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A cultura de paz na grande Parangaba: saberes e vivÃncias em mediaÃÃo de conflitos

JoÃo Wilame Coelho GraÃa 00 March 2018 (has links)
FundaÃÃo Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico e TecnolÃgico / Neste trabalho estudamos as vivÃncias em Cultura de Paz no bairro de Grande Parangaba. Fizemos isto pesquisando as aÃÃes do NÃcleo de MediaÃÃo de Conflitos que funciona neste bairro, no endereÃo: rua Julio Braga, 161. Estudamos detidamente o trabalho dos mediadores deste nÃcleo e suas vivÃncias junto à comunidade. Nossa intervenÃÃo de pesquisa se deu com observaÃÃo nÃo participante. Utilizamos a metodologia quali/quantitativa e trabalhamos com enfoque etnogrÃfico. Para a realizaÃÃo desta tese, alÃm de extensa pesquisa bibliogrÃfica e estatÃstica, fizemos, durante a pesquisa de campo, os seguintes procedimentos: anÃlise documental, aplicaÃÃo de questionÃrios, observaÃÃes gerais do nÃcleo, entrevistas e grupo focal. A relevÃncia social e pedagÃgica do estudo està em perceber o desdobramento prÃtico da tese de resoluÃÃo pacÃfica dos conflitos em uma das maiores comunidades da cidade de Fortaleza-Ce. TambÃm nos centramos em entender como este nÃcleo ajuda aos mediados no desenvolvimento de protagonismo na resoluÃÃo de suas controvÃrsias. Nossa conclusÃo considera relevante o trabalho do nÃcleo que hà 17 anos acolhe amorosamente quem chega, tendo atendido a mais de cinco mil pessoas. Quem por ali passa leva em si a semente da Cultura de Paz. O testemunho da mediaÃÃo na Grande Parangaba aponta para de valorizaÃÃo da âvozâ e dos sentimentos de todos os atendidos. TambÃm ressaltamos pontos para aperfeiÃoamento, tais como: organizaÃÃo e melhor apresentaÃÃo das estatÃsticas; revisÃo do principio teÃrico que dà prioridade aos casos que envolvem relaÃÃes continuadas; adoÃÃo da funÃÃo de mediador/educador, para recepcionar aos visitantes ou pesquisadores e melhor divulgaÃÃo do nÃcleo junto aos ÃrgÃos pÃblicos da Grande Parangaba. / The present work consists of studying the experiences in Culture of Peace in Greater Parangaba through Mediation of Conflicts. It was accomplished through a non-participant observation of the work carried out at the Conflict Mediation Center of Parangaba - MPCE, located at Julio Braga Street, 161, Parangaba. The social relevance of this study is to analyze the practical unfolding of the idea of peaceful resolution of conflicts by studying mediation experiences in Greater Parangaba. We also focus on understanding how the core of conflict mediation in Parangaba helps the media in developing their leading role in resolving disputes. As members of the Movement For a Culture of Peace, the theme has special meaning for us, because it unites three elements of our esteem: Culture of Peace, Mediation of Conflicts and the neighborhood of Grande Parangaba. This study uses qualitative / quantitative methodology and works with an ethnographic approach. For the accomplishment of this thesis, in addition to extensive bibliographical research, we did survey and compilation of statistics, documentary analysis, application of questionnaires, general observations of the nucleus, interviews and focus group.
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Resistencias Femininas e AÃÃo Policial: (Re)pensando a FunÃÃo Social das Delegacias da Mulher. / Feminine resistances and policial action: (Re)thinking the social function of Police Stations of the Woman

Maria Teresa Lisboa Nobre Pereira 10 November 2006 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgico / Programa Institucional de CapacitaÃao Docente e TÃcnica / Este trabalho identifica, descreve e analisa narrativas de mulheres em situaÃÃo de violÃncia que denunciam seus agressores à PolÃcia, no espaÃo das Delegacias da Mulher. Adotando as teorizaÃÃes sobre o poder e a violÃncia formuladas por Hannah Arendt e Michel Foucault procuro discutir relaÃÃes de gÃnero marcadas pela violÃncia, escapando Ãs polarizaÃÃes entre homem-dominador x mulher dominada. Defendo que as mulheres nÃo sà reagem à violÃncia de mÃltiplas formas, mas produzem, atravÃs de suas resistÃncias â passivas e ativas â lugares de contra-dominaÃÃo, que algumas vezes podem assumir a forma de um âpoder situacionalâ. Essas resistÃncias se manifestam atravÃs de tÃticas cotidianas protagonizadas no espaÃo da vida privada e de estratÃgias de publicizaÃÃo no espaÃo pÃblico, quando se dirigem Ãs Delegacias da Mulher. Os conceitos de aÃÃes tÃticas e estratÃgias sÃo tomados, respectivamente de Michel De Certeau e Pierre Bourdieu. O trabalho tem como campo de anÃlise as Delegacias Especiais de ProteÃÃo à Mulher do Estado de Sergipe (DEPM). A anÃlise aborda o funcionamento das Delegacias da Mulher em duas cidades sergipanas: Aracaju e Itabaiana, relacionando suas prÃticas organizacionais ao campo da PolÃcia Civil. Procuro descrever e analisar rotinas, prÃticas institucionais, traÃos da cultura organizacional, valores, crenÃas e lÃgicas que circulam no campo de interseÃÃo entre a PolÃcia Civil, as Delegacias da Mulher e as expectativas das mulheres dirigidas a esta unidade policial. Procuro identificar suas demandas a partir de duas especificidades: casos que as mulheres pretendem a criminalizaÃÃo legal do agressor e casos em que buscam as Delegacias da Mulher visando a conciliaÃÃo, a mediaÃÃo de conflitos, garantias de direitos e proteÃÃo. A metodologia combina as abordagens qualitativa e quantitativa, tendo como fontes: 836 Boletins de OcorrÃncia registrados na dÃcada de 90, vinte e uma entrevistas com mulheres denunciantes, doze entrevistas com agentes policiais e delegadas e com seis representantes de movimentos sociais. Considero tambÃm duas experiÃncias de pesquisa-intervenÃÃo, realizadas por nstituiÃÃes nÃo policiais junto Ãs DEPMs, voltadas à formaÃÃo policial, com as quais tive contato, numa situaÃÃo de observaÃÃo participante: a primeira desenvolvida pela ComissÃo de Direitos Humanos da Universidade Federal de Sergipe e a segunda pelo MUSA (Mulher e SaÃde/ Instituto de SaÃde Coletiva da Universidade Federal da Bahia). A anÃlise das prÃticas da DEPM de Aracaju à delimitada por uma variÃvel temporal: antes e depois da criaÃÃo de Centro de Atendimento a Grupos VulnerÃveis, criado em 2004. Meu interesse recai sobre a constituiÃÃo do NÃcleo de MediaÃÃo de Conflitos, que funciona nesse complexo policial e atende à DEPM de Aracaju. Defendo que a adoÃÃo formal do instrumento de mediaÃÃo num espaÃo policial implica uma revisÃo da funÃÃo social das Delegacias da Mulher. Isso supÃe superar a concepÃÃo da atividade policial como prioritariamente investigativa e repressiva, e considerar que as aÃÃes de mediaÃÃo, assistÃncia e aconselhamento desenvolvidas pelas Delegacias da Mulher ao longo do PaÃs se constituem afirmativamente como aÃÃes prÃprias do fazer policial. / This work identifies, describes and analyzes talks of women under situation of violence who denounce their aggressors to the police, at the Womenâs Police Stations. Adopting conceptions about the power and the violence formulated by Hannah Arendt and Michel Foucault I try to talk about the gender relations marked by the violence and escaping to the polarizations between dominator-man x dominated-woman. I defend that the women not only react to the violence by many different forms, but produce, through their resistance - passive and active - places of anti-domination, that sometimes can assume what I call "situational power". These resistance behaviors are revealed through quotidian tactics at the private life space and through strategies of publicizing at the public space, when they go to the Womenâs Police Stations. The concepts of tactical actions and strategies are taken, respectively from Michel De Certeau and Pierre Bourdieu. The work used as research field the Sergipe State Police Stations for Woman Protection (DEPM). I try to describe and analyze routines, ritualized institutional practices, organizational culture traces, that circule on the field of intersection among the Civil Police, The Womenâs Police Stations and the expectations of the women who look for these offices. I try to identify their demands starting from two specialties: the cases where women look for the legal criminalization of their aggressor and the cases when they go to theses stations looking for conciliation, mediation of the conflicts,guarantee of rights and protection. The methodology combines qualitative and quantitative techniques, and have as sources of information: 836 Occurrence Bulletins registered in the 1990s, twenty-one interviews with women denouncers, twelve interviews with police agents and commission agents and with six social movementsâ representatives. I also use as sources two experiences of researchintervention, carried out by not policies institutions together with the Sergipe State Police Stations for Woman Protection, dedicated to police education, with whom I experienced two situations of participant observations: the first one developed by the Human Rights Commission of the Sergipe Federal University and second by the MUSA (Woman and Health - Group of Studies on Gender Research of the Bahia Federal University). The analysis is delimited by a temporal variable: before and after the creation of an Attendance Center for Vulnerable Groups, created in 2004, to which the Police Station of the Woman of Aracaju passed if to integrate. My interest falls again into particular on the constitution of the Nucleus of Mediation of Conflicts, that functions at the Womenâs Police Stations. I defend that the formal adoption of the instrument of mediation in a police space implies in a revision of the social function of the Womenâs Police Stations. This assumes to change the conception of the police activity as mainly investigative and repressive, and to consider that the actions of mediation, assistance and counseling developed by the Womenâs Police Stations are affirmatively constituted as proper actions of the Police.
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MediaÃÃo e Conflitos em Espiral: Encontros e Desencontros do Estado e dos Movimentos Sociais no Pontal do Paranapanema / Mediation And Conflicts In Spiral: Meetings And Misunderstandings Of State And Social Movements In Pontal Do Paranapanema

Tania Marcia Oliveira de Andrade 25 July 2006 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgico / Este trabalho trata de conflitos coletivos rurais e de acordos construÃdos para sua pacificaÃÃo em um processo de mediaÃÃo estatal. Inicia pela histÃria de 150 anos de fraudes e grilagem no Pontal do Paranapanema, acompanhando a transformaÃÃo da luta de resistÃncia dos posseiros em grandes ocupaÃÃes de terra lideradas pelo Movimento Sem Terra (MST), num conflito coletivo de grandes proporÃÃes que ganhou as manchetes nacionais e internacionais em 1995. A partir daÃ, traÃa um perfil histÃrico dos principais atores sociais envolvidos â sem-terra, fazendeiros e Estado â e resgata as circunstÃncias que culminaram na elaboraÃÃo de um Plano de AÃÃo Governamental, construÃdo a partir de propostas negociadas entre esses trÃs atores, que incluÃa a retomada pelo Estado das terras devolutas estaduais em poder dos fazendeiros e o assentamento gradual das famÃlias acampadas. Esse Plano de AÃÃo que se pretendia pacificador deu inÃcio a uma espiral de conflitos e acordos que parecia tendente ao infinito. Num esforÃo de compreensÃo desse processo, a nova forma de aÃÃo estatal, iniciada com a experiÃncia de execuÃÃo do Plano, e as dinÃmicas sociais daà resultantes foram minuciosamente reconstruÃdas com recurso Ãs falas dos atores e imagens que retratam os principais episÃdios. A narrativa prossegue atà o ano de 1996, quando as primeiras mil famÃlias envolvidas naqueles conflitos comeÃam a ser assentadas em lotes definitivos e a situaÃÃo ganha ares de normalidade. O Plano de AÃÃo enfim cumpria seus objetivos de pacificaÃÃo. Ao final, o trabalho analisa os vÃrios planos em que esses conflitos se desenvolveram, com fatores relacionados simultaneamente a questÃes pessoais ou coletivas; aos aspectos de honra, prestÃgio e carisma; aos aspectos de poder econÃmico e polÃtico; aos valores e cÃdigos morais compartilhados nos grupos sociais; e aos jogos de cenas e espetÃculos voltados ao pÃblico externo, em que a imprensa exercia papel fundamental. Analisa tambÃm a aÃÃo de mediaÃÃo estatal desenvolvida, as prÃticas dos mediadores e os dilemas relacionados à dualidade do agente estatal na condiÃÃo de mediador-executor dos acordos referentes ao Plano de AÃÃo. Em conclusÃo, o trabalho apresenta algumas reflexÃes sobre as condiÃÃes de possibilidade de uma prÃtica estatal de mediaÃÃo de conflitos no Brasil. / Rural collective conflicts and agreements conceived to its pacification within a process of state mediation is the subject of the present work. It is introduced by the history of 150 years of frauds and illegal land appropriation in Pontal do Paranapanema, follows the landholders struggle of resistance transformation into huge land occupation process led by Movimento Sem-Terra (MST), within a collective conflict of great proportions, registered in national and international headlines in the 1995 news. Then, it traces a historical profile of the central social actors in field â landless workers, farmers and State agents â and rescues the circumstances that led to the construction of a Plan for Government Action, based on negotiated proposals among these three actors, which included the reclaiming of those land due to the State that were under the farmers possession, and the gradual settlement of the camped families. That Plan, intended to be peacemaker, started a spiral of conflicts and agreements that seemed to stretch till infinite. In the effort to understand this process, the new way of state action, initiated with the execution of that plan, and the resulting social dynamics, were reconstructed in its minor details, by the actors speeches and images that pictured the main episodes. The narrative goes on until the year of 1996, when the first thousand families that took place in those conflicts are definitively settled in rural settlement and the situation turns to normality. The Plan of Action fulfilled its objectives of pacification, at last. In the final part, the work analyses the several plans in which these conflicts were developed, with simultaneous factors related to personal and collective issues; to honor, prestige and charisma aspects; to economic and politic power aspects; to beliefs and moral codes shared by the social groups; and to the showing off and scenes directed to external public, when press acted key rule. It also analyses the action developed by state in mediation, the mediatorsâ practices and the dilemmas related to the duality of the state agent in the dual rule of mediator-executor of the agreements originated by the plan. In conclusion, the work presents some reflections about the conditions of possibility for a state practice in mediation on conflicts in Brazil.

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