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FormaÃÃo polÃtico-educativa do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Contexto Do Governo Lula (2003 A 2010) / Political-educational training of the Movement of Landless Rural Workers (MST) in its relationship with the Government Lula context (2003-2010)

CÃlio Ribeiro Coutinho 29 July 2014 (has links)
FundaÃÃo de Amparo à Pesquisa do Estado do Cearà / CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / This work, the result of research conducted by the Movement of Landless Rural Workers (MST in Portuguese), was based on assumptions of Marx, Gramsci and Freire. The main objective consisted in studying the process of political-educational training of the MST, in its relationship with the Government Lula context (2003-2010). As theoretical and methodological apparatus, we opted for the use of the design of the dialectical method (analysis and synthesis); phenomenology (phenomenon description); content analysis (production of new meanings); content aggregation (associations analysis for categories and trends in the data); and grounded theory (theoretical scheme of production). In this type of qualitative research, we started with a case study in the design of participant and ethnographic research and used a quantitative instrumental. There were the option research techniques: categorical analysis of the thematic type (dismemberment of texts into categories and analog reunification); association analysis (identification of component analysis and categories); questioning technique (formulation of questions to examine the data); comparisons technique (identification and development of categories). Were adopted observation techniques and semi-structured interviews (63 interviews with internal and external members to MST). In the methodology yet were made use of tables, figures and mathematical formulas that facilitated the organization and analysis of empirical data. Among the findings of the survey stood out: the Descent and the MST Accommodation Pedagogy, phenomena that occurred simultaneously. The process of Descent was determined by the dependence of Government Policies and the Demobilization by Capital. The dependence resulting from the decrease of the Political and Organizational Power and the Institutionalization of the increase stemmed from the financial dependence and bureaucratization of the militancy work. Demobilization by Capital Disqualification determined by the Workerâs Party (Partido dos Trabalhadores â PT, in Portuguese) and demobilization by the government was based on the strength of capital, which dominated the state, the Lulaâs government and the PT. The categorical composition of demobilization by Capital became more decisive of Descent than dependence on government policies. Based on the same determinations of Descent, identified the presence of Pedagogy Accommodation produced by MST Training Tying the Capital and Training for Conformation to government policies. This subordination resulting from the Training Compliance to Government Policies and Training Adaptation to Disqualification of the PT, resulted from the training environment for domination, provided by capitalist relations present in the state, the government and the PT. Originated Conformation of The Training Institutionalization and Training for Pacification was based on the bureaucratization of the work, financial dependence and decreased radical militancy. These factors result from the weakening of the role of organic intellectual of the MST. Part of militancy did resistance to the political strategy adopted which prevented the total loss of their political autonomy in government. Given the weakening of the Counter-Hegemonic MST fight, is presented as a suggestion to the Movement: a review of its policy strategy to deal with governments of the same political field and resumed the role in the struggle for land reform and for a socialist society. / Este trabalho, resultante de pesquisa realizada junto ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), fundamentou-se nos pressupostos de Marx, Gramsci e Freire. O objetivo central constituiu-se em estudar o processo de formaÃÃo polÃtico-educativa do MST, na sua relaÃÃo com o contexto do Governo Lula (2003 a 2010). Como aparato teÃrico-metodolÃgico, optou-se pelo uso da concepÃÃo do mÃtodo dialÃtico (anÃlise e sÃntese); fenomenologia (descriÃÃo do fenÃmeno); anÃlise de conteÃdo (produÃÃo de novos significados); associaÃÃo de conteÃdos (anÃlises das associaÃÃes para determinaÃÃo de categorias e tendÃncias nos dados); e teoria fundamentada (produÃÃo de esquema teÃrico). Nesta pesquisa de tipo qualitativa, partiu-se de um estudo de caso na concepÃÃo de pesquisa participante e etnogrÃfica e utilizou-se um instrumental quantitativo. Fez-se opÃÃo pelas tÃcnicas de pesquisa: anÃlise categorial do tipo temÃtica (desmembramento dos textos em categorias e reagrupamento analÃgico); anÃlise de associaÃÃes (identificaÃÃo dos componentes de anÃlise e das categorias); tÃcnica de questionamentos (formulaÃÃo de questÃes para examinar os dados); tÃcnica de comparaÃÃes (identificaÃÃo e desenvolvimento das categorias). Adotaram-se tÃcnicas de observaÃÃo e de entrevistas semiestruturadas (63 entrevistas com membros internos e externos ao MST). Na metodologia fez-se ainda uso de quadros, figuras e fÃrmulas matemÃticas, que facilitaram a organizaÃÃo e anÃlise dos dados empÃricos. Entre os achados da pesquisa, destacaram-se: o Descenso e a Pedagogia da AcomodaÃÃo do MST, fenÃmenos que ocorreram simultaneamente. O processo de Descenso determinou-se pela DependÃncia do das PolÃticas do Governo e pela DesmobilizaÃÃo pelo Capital. A DependÃncia decorrente da DiminuiÃÃo da ForÃa PolÃtico-Organizativa e do Aumento da InstitucionalizaÃÃo originou-se da dependÃncia financeira e da burocratizaÃÃo do trabalho da militÃncia. A DesmobilizaÃÃo pelo Capital determinada pela DescaracterizaÃÃo do PT e pela DesmobilizaÃÃo pelo Governo teve como fundamento a forÃa do capital, que dominou o Estado, o Governo Lula e o PT. A composiÃÃo categorial da DesmobilizaÃÃo pelo Capital tornou-se mais determinante do Descenso do que a DependÃncia das PolÃticas do Governo. Com base nas mesmas determinaÃÃes do Descenso, identificou-se a presenÃa da Pedagogia da AcomodaÃÃo produzida pela FormaÃÃo do MST para SubordinaÃÃo ao Capital e FormaÃÃo para a ConformaÃÃo Ãs PolÃticas do Governo. Tal SubordinaÃÃo, decorrente da FormaÃÃo para AdequaÃÃo Ãs PolÃticas do Governo e da FormaÃÃo para AdequaÃÃo à DescaracterizaÃÃo do PT, resultou do ambiente de formaÃÃo para a dominaÃÃo, proporcionado pelas relaÃÃes capitalistas presentes no Estado, no Governo e no PT. A ConformaÃÃo originada da FormaÃÃo para InstitucionalizaÃÃo e da FormaÃÃo para PacificaÃÃo teve como base a burocratizaÃÃo do trabalho, dependÃncia financeira e diminuiÃÃo da radicalidade da militÃncia. Esses fatores decorrem do enfraquecimento do papel de intelectual orgÃnico do MST. Parte da militÃncia fez resistÃncia à estratÃgia polÃtica adotada o que impediu a perda total de sua autonomia polÃtica nesse governo. Diante do enfraquecimento da luta Contra-HegemÃnica do MST, apresenta-se como sugestÃo ao Movimento: revisÃo de sua estratÃgia polÃtica para enfrentar governos do mesmo campo polÃtico e retomada do protagonismo nas lutas pela reforma agrÃria e por uma sociedade socialista.
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Novo-desenvolvimentismo, governo Lula e o programa de aceleraÃÃo do crescimento: uma anÃlise crÃtica / new developmentalism, Lulaâs government and Growth Acceleration Program: a critical analysis

Francisco Josà Aguiar Costa Junior 31 August 2012 (has links)
O desenvolvimento econÃmico à um tema presente na literatura econÃmica desde a escola clÃssica. No perÃodo pÃs-II guerra, inicio do regime de acumulaÃÃo fordista, surge uma vasta literatura especÃfica sobre o problema do subdesenvolvimento nos paÃses da periferia. Estes autores enfatizavam o papel que a industrializaÃÃo e os investimentos em infraestrutura possuÃam para superar o subdesenvolvimento. No Brasil, neste mesmo perÃodo, Celso Furtado diagnosticava as raÃzes do subdesenvolvimento utilizando-se do mÃtodo histÃrico estrutural e enfatizando o papel do estado para a construÃÃo de uma polÃtica de desenvolvimento nacional para se superar o subdesenvolvimento. Furtado foi o principal influenciador da ideologia nacional-desenvolvimentista que dominou tanto a literatura econÃmica quanto as polÃticas de desenvolvimento (no perÃodo do modelo de substituiÃÃo de importaÃÃes) adotadas no Brasil atà o inÃcio dos anos 1980. Com a crise do modelo fordista e o inÃcio do regime de acumulaÃÃo de dominÃncia financeira, a literatura sobre o desenvolvimento econÃmico fica relegada frente Ãs polÃticas de carÃter neoliberal que passam a dominar a agenda dos governos. No Brasil, a consequÃncia deste novo regime de acumulaÃÃo foi a crise da dÃvida externa, nos anos 80. Com as reformas econÃmicas ocorridas nos anos 90, culminando com a criaÃÃo do plano Real, o paÃs passa a se inserir no modelo liberal perifÃrico, deixando de ser tratado como um âpaÃs subdesenvolvidoâ e passando ao status de âmercado emergenteâ. O plano Real foi eficiente ao controlar a inflaÃÃo, mas teve um custo social muito elevado. Em 2003, Lula toma posse como presidente do Brasil adotando as mesmas polÃticas neoliberais do governo FHC, frustrando as expectativas de seus eleitores. Em 2007, o presidente Lula se reelege e, logo no inÃcio de seu segundo mandato lanÃa o Programa de AceleraÃÃo do Crescimento (PAC), dizendo ser um programa de desenvolvimento e prometendo investir em infraestrutura para gerar crescimento econÃmico com equidade social. Um grupo de economistas brasileiros autodenominados de novo-desenvolvimentistas identifica o PAC como um rompimento com as polÃticas neoliberais no Brasil, e uma volta do estado na economia exercendo um papel essencial para a promoÃÃo do desenvolvimento. De fato, constatouse que o segundo governo Lula foi melhor, em termos de indicadores socioeconÃmicos, que o primeiro. Esta dissertaÃÃo fez uma anÃlise crÃtica do PAC, do governo Lula e do novodesenvolvimentismo. Identificou uma decadÃncia teÃrica dos novo-desenvolvimentistas reduzindo o debate desenvolvimentista à propostas de polÃticas macroeconÃmicas. Identificou que as razÃes do segundo governo Lula ter se saÃdo melhor que o primeiro, foi, menos por conta do PAC, e mais por questÃes externas, principalmente o efeito china. Identificou tambÃm que o PAC, que se propunha a ser um programa de desenvolvimento, possui medidas institucionais com viÃs liberal, alÃm de enfatizar os investimentos em infraestrutura apenas no setor de commodities, corroborando para reprimarizaÃÃo da pauta exportadora e ampliando a vulnerabilidade externa estrutural do paÃs. Por fim, constatou tambÃm que, apesar dos investimentos em infraestrutura serem essenciais para o desenvolvimento do paÃs, o balanÃo de quatro anos do PAC mostrou resultados muito aquÃm do esperado, possuindo, inclusive dados inflados pelo governo.

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