UTE, la cuenta en participación etc), y sobre la base de los cuales puedan conservar y reforzar el sentimiento de confianza que necesitan tener en la operación y en su "aliado" para alcanzar con éxito estos objetivos. / This study provides a comprehensive analysis of both practical and theoretical legal issues raised by joint ventures in Europe. In the European Union member states and especially in Spain, joint ventures are viewed as a high efficient strategic operation - allowing alliances between firms, which may improve their competitiveness and adapt them to the growing dimensions of European markets and to the new global economy. Joint ventures are not organised as such by any statute law in Europe. European law focuses on the analysis of the effects they may produce on competition. Joint ventures obtain a legal content only in practice.The aim of this study is to define the "added value" of the practical work of lawyers, when they take part in processes of creation of joint ventures. This question allows to integrate the analysis of different legal aspects of joint ventures - their contractual and corporate structure as well as their legal treatment under competition law - which are traditionally treated in separate studies, and to point out the existence of on-going interfaces between them. This study focuses essentially on the contractual and corporate aspects of joint ventures. Practitioners set up, first of all, mechanisms which are compulsory - i.e. legal rules - for the firms involved in the operation according to their strategic interests. The result may be, for instance, the creation of a mere "contractual joint venture", of an European Economic Interest Grouping, or the incorporation of a "joint venture company". The complexity of the joint venture legal organisation prevents from studying separately the so-called "joint venture agreement" on which is based the operation, and the company which may be incorporated within it. The joint venture company is only a part of a more complex ensemble, which needs to be understood as such in order to be correctly analysed.The complex legal organisation of joint ventures differs from any other complex legal organisations because of its specific purpose, ie. establish a strategic alliance between firms. It aims to organise an operation in which: (i) participate two or more firms independently active on the market; (ii) are gathered the resources necessary to carry out a common business activity, possibly but not obligatory within a separate entity; and (iii) the participating firms jointly control the common business activity. Those three features are at the basis of the legal definition of joint ventures.The question of the legal validity and efficiency of the terms and conditions present in incorporated joint venture agreements is the more problematic one for the practitioners. The main difficulty in relation with joint ventures like in relation with many other complex agreements is to determine the limits of use of contractual freedom in company law.While organising the operation, the practitioners are also drawing the attention of the legislator on the legal needs of the firms willing to enter into alliances. The terms and conditions present in joint venture agreements depend not only on the content of the statute law applicable to the joint venture company for example, but also on the creative skills of the practitioners. The joint venture agreement needs to cover different purposes generally through original and complex combinations of legal mechanisms, proving once again the relevant role of practice in the generation of law.As a result, it is possible to observe a certain "flexibilization" of the rules in company law, especially in continental Europe. This new tendency develops in parallel with the movement observed in competition law towards a more realistic and pragmatic analysis of joint venture effects on the markets.The analysis of the legal organisations of joint ventures existing in practice demonstrates however the lack of necessity for a statutory regulation of this (strategic) operation in Europe. Like in the case of the organisation of a firm, the economic players willing to enter into strategic alliances only need to find in statute law different "legal tools" which may adapt their legitimate economic interests - such as different company forms, the Economic Interest Grouping, the partnership - and on the basis of which they can conserve and reinforce the confidence they need to have in their partner and in the operation in order to achieve successfully their purposes.

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