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Potencial fitotóxico, antifúngico e antioxidante de extratos foliares de Myrcia splendens (Sw) DC. (Myrtaceae)

Pontes, Flávia Cevithereza 27 March 2015 (has links)
Submitted by Luciana Sebin (lusebin@ufscar.br) on 2016-09-14T12:16:38Z No. of bitstreams: 1 DissFCP.pdf: 4494134 bytes, checksum: 579efc0cd432aa20fa0626c57daa20b5 (MD5) / Approved for entry into archive by Marina Freitas (marinapf@ufscar.br) on 2016-09-15T13:58:27Z (GMT) No. of bitstreams: 1 DissFCP.pdf: 4494134 bytes, checksum: 579efc0cd432aa20fa0626c57daa20b5 (MD5) / Approved for entry into archive by Marina Freitas (marinapf@ufscar.br) on 2016-09-15T13:58:35Z (GMT) No. of bitstreams: 1 DissFCP.pdf: 4494134 bytes, checksum: 579efc0cd432aa20fa0626c57daa20b5 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-09-15T13:58:44Z (GMT). No. of bitstreams: 1 DissFCP.pdf: 4494134 bytes, checksum: 579efc0cd432aa20fa0626c57daa20b5 (MD5) Previous issue date: 2015-03-27 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) / During its evolutionary process, plants have developed biosynthetic pathways by which they produce and accumulate a wide variety of secondary compounds that receive this name because they are not directly involved in the primary processes of plant growth and development. Many of these secondary compounds are responsible for chemical protection of plants against pathogens, herbivores, competing plants, ultraviolet radiation and other environmental stresses. The production of secondary metabolites can vary quantitatively and qualitatively between individuals of the same species, between plants of different species, between organs, between stages of plant development and are under influences of environmental factors. Studies of the biological effects of these compounds represent an important tool for the development of more specific and natural pesticides that are less harmful to the environment, as well as drugs and natural preservatives for food. Myrcia splendens (Sw.) DC. is a tree species found in the Brazilian cerrado and there are few published papers dealing with this species and its secondary metabolites to act as potential natural pesticides, antioxidant and antifungal. The methodology for the extraction of secondary metabolites can determine the composition of extracts and influence the activity of them. In this sense, in the first chapter of this work investigations were carried out on the phytotoxic potential of extracts of M. splendens young leaves from two different extraction methodologies. The 2C extract had the highest overall phytotoxic activity, showing promise in the search phytotoxic substances. In the second chapter, we investigate the phytotoxic potential of extracts and fractions of mature leaves of M. splendens from the two extraction methods carried out and was identified one of the secondary metabolites possibly associated with the phytotoxicity of the most active fractions. 2B fraction had the highest total inhibitory activity and so was fractionated, resulting in 14 fractions, which were also tested in wheat coleoptile. The FM8 and FM9 fractions, which had inhibitory activity and sufficient income, were subjected to HPLC for isolation of major compound. Identification by NMR spectra revealed that the major compound is miricitrin (myricetin-3-O-rhamnoside). In the last chapter, the extracts of mature leaves of M. splendens were tested for their antioxidant potential based on their ability to react with the free radical DPPH (2,2-diphenyl-1-picrylhidrazila) and antifungal potential using the plant pathogenic fungus Alternaria alternata as the target species. Most of the extracts showed a strong antioxidant activity, especially those iv! ! extracted with more polar solvents. On the other hand, only one of the extracts (2B) showed inhibitory activity on mycelial growth of the phytopathogenic fungus tested. / Ao longo do seu processo evolutivo, as plantas desenvolveram rotas biossintéticas pelas quais produzem e acumulam uma imensa variedade de compostos secundários, que recebem este nome por não estarem diretamente envolvidos nos processos primários de crescimento e desenvolvimento vegetal. Muitos desses compostos secundários são responsáveis pela defesa química das plantas contra patógenos, herbívoros, plantas competidoras, radiação ultravioleta e outros estresses ambientais. A produção de metabólitos secundários pode variar quantitativa e qualitativamente entre indivíduos de uma mesma espécie, entre plantas de espécies diferentes, entre órgãos, entre estágios do desenvolvimento vegetal e sobre influências de fatores ambientais. Os estudos realizados sobre os efeitos biológicos destes compostos representam uma importante ferramenta para o desenvolvimento de agroquímicos naturais mais específicos e menos prejudiciais ao ambiente, bem como de medicamentos e conservantes naturais para a indústria alimentícia. Myrcia splendens (Sw.) DC. é uma especie arbórea encontrada no cerrado brasileiro e existem poucos os trabalhos publicados que tratam de investigações do potencial desta espécie e de seus metabólitos secundários para atuarem como pesticidas naturais, antioxidantes e antifúngicos. A metodologia empregada para a extração de metabólitos secundários pode determinar a constituição e rendimento dos extratos e influenciar a atividade dos mesmos. Nesse sentido, no primeiro capítulo deste trabalho foram realizadas investigações sobre o potencial fitotóxico de extratos de folhas jovens de M. splendens oriundos de duas metodologias de extração diferentes. O extrato 2C teve a maior atividade fitotóxica geral, se mostrando promissor na busca de substâncias fitotóxicas. No segundo capítulo, foi investigado o potencial fitotóxico de extratos e frações de folhas maduras de M. splendens das duas metodologias de extração realizadas e foi identificado um dos metabólitos secundários possivelmente associado à fitotoxicidade das frações mais ativas. A fração 2B apresentou a maior atividade inibitória total e por isso foi fracionada, resultando em 14 frações, que também foram testadas em coleóptilos de trigo. As frações FM8 e FM9, que possuíam atividade inibitória e rendimento suficiente, foram submetidas a CLAE para isolamento do composto majoritário. A identificação foi feita por espectros de RMN e revelou que o composto majoritário é a miricitrina (miricetina-3-O-ramnosídeo). No último capítulo, os extratos de folhas maduras de M. splendens foram testadas quanto ao seu potencial antioxidante baseado habilidade de reagir com o radical livre DPPH (2,2-difenil-1-picrilhidrazila) e antifúngico usando como espécie-alvo o fungo fitopatogênico Alternaria ii! ! alternata. A maior parte dos extratos apresentaram atividade antioxidante muito forte, especialmente aqueles extraídos com solventes mais polares. Por outro lado, apenas um dos extratos (2B) apresentou atividade inibitória no crescimento micelial do fitopatógeno testado.
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Mecanismos envolvidos na ação antinociceptiva e antiinflamatória do flavonóide miricitrina: estudos in vivo e in vitro" / Mechanisms involved in the antinociceptive and antiinflammatory activity of myricitrin: in vivo and in vitro studies

Meotti, Flavia Carla 02 May 2006 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The intake of flavonoids is closely associated with diminished risks of cancer, atherosclerosis and other chronic inflammation disturbance related. These compounds are described, mainly, by their anti-inflammatory and antioxidant activities. Myricitrin is a flavonoid that inhibits protein kinases and NO production. Therefore, the research of the mechanisms by which these compounds exerts their effects is extremely interesting for the therapeutic application. In this study, the antinociceptive and anti-inflammatory activities of myricitrin as well as its mechanisms of action were investigated. The systemic (p.o. or i.p.) and central (i.c.v. or i.t.) administration of myricitrin reduced in a dose-dependent manner the visceral pain induced by acetic acid. The i.p. treatment with myricitrin also prevented nociception induced by i.pl. injection of glutamate, capsaicin, PMA and by i.t. injection of glutamate, SP, TNF-α and IL-1β in mice. In addition, myricitrin treatment inhibited mechanical hyperalgesia induced by BK, but not that induced by epinephrine or PGE2 in rats. Western blot analysis revealed that myricitrin treatment fully prevented PKCα and PKCε activation by PMA in mice hindpaw. The antinociception caused by myricitrin in the acetic acid test was significantly reverted by Gi/o protein inactivation (pertussis toxin treatment); treatment with ATPgated K+ channel blocker (glibenclamide), CaCl2 and L-arginine (NO precursor) administration. However, myricitrin-induced antinociception was modified neither by antagonist opioid (naloxone) nor by neonatal capsaicin treatment (which depletes 80% of unmyelinated C fibers). In addition, myricitrin effects were not associated with sedative and muscle-relaxant action. In vitro assays using slices of cerebral cortex of rats revealed that myricitrin inhibited calcium transport in a depolarizing condition; however, at higher concentration, it inhibited calcium transport also in a non-depolarizing condition. Myricitrin increased nociceptive threshold in mechanical allodynia induced by both partial sciatic nerve ligation (neuropathic pain) and FCA i.pl. injection (inflammatory chronic pain). This same treatment decreased paw edema, morphological alterations and MPO activity (proinflammatory enzyme) in FCA hindpaw. On the other hand, it did not reduce neutrophils migration to inflammation site. Myricitrin produced potent antioxidant activity when assessed by Fe2+-induced lipid peroxidation. In conclusion, the present study showed that myricitrin exhibits antinociceptive and anti-inflammatory activity when analyzed in acute and chronic models of nociception. The mechanisms involved in the myricitrin beneficial effects included Gi/o protein activation, ATP- gated K+ channels opening, inhibition of PKC, NO synthesis, wedged of Ca2+ transport, inhibition of MPO activity and scavenger action. / O consumo de flavonóides através da dieta está positivamente relacionado com a diminuição do risco de câncer, ateroesclerose e agravamento de doenças relacionadas com inflamação e estresse oxidativo. Estes compostos são descritos, principlamente, pelas suas ações antiinflamatórias e antioxidantes. A miricitrina é um flavonóide que possui propriedades de inibir proteínas quinases, a síntese de NO entre outras. Desta forma, é de grande interesse a pesquisa destes compostos com finalidade terapêutica. No presente trabalho investigou-se as propriedades antinociceptivas e antiinflamatórias do flavonóide miricitrina, bem como os possíveis mecanismos envolvidos em tal processo. A administração sistêmica (oral ou i.p.) e central (i.c.v. ou i.t.) de miricitrina reduziu de forma dependente da dose o número de contorções abdominais induzidas pelo ácido acético. O tratamento i.p. com a miricitrina também preveniu a nocicepção induzida pela injeção i.pl. de glutamato, capsaicina e PMA, bem como, a nocicepção induzida pela injeção i.t. de glutamato, SP, TNF-α e IL-1β em camundongos. Além disso, o tratamento com miricitrina inibiu a hiperalgesia mecânica induzida pela BK, mas não aquela induzida pela epinefrina e PGE2 em ratos. Análises de Western blot revelaram que o tratamento com miricitrina inibiu completamente a ativação da PKCα e PKCε induzida pela injeção i.pl. de PMA. A antinocicepção causada pela miricitrina no teste do ácido acético foi significativamente revertida pelo pré-tratamento dos animais com o inativador da proteína Gi/o (toxina pertussis); com o bloqueador de canal de K+ (glibenclamida); com o precursor de NO (L-arginina) e o CaCl2. Entretanto, a antinocicepção provocada pela miricitrina não foi afetada pelo tratamento com antagonista opióide (naloxona); pelo tratamento neonatal com capsaicina (destrói 80% das fibras sensorias não mielinizadas do tipo C) e não está relacionada com uma ação sedativa, relaxante muscular ou hipotérmica do composto. Além disso, ensaios in vitro em fatias de córtex cerebral de ratos revelaram que a miricitrina inibe o transporte de cálcio em uma condição despolarizante, embora, quando em alta concentração, miricitrina inibe o transporte de cálcio também em condição nãodespolarizante. A miricitrina reduziu a alodínia mecânica induzida pela ligadura parcial de nervo ciático (dor neuropática) e pela injeção i.pl. de FCA (dor inflamatória crônica). Este mesmo tratamento reduziu o edema de pata, as alterações morfológicas e a atividade da MPO (enzima pró-inflamatória) na pata injetada com FCA, porém não reduziu a migração de neutrófilos ao local da inflamação. A miricitrina mostrou potente ação antioxidante frente à peroxidação lipídica induzida por Fe2+. De acordo com o presente trabalho pode-se concluir que a miricitrina é dotada de atividade antinociceptiva e antiinflamatória quando avaliada em modelos de nocicepção aguda e crônica. Os mecanismos de sua ação antinociceptiva e antiinflamatória incluem a ativação de proteína Gi/o e abertura de canais de K+, a inibição da PKC, da síntese de NO, bloqueio do transporte de Ca2+, inibição da atividade da MPO e neutralização de radicais livres.

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