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Mortalidade por homicídios, acidentes de transporte e suicídios no município de Belo Horizonte e região metropolitana, em série histórica de 1980-2000 / Mortality from Homicides, Traffic Accidents and Suicides in Belo Horizonte and the Metropolitan region, in a historical time series from 1980 - 2000

Lenice de Castro Mendes Villela 16 February 2005 (has links)
Objetivo: Estudar o perfil epidemiológico da mortalidade por Homicídios, Acidentes de Transporte e Suicídios no município de Belo Horizonte e Região Metropolitana, na série histórica de 1980 a 2000. Métodos: O estudo apresenta um desenho ecológico, do tipo série histórica. Os indicadores de mortalidade foram os coeficientes específicos por sexo, idade e gerais padronizados; a mortalidade proporcional; a razão de mortalidade segundo sexo e idade e os incrementos / decrementos percentuais. A população utilizada como padrão foi a de 1980. Os óbitos por Homicídios, Acidentes de Transporte e Suicídios e as estimativas populacionais, segundo o ano calendário, sexo, idade e município de residência foram extraídos da base de dados do DATASUS. No período entre 1980 e 1995, os óbitos foram codificados, segundo a IX Classificação Internacional de Doenças - CID 9ª Revisão, e, a partir de 1996, segundo a CID - 10ª Revisão. A análise de tendência temporal foi desenvolvida no software SPSS para Windows, utilizando-se a técnica de regressão linear simples, com nível de significância (? < 0,05). Resultados: Nas duas regiões geográficas, os indicadores de mortalidade apresentaram maior magnitude para o sexo masculino. A razão de coeficientes específicos de mortalidade apresentou maior magnitude nas faixas etárias entre 20 e 49 anos. Os coeficientes específicos de mortalidade por Homicídios apresentaram maior magnitude na região Metropolitana e os Suicídios e Acidentes de Transporte, em Belo Horizonte. Os maiores coeficientes de mortalidade por Homicídios e Suicídios, em ambas regiões e sexos, ocorreram entre a faixa de 15 a 49 anos, e por Acidentes de Transporte, na faixa etária de \"70 anos e mais\". Com relação à variação percentual dos coeficientes de mortalidade, verificaram-se incrementos percentuais para os Homicídios, exceto na faixa etária de 40 a 49 anos, ocorrendo decrementos destes indicadores para os Acidentes de Transporte, em todas as faixas etárias. Os Suicídios, mesmo com oscilações, apresentaram incrementos nas faixas etárias de \"15 a 19 anos\" e \"40 a 49 anos\". As tendências dos coeficientes específicos de mortalidade, ao longo da série, apresentaram ascensão para os Homicídios (p < 0,05), exceto, na faixa etária de \"40 a 49 anos\". Os Acidentes de Transporte apresentaram tendência de declínio ou estabilização, ao longo do período. Para os Suicídios ocorreu uma tendência de ascensão no sexo masculino, na faixa etária de \"20 a 29\" e de \"40 a 49 anos\". A tendência dos coeficientes gerais padronizados de mortalidade por Homicídios, em ambas regiões, apresentou um padrão de ascensão (p < 0,05). Nos Acidentes de Transporte e nos Suicídios observou-se uma tendência de estabilização, com um discreto declínio no sexo feminino.(p < 0,05). Conclusão: A evolução dos coeficientes, ao longo da série histórica, evidenciou a importância epidemiológica dos três grupos de causas externas, entre as quais destacaram-se os Homicídios, em ambas as regiões estudadas. Considerando os diferentes espaços geográficos e, as desigualdades sócio-espaciais, esses resultados sugerem a necessidade de implantação de programas efetivos de promoção e prevenção em saúde, direcionados para os jovens, adultos e idosos, principalmente do sexo masculino. Tais medidas podem contribuir para o controle e para a diminuição da expansão destes agravos, de fundamental importância para a Saúde Pública. / Objective: To study the epidemiological profile of mortality from Homicides, Traffic Accidents and Suicides in Belo Horizonte and its Metropolitan Region, Brazil, in a historical time series from 1980 to 2000. Methods: The study adopts an ecological design, by means of a time series. The mortality indices used were the age-specific and general standardized coefficients, proportional mortality, mortality rates according to gender and percentage increases / decreases. The 1980 population was as standard Homicides, Traffic Accidents and Suicides deaths and population estimates, according to calendar year, gender, age and city of residence were extracted from the DATASUS database. For the period between 1980 and 1995, deaths were coded according to the IX International Classification of Diseases - ICD 9th Review and, from 1996 onwards, according to the ICD - 10th Review. The temporal tendency analysis was carried out using SPSS software for Windows, by means of the simple linear regression technique, with an ? < 0,05 significance level. Results: In both regions, mortality rates were higher among men. The age-specific mortality coefficient ratio was higher in the age ranges from 20 to 49 years. While age-specific Homicides mortality rates were more elevated in the Metropolitan region, a larger number of Suicides and Traffic Accidents occurred in Belo Horizonte. For both regions and genders, the highest Homicides and Suicides mortality rates occurred in the age range from 15 to 49 years, while Traffic Accidents deaths were highest in the range of \"70 years and older\". Concerning the percentage variation in mortality coefficients, a percentage increase occurred for Homicides, except in the age range from 40 to 49 years, while Traffic Accidents mortality rates decreased along all age ranges. In spite of oscillations, Suicides deaths increased in the group \"15 to 19 years\" and from \"40 to 49 years\". The time series displayed a rising tendency in specific Homicides mortality rates (p < 0,05), except in the age group \"40 to 49 years\". Traffic Accidents revealed a downward or stabilizing tendency throughout the period. For Suicides, an upward tendency appeared among men between \"20 and 29\" and between \"40 and 49\" years old. In both regions, there was a rising tendency in the general standardized Homicide mortality rates (p < 0,05). A stabilizing tendency was observed for Traffic Accidents and Suicides, with a slight decrease among women.(p < 0,05). Conclusion: The evolution in mortality rates in the time series disclosed the epidemiological importance of these three groups of external causes, especially Homicides, in both regions. In view of different geographical areas and socio-spatial inequalities, these results point towards the need to implant efficient health promotion and prevention programs, mostly at men, aimed young, adult and aged persons. These measures can contribute to the control and decrease in the expansion of these harmful situations, which is essential for Public Health.
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Mortalidade por homicídios, acidentes de transporte e suicídios no município de Belo Horizonte e região metropolitana, em série histórica de 1980-2000 / Mortality from Homicides, Traffic Accidents and Suicides in Belo Horizonte and the Metropolitan region, in a historical time series from 1980 - 2000

Villela, Lenice de Castro Mendes 16 February 2005 (has links)
Objetivo: Estudar o perfil epidemiológico da mortalidade por Homicídios, Acidentes de Transporte e Suicídios no município de Belo Horizonte e Região Metropolitana, na série histórica de 1980 a 2000. Métodos: O estudo apresenta um desenho ecológico, do tipo série histórica. Os indicadores de mortalidade foram os coeficientes específicos por sexo, idade e gerais padronizados; a mortalidade proporcional; a razão de mortalidade segundo sexo e idade e os incrementos / decrementos percentuais. A população utilizada como padrão foi a de 1980. Os óbitos por Homicídios, Acidentes de Transporte e Suicídios e as estimativas populacionais, segundo o ano calendário, sexo, idade e município de residência foram extraídos da base de dados do DATASUS. No período entre 1980 e 1995, os óbitos foram codificados, segundo a IX Classificação Internacional de Doenças - CID 9ª Revisão, e, a partir de 1996, segundo a CID - 10ª Revisão. A análise de tendência temporal foi desenvolvida no software SPSS para Windows, utilizando-se a técnica de regressão linear simples, com nível de significância (? < 0,05). Resultados: Nas duas regiões geográficas, os indicadores de mortalidade apresentaram maior magnitude para o sexo masculino. A razão de coeficientes específicos de mortalidade apresentou maior magnitude nas faixas etárias entre 20 e 49 anos. Os coeficientes específicos de mortalidade por Homicídios apresentaram maior magnitude na região Metropolitana e os Suicídios e Acidentes de Transporte, em Belo Horizonte. Os maiores coeficientes de mortalidade por Homicídios e Suicídios, em ambas regiões e sexos, ocorreram entre a faixa de 15 a 49 anos, e por Acidentes de Transporte, na faixa etária de \"70 anos e mais\". Com relação à variação percentual dos coeficientes de mortalidade, verificaram-se incrementos percentuais para os Homicídios, exceto na faixa etária de 40 a 49 anos, ocorrendo decrementos destes indicadores para os Acidentes de Transporte, em todas as faixas etárias. Os Suicídios, mesmo com oscilações, apresentaram incrementos nas faixas etárias de \"15 a 19 anos\" e \"40 a 49 anos\". As tendências dos coeficientes específicos de mortalidade, ao longo da série, apresentaram ascensão para os Homicídios (p < 0,05), exceto, na faixa etária de \"40 a 49 anos\". Os Acidentes de Transporte apresentaram tendência de declínio ou estabilização, ao longo do período. Para os Suicídios ocorreu uma tendência de ascensão no sexo masculino, na faixa etária de \"20 a 29\" e de \"40 a 49 anos\". A tendência dos coeficientes gerais padronizados de mortalidade por Homicídios, em ambas regiões, apresentou um padrão de ascensão (p < 0,05). Nos Acidentes de Transporte e nos Suicídios observou-se uma tendência de estabilização, com um discreto declínio no sexo feminino.(p < 0,05). Conclusão: A evolução dos coeficientes, ao longo da série histórica, evidenciou a importância epidemiológica dos três grupos de causas externas, entre as quais destacaram-se os Homicídios, em ambas as regiões estudadas. Considerando os diferentes espaços geográficos e, as desigualdades sócio-espaciais, esses resultados sugerem a necessidade de implantação de programas efetivos de promoção e prevenção em saúde, direcionados para os jovens, adultos e idosos, principalmente do sexo masculino. Tais medidas podem contribuir para o controle e para a diminuição da expansão destes agravos, de fundamental importância para a Saúde Pública. / Objective: To study the epidemiological profile of mortality from Homicides, Traffic Accidents and Suicides in Belo Horizonte and its Metropolitan Region, Brazil, in a historical time series from 1980 to 2000. Methods: The study adopts an ecological design, by means of a time series. The mortality indices used were the age-specific and general standardized coefficients, proportional mortality, mortality rates according to gender and percentage increases / decreases. The 1980 population was as standard Homicides, Traffic Accidents and Suicides deaths and population estimates, according to calendar year, gender, age and city of residence were extracted from the DATASUS database. For the period between 1980 and 1995, deaths were coded according to the IX International Classification of Diseases - ICD 9th Review and, from 1996 onwards, according to the ICD - 10th Review. The temporal tendency analysis was carried out using SPSS software for Windows, by means of the simple linear regression technique, with an ? < 0,05 significance level. Results: In both regions, mortality rates were higher among men. The age-specific mortality coefficient ratio was higher in the age ranges from 20 to 49 years. While age-specific Homicides mortality rates were more elevated in the Metropolitan region, a larger number of Suicides and Traffic Accidents occurred in Belo Horizonte. For both regions and genders, the highest Homicides and Suicides mortality rates occurred in the age range from 15 to 49 years, while Traffic Accidents deaths were highest in the range of \"70 years and older\". Concerning the percentage variation in mortality coefficients, a percentage increase occurred for Homicides, except in the age range from 40 to 49 years, while Traffic Accidents mortality rates decreased along all age ranges. In spite of oscillations, Suicides deaths increased in the group \"15 to 19 years\" and from \"40 to 49 years\". The time series displayed a rising tendency in specific Homicides mortality rates (p < 0,05), except in the age group \"40 to 49 years\". Traffic Accidents revealed a downward or stabilizing tendency throughout the period. For Suicides, an upward tendency appeared among men between \"20 and 29\" and between \"40 and 49\" years old. In both regions, there was a rising tendency in the general standardized Homicide mortality rates (p < 0,05). A stabilizing tendency was observed for Traffic Accidents and Suicides, with a slight decrease among women.(p < 0,05). Conclusion: The evolution in mortality rates in the time series disclosed the epidemiological importance of these three groups of external causes, especially Homicides, in both regions. In view of different geographical areas and socio-spatial inequalities, these results point towards the need to implant efficient health promotion and prevention programs, mostly at men, aimed young, adult and aged persons. These measures can contribute to the control and decrease in the expansion of these harmful situations, which is essential for Public Health.
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Homicídios em Porto Alegre, 1996: análise ecológica de sua distribuiçäo e contexto socioespacial / Homicides in Porto Alegre, 1996: ecological analysis of its distribution and context

Santos, Simone Maria dos January 1999 (has links)
Made available in DSpace on 2012-09-06T01:12:24Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) 137.pdf: 1419630 bytes, checksum: 54d1c7a86a48a97123ef9cd42cad1034 (MD5) Previous issue date: 1999 / Na última década, em Porto Alegre, o aumento dos homicídios e dos acidentes de transporte tornaram as causas externas o principal grupo de causas de morte entre 5 e 34 anos de idade. A identificaçao de grupos expostos a fatores correlacionados à violência é fundamental para sua prevençao. O objetivo geral é analisar a distribuiçao espacial das residências das vítimas de homicídios no município de Porto Alegre, em 1996, visando identificar o seu contexto sócio-espacial. Foram utilizados indicadores demográficos e sócio-econômicos, provenientes do censo demográfico de 1991 e contagem populacional de 1996, para caracterizar os setores censitários que compoem o município, através de análise de aglomerados, pelo método K-means. A mortalidade por homicídios, acidentes de transporte e suicídios, proveniente do sistema de informaçoes sobre mortalidade de 1996, foi localizada pontualmente em malha digital de arruamento, através do sistema de informaçoes geográficas do município. A distribuiçao espacial dos óbitos e da populaçao foi analisada através de métodos de alisamento de kernel. A análise do índice de homicídios, construído através da razao entre estas distribuiçoes, permitiu a identificaçao de microáreas de diferentes índices de homicídios. Estas microáreas foram caracterizadas pelos indicadores sócio-econômicos e pela presença de escolas, serviços de saúde, delegacias e postos de polícia militar. Foram identificados quatro grupos que delimitaram microáreas sócio-econômicas, diferenciados com maior peso dos indicadores relacionados às condiçoes de moradia. As microáreas da periferia urbana, onde se concentram as favelas, com piores indicadores sócio-econômicos apresentaram maior índice de homicídios. Por outro lado, os dois grupos de melhor renda e escolaridade apresentaram índices de homicídios menores, mas com níveis de homicídios muito diferenciados entre si. Quando o município foi dividido em microáreas de três níveis de índices de homicídios, as médias dos indicadores que se diferenciaram entre os níveis foram: o número de habitantes por cômodo, renda, instruçao e medianas etárias, mas com grande variabilidade interna. A distribuiçao dos equipamentos públicos de segurança e educaçao, mostrou-se deficitária nas microáreas com alto índice de homicídios. A classificaçao de microáreas através de indicadores sócio-econômicos mostrou capacidade limitada para identificar populaçoes expostas aos homicídios. Pode-se inferir que as condiçoes sócio-econômicas nao determinaram, por si só, os comportamentos violentos. Esta determinaçao depende da combinaçao com outros fatores que têm participaçao importante no perfil de cada local. Sugere-se a busca de novos indicadores que sejam capazes de diferenciar os grupos vulneráveis, com maior precisao. Os métodos espacias utilizados permitiram a identificaçao de microáreas que concentram óbitos, cujas populaçoes devem ser enfocadas no planejamento de açoes de prevençao das mortes violentas. / During the last decade, violent causes of death became the main group of mortality among people between 5 and 34 years old in Porto Alegre City due to an increasing of homicides and traffic accidents. The identification of groups exposed to factors correlated to violence is a major task for its prevention. The general objective of this study is to analyze the spatial distribution of the victims' homicide residences in the municipality of Porto Alegre, in 1996, aiming to identify its social and spatial context. Demographic and socioeconomic indicators were used, based on data from the demographic census of 1991 and population counting of 1996, to characterize the municipal census tracts through cluster analysis, using the K-means method. The mortality by homicides, traffic accidents and suicides, from the mortality information system was located as points on the street digital map, through Geographic Information System. Spatial distribution of deaths and population were analyzed through Kernel smoothing method. Analysis of homicide index, calculated through the ratio between these distributions, allowed the identification of microareas with different homicide indexes. These microareas were characterized by socioeconomic indicators and by the presence of schools, health services and police stations. Four groups were identified defining socioeconomic microareas in which the dwelling condition indicators played a major role in their differentials. Urban peripheric microareas, where slums are concentrated, with worst socioeconomic indicators, presented higher homicide index. On the other hand, the two groups with better income and education levels presented lower homicide indexes, however, with very differentiated homicide levels between them. When analyzing the municipality by microareas of three homicide index levels, the indicators: household crowding, income, education and age, presented wider differences among microareas, although with large internal variability. Police stations and schools were unequally distributed throughout homicide index microareas. The microareas classification through socioeconomic indicators presented a limited capability to identify exposed groups. Socioeconomic conditions by themselves did not determine the violent behaviors. Other factors can have an important participation in the determination of violence depending on each local combination of factors. New indicators must be incorporated for the precise differentiation of vulnerable groups. The used spatial analysis methods allowed the identification of microareas that concentrate deaths. The target populations should be focused by actions aiming to prevent violent deaths.

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