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Avaliação da influência do fluoreto no reparo ósseo de alvéolos de ratos. Estudo dos processos de reabsorção e neoformação óssea / Evaluation of the influence of fluoride in bone repair in dental alveoli in rats. Analysis of the reabsortion and neoformation of the boneMileni da Silva Fernandes 29 March 2010 (has links)
O processo de reparo do tecido ósseo tem sido alvo de estudos com o intuito de promover uma melhora na qualidade e tempo de reparo. Um elemento que tem sido estudado por alguns grupos é o fluoreto, pois tem sido proposto como terapêutico para osteoporose (Europa). Deste modo, o objetivo deste trabalho foi avaliar comparativamente o efeito do fluoreto administrado na água de beber sobre o reparo ósseo alveolar de ratos. Neste estudo foram utilizados 4 grupos com ratos Wistar de 80 dias de vida (n=200), os quais receberam água de beber contendo 5, 15 e 50 ppm de fluoreto e água deionizada (controle) durante todo experimento. Esses animais tiveram o incisivo superior direito extraído. Os animais foram eutanasiados 0 hora, 7, 14, 21 e 30 e 60 dias após a extração. Amostras de plasma sanguíneo foram obtidas para análise de concentração de flúor, e a região do alvéolo dental foi coletada para as análises de microscopia (Hematoxilina Eosina e imunoistoquímica) e zimografia (metaloproteinases de matriz 2 e 9 MMP-2 e 9). A análise de concentração de flúor no plasma sangüíneo mostrou maior presença desse elemento no grupo tratado com 50 ppm de F nos períodos de 21 e 30 dias. Na análise histológica foi detectado osso neoformado em todos os animais até 60 dias, porém o grupo de 50 ppm de F apresentou menor formação óssea nos períodos de 14, 21 e 30dias. A análise morfométrica confirmou um aumento na densidade de volume de osso neoformado, entre 7 e 60 dias, nos grupos controle, 5 ppm, 15 ppm e 50 ppm de F, com concomitante diminuição na densidade de volume de coágulo sangüíneo. A expressão de RANK-L e OPG não foi alterada pela exposição crônica ao fluoreto na água de beber durante os períodos estudados (p<0,05). A atividade da MMP-2 foi mais acentuada no período inicial, enquanto a MMP-9 teve maior atividade no período final. Concluiu-se que o F, em altas concentrações pode alterar a dinâmica do reparo ósseo alveolar diminuindo a formação de novo tecido ósseo, associado a um atraso na remissão do coágulo sangüíneo. Proteínas como RANK-L, OPG, MMP-2 e MMP-9 também podem ter sua expressão alterada no tecido ósseo em reparo. / The repair of bone has been investigated with the aim of promoting an improvement in the quality and time of the repair process. One element that has been studied by some groups is fluoride, it has been proposed as a treatment for osteoporosis (Europe). Thus, the objective was to comparatively evaluate the effect of fluoride administered in drinking water on alveolar bone repair in rats. This study used 4 groups of rats of 80 days (n=200), which received drinking water containing 5, 15, and 50 ppm of fluoride, and deionized water (control) throughout the experiment. These animals had their upper right incisor extracted. The animals were euthanized 0 hours, 7, 14, 21 and 30 and 60 days after extraction. Samples of blood plasma were obtained for analysis of fluoride concentration, and the region of the alveolus was collected for microscopic analysis (Hematoxylin eosin and Immunohistochemistry) and zymography (metalloproteinases 2 and 9 MMP-2 and 9). Analysis of fluoride concentration in blood plasma showed a greater presence of this element in the group treated with 50 ppm of F in periods of 21 and 30 days. Histological analysis detected a new bone formed in all animals up to 60 days, but the group of 50 ppm F showed lower bone formation at 14, 21 and 30 days. Morphometric analysis confirmed an increase in the volume density of newly formed bone, between 7 and 60 days in control groups, 5 ppm, 15 ppm and 50 ppm F, with a concomitant decrease in the volume density of blood clot. The expression of RANK-L and OPG was not altered by chronic exposure to fluoride in drinking water during the study period (p<0.05). The activity of MMP-2 was more pronounced in the early period, while MMP-9 had higher activity in the final period. It was conclude that the F, in high concentrations change the dynamics of the alveolar bone repair by decreasing the formation of new bone, associated with a delay in treating the blood clot. Proteins as RNK-L, OPG, MMP-2 and MMP-9 may also have changed in their expression in bone tissue repair.
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Estudo da atividade proteolítica da dentina humana sadia e cariada / Study of the proteolytic activity of human sound and carious dentinVidal, Cristina de Mattos Pimenta, 1984- 10 September 2012 (has links)
Orientador: Marcela Rocha de Oliveira Carrilho / Tese (doutorado) - Univerisdade Estadual de Campoinas, Faculdade de Odontologia / Made available in DSpace on 2018-08-21T15:34:54Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2012 / Resumo: Há pouco mais de 15 anos, as metaloproteinases da matriz (MMPs) foram consideradas enzimas responsáveis pela degradação da matriz orgânica dentinária na progressão da cárie. Neste meio tempo, porém, poucos estudos foram publicados tendo como base esta premissa. Recentemente, foi indicado que outras proteases como as cisteíno-catepsinas (CTs) poderiam atuar nesta degradação. Os objetivos deste estudo foram de avaliar e comparar a abundância e atividade proteolítica de diferentes MMPs (MMP-2, -8 e -9) e CTs (B, K e L) na matriz orgânica dentinária sadia e cariada. A abundância e distribuição destas enzimas in situ, isto é, na dentina sadia e cariada, foi realizada por imuno-histoquímica convencional. A abundância de MMP-2, -9 e CTs B e K, assim como a avaliação da estrutura do colágeno nos tecidos sadio e cariado, também foram realizadas por imunofluorescência. Também foi realizada a extração dessas enzimas da dentina por diferenes métodos: 1) extração com hidrocloreto de guanidina associado ao EDTA (G-EDTA); 2) ácido fosfórico (AF); 3) ácido acético (AC) e 4) hidrocloreto de guanidina associado ao ácido acético (G-AC). A avaliação da abundância de MMP-2, -8 e -9 e das CTs B e K foi realizada por western blot. A atividade enzimática nos extratos obtidos pelos protocolos de extração foi analisada por zimografia e por espectrofluorimetria. Além disso, o grau de solubilização da matriz orgânica dentinária em tecido sadio e cariado foi avaliado pela quantificação de hidroxiprolina (HYP). As imagens de imuno-histoquímica convencional mostraram abundância de MMP-2, -8 e -9 assim como das CTs B, K e L especialmente em dentina profunda e na região da pré-dentina, com maior abundância no tecido cariado. Os mesmos achados foram observados para a imunofluorescência, sendo que no tecido cariado, além da maior abundância das proteases, a estrutura do colágeno mostrou-se alterada. A partir da extração de proteases da dentina sadia e cariada, o ensaio de western blot revelou a presença de MMP-2, -8 e -9 e CTs B e K nos diferentes protocolos, com maior abundância no tecido cariado. A zimografia mostrou atividade gelatinolítica correspondente a MMP-2 para todos os protocolos de extração, com variação em função do extrato avaliado. A espectrofluorimetria mostrou variação na atividade proteolítica de MMPs e CTs em dentina sadia conforme o extrato e protocolo de extração avaliados. O grau de solubilização da matriz orgânica dentinária foi maior no tecido cariado. A liberação de HYP também variou em função dos métodos de extração testados, com maior liberação observada para o protocolo de extração AC. Pode-se concluir que, além das MMP-2, -8 e -9, as CTs B, K e L estão presentes na dentina humana sadia e cariada, com maior abundância no tecido cariado, sendo que a presença e atividade dessas enzimas pode variar em função do método de extração de proteínas utilizado. Os resultados desse estudo sugerem que MMPs e CTs podem atuar em conjunto na degradação do matriz orgânica dentinária no processo de cárie e ainda reforçam a teoria para a fisiopatologia da cárie, em que um mecanismo proteolítico endógeno seria o responsável pela destruição da estrutura dental / Abstract: There are just over 15 years since the matrix metaloproteases (MMPs) were considered responsible for the degradation of dentin organic matrix in caries progression. From then on, only few studies were published based on this premise. More recently, it was showed that other proteases, like the cysteine-cathepsins (CTs), could also participate of such degradation process. The objective of this study was to evaluate and compare the abundance and proteolytic activity of different MMPs (MMP-2, -8 and -9) and CTs (B, K e L) in sound and carious dentin. Firstly, the abundance and localization of enzymes in sound and carious dentin was performed by conventional immunohistochemistry. In addition, MMP-2, -9 and CTs B and K abundance associated with evaluation of collagen structure in sound and carious dentin was done by immunofluorescence. Different dentin enzyme-extraction methods were also tested: 1) using guanidine-hydrochloride associated with EDTA (G-EDTA); 2) phosphoric acid (AF); 3) acetic acid and 4) guanidine-hydrochloride associated with acetic acid (G-AC). The presence of MMP-2, -8 e -9 and CTs B and K was evaluated by western blot. Proteolytic activity in dentin extracts was analyzed by zymography and spectrofluorometrically. The organic matrix solubilization in sound and carious dentin was evaluated by hydroxyproline assay (HYP). Immunohistochemistry showed the presence of MMP-2, -8 and -9 and CTs B, K and L, especially in deep dentin and predentin, showing more abundance in caries. The same results were observed in immunofluorescence, which also showed that the collagen structure was modified in carious dentin. The presence of MMP-2, -8 and -9 and CTs B and K was showed in western blot in all extraction protocols evaluated, with more abundance in carious when compared to sound dentin. Gelatinolytic activity corresponding to MMP-2 was showed in zymography, but it was different according to the extraction protocol. Proteolytic activity for MMPs and CTs was observed spectrofluorometrically in sound dentin and some variation was observed according to the extraction protocol. Dentin organic matrix solubilization was confirmed by HYP, with higher HYP released in AC extraction protocol. When comparing sound and carious dentin, organic matrix degradation was higher in caries. It can be concluded that, besides MMP-2, -8 and -9, the CTs B, K and L are also present in sound and carious dentin, with higher abundance in caries. However, the presence and activity may vary according to the extraction method used. The results indicate that both MMPs and CTs may act in concert in dentin organic matrix degradation in caries progression and also support the physiopathology theory for caries in which a host-derived proteolytic mechanism would be responsible for dentin degradation / Doutorado / Materiais Dentarios / Doutora em Materiais Dentários
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Estudo do perfil proteolítico da matriz dentinária e interface adesiva = comportamento mecânico, bioquímico e efeito da clorexidina / Proteolytic profile of the dentin matrix and adhesive interface : mechanical, biochemical behavior and effect of chlorhexidine = Estudo do perfil proteolítico da matriz dentinária e interface adesiva: comportamento mecânico, bioquímico e efeito da clorexidinaScaffa, Polliana Mendes Candia, 1983- 12 November 2012 (has links)
Orientador: Marcela Rocha de Oliveira Carrilho, Mario Fernando de Góes / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Odontologia de Piracicaba / Made available in DSpace on 2018-08-22T04:19:13Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2012 / Resumo: Para o entendimento do processo de adesão à dentina é fundamental conhecer a estrutura bioquímica e biomecânica deste substrato em condições normais ou quando submetido às diferentes etapas do procedimento restaurador adesivo. Evidências indicam que a reportada degradação da camada híbrida pode ocorrer pela ação de enzimas proteolíticas, pertencentes à família das metaloproteinases da matriz (MMPs) e das cisteíno-catepsinas (CTs). No entanto, é ainda necessário elucidar as funções biológicas dessas enzimas nesse processo, bem como, definir uma estratégia para prolongar a durabilidade das restaurações adesivas. O presente estudo teve como objetivo caracterizar o perfil proteolítico da dentina humana frente a sua exposição a diferentes concentrações de digluconato de clorexidina (CHX), um potente inibidor da atividade de MMPs. O efeito da CHX sobre a atividade proteolítica intrínseca da dentina foi avaliado a partir da análise do comportamento mecânico e bioquímico da matriz dentinária e da durabilidade de restaurações adesivas. No primeiro estudo, foi analisada a capacidade da CHX em inibir a atividade das CTs (B, K e L) por hidrólise de substratos fluorogênicos específicos, verificando a afinidade de ligação entre a CHX e as enzimas. No segundo estudo, o tratamento da matriz de dentina com diferentes concentrações de CHX foi avaliado pela análise do módulo de elasticidade e do grau de hidrólise do colágeno (liberação de hidroxiprolina) após armazenagem das amostras em solução fisiológica por 1 dia, 7 ou 30 dias. Finalmente, a função terapêutica da CHX como agente inibitório da atividade proteolítica da dentina foi investigada a partir de sua capacidade em preservar a integridade mecânica (resistência de união) e morfológica de interfaces adesivas tratadas com diferentes concentrações de CHX (0,2; 2,2 e 22 mM) e armazenadas por 6 a 18 meses. No terceiro estudo, a presença das CT-B e CT-K na dentina humana foram avaliadas por imunomarcação em MEV e MET. A atividade enzimática das MMPs e CTs na dentina e uma possível interação entre as duas famílias de enzimas foram verificadas por zimografia in situ e por espectrofluorimetria. Os resultados mostraram, de forma até então inédita, que a CHX é um potente inibidor das CTs presentes no complexo dentino-pulpar. No entanto, a CHX não foi capaz de preservar integralmente o módulo de elasticidade (E) da matriz dentinária após o período mais longo de armazenagem. De modo similar, maior grau de hidrólise do colágeno ocorreu após 30 dias de armazenamento para as amostras que não foram tratadas com CHX ou que foram tratadas com baixa concentração da mesma (0,2 mM) (p<0,05). Notavelmente, o grau de hidrólise do colágeno foi mínimo ou insignificante quando a matriz dentinária foi tratada com concentração mais elevada de CHX (22 mM) (p>0,05). A CHX não afetou a resistência de união imediata da interface adesiva e preservou a resistência da união dentina/resina mesmo após 6 ou 18 meses de armazenamento. Similarmente, menor grau de nanoinfiltração com prata, significando maior integridade morfológica, foi observado para os espécimes tratados com CHX e envelhecidos por 6 ou 18 meses em comparação com as amostras do grupo controle. As imagens de imuno-histoquímica mostraram que as proteases CT-B e CT-K estão presentes na dentina humana, e não apenas na região de pré-dentina e interior dos túbulos dentinários como anteriormente antecipado. A zimografia in situ sugere que a atividade gelatinolítica das MMPs na dentina parece ser preponderante em relação à atividade das CTs, embora a espectrofluorimetria sugira que a atividade proteolítica de ambas as famílias de enzimas esteja presente no tecido dentinário. Dessa forma, concluiu-se que MMPs e CTs podem atuar sinergicamente na degradação da matriz orgânica dentinária, mas que parte dessa atividade proteolítica pode ser controlada pela presença de CHX, sobretudo, se essa estiver confinada no interior da camada híbrida / Abstract: To better understand the process of adhesion to dentin is essential to understand the biochemical and biomechanical structures of this substrate under normal conditions or when subjected to the different steps of the adhesive restorative procedure. Evidences indicate that the hybrid layer degradation can result from the activity of proteolytic enzymes, belonging to the family of matrix metalloproteinases (MMPs) and cysteine-cathepsins (CTs). However, it is still necessary to comprehend the role of these enzymes in this degrading process as well as to determine the best way to extend the durability of adhesive restorations. The general purpose of the present study was to characterize the human dentin proteolytic profile when exposed to different concentration of chlorhexidine digluconate (CHX), a potent inhibitor of MMPs activity. The effect of CHX on the dentin endogenous proteolytic activity was evaluated by the analysis of dentin matrix mechanical and biochemical properties and adhesive restorations durability. The first study evaluated the CHX ability to inhibit CTs (B, K and L) activity by the hydrolysis of fluorogenic substrates, verifying the binding affinity between CHX and enzymes. The dentin matrix treatment with different CHX concentrations was evaluated in the second study by the elastic modulus (E) and degree of collagen hydrolysis (hydroxyproline release) after storage for 1, 7 or 30 days in saline solution. Finally, the CHX therapeutic action as an inhibitor of dentin proteolytic activity was investigated by its ability to maintain the mechanical (bond strength) and morphological (nanoleakage) properties of adhesive interfaces treated with different CHX concentrations (0.2, 2.2 and 22 mM) after aging for 6 to 18 months. The third study evaluated the presence of CT-B and CT-K in human dentin using immunolabeling in SEM and TEM. MMPs and CTs proteolytic activities and a possible interaction between these two families were verified by in situ zymography and by spectrofluorimetry. Results showed, for the first time, that the CHX is a potent inhibitor of CTs in the pulp-dentin complex. However, CHX was not able to preserve the integrity of the dentin matrix E after the longest storage period. Likewise, higher collagen hydrolysis occurred after 30 days of storage when the samples were not treated or treated with low CHX concentration (0.2 mM) (p<0.05). It was noticeable that the collagen hydrolysis was minimum or insignificant when the dentin matrix was treated with the highest CHX concentration (22 mM) (p>0.05). CHX did not affect the immediate bond strength of adhesive interfaces and preserved the resin/dentin bond strength even after 6 or 18 months of storage. Similarly, less nanoleakage with silver particles, which means better morphological integrity, was observed for specimens treated with CHX and aged for 6 or 18 months in comparison with control samples. Immunohistochemistry images showed that the proteases CT-B and CT-K are present in human dentin matrix, not only in pre-dentin region and inside the dentin tubules as previous suggested. In situ zymography suggests that the MMPs gelatinolytic activity in dentin seems to be predominant when compared to CTs activities, although the spectrofluorimetry suggests that the proteolytic activity of both families of enzymes are present in dentin. In this way, it was concluded that MMPs and CTs may synergistically act in the dentin organic matrix degradation, but part of this proteolytic activity can be controlled by the presence of CHX, especially when it is restrained inside the hybrid layer / Doutorado / Materiais Dentarios / Doutora em Materiais Dentários
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Efeitos do consumo crônico de etanol sobre a atividade de MMP-2/MMP-9 e sobre o metabolismo do ácido retinóico nos lobos dorsais e laterais da próstata de ratos adultos = Effects of chronic ethanol consumption on the activity of MMP-2/MMP-9 and on retinoic acid metabolism in the dorsal and lateral prostate lobes of adult rats / Effects of chronic ethanol consumption on the activity of MMP-2/MMP-9 and on retinoic acid metabolism in the dorsal and lateral prostate lobes of adult ratsFontanelli, Beatriz Aparecida Fioruci, 1985- 30 October 2014 (has links)
Orientadores: Sérgio Luis Felisbino, Francisco Eduardo Martinez / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-08-27T11:21:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014 / Resumo: Pesquisadores têm mostrado que o consumo crônico de etanol altera a concentração do ácido retinóico, metabólito ativo da vitamina A, em muitos órgãos, incluindo a próstata. O ácido retinóico é essencial para o desenvolvimento normal da próstata e para a manutenção de sua homeostase. Alterações na concentração e no metabolismo do ácido retinóico estão relacionadas com o desenvolvimento de lesão na próstata. Adicionalmente, a atividade de metaloproteinases da matriz extracelular (MMPs), também está relacionada com o desenvolvimento de alterações na próstata. Assim, o presente trabalho teve por objetivo descrever os efeitos dos consumos, baixo e alto, de etanol sobre as proteínas envolvidas na síntese e no catabolismo do ácido retinóico (artigo I), bem como, sobre a atividade enzimática das MMPs (artigo II) nos lobos dorsais e laterais da próstata.Vinte ratos adultos (~ 90 dias de idade) de cada variedade, UChA e UChB, foram divididos nos grupos (n=10/grupo): UChA (consumo baixo de etanol, 0,2-2 g/kg/dia), UChAC (ratos que não consumiram etanol); UChB (consumo alto de etanol, > 2g/kg/dia), UChBC (ratos que não consumiram etanol).Após o período experimental (~ 150 dias de idade), os ratos foram eutanasiados por decapitação e os lobos dorsais e laterais das próstatas foram coletados e dissecados: (1) para avaliar os níveis e a localização das proteínas ALDH1A1, ALDH1A2, ALDH1A3, CYP26A1, CYP26B1, CYP2E1, através de western blot e imuno-histoquímica, bem como, a atividade catabólica das CYP26A1, CYP26B1, CYP2E1 por ensaio bioquímico e quantificação por HPLC-MS/MS; (2) e para avaliar a atividade da MMP-2 e da MMP-9, e os níveis dos inibidores teciduais de metaloproteinases (TIMP-1/ TIMP-2), através de zimografia e Elisa, respectivamente. No grupo UChA, a ALDH1A3 aumentou na próstata dorsal, enquanto as proteínas ALDH1A1 e ALDH1A2 diminuíram na próstata lateral. No grupo UChB, as proteínas ALDH1A1, ALDH1A2, e ALDH1A3 aumentaram na próstata dorsal, enquanto a ALDH1A3 diminuiu no lobo lateral. A concentração do ácido retinóico aumentou, indicando diminuição da atividade da CYP2E1, e diminuiu quando se avaliou a CYP26, indicando aumento de sua atividade na próstata dorsal do UChB. Além disso, o ácido retinóico diminuiu quando se avaliou a atividade de CYP total nos grupos experimentais, sendo somente aumentado na próstata lateral do UChA. O consumo baixo de etanol (grupo UChA) diminuiu a atividade das MMP-2 e MMP-9 e o nível das TIMP-2 e TIMP-1 na próstata lateral, enquanto que na próstata dorsal o etanol diminuiu a atividade de MMP-2 e o nível de TIMP-1. Por outro lado, no grupo UChB, o etanol diminuiu somente a atividade da MMP-9 na próstata lateral e não alterou os níveis de TIMP-1 e TIMP-2.Nossos resultados indicam que o etanol modula a síntese e o catabolismo do ácido retinóico na próstata do rato de modo dependente de sua concentração. Além disso, o consumo crônico e baixo de etanol diminui a atividade das metaloproteinases -2 e -9, sendo a próstata lateral o lobo afetado e, portanto, mais susceptível a estas alterações, do que o lobo prostático dorsal. / Abstract: Researchers have shown that chronic ethanol consumption alters the retinoic acid concentration, an active metabolite of vitamin A, in many organs including the prostate. The retinoic acid is essential for the normal development of prostate and for maintaining its glandular homeostasis. Changes in concentration and metabolism of retinoic acid are related to lesion development in the prostate. Additionally, the activity of matrix metalloproteinases (MMPs), also relates to development of alterations in prostate. Thus, this study aimed to describe the effects of low and high doses of ethanol consumption, on the proteins involved in the synthesis and catabolism of retinoic acid (Article I), as well as on the enzymatic activity of MMPs (Article II) the dorsal and lateral lobes of the prostate. Twenty adult rats (~ 90 days old) of each variety, UChA and UChB, were divided into groups (n = 10 / group): UChA (low ethanol consumption, 0.2-2 g /kg / day), UChAC (rats not consumed ethanol); UChB (high ethanol consumption, > 2 g/ kg/ day), UChBC (rats not consumed ethanol). After the experimental period (~ 150 days old), the rats were euthanized by decapitation and dorsal and lateral lobes of the prostates were collected and dissected: (1) for evaluate the levels and location of the proteins ALDH1A1, ALDH1A2, ALDH1A3, CYP26A1, CYP26B1, CYP2E1, by western blot and immunohistochemistry, as well as, catabolic activity of CYP26A1, CYP26B1, CYP2E1 by biochemical assay and quantification by HPLC¿MS/MS; (2) and to evaluate the activity of MMP-2 and MMP-9, and the levels of tissue inhibitors of metalloproteinases (TIMP-1 / TIMP-2) using zymography and ELISA, respectively. In the UChA group, ALDH1A3 increased in dorsal prostate, while the proteins ALDH1A2 and ALDH1A1 decreased in the lateral prostate. In the UChB group, the proteins ALDH1A1, ALDH1A2 and ALDH1A3 increased in the dorsal prostate, while ALDH1A3 decreased in the lateral lobe. The concentration of retinoic acid increased, indicating a decrease in the CYP2E1 activity, and decreased when evaluated CYP26, indicating increased of CYP26 activity in the UChB dorsal prostate. Furthermore, the retinoic acid decreased when assessing the CYP total activity in the experimental groups, but only increased in the lateral prostate of UChA. The low ethanol consumption (UChA group) reduced the activities of MMP-2 and MMP-9 and the levels of TIMP-2 and TIMP-1 in the lateral prostate, while dorsal prostate the ethanol decreased the MMP-2 activity and the level of TIMP-1. On the other hand, in the UChB group, ethanol only decreased the activity of MMP-9 in the lateral prostate and did not alter the levels of TIMP-1 and TIMP-2. Our results indicate that ethanol modulates the synthesis and catabolism of retinoic acid in the rat prostate in a concentration-dependent manner. In addition, the chronic and low consumption of ethanol decreases the activity of metalloproteinases -2 and -9 in the lateral lobe prostate, showing that this organ is more susceptible to these changes than dorsal lobe prostate / Doutorado / Anatomia / Doutora em Biologia Celular e Estrutural
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Matriz extracelular na aorta ascendente humana: quantificação morfométrica do colágeno em aortas normais e análise topográfica da matrilisina, estromelisina e plasmina em dissecções e aneurismas não-inflamatórios / -Luciano de Figueiredo Borges 06 March 2006 (has links)
Aneurismas e dissecções da aorta ascendente são caracterizados por degradação das fibras elásticas e de colágeno e diminuição de células musculares lisas, predominantemente em áreas mucóides, as quais são relacionadas ao acúmulo de glicosaminoglicanos ou proteoglicanos. Tendo em vistas tais alterações, estudamos a topologia das metaloproteases nestas doenças. Cortes de 5?m de aortas, fixadas em fomol e embebidas em parafina, foram submetidos a reações imuno-histoquímicas para MMP-3 (estromelisina), MMP-7 (matrilisina) e plasminogênio/plasmina na camada média. Em paralelo, cortes de aortas foram submetidos a coloração pela hematoxilina e eosina e azul de Alcian (para material mucóide). Aortas de 8 pacientes com aneurisma de aorta torácica e 10 com dissecções agudas foram analisadas. Adicionalmente, 9 aortas normais foram estudadas como controle. Em todos os casos, MMP-3 e, mais expressivamente, MMP-7 apresentaram marcação dentro dos acúmulos mucóides. Em contrapartida, a marcação para plasmina/plasminogênio situou-se ao redor deles. Fora dessas áreas, a MMP-3 mostrou distribuição intra e extracelular, a MMP-7 apresentou marcação intra e extracelular predominante na segunda metade da túnica média, e plasmina/plasminogênio teve co-localização com células musculares lisas. Considerando que matrilisina e estromelisina atuam sobre os proteoglicanos e sobre outros componentes da matriz extracelular, estas enzimas poderiam estar envolvidas diretamente na gênese dos aneurismas e dissecções da aorta ascendente, com possível modulação por plasminogênio/plasmina / In dissections and non-inflammatory aneurysms of the ascending aorta there is an increase in mucoid (proteoglycan) deposition. We analyzed by immunoperoxidase the distribution of stromelysin (MMP-7), matrilysin (MMP-3) and plasminogen/plasmin, enzymes that act on proteoglycans, in sections of human aortas with these diseases and in controls. In cases with any of these diseases MMP-7 and MMP-3 were accumulated in the areas of mucoid degeneration, and plasmin around them. Such enzymes could thus be involved in these diseases. We also evaluated by morphometry the amount of collagen in the two halves of the aortic media.
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Avaliação dos efeitos da doxiciclina sobre o bloqueio de metaloproteinases e na evolução funcional das pacientes com linfangioleiomiomatose / Evaluation of treatment with doxycycline over metalloproteinase blockage and functional assessment in patients with lymphangioleiomyomatosisPimenta, Suzana Pinheiro 31 August 2011 (has links)
A Linfangioleiomiomatose (LAM) é uma rara afecção, caracterizada pela substituição do parênquima pulmonar por cistos, resultando em prejuízo na troca gasosa e progressiva piora funcional. A patogênese da formação dos cistos permanece incerta, mas tem sido associada à hiperreatividade de metaloproteinases (MMP), principalmente MMP-2 e -9. Neste estudo foram avaliados os efeitos da doxiciclina, um potente inibidor de MMP, sobre a eficácia no bloqueio dos níveis sérico e urinário das MMP-2 e -9 após 12 meses de tratamento, bem como sobre os parâmetros funcionais das pacientes com LAM. Foi delineado um ensaio clínico prospectivo, não randomizado e não controlado, no qual as pacientes com LAM receberam doxiciclina (100 mg/dia) por 12 meses, realizando avaliações nos meses basal, 6 e 12 mês, através de prova de função pulmonar completa, teste de caminhada de seis minutos (TC6M), questionário de qualidade de vida (SF-36) e coleta de amostras de urina e sangue para dosagem das MMP-2 e -9. No total, 31 pacientes, com idade média (DP) de 43 (8) anos e diagnóstico estabelecido de LAM, receberam doxiciclina durante 12 meses. Após análise, observou-se bloqueio efetivo sobre a MMP-9 urinária, sendo a mediana (IQ) pré-doxiciclina de 10.487 pg/mL (4.565-20.963) e de 4.061 pg/mL (712-9.985) após 12 meses de doxiciclina (p<0,001). A MMP-2 sérica foi igualmente bloqueada, sendo a mediana (IQ) basal de 0 pg/mL (0-833) e de 0 pg/mL (0-179) após 12 meses (p=0,005). Não houve mudança significativa na MMP-9 sérica e os níveis urinários de MMP-2 não foram detectados nas pacientes. Na análise funcional, apesar de ter havido declínio de 70 mL na média do VEF1 das 31 pacientes, após 12 meses de tratamento, observou-se dois grupos distintos funcionalmente e em relação à qualidade de vida. Estes grupos foram obtidos de acordo com a variação do VEF1, sendo o primeiro grupo compreendido por 13 pacientes, em que o VEF1 permaneceu estável ou aumentou (G1), e o segundo com 18 pacientes que apresentaram queda no VEF1 (G2). A mediana (IQ) da variação do VEF1 em mL no grupo G1 foi de 70 mL (30 - 110) e no grupo G2 foi de - 140 mL [-260 - (- 110)], sendo p < 0,001. A mediana da variação da CVF também seguiu a mesma tendência, havendo ganho de 170 mL (30 - 250) no G1 e perda de - 20mL [-300 -(-80)] no G2 (p = 0,005). Embora não tenham sido observadas variações importantes nos volumes pulmonares, DLCO e no TC6M, o G1 apresentou melhora significativa nos domínios do SF-36 em relação ao G2. Foram observados alguns marcadores funcionais de resposta à doxiciclina, quando comparados G1 e G2 antes do início do tratamento, demonstrando que pacientes com maior relação VEF1/CVF e menor CPT apresentaram melhor resposta. Epigastralgia, náuseas e diarréia foram os efeitos adversos mais prevalentes, na maioria das vezes auto-limitados. Concluindo, pela primeira vez conseguiu-se evidenciar, em pacientes com LAM, a redução dos níveis séricos e urinários de MMP após uso de doxiciclina por 12 meses, mostrando-se uma medicação segura e aparentemente efetiva em tratar um subgrupo de pacientes funcionalmente menos obstruídas, com efeitos colaterais leves e toleráveis / Lymphangioleiomyomatosis (LAM) is a rare disease, characterized by substitution of lung parenchyma by cysts, resulting in impairment in the gas exchange and progressive functional worsening. The pathogenesis of development of cysts remains uncertain, but has been associated to overexpression of metalloproteinases (MMP), especially MMP-2 and -9. In this study, there have been analyzed the MMP-2 and MMP-9 blockage in the urine and blood of LAM patients, after doxycycline administration during 12 months, as well as on functional and quality of life parameters of LAM patients. A prospective clinical trial, non randomized and uncontrolled, has been designed, in which LAM patients have received doxycycline (100mg/day) for 12 months, and underwent pulmonary function tests, six-minute walk test (6MWT), quality of life assessment and blood and urine samples for MMP-2 e -9 dosage, undergoing evaluation in months basal, 6th and 12th. Overall, 31 patients mean age (SD) 43 (8) with established diagnosis of LAM have received doxycycline for 12 months. After analysis, it was observed an effective blockage over urinary MMP-9 levels, with a pre-doxycycline median (IQ) of 10,487 pg/mL (4,565-20,963), and 4,061 pg/mL (712-9,985) after 12-month doxycycline administration (p<0.001). The serum MMP-2 has been as well blocked with a basal median (IQ) of 0 pg/mL (0-833), and 0 pg/mL (0-179) after 12 months (p=0.005). There was no significant difference in serum MMP-9 levels, and urinary MMP-2 levels were untraceable. During functional parameters analysis, although there was a mean decline of 70 mL in FEV1 in the 31 patients after doxycycline treatment, we noticed two different groups concerning to the assessment of function tests and quality of life. These groups were obtained according to FEV1 variation; the first group comprised 13 patients in which the FEV1 increased or remained stable (G1), and the second group comprised 18 LAM patients in which FEV1 decreased (G2). The median (IQ) increase of FEV1 in mL , in G1, was 70 mL (30 - 110) and in G2 there was a decrease of -140 mL [-260 - (-110)], being p < 0.001. The median (IQ) variation in FVC followed the same tendency, presenting a increase of 170 mL (30 - 250) in G1 and a decrease of - 20mL [-300 -(-80)] in G2 (p = 0.005). Although there have been no relevant changes in lung volumes, DLCO and 6MWT variables, patients from G1 importantes nos volumes pulmonares, DLCO e no TC6M, o G1 apresentou melhora significativa nos domínios do SF-36 em relação ao G2. Foram observados alguns marcadores funcionais de resposta à doxiciclina, quando comparados G1 e G2 antes do início do tratamento, demonstrando que pacientes com maior relação VEF1/CVF e menor CPT apresentaram melhor resposta. Epigastralgia, náuseas e diarréia foram os efeitos adversos mais prevalentes, na maioria das vezes auto-limitados. Concluindo, pela primeira vez conseguiu-se evidenciar, em pacientes com LAM, a redução dos níveis séricos e urinários de MMP após uso de doxiciclina por 12 meses, mostrando-se uma medicação segura e aparentemente efetiva em tratar um subgrupo de pacientes funcionalmente menos obstruídas, com efeitos colaterais leves e toleráveis
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Avaliação dos efeitos da doxiciclina sobre o bloqueio de metaloproteinases e na evolução funcional das pacientes com linfangioleiomiomatose / Evaluation of treatment with doxycycline over metalloproteinase blockage and functional assessment in patients with lymphangioleiomyomatosisSuzana Pinheiro Pimenta 31 August 2011 (has links)
A Linfangioleiomiomatose (LAM) é uma rara afecção, caracterizada pela substituição do parênquima pulmonar por cistos, resultando em prejuízo na troca gasosa e progressiva piora funcional. A patogênese da formação dos cistos permanece incerta, mas tem sido associada à hiperreatividade de metaloproteinases (MMP), principalmente MMP-2 e -9. Neste estudo foram avaliados os efeitos da doxiciclina, um potente inibidor de MMP, sobre a eficácia no bloqueio dos níveis sérico e urinário das MMP-2 e -9 após 12 meses de tratamento, bem como sobre os parâmetros funcionais das pacientes com LAM. Foi delineado um ensaio clínico prospectivo, não randomizado e não controlado, no qual as pacientes com LAM receberam doxiciclina (100 mg/dia) por 12 meses, realizando avaliações nos meses basal, 6 e 12 mês, através de prova de função pulmonar completa, teste de caminhada de seis minutos (TC6M), questionário de qualidade de vida (SF-36) e coleta de amostras de urina e sangue para dosagem das MMP-2 e -9. No total, 31 pacientes, com idade média (DP) de 43 (8) anos e diagnóstico estabelecido de LAM, receberam doxiciclina durante 12 meses. Após análise, observou-se bloqueio efetivo sobre a MMP-9 urinária, sendo a mediana (IQ) pré-doxiciclina de 10.487 pg/mL (4.565-20.963) e de 4.061 pg/mL (712-9.985) após 12 meses de doxiciclina (p<0,001). A MMP-2 sérica foi igualmente bloqueada, sendo a mediana (IQ) basal de 0 pg/mL (0-833) e de 0 pg/mL (0-179) após 12 meses (p=0,005). Não houve mudança significativa na MMP-9 sérica e os níveis urinários de MMP-2 não foram detectados nas pacientes. Na análise funcional, apesar de ter havido declínio de 70 mL na média do VEF1 das 31 pacientes, após 12 meses de tratamento, observou-se dois grupos distintos funcionalmente e em relação à qualidade de vida. Estes grupos foram obtidos de acordo com a variação do VEF1, sendo o primeiro grupo compreendido por 13 pacientes, em que o VEF1 permaneceu estável ou aumentou (G1), e o segundo com 18 pacientes que apresentaram queda no VEF1 (G2). A mediana (IQ) da variação do VEF1 em mL no grupo G1 foi de 70 mL (30 - 110) e no grupo G2 foi de - 140 mL [-260 - (- 110)], sendo p < 0,001. A mediana da variação da CVF também seguiu a mesma tendência, havendo ganho de 170 mL (30 - 250) no G1 e perda de - 20mL [-300 -(-80)] no G2 (p = 0,005). Embora não tenham sido observadas variações importantes nos volumes pulmonares, DLCO e no TC6M, o G1 apresentou melhora significativa nos domínios do SF-36 em relação ao G2. Foram observados alguns marcadores funcionais de resposta à doxiciclina, quando comparados G1 e G2 antes do início do tratamento, demonstrando que pacientes com maior relação VEF1/CVF e menor CPT apresentaram melhor resposta. Epigastralgia, náuseas e diarréia foram os efeitos adversos mais prevalentes, na maioria das vezes auto-limitados. Concluindo, pela primeira vez conseguiu-se evidenciar, em pacientes com LAM, a redução dos níveis séricos e urinários de MMP após uso de doxiciclina por 12 meses, mostrando-se uma medicação segura e aparentemente efetiva em tratar um subgrupo de pacientes funcionalmente menos obstruídas, com efeitos colaterais leves e toleráveis / Lymphangioleiomyomatosis (LAM) is a rare disease, characterized by substitution of lung parenchyma by cysts, resulting in impairment in the gas exchange and progressive functional worsening. The pathogenesis of development of cysts remains uncertain, but has been associated to overexpression of metalloproteinases (MMP), especially MMP-2 and -9. In this study, there have been analyzed the MMP-2 and MMP-9 blockage in the urine and blood of LAM patients, after doxycycline administration during 12 months, as well as on functional and quality of life parameters of LAM patients. A prospective clinical trial, non randomized and uncontrolled, has been designed, in which LAM patients have received doxycycline (100mg/day) for 12 months, and underwent pulmonary function tests, six-minute walk test (6MWT), quality of life assessment and blood and urine samples for MMP-2 e -9 dosage, undergoing evaluation in months basal, 6th and 12th. Overall, 31 patients mean age (SD) 43 (8) with established diagnosis of LAM have received doxycycline for 12 months. After analysis, it was observed an effective blockage over urinary MMP-9 levels, with a pre-doxycycline median (IQ) of 10,487 pg/mL (4,565-20,963), and 4,061 pg/mL (712-9,985) after 12-month doxycycline administration (p<0.001). The serum MMP-2 has been as well blocked with a basal median (IQ) of 0 pg/mL (0-833), and 0 pg/mL (0-179) after 12 months (p=0.005). There was no significant difference in serum MMP-9 levels, and urinary MMP-2 levels were untraceable. During functional parameters analysis, although there was a mean decline of 70 mL in FEV1 in the 31 patients after doxycycline treatment, we noticed two different groups concerning to the assessment of function tests and quality of life. These groups were obtained according to FEV1 variation; the first group comprised 13 patients in which the FEV1 increased or remained stable (G1), and the second group comprised 18 LAM patients in which FEV1 decreased (G2). The median (IQ) increase of FEV1 in mL , in G1, was 70 mL (30 - 110) and in G2 there was a decrease of -140 mL [-260 - (-110)], being p < 0.001. The median (IQ) variation in FVC followed the same tendency, presenting a increase of 170 mL (30 - 250) in G1 and a decrease of - 20mL [-300 -(-80)] in G2 (p = 0.005). Although there have been no relevant changes in lung volumes, DLCO and 6MWT variables, patients from G1 importantes nos volumes pulmonares, DLCO e no TC6M, o G1 apresentou melhora significativa nos domínios do SF-36 em relação ao G2. Foram observados alguns marcadores funcionais de resposta à doxiciclina, quando comparados G1 e G2 antes do início do tratamento, demonstrando que pacientes com maior relação VEF1/CVF e menor CPT apresentaram melhor resposta. Epigastralgia, náuseas e diarréia foram os efeitos adversos mais prevalentes, na maioria das vezes auto-limitados. Concluindo, pela primeira vez conseguiu-se evidenciar, em pacientes com LAM, a redução dos níveis séricos e urinários de MMP após uso de doxiciclina por 12 meses, mostrando-se uma medicação segura e aparentemente efetiva em tratar um subgrupo de pacientes funcionalmente menos obstruídas, com efeitos colaterais leves e toleráveis
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Estudo imunohistoquímico da expressão de inibidores de metaloproteínas da matriz TIMP-2 e RECK nas lesões e câncer cervicalLIMA, Mirella Cristina Pereira de 11 September 2015 (has links)
Submitted by Fabio Sobreira Campos da Costa (fabio.sobreira@ufpe.br) on 2016-04-15T12:35:53Z
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Previous issue date: 2015-09-11 / CAPEs / O câncer de colo uterino é o terceiro câncer mais comum em mulheres. A infecção e persistência do papilomavirus humano (HPV) tem papel fundamental no surgimento e evolução das lesões cervicais, promovendo alterações no ciclo celular e proliferação celular descontrolada através das oncoproteínas E6 e E7. Entretanto, fazem-se necessários diversos outros fatores para o desenvolvimento de neoplasias. Entre estes, encontram-se as metaloproteinases de matriz (MMP), endopeptidases capazes de digerir matriz extracelular, membrana basal e induzir fatores de crescimento, que participam dos processos de invasão, metástase, angiogênese e recidiva tumorais. Em lesões neoplásicas, a síntese de MMPs encontra-se aumentada. Sua atividade normalmente é contrarregulada por inibidores endógenos, sendo muito comum que haja desequilíbrio nesta relação em lesões tumorais. A despeito de muito estudo sobre sua relação com o câncer cervical, sabe-se pouco sobre o papel das MMPs e seus inibidores na progressão de lesões cervicais causadas por HPV. Este estudo procura correlacionar a expressão de TIMP2 e RECK às lesões cervicais causadas por HPV. Foram utilizadas 115 amostras teciduais, obtidas por conização de lesões cervicais uterinas entre 2011 e 2015 no Hospital das Clínicas de Recife, nas quais foi realizado estudo histopatológico e imunohistoquímico. Foi observada reatividade fraca no citoplasma de células do tecido escamoso de 28,5% dos controles, sem nenhuma lâmina demonstrar reatividade moderada ou forte. Quanto ao núcleo, a quase totalidade das amostras não apresentou TIMP-2, enquanto 28,5% dos controles o fez. No epitélio glandular nenhuma amostra do Grupo Controle, NIC I ou NIC II foi positiva para TIMP2 no citoplasma e núcleo. Das amostras de NIC III, 6% demonstraram positividade no citoplasma. Os resultados de RECK no citoplasma do epitélio escamoso mostraram que a expressão de RECK no citoplasma de células epiteliais escamosas é significativamente maior quanto maior o grau de lesão do tecido, exceto no CC, onde a expressão é menor que a das lesões NIC III (p = 0,019). Os resultados demonstraram que a expressão nuclear de RECK em células epiteliais escamosas é significativamente menor nos tecidos displásicos (p < 0,001). Nas análises de citoplasma do epitélio glandular , nenhuma amostra do Grupo Controle, NIC I e NIC II foi positiva, havendo 3,6% de positividade nas lesões de NIC III, todas com reatividade fraca ou moderada, e 10% de positividade moderada nas amostras de CC. Nenhuma das amostras apresentou positividade nuclear. Os resultados obtidos demonstram menor expressão nuclear de TIMP2 e RECK na presença de displasia e maior expressão citoplasmática de RECK nas células escamosas. Esta foi maior quanto mais alto o grau de displasia, mas foi menor nas amostras de carcinoma do que nas de NIC III. Conclui-se que os inibidores de MMPs podem ter utilidade como marcadores imunohistológicos nas lesões cervicais, sendo necessários mais estudos para sua validação prática. / Cervical cancer is the third most common cancer in women. The infection and persistence of human papillomavirus (HPV) plays a key role in the emergence and evolution of cervical lesions, promoting changes in the cell cycle and uncontrolled cell proliferation through the oncoproteins E6 and E7. However, make up several other factors required for the development of malignancies. Among these are the matrix metalloproteinases (MMPs), endopeptidases capable of digesting the extracellular matrix, basement membrane and induce growth factors, that participate in the processes of invasion, metastasis, angiogenesis and tumor recurrence. In neoplastic lesions, MMPs synthesis is increased. Its activity is usually contrarregulada by endogenous inhibitors, being very common there is imbalance in this relationship in tumor lesions. Despite much study on its relationship with cervical cancer, little is known about the role of MMPs and their inhibitors in the progression of cervical lesions caused by HPV. This study tries to correlate the expression of RECK and TIMP2 the cervical lesions caused by HPV. 115 tissue samples were used, obtained by conization to uterine cervical lesions between 2011 and 2015 at the Hospital das Clinicas of Recife, in which was conducted histopathological and immunohistochemical study. Weak reactivity was observed in the cytoplasm of the squamous tissue cells of 28.5% of controls, with no slide show moderate or strong reactivity. As for the core, almost all of the samples showed no TIMP-2, while 28.5% of controls did. Glandular epithelium in any sample of the control group, CIN I or CIN II was positive for TIMP2 in the cytoplasm and nucleus. Samples of CIN III, 6% showed positivity in the cytoplasm. The results of RECK in the cytoplasm of squamous epithelium showed that RECK expression in the cytoplasm of squamous epithelial cells is significantly higher the higher the degree of tissue injury, except DC, where expression is lower than that of CIN III lesions (p = 0.019). The results showed that nuclear RECK expression in squamous epithelial cells is significantly lower in dysplastic tissues (p <0.001). In the cytoplasm analysis of glandular epithelium, no sample of the control group, CIN I and CIN II was positive, with 3.6% of positivity in CIN III lesions, all with low or moderate reactivity, and 10% moderate positivity in the samples DC. None of the samples showed nuclear positivity. The results showed lower nuclear expression TIMP2 and RECK in the presence of dysplasia and increased cytoplasmic expression of RECK in squamous cells. This was greater the higher the degree of dysplasia, but was lower in carcinoma samples than in CIN III. We conclude that MMP inhibitors may have utility as immunohistological markers in cervical lesions, more research is needed to validate your practice.
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Estudo da express?o imuno-histoqu?mica das prote?nas MMP-9, MMP-13 e TIMP-1 em ameloblastomas e tumores odontog?nicos ceratocistosJuliasse, Luiz Eduardo Rodrigues 28 February 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-02-28 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient?fico e Tecnol?gico / Ameloblastomas and keratocystic odontogenic tumors (KOT) represent odontogenic lesions that, despite their benign nature, are distinguished by a distinct biological behavior, characterized by locally aggressive growth and recurrent episodes. The gnathic bone resorption caused by the growth of these lesions is a key to the expansion of the same, both being mediated by osteoclastic cells like enzymatic activity of various matrix metalloproteinases (MMPs) factor. The expression of stimulatory factors and inhibitors of bone resorption has been correlated with the development of these lesions, with emphasis to some MMPs such as collagenases and gelatinases and tissue inhibitors of metalloproteinases (TIMPs), among others. Based on the premise that stimulatory and inhibitory factors of osteolytic processes can be decisive for the growth rate of intraosseous odontogenic lesions, this experiment evaluated the immunoreactivity of MMP-9, -13 and TIMP-1 protein in the epithelium and mesenchyme of ameloblastoma and the KOT specimens, by a quantitative analysis of the immunoreactivity cells. Statistical analysis was performed using the Mann-Whitney and Wilcoxon tests with a significance level set at 5 %. Immunohistochemical expression of MMP-9, -13 and TIMP-1 was observed in 100% of cases both in the epithelium and in mesenchyme. The immunoreactivity in the epithelium of KOT and ameloblastomas revealed a predominance of score 3 for MMP-9 (p=0.382) and MMP-13 (p=0.069) and no statistically significance for TIMP-1, the latter being significantly higher immunoreactivity in ameloblastomas. In the mesenchyme, there was a higher score immunoreactivity of MMP-13 (p=0.031) in ameloblastomas in relation to KOT, whereas for MMP-9 and TIMP-1 no statistically significant difference (p=0.403 was observed, p=1.000). The calculation of the ratio of scores revealed expression of proteins in general, similarity of the lesions, a significant predominance of equal expression of TIMP-1 and MMP-9 was observed only in the epithelium of ameloblastoma. The marked immunostaining of MMP-9 , MMP-13 and TIMP-1 in epithelium and mesenchyme of the lesion indicate that these proteins involved in ECM remodeling required for tumor progression, however, specific differences in the expression of some of these proteins, are not sufficient to suggest differences in the biological behavior of ameloblastomas and KOTs / Os ameloblastomas e tumores odontog?nicos ceratoc?sticos (TOC) representam les?es odontog?nicas que, apesar de sua natureza benigna, se destacam por um comportamento biol?gico distinto, caracterizado pelo crescimento localmente agressivo e epis?dios recidivantes. A reabsor??o dos ossos gn?ticos provocada pelo crescimento dessas les?es constitui um fator determinante ? expans?o das mesmas, sendo mediada tanto por c?lulas osteocl?sticas como pela a??o enzim?tica de diversas metaloproteinases de matriz (MMPs). A express?o de fatores estimuladores e inibidores da reabsor??o ?ssea vem sendo correlacionada com o desenvolvimento destas les?es, merecendo destaque algumas MMPs como as colagenases e as gelatinases e os inibidores teciduais de metaloproteinases (TIMPs), dentre outros. Baseados na premissa de que fatores estimuladores e inibidores de processos osteol?ticos podem ser determinantes para o ritmo de crescimento de les?es odontog?nicas intra?sseas, o objetivo de estudo foi avaliar a imunoexpress?o das prote?nas MMP-9, -13 e TIMP-1 no epit?lio e mes?nquima de esp?cimes de ameloblastomas e TOC. A an?lise estat?stica foi realizada atrav?s dos testes de Mann-Whitney e Wilcoxon com n?vel de signific?ncia estabelecido em 5%. Atrav?s de uma an?lise quantitativa das c?lulas imunomarcadas, foi observada a express?o imuno-histoqu?mica das MMP-9, -13 e TIMP-1 em 100% dos casos, tanto no epit?lio quanto no mes?nquima tumoral. Mais de 76% das c?lulas epiteliais (escore 3) dos TOC e ameloblastomas apresentaram imunomarca??o para MMP-9 (p=0,382) e MMP-13 (p=0,069), sendo estatisticamente significativa para o TIMP-1 (p=0,003) nos ameloblastomas. No mes?nquima, observou-se maior escore de imunomarca??o da MMP-13 (p=0,031) nos ameloblastomas em rela??o aos TOC, enquanto para a MMP-9 e TIMP-1 n?o se observou diferen?a estatisticamente significativa (p=0,403; p=1,000). O c?lculo da raz?o entre os escores de express?o das prote?nas revelou, de uma maneira geral, similaridade entre as les?es, sendo observado predom?nio significante de igualdade de express?o do TIMP-1 e da MMP-9 apenas no epit?lio dos ameloblastomas. A imunoexpress?o marcante das MMP-9, MMP-13 e TIMP-1 no epit?lio e mes?nquima das les?es estudadas indica que estas prote?nas participam na remodela??o da MEC necess?ria ? progress?o tumoral, no entanto, as diferen?as pontuais observadas na express?o de algumas destas prote?nas, n?o s?o suficientes para sugerir diferen?as no comportamento biol?gico dos ameloblastomas e dos TOCs
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Mecanismos envolvidos no remodelamento vascular promovido pelo tratamento com omeprazol / Mechanisms involved in vascular remodeling promoted by treatment with omeprazoleNogueira, Renato Corrêa 28 March 2019 (has links)
Existe uma relação entre o uso abrangente de inibidores da bomba de prótons (IBPs), como o omeprazol, e o aumento de risco cardiovascular. Essa relação está associada ao efeito dos IBPs de interferir na síntese e biodisponibilidade do óxido nítrico (NO), um fator importante na homeostase vascular. Também foi evidenciado que o omeprazol causa disfunção endotelial junto a um desequilíbrio redox em aortas, mediado pela ativação da enzima xantina oxidoredutase (XOR), responsável pelo catabolismo das purinas e geração de espécies reativas de oxigênio (ERO). As ERO decorrentes da atividade da XOR, podem aumentar a expressão e a atividade de metaloproteinases de matriz (MMPs), principalmente a MMP-2, que são promotoras de remodelamento tecidual. Assim, nosso objetivo foi analisar se o omeprazol causa remodelamento vascular em aorta de ratos, frente ao seu efeito de aumento do estresse oxidativo via XOR promovendo ativação de MMPs. Foram utilizados ratos wistar com peso entre 180-200 g (n=40), separados em 4 grupos de tratamento onde cada animal foi tratado com 0,5 mL de solução das drogas nas seguintes especificações: o grupo Controle (C) foi tratado com solução veículo tween 2% (vol./vol.) 1 vez ao dia por gavagem, o grupo Alopurinol (A) recebeu uma solução deste inibidor de XOR por gavagem (50 mg/kg/dia), o grupo Omeprazol (O) que recebeu uma solução de omeprazol diluída em tween 2% por via intraperitoneal (10 mg/kg/dia) e por fim, o grupo Omeprazol+Alopurinol (O+A) que recebeu as duas drogas concomitantemente. O protocolo experimental durou 4 semanas, durante as quais foram realizadas aferições da pressão arterial sistólica por pletismografia de cauda. Ao fim do tratamento, os animais foram submetidos à eutanásia, onde foi aferido o pH do lavado gástrico e foi coletada a aorta torácica para a análise de reatividade vascular, análise bioquímica de ERO, a análise morfométrica, e ensaio de atividade de MMPs. Não houve variação de pressão arterial em nenhum dos grupos. O tratamento com alopurinol não alterou nenhum dos parâmetros analisados em relação ao grupo controle neste estudo. O pH gástrico aumentou nos grupos tratados com omeprazol. Na reatividade vascular, observamos que o omeprazol diminuiu o efeito máximo da resposta vasodilatadora dos anéis de aorta à acetilcolina, mas que o tratamento associado ao alopurinol (O+A) preveniu essa diminuição. Em relação ao pD2, foi constatado que o tratamento com omeprazol resulta na diminuição da potência da acetilcolina em causar relaxamento vascular, e que a associação do tratamento com alopurinol, não foi capaz de prevenir essa diminuição. O grupo O também apresentou aumento de espécies reativas de oxigênio no leito vascular, observados no ensaio DHE e o tratamento com alopurinol preveniu este efeito. No ensaio de atividade gelatinolítica in situ observamos um aumento da atividade de MMPs no grupo O, e o tratamento com alopurinol também preveniu esse efeito. Na análise morfométrica observamos que o grupo O apresentou aumento dos parâmetros de remodelamento vascular, denotando um remodelamento hipertrófico, que foi prevenido pela associação com alopurinol. Com base nos resultados, é possível concluir que o tratamento com omeprazol causou remodelamento em aortas de ratos, e que esse efeito ocorreu paralelamente a outros prejuízos, como a diminuição da função vascular avaliada pela resposta à acetilcolina, aumento de espécies reativas de oxigênio e aumento de atividade de MMPs. Como todos esses efeitos resultantes do uso do omeprazol foram prevenidos pela associação do tratamento com alopurinol, é viável inferir que a XOR participe da via pela qual o omeprazol causa efeitos deletérios sobre a vasculatura / There is a relationship between the use of proton pump inhibitors (PPIs), such as omeprazole, and the increase of cardiovascular risk. This relation is associated with the effect of PPIs on nitric oxide synthesis and bioavailability, which is an important factor to vascular homeostasis. It also clear that omeprazole causes endothelial dysfunction by mechanisms involving xanthine oxidoreductase (XOR) mediated redox imbalance in aortas, which is responsible for purines catabolism, and generates reactive oxygen species (ROS). ROS derived from XOR activity, may increase matrix metalloproteinases expression and activity, mainly MMP-2 that are promoters of tissue remodeling. Thus, our aim was to analyze if omeprazole entails vascular remodeling in rat\'s aorta, with its effect of causing oxidative stress via XOR, promoting MMPs activation. Male rats weighing between 180-200g (n=40) were assigned to 4 groups with different treatments, where each animal was treated with 0.5 mL of drug solution, following the specification per group: Control group (C) was treated with the vehicle tween 2% (vol./vol.) 1 time a day by gavage; Allopurinol group (A) that received a solution of this XOR inhibitor by gavage (50mg/kg/day), Omeprazole group (O) which was treated by intraperitoneal route with a solution of omeprazole diluted at tween 2% (10 mg/kg/day) and at last, the Omeprazole+Allopurinol group (O+A), that received both drugs concomitantly. The experimental protocol lasted 4 weeks, during which, were performed systolic blood pressure measurements by tail cuff plethysmography. By the end of treatments, the animals were submitted to euthanasia, then the pH of the gastric washing was measured, and the thoracic aorta was collected to study vascular reactivity, biochemical analysis of ROS, morphometric analysis and MMPs activity assay. There was no blood pressure variation in any of the treatment groups. Treatment with allopurinol did not alter any of the parameters that were analyzed in the present study, in comparison to control group. Gastric washing pH increased in groups treated with omeprazole. In vascular reactivity, it was noticed that omeprazole decreased the maximum effect of the aortic ring\'s vasodilator response to acetylcholine, while the omeprazole treatment associated with allopurinol (O+A) prevented this decrease. Regarding to pD2, it was observed that omeprazole treatment results in decreased acetylcholine potency to cause vascular relaxation, and the association to allopurinol treatment was not capable of preventing this decrease. The O group also presented increased reactive oxygen species levels in the vascular bed, according to DHE assay, and the treatment with allopurinol prevented this effect. With respect to in situ gelatinolytic activity assay, we noticed an increase in MMPs activity in the O group, and the treatment with allopurinol prevented that. The morphometric analysis showed the O group with increased vascular remodeling parameters, denoting a hypertrophic remodeling, which was prevented by the association with allopurinol. Based on these results, is possible to conclude that the treatment with omeprazole caused aortic remodeling in rats, and combined to this effect, some other were observed, such as the vascular function impairment evaluated by the response to acetylcholine, the increase of ROS and increase in MMPs activity. As the effects of omeprazole treatment were prevented by the association of treatment with allopurinol, it is reasonable to infer that XOR participates of the pathway by which omeprazole exerts its deleterious effects on the vasculature
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