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Estudo dos efeitos antinociceptivos, comportamentais e regenerativos do tratamento com gabapentina em modelo experimental de dor neuropática / Antinociceptive behavioral and regenerative study with gabapentin treatment in a model of experimental neuropathic painsCâmara, Carlos Campos January 2009 (has links)
CAMARA, Carlos Campos. Estudo dos efeitos antinociceptivos, comportamentais e regenerativos do tratamento com gabapentina em modelos experimental de dor neuropática . 2009. 227 f. Tese (Doutorado em Farmacologia) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2009. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2012-05-25T11:37:28Z
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Previous issue date: 2009 / Neurophatic pain conveys mechanisms of difficult understanding, which changes with the disease progress, jeopardizing the therapeutics. The chronic constriction of the sciatic nerve (CCSN) model mimics this condition. Gabapentin (GBP) is an anti-convulsive drug often used as analgesics to control neurophatic pain. Few reports exist on their effects in the inflammatory and regenerative activity of the nerve. TNF-α and IL-1β cytokines, although related to pain and inflammation, are also associated with early myelin and axonal fragmentos removal after nerve injury and thus contribute to nerve regeneration. This study aimed at evaluating the analgesics early treatment (80 min prior to CCSN and along 5-day treatment, 12h/12h) effects of GBP (30, 60, 120 mg/kg, given orally) by monitoring (before surgery, on the 3rd day and 5th day of post-surgery treatment, 12h to12h) the following behaviors (1) spontaneous behavior, suggestive of chronic pain: Scratching and Biting (2) motor and exploratory-related behaviors: Climbing, Rearing, and Walking, (3) induced-pain behaviors: mechanical allodynia (electronic von Frey) and cold allodynia (10ºC) in Wistar male rats (250-300g) with CCSN. CCSN animals treated with saline and pseudo-operated were used as controls. Another aim of this study was to evaluate the pro and anti-inflammatory effects of GBP (60 and 120mg/kg, given orally) by carragenin-induced paw edema in CCSN-free animals and yet nerve myeloperoxidase measurements under chronic constriction. The neural regenerative effects of GBP were indirectly evaluated by measuring TNF-α, IL-1β, IL-10, and myelin basic protein (PBM) expressions in the same protocol, as follows: 5th day of treatment following CCSN to draw nerves in order to quantify cytokines by ELISA and immunohistochemistry, and for MPB expression detected by Western blot and immunohistochemistry on the 5th and 15th. Results: On the 5th day, GBP, at doses of 30, 60 and 120mg, reduced the scratching time in the ipslateral paw of 86.76%*; 83.82%*; 80.09%* (*p<0.01) and an inhibition of the biting time of 56.27%; 90.53%*; 65.06% (*p<0.01) in the right side in comparison with the saline group. In addition, GBP alleviated mechanical allodynia causing increase paw retrieval thresholds of 225.42%*, 246.01%*, 309.20%* (*p <0.001) and the reduction of the pain scores for cold allodynia in the range of 18.19%; 21.29%; 42.26%* (*p < 0.01) in comparison with the saline group. GBP, at doses of 60 and 120mg, significantly increased spontaneous motricity in CCSN animals and controls suggesting excitatory effects rather than sedation. GBP (60 mg/kg) also caused relevant effects (p<0.001) in peritoneal cell migration, and a 982.16% increase in nerve myeloperoxidase expression and 53% increase in paw edema, as opposed to the saline control. Regarding nerve TNF-α expression, doses of 60 and 120mg caused significant increase of 120.95 % and 91.99% in comparison with the saline group (p<0.01). A dose of 60mg/kg caused 59.26% increase in IL-1β expression compared with the saline group (p<0.05). We found a 158% significant increase in PBM expression by western blots (0.298 ± 0.069 PBM/Act) on the 15th treatment-day with GPB in comparison with the saline control (0.116 ± 0.034 PBM/Act). Conclusions: 5-day GBP treatment, although with pro-inflammatory effects, was found to have significant pain killing effects by reducing chronic spontaneous pain behaviors and by alleviating mechanical and thermal allodynia in the early neuropathy course. By taking our relevant findings of increasing migration cell rates to the nerve injury site on the 5th day of the neuropathy and the nerve TNF and IL-1β expression with more macrophage and Schwann cell activation and supposedly more nerve growth factor release, along with higher PBM expression, altogether suggest that GBP may hasten the myelin and axonal fragmentos withdrawn, therefore contributing to axonal outgrowth and ultimately remyelinization. / A dor neuropática possui mecanismos de difícil compreensão que se modificam com a sua evolução dificultando a terapêutica. O modelo por constrição crônica do nervo ciático (CCNC) simula esta condição. A gabapentina (GBP) é um anticonvulsivo muito utilizado como analgésico na dor neuropática e existem poucos relatos sobre seus efeitos na atividade inflamatória e regenerativa do nervo. As citocinas TNF-α e IL-1β estão relacionadas à dor, inflamação e regeneração neural. É objetivo deste estudo avaliar os efeitos antinociceptivos, inflamatórios e regenerativos do tratamento preventivo e contínuo (80 min antes da CCNC e depois ao longo de 5 dias de 12 em 12h) com a GBP (30, 60, 120 mg/kg, via oral) através da observação (antes, no 3º dia e no 5º dia após a CCNC) dos seguintes comportamentos: (1) espontâneos sugestivos de dor crônica: Scrathing (coçar-se) e Biting(morder-se) (2) relacionados à motriciadade e exploração: Climbing(escalar), Rearing(empinar-se), Walking(andando) (3) de dor induzida: alodínia mecânica (von Frey eletrônico) e alodínia ao frio (10º) em ratos machos Wistar (250-300g) com CCNC. Animais com CCNC tratados com salina e animais pseudo-operados foram utilizados como controles. Para avaliar os efeitos anti ou pró-inflamatórios da GBP (60, 120mg/kg, via oral) utilizou-se o modelo de edema de pata induzido por carragenina em animais sem CCNC e a dosagem de mieloperoxidase no nervo sob constrição crônica. Os efeitos neuro-regenerativos da GBP foram avaliados indiretamente através da expressão de TNF-α, IL-1β, IL-10, e da proteína básica de mielina (PBM) no mesmo protocolo, sendo que no 5º dia de tratamento após CCNC, foram feitas coletas dos nervos para dosagem destas citocinas através de ELISA e imunohistoquímica, e no 5º e 15º dia para expressão de PBM através de Western Blot e imunohistoquímica. Resultados: No 5º dia, as doses de GBP 30, 60 e 120mg provocaram redução de 86,76%*; 83,82%*; 80,09%* (*p < 0,01) no tempo de Scratching da pata ipslateral e uma inibição de 56,27%; 90,53%*; 65,06% (*p < 0,01) no tempo do Biting lado direito em relação ao grupo salina. Aliviaram a alodínia mecânica provocando aumentos do limiar de retirada da pata de 225,42%*, 246,01%*, 309,20%* (*p <0,001) e provocaram redução do escore de dor na alodínia ao frio em 18,19%; 21,29%; 42,26%* (*p < 0,01) em relação ao grupo salina. As doses de GBP 60 e 120mg provocaram aumentos significativos na motricidade espontânea de animais com CCNC e intactos sugerindo efeitos estimulantes e não sedativos. A GBP 60mg/kg também provocou efeitos relevantes (p<0,001) na migração de células visto pelo aumento de 982,16% na expressão da mieloperoxidase no nervo e pelo aumento de 53% no edema de pata em relação ao controle salina. Quanto à expressão do TNF-α no nervo as doses de 60 e 120mg provocaram aumentos de 120,95 % e de 91,99% em relação ao grupo salina (P< 0,01). Na expressão de IL-1β a dose de 60mg/kg provocou aumento de 59,26% em relação ao grupo salina (P< 0,05). No Western Blot ocorreu um aumento significativo de 158,06% da expressão de PBM (0,298 + 0,069 PBM/Act.) no nervo no 15º dia de tratamento com GBP em relação ao grupo salina (0,116 + 0,034 PBM/Act). Conclusões: O tratamento com GBP ao longo de cinco dias, apesar de seus efeitos pró-inflamatórios, demonstrou no 5º dia efeitos analgésicos significativos ao reduzir comportamentos espontâneos de dor crônica e aliviar a alodínia mecânica e térmica em estágio precoce da neuropatia. Considerando-se os efeitos relevantes da GBP no 5º dia de neuropatia no aumento da migração de células para o local da lesão, no aumento da expressão de TNF e IL-1β no nervo, o que levaria a maior ativação das células de Schwann, macrófagos, e maior liberação de fator de crescimento do nervo, e no aumento da expressão de PBM indicando uma ativa fragmentação da mielina, sugere-se que a GBP pode acelerar o processo de remoção dos fragmentos de mielina e axônios contribuindo assim para o posterior alongamento dos axônios e remielinização.
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Efeitos do hipotireoidismo na neuropatia periféricaexperimental por constricção crônica do nervoisquiático de ratos / Effects of hypothyroidism on experimental peripheral neuropathy due to chronic constriction of the nerveschiático of ratsSousa, Kalina Kelma Oliveira 27 January 2017 (has links)
SOUSA, K. K. O. Efeitos do hipotireoidismo na neuropatia periférica experimental por constrição crônica do nervo isquiático de ratos. 2017. 128 f.Tese (Doutorado em Ciências Médicas) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2017. / Submitted by Ivone Sousa (ppgcm.ufc@gmail.com) on 2017-09-12T17:07:50Z
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Previous issue date: 2017-01-27 / Thyroid hormones are active participants in the growth of cell differentiation and in the metabolism of
the organism, being essential for somatic and neural development. The absence of these hormones in
the central and peripheral nervous system results in pathological conditions, such as the reduction of
dendritic tree development, the number of axon-dentrite synapses, and cause myelinization defects.
Neuropathic pain is caused by neural damage, characteristic of peripheral neuropathy, common in the
neurological clinic, and has been studied by several researchers. However, the events and
modifications that may occur in peripheral neuropathy during hypothyroidism are still poorly studied.
In the context of the importance of hormones for the development of the nervous system, the present
study was designed to understand the effects of hypothyroidism on experimental neuropathy induced
by chronic constriction of the sciatic nerve (CCI) in rats, evaluating nociceptive behavior and aspects
Morphological and neurochemical effects of neural damage. Method: Hypothyroidism was induced in
male Wistar rats, weighing between 200 and 250g, by daily consumption of propylthiauracil (PTU) in
drinking water at 0.05%, and weighed weekly for 6 weeks, peripheral neuropathy was induced by
injury By chronic constriction (CCI) in the sciatic nerve of rats, using the Bennet and Xie model, in the
3rd week of PTU use, hypothyroidism was confirmed by blood thyroxine (T4) in the orbital plexus.
For the evaluation of neuropathic pain the animals were submitted to the mechanical plantar
hyperalgesia test, using electronic Von Frey, before induction of hypothyroidism and after CCI, for
three weeks (21 days). Later, the animals were euthanized and the thyroid, the sciatic nerve and the
dorsal root ganglion were removed. The histological analysis of the thyroid gland was performed by
the hematoxylin and eosin (HE) staining method, and its measurements were performed through a
pachymer. The morphometric analysis by immunofluorescence of the myelin basic protein (PBM) in
the sciatic nerve, the activation transcription factor 3 (ATF-3) and the onco-transcription gene (c-Fos)
in the dorsal root ganglia (GRD) , to assess neuronal damage and alteration of the activity of these
markers in hypothyroidism and peripheral neuropathy. Electron microscopy was performed on the
sciatic nerve and measurements of area and diameter of the fibers were analyzed. Differences were
assessed using Student's t-test and ANOVA with p <0.05. Results: Hypothyroidism and hypothyroid
and neuropathic groups (HYP + CCI) showed reduction of thyroxine up to the third week, did not gain
weight during the six weeks, presented increase in thyroid measurements, alteration in follicular shape
and hyperplastic cells , Compared to control; In the GRD presented increased c-Fos immunoexpression
compared to the control and decrease of the ATF-3 immunoexpression compared to the neuropathic
group (CCI) in the sciatic nerve; The CCI, HYP and HYP + CCI groups showed increased
immunoexpression of PBM in relation to the control group. The HYP group presented an increase in
the paw withdrawal threshold while the CCI and HYP + CCI decrease compared to the control, the
HYP + CCI group the threshold was higher in relation to the CCI. The histological and morphometric
analysis of the nerve in the HYP group presented vacuolar demyelination in HE and alterations in the
myelin sheath, decrease in the diameter of small and medium caliber fibers and increase of the area of
the axons compared to the control. Conclusion: Our data demonstrated that in hypothyroidism there is
an increase in pain threshold and also associated with peripheral neuropathy; the markers of pain and
neural regeneration are altered in the DRG and in the sciatic nerve there are morphological alterations
in the suggestive of a Wallerian degeneration. / Os hormônios tireoidianos são ativos participantes no crescimento da diferenciação celular e no
metabolismo do organismo, sendo essenciais para o desenvolvimento somático e neural. A ausência
desses hormônios no sistema nervoso central e periférico, resulta em estados patológicos, como a
redução do desenvolvimento da árvore dendrítica, do número de sinapses axônio-dentrito, além de
provocar defeitos de mielinização. A dor neuropática é originada por lesão neural, característica da
neuropatia periférica, comum na clínica neurológica. Entretanto, os eventos e modificações que podem
ocorrer na neuropatia periférica durante um quadro de hipotireoidismo ainda são pouco estudados. No
contexto de importância dos hormônios para o desenvolvimento do sistema nervoso o presente estudo
foi desenhado com o intuito de se entender os efeitos do hipotireoidismo na neuropatia experimental
induzida pela constrição crônica do nervo isquiático (ICC) em ratos, avaliando o comportamento
nociceptivo e os aspectos morfológicos e neuroquímicos do dano neural. Metodologia: O
hipotireoidismo foi induzido em ratos Wistar machos, pesando entre 200 e 250g, pelo consumo diário
de propiltiuracil (PTU) na água de beber a 0,05%, e pesados semanalmente, durante 6 semanas. A
neuropatia periférica foi induzida por injúria por constrição crônica (ICC) no nervo isquiático dos
ratos, na 3a semana de uso do PTU. O hipotireoidismo foi comprovado pela dosagem de tiroxina (T4)
sanguínea no plexo orbitário. Para a avaliação da dor neuropática os animais foram submetidos ao teste
de hiperalgesia mecânica plantar, utilizando Von Frey eletrônico, antes da indução de hipotireoidismo
e após a ICC, durante três semanas (21 dias). Posteriormente realizou-se a eutanásia, foram retirados
os tecidos da tireoide, do nervo isquiático e do gânglio da raiz dorsal. A análise histológica da glândula
tireoide foi realizada pelo método de coloração de hematoxilina e eosina (HE), pesada e suas medidas
foram realizadas através de um paquímetro. A análise morfométrica por imunofluorescencia da
proteína básica de mielina (PBM) no nervo isquiático, o fator de transcrição de ativação 3 (ATF-3) e o
onco-gene de transcrição imediata (c-Fos) nos gânglios da raiz dorsal (GRD), foram utilizados para
avaliar dano neuronal e alteração da atividade desses marcadores no hipotireoidismo e neuropatia
periférica. A microscopia eletrônica foi realizada no nervo isquiático e medidas de área e diâmetro das
fibras foram analisadas. As diferenças foram avaliadas através do teste t-Student e ANOVA com
p<0,05. Resultados: Os grupos com hipotireoidismo (HIPO) e hipotireoideos e neuropáticos (HIPO+
ICC) apresentaram redução da tiroxina até a terceira semana, não obtiveram ganho ponderal, durante
as seis semanas, apresentaram aumento nas medidas da tireoide, alteração no formato folicular e
células hiperplásicas, comparados ao controle; no GRD apresentaram aumento da imunoexpressão de
c- Fos comparados ao controle e diminuição da imunoexpressão de ATF-3 comparados ao grupo
neuropático (ICC), no nervo isquiático; os grupos ICC, HIPO e HIPO+ICC apresentaram aumento da
imunoexpressão da PBM com relação ao controle. O grupo HIPO apresentou aumento no limiar de
retirada da pata enquanto que o ICC e HIPO+ICC diminuição em relação ao controle, o grupo
HIPO+ICC o limiar apresentou-se maior em ralação ao ICC. As análises histológica e morfometrica do
nervo, no grupo HIPO, apresentaram desmielinização vacuolar em HE e alterações na bainha de
mielina, diminuição do diâmetro de fibras de pequeno e médio calibre e aumento da área dos axônios
comparados ao controle. Conclusão: Nossos dados demonstraram que no hipotireoidismo há um
aumento no limiar de dor e também associado a uma neuropatia periférica; os marcadores de dor e
regeneração neural estão alterados no GRD e no nervo isquiático há alterações morfológicas
sugestivos de uma degeneração Walleriana.
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Avaliação in vivo da degradação de proteses tubulares de poli (L-acido-latico) empregadas no reparo cirurgico do nervo ciatico de ratosMorais, Anibal de Araujo 15 May 2003 (has links)
Orientador: Francesco Langone / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-08-03T16:39:09Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2003 / Resumo: O reparo de nervos periféricos usando próteses tubulares é uma técnica alternativa que pode produzir resultados similares ou melhores que outras técnicas cirúrgicas utilizadas. Entretanto, sua eficiência depende essencialmente da biocompatibilidade e das propriedades estruturais do material do tubo. Nesse trabalho foi avaliado a degradação in vivo de tubos (lOmm) de poli(ácido lático) PLLA adicionado 10% de plastificante tri-etil-citrato. Dezesseis ratos machos da linhagem Wistar, foram submetidos a tubulização e divididos em quatro grupos experimentais (n=4) segundo tempos de sobrevida de 30, 90, 180 e 430 dias após a intervenção cirúrgica. Todas as cirurgias foram precedidas de anestesia profunda com pentobarbital sódico (60mg/kg). O nervo ciático esquerdo foi exposto e seccionado na porção média da coxa. Os cotos proximal e distal foram introduzidos no tubo, deixando-se uma distância de 5mm entre eles, sendo ancorados à parede deste através de um ponto de sutura epineural. Após os tempos de sobrevida de 30, 90, 180 e 430 dias, os animais foram novamente anestesiados e o nervos tubulizado e contralateral foram fixados in situ, por um período de 20 minutos, com uma solução de glutaraldeído 5% (tampão fosfato 0,1M; pH 7,4), e removidos. A seguir foram deixados imersos na mesma solução fixadora por 24 horas, à temperatura de 4°C. Após esse período, os nervos processados foram então pós-fixados por um período de 2 horas em uma solução de tetróxido de ósmio 2% (tampão fosfato 0,1M; pH 7,4), lavados e mantidos em acetato de uranila 2% (tampão fosfato 0,1 M; pH 7,4) por um período de 12 horas. Ao final os espécimes foram lavados, desidratados em gradiente de álcool etílico (30, 50, 70, 90 e 100%) e posteriormente incluídos em resina araldite. A partir dos fragmentos contendo a porção central do nervo regenerado e da porção anatomicamente correspondente dos nervos normais, foram obtidos cortes transversais semi-finos (1,0mm) que, após coloração com azul de toluidina (0,5%, tampão fosfato 0,1M; pH 7,4), foram analisados à microscopia de luz. Após esta análise, as regiões de interesse de cada espécime foram selecionadas para a obtenção de cortes ultrafinos (500 Â). Estes foram recolhidos em telas de cobre (200 mesh), contrastados com citrato de chumbo (1%) e acetato de uranila (2%), observados e documentados ao microscópio eletrônico. Nossos resultados mostraram que 30 dias após a tubulização a regeneração do nervo ciático havia ocorrido. Na estrutura destes podiam se observar axônios mielínicos e amielínicos organizados em minifascículos. No espaço endoneural estavam presentes fibras colágenas bem como células semelhantes a fibroblastos e macrófagos. Externamente, havia se organizado uma bainha de tecido conjuntivo com uma organização típica de epineuro. Após os períodos de 90, 180 e 430 dias esses elementos do nervo foram amadurecendo, assumindo gradualmente uma ultra-estrutura similar à dos nervos normais. Após 30 dias, o implante apresentava sinais de degradação, mantendo, contudo sua estrutura tubular. A análise microscópica e ultra-estutural após 90, 180 e 430 dias mostrou que esta foi sendo gradativamente modificada pela invasão de células. A parede dos tubos foi sendo alterada pela formação de sulcos, que evoluíram para verdadeiros túneis, provocando assim a microfragmentação desta. Em nenhum dos tempos analisados foi constatada a ocorrência de processos inflamatórios intensos ou necrose nos tecidos circundantes que acusassem rejeição do material. Considerando que os tubos empregados permitiram o início e a evolução regular da regeneração do nervo à medida que estes foram sendo absorvidos, nossos achados mostram que o PLLA adicionado de 10% de tri-etil-citrato possui propriedades adequadas para a construção próteses tubulares destinados ao reparo cirúrgico de nervos periféricos / Abstract: The peripheral nerves repair, by using tubular prosthesis, is an alternative technique which can produce similar results to or better than the other surgical techniques in use. Meanwhile, its efficiency depends essentialIy on the biocompatibility and the structural proprieties of the tube material. In the present work, the degradation of poly (L-lactic acid) PPLA tubes (10 mm) with the addition of 10% triethyl citrate plasticizer in vivo, has been appraised. Sixteen male mice of the Wistar lineage were submitted to tubulization and were divided into four experimental groups (n=4) according to overliving times of 30, 90, 180 and 430 days after the surgical intervention. All surgeries were preceded of deep anesthesia with sodium pentobarbital (60 mg/Kg). The left sciatic nerve was exposed and transected at the midthigh. The proximal and distal stumps were introduced into the tube, with 5mm distance left between them, and were sutured to its walI through an epineural suture stitch. After the overliving times of 30, 90, 180 and 430 days, the animals were anesthetized again and the tubulized and countralateral nerves were fixed in situ during 20 minutes with a 5% glutaraldehyde buffer solution and removed. Following, they were left immerged in the same solution for 24 hours, at 4°C temperature. After that period, the nerves were processed and then post fixed during 2 hours in a solution of osmium tetroxide 2% (phosphate buffer 0,1M; pH 7,4), washed and kept in uranyl acetate 2% (phosphate buffer 0,1 M; pH 7,4) for a period of 12 hours. Finally, the specimens were washed and dehydrated in ethyl alcohol gradient (30, 50, 70, 90 and 100%) and afterwards were included in araldite resin. From the fragments containing the central portion of the regenerated nerve and the portion of the normal nerves anatomicalIy corresponding to it, transverse semithin sections were obtained (1,0 mm), which after being stained with toluidine blue (0.5%, phosphate buffer 0,1M; pH 7.4), were analyzed at light microscopy. After that analysis, those regions of each specimen, for which there was interest, were selected for obtaining ultrathin sections (500 Â). They were colIected in copper web (200 mesh), and contrasted with lead citrate (1 %) and uranyl acetate (2%); they were observed and documented at the electronic microscope. Our results showed that 30 days after the tubulization, the sciatic nerves regeneration had occurred. In their structure, one could see axons myelin and anmyelin organized in mini-fascicles. The colIagen fibers were present in the endoneural space, as well as fibers similar to fibroblasts and macrophages. ExtemalIy, there had been organized a connective tissue sheath with an epineurium typical organization. After those periods o 90, 180 and 430 days, those nerve elements were ripening and assuming gradualIy an ultra-structure similar to the normal nerves. Thirty days after, the implantation showed degradation signals but it stilI maintained its tubular structure. The ultra-structural and microscopic analysis after 90, 180 and 430 days showed that the latter was under a gradual modification process by celIs invasion. The tube walIs were being changed by the formation of grooves, which developed into real tunnels, causing consequently its microfragmentation. In neither of the times which were analyzed, was it possible to verify either the occurrence of intense inflammatory processes or necrosis on the surrounding tissues which could reveal the material rejection. On considering that the tubes used alIowed the beginning and the regular evolution of the nerve regeneration while they were absorbed, our findings show that the PPLA with 10% of triethyl citrate addition holds the adequate properties for building tubular prostheses for the application of peripheral nerve surgical repair / Mestrado / Fisiologia / Mestre em Biologia Funcional e Molecular
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Reparo da lesão de nervo ciatico atraves de autotransplante de musculo esqueletico em ratos : retalho obtido com injeções intramusculares de anestesicos locaisSomazz, Marco Cesar, 1957- 22 February 1994 (has links)
Orientadores: Humberto Santo Neto, Maria Julia Marques / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Odontologia de Piracicaba / Made available in DSpace on 2018-07-19T06:25:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1994 / Resumo: Foram realizados autotransplantes de retalhos musculares em 19 ratos wistar fêmeas com 6 a 7 semanas de idade. Em um grupo de 6 animais utilizou-se o músculo tibial anterior; um segundo grupo formado por S ratos recebeu retalho obtido através do músculo sóleo e, o terceiro com 5 animais serviu para análise da morfologia normal do nervo ciático. Os músculos a serem enxertados receberam unia injeção de cloridrato de lidocaína (xilocaínaR) a BX, sendo que nos casos do músculo tibial anterior o volume foi de 0,3 ml e no grupo do músculo sóleo foi de 0,1 ml. Estes procedimentos -Foram realizados sob anestesia induzida por inalação de éter etílico e executados na perna direita dos animais. Após vinte e quatro horas, os ratos foram novamente anestesiados com uma mistura de cloridrato de cetamina (Ketalar1*5) e cloridrato de tiazina (RumpumR) na dose de 0,3 ml/i00 de peso corporal. A seguir a região glútea e posterior da coxa esquerda foram depiladas. Procedeu-se, então, a retirada do Fragmento museu1 ar com auxilio do microscópio cirúrgico e realizada uma fina dissecção do retalho, deixando-o com um diâmetro ligeiramente superior ao do nervo ciático e comprimento de 5 mm nos casos do tibial anterior e de 3-4 mm nos casas do músculo sóleo. Ainda sob lupa, a pele da região glútea e posterior da coxa esquerda foi aberta e o nervo ciático exposto. Com uma tesoura microcirúrgica seccionou-se o nervo e retirou-se um fragmento de í mm de comprimento. Suturou-se, então, o implante entre os cotos nervosos com uni ponto em cada extremidade com -Fio monafilamento nylon 10.0 Dermalon. Após um período de sobrevida de 50 dias, os ratos Foram anestesiados e, com o auxílio do microscópio cirúrgico o nervo ciático -Foi exposto e fixado in situ com fixador Karnovsky (Í965). 0 fixador a A°C foi deixado banhando o nervo por i0 minutos. A seguir, o nervo foi retirado e seccionado em dois fragmentos, um correspondendo à região do implante e o outro ao coto distai. Estes foram então processados para microscopia eletrônica. Observamos que, o tratamento empregado na preparação dos retalhos musculares permitiu o crescimento axortal a partir do coto proximal. Estes atravessaram a região do implante e colonizaram o coto distai. Isto foi possível uma vês que, o cloridrato de lidocaína provocou intensa mionecrose tendo como resultado a formação de tubos de membrana basal muscular "vazios", através do qual ocorreu a regeneração dos axônios / Abstract: Evacuated muscle is a possible substitute for nerve autografts in the repair of damage peripheral nerves. Previous experiments have shown that killed or evacuated muscle grafts are as effective as nerve autografts for briding gaps of up to A mm between proximal and distal nerve stumps. Evacuated muscle rafts are made of extracellular matrix components, which are good substrates for axon growth in vitro. However there are some difficults to obtain the muscle autografts. In the present we have studied the possibility of a new method to obstain this graft. In forty adult female mice the tibialis anterior muscle (8 animals) and soleus muscle (6 animals) were injected by 0,3 ml and 0,1 ml of the lidocaine hydrochloride respectively. Twenty¿ for hours later each animal receveid a muscle autograft. There the ciatic nerve left was seccionated and the graft was inserid by a 10.0 their mononylon surgical under microscopic. Fifty days after, the animals that received the muscle graft, were anest het ised by ket amine hydrochloride and xyl&;£ine and the graft region and the distal end as well, were processed by eletronic microscopic methods. Our results showed the fifty days after implants both region graft and distal end were recolonised by mielinic and amielinic axons. The ultrastructural aspects, remind that ones observed by others methods of nerve repair by muscle graft / Doutorado / Anatomia / Doutor em Ciências
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Efeito da N-acetilcisteína sobre proteínas de sinalização e parâmetros oxidativos em medula espinal de ratos com dor neuropáticaHorst, Andréa January 2017 (has links)
Introdução: A dor neuropática (dor originada como consequência direta de uma lesão ou doença afetando o sistema somatossensorial, em seus elementos periféricos ou no sistema nervoso central - SNC) possui uma alta incidência na população mundial e afeta a qualidade da vida dos pacientes acometidos por ela. O tratamento dessa condição dolorosa é ainda um desafio aos profissionais da saúde, pois os fármacos usados possuem ação limitada e diversos efeitos colaterais. Assim, há um grande interesse na busca por novos fármacos para tratar dor neuropática. Os estudos mostram o envolvimento das espécies reativas de oxigênio (EROs) nos distintos tipos de dor, incluindo a neuropática. Dado ao envolvimento dessas espécies, moléculas com ação antioxidante são fortes candidatas como coadjuvantes no tratamento de condições dolorosas. Diversos estudos mostraram que a administração de N-acetilcisteína (NAC), uma molécula com ações complexas, dentre elas a de antioxidante, produz antinocicepção em animais com constrição crônica no nervo isquiático (CCI, do inglês chronic constriction injury), um modelo de dor neuropática. Contudo, ainda são pouco conhecidos os mecanismos envolvidos no efeito antinociceptivo da NAC. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos temporais da administração intraperitoneal de solução salina e NAC, na dose de 150 mg/kg/dia, dado por 1, 3 ou 7 dias, sobre indicadores de comportamento nociceptivo e de recuperação de função locomotora, e moléculas de sinalização celular e parâmetros de estresse oxidativo em medula espinal lombossacral de ratos sem e com CCI. Esse segmento da medula espinal foi escolhido por ser a região de entrada das informações aferentes do nervo isquiático. O projeto que antecedeu o presente estudo foi aprovado pela Comissão de Ética no uso de animais da UFRGS (número de protocolo: 23407). Metodologia: Foram utilizados 180 ratos Wistar machos, pesando 200-300g, divididos em 3 grupos experimentais: controle (animais que não sofreram nenhuma intervenção cirúrgica), sham (animais que tiveram o nervo isquiático direito apenas exposto) e CCI (animais que tiveram o nervo isquiático direito exposto e recebeu 4 amarraduras em seu terço inicial). Estes grupos experimentais foram subdivididos em subgrupos que receberam administração X intraperitoneal de solução salina ou NAC, na dose de 150 mg/kg/dia, por período de 1, 3 ou 7 dias. Os testes de von Frey eletrônico e do índice funcional do isquiático (IFI) avaliaram a sensibilidade mecânica e a recuperação funcional do nervo, respectivamente, nos períodos antes da lesão e 1, 3 e 7 dias após a lesão nervosa. Ao final dos períodos de 1, 3 e 7 dias, os animais foram mortos por decapitação e a medula espinal lombossacral retirada e usada para as determinações: formação do ânion superóxido, hidroperóxidos lipídicos, capacidade antioxidante total (TAC, do inglês total antioxidante capacity), ácido ascórbico, expressão da proteína p-38 fosforilada, e quantificação do RNA mensageiro (mRNA) do NFкB. Outros grupos de animais foram perfundindos com paraformoldeído 4% preparado em tampão fosfato salino, 0,2 M, pH 7,4. Após a coleta e a crioproteção em solução de sacarose 15 e 30%, a medula espinal e os gânglios da raiz dorsal do nervo isquiático ipsilateral à lesão foram submetidos às técnicas de imunohistoquímica à proteína p-38 e histoquímica a NADPH-diaforase, essa última para marcação de células com atividade da óxido nítrico sintase (NOS), a enzima envolvida na síntese de NO. Os resultados de sensibilidade foram analisados por ANOVA de medidas repetidas; os demais resultados por ANOVA de três vias (fatores: lesão, tratamento e tempo), exceto os do NFκB, que foram por ANOVA de duas vias. O pós-teste usado foi o de Tukey. O P foi considerado significativo quando > 0,05. Resultados: A sensibilidade mecânica aumentou no dia 1 pós-lesão em todos os grupos CCI, e permaneceu elevada nos demais períodos analisados nos ratos com CCI tratados com solução salina. No grupo de ratos com CCI que recebeu tratamento com NAC, o valor da sensibilidade mecânica foi similar ao encontrado na pré-lesão, tanto aos 3 como aos 7 dias. No grupo sham que recebeu salina houve aumento na sensibilidade mecânica no dia 1, estando esse parâmetro com valor similar ao encontrado nos ratos controle nos demais períodos analisados. O aumento na sensibilidade mecânica não foi observado nos ratos sham que receberam NAC. O IFI melhorou nos ratos com CCI que receberam salina e NAC por 7 dias. Porém, enquanto o percentual de recuperação desse índice foi 28% nos ratos tratados com salina, a administração de NAC provocou recuperação de 44%. Paralelamente a essas mudanças, houve aumento estatisticamente significativo na geração de ânion superóxido na medula espinal de todos os ratos com CCI, independente do tratamento e do período de tempo analisado. Os hidroperóxidos lipídicos aumentaram (823%) na medula espinal de ratos com CCI tratados com salina no dia 1, mas o acréscimo foi de apenas 142% nos ratos com CCI que receberam NAC. Aos 3 e 7 dias, os hidroperóxidos lipídicos estavam ainda aumentados na medula espinal de ratos sham e com CCI, mas o aumento foi de 180%. A TAC teve redução apenas nos animais CCI tratados com salina, no dia 7. Os valores de ácido ascórbico aumentaram significativamente na medula espinal de ratos com CCI que receberam salina, nos dias 1 e 3. Apesar de elevado, o valor de ácido ascórbico na medula espinal desses ratos aos 7 dias não foi estatisticamente significativo quando comparado ao encontrado nos ratos controle. Nos ratos com CCI tratados com NAC não houve diferença significativa nos valores de ácido ascórbico da medula espinal comparados àqueles dos ratos controle. Quanto às moléculas de sinalização intracelular, observou-se aumento na expressão da p-38 fosforilada nos ratos sham e com CCI tratados com salina, nos dias 1, 3 e 7, comparados aos controles. O tratamento com NAC provocou o retorno da expressão dessa proteína nos ratos sham nesses dias, e uma redução de aproximadamente 187% nos ratos com CCI nos dias 3 e 7, sendo no dia 1 o valor similar ao do grupo controle. NAC também reduziu o aumento na imunorreatividade a p-38 em neurônios do gânglio da raiz dorsal e neurônios e células semelhantes à glia da medula espinal, aumentos esses induzidos pela CCI nos dias 1, 3 e 7. NAC também XI reduziu o aumento induzido pela CCI no número de neurônios reativos a NADPH-diaforase nas lâminas superficiais do corno dorsal e substância cinzenta localizada em volta do canal central da medula espinal. O tratamento com NAC ainda reduziu o mRNA do NFкB aumentado pela CCI e cirurgia sham. Conclusão: Estes resultados mostram que a administração intraperitoneal de NAC, na dose de 150 mg/kg/dia, reproduziu o efeito antinociceptivo dessa molécula e promoveu melhora no IFI. Paralelamente, o tratamento modificou parâmetros de estresse oxidativo e sinalização intracelular na medula espinal, os quais possivelmente se relacionam com as melhoras na sensibilidade mecânica e recuperação funcional do nervo isquiático nos ratos com CCI. A partir desses resultados, pode-se dizer que o efeito antinociceptivo da NAC em ratos com dor neuropática por CCI envolve não apenas sua ação antioxidante, mas também seu efeito em vias de sinalização intracelular. / Introduction: Neuropathic pain (pain arising as a direct result of an injury or disease affecting the somatosensory system in their peripheral elements or the central nervous system - CNS) has a high incidence in the world population and affects the quality of life of patients affected by it. The treatment of this painful condition is still a challenge for health professionals, since the drugs used have limited action and cause side effects. Thus, there is great interest in the search for new pharmaceuticals to treat neuropathic pain. Research shows the involvement of reactive oxygen species (ROS) in different types of pain, including neuropathic pain. Given the involvement of these species, molecules with antioxidant action are strong candidates as adjuvants in the treatment of painful conditions. Several studies have shown that N-acetylcysteine (NAC), a molecule with complex actions, including an antioxidant one, produces antinociception in animals with chronic constriction of the sciatic nerve (CCI, chronic constriction injury), a neuropathic pain model. However, the mechanisms involved in the antinociceptive effect of NAC are still poorly understood. Thus, this study aimed to evaluate the temporal effects of intraperitoneal administration of saline and NAC at a dose of 150 mg/kg/day, given for 1, 3 or 7 days, on nociceptive behavior and recovery of locomotor function, and cell signaling molecules and oxidative stress parameters in lumbosacral spinal cord of rats with and without CCI. This segment of the spinal cord was chosen because it is the entry region of the sciatic nerve afferent information. The project that preceded this study was approved by the Ethics Committee of UFRGS on the use of animals (protocol number: 23407). Methods: We used 180 male Wistar rats, weighing 200-300g, divided in 3 groups: control (animals which underwent no surgery), sham (animals which had only the right sciatic nerve exposed) and CCI (animals that had the right sciatic nerve exposed and received 4 ligatures in its initial third). These experimental groups were subdivided into subgroups receiving intraperitoneal administration of saline or NAC at a dose of 150 mg/kg/day for a period of 1, 3 or 7 days. Electronic von Frey tests and the sciatic functional index (SFI) evaluated the mechanical sensitivity and functional recovery of the nerve, respectively, in the periods before the injury and 1, 3 and 7 days after the nerve injury. At the end of these periods, the animals were killed by decapitation and the lumbosacral spinal cord was removed and used to determine the formation of superoxide, lipid hydroperoxide, total antioxidant capacity (TAC), ascorbic acid, expression of phosphorylated p-38 protein, and quantification of messenger RNA (mRNA) of NFκB. Other animal groups were perfused with 4% paraformaldehyde prepared in 0.2 M phosphate buffered saline, pH 7.4. After collection and cryoprotection in 15% and 30% sucrose solution, the spinal cord and dorsal root ganglia of the sciatic nerve ipsilateral to the lesion were subjected to immunohistochemistry of protein p-38 and histochemistry of NADPH-diaphorase, the latter for labeling the activity of nitric oxide (NO) synthase, the enzyme involved in the synthesis of NO. The results of sensitivity were analyzed by ANOVA of repeated measures; the other results by three-way ANOVA (factors: injury, treatment, and time), except those of NFκB, which were analyzed by two-way ANOVA. The post-test used was Tukey’s. P was considered significant when <0.05. Results: Mechanical sensitivity increased on day 1 post-injury in all CCI groups, and remained elevated in the other period analyzed in saline-treated CCI rats. In the group of NAC-treated CCI rats, the value of mechanical sensitivity was close to the pre-injury one, both at 3 and 7 days. In the sham group receiving saline, there was an increase in mechanical sensitivity on day 1, whose value was close to those of control rats in the other periods analyzed. Increased mechanical sensitivity was not observed in sham rats receiving NAC. The SFI improved in CCI rats receiving saline and NAC for 7 days. However, while the recovery rate of this index was 28% in the saline-treated rats, NAC administration caused a recovery of 44%. Alongside these changes, there was a statistically significant increase in the generation of superoxide anion in the spinal cord of all CCI rats, regardless of treatment and time period analyzed. Lipid hydroperoxides increased (823%) in the spinal cord of saline-treated CCI rats on day 1, but the increment was only 142% in CCI rats receiving NAC. At 3 and 7 days, lipid hydroperoxides were further increased in the spinal cord of sham and CCI rats, but the increment was 180%. TAC was reduced only in saline-treated CCI animals, on day 7. Ascorbic acid values increased significantly in the spinal cord of CCI rats receiving saline on days 1 and 3. Although high, ascorbic acid in the spinal cord of these rats on day 7 was not statistically significant as compared to control rats. In NAC-treated CCI rats, there was no significant difference in ascorbic acid values of the spinal cord as compared to control rats. As regards intracellular signaling molecules, increased expression of phosphorylated p-38 was observed in saline-treated CCI and sham rats on days 1, 3 and 7 compared to controls. NAC treatment caused a return of expression of this protein in sham rats on these days, and a reduction of approximately 187% in CCI rats on days 3 and 7, with the value of day 1 close to that of the control group. NAC also reduced the increase in p-38 immunoreactivity in dorsal root ganglion neurons and neurons and cells similar to spinal cord glia, such increases induced by CCI on days 1, 3 and 7. NAC also reduced the CCI-induced increase in the number of NADPH diaphorase reactive neurons in the superficial lamina of the dorsal horn and gray matter located around the central canal of the spinal cord. NAC treatment also reduced the mRNA of NFкB increased by CCI and sham surgery. Conclusion: These results show that intraperitoneal administration of NAC at 150 mg/kg/day reproduced the antinociceptive effect of this molecule and promoted improvement in SFI. In addition, the treatment changed oxidative stress parameters and intracellular signaling in the spinal cord, which are possibly related to improvements in mechanical sensitivity and functional recovery of the sciatic nerve in rats with CCI. From these results, one can say that the antinociceptive effect of NAC in rats with neuropathic pain from CCI involves not only its antioxidant action, but also its effect on intracellular signaling pathways.
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Efeito da N-acetilcisteína sobre proteínas de sinalização e parâmetros oxidativos em medula espinal de ratos com dor neuropáticaHorst, Andréa January 2017 (has links)
Introdução: A dor neuropática (dor originada como consequência direta de uma lesão ou doença afetando o sistema somatossensorial, em seus elementos periféricos ou no sistema nervoso central - SNC) possui uma alta incidência na população mundial e afeta a qualidade da vida dos pacientes acometidos por ela. O tratamento dessa condição dolorosa é ainda um desafio aos profissionais da saúde, pois os fármacos usados possuem ação limitada e diversos efeitos colaterais. Assim, há um grande interesse na busca por novos fármacos para tratar dor neuropática. Os estudos mostram o envolvimento das espécies reativas de oxigênio (EROs) nos distintos tipos de dor, incluindo a neuropática. Dado ao envolvimento dessas espécies, moléculas com ação antioxidante são fortes candidatas como coadjuvantes no tratamento de condições dolorosas. Diversos estudos mostraram que a administração de N-acetilcisteína (NAC), uma molécula com ações complexas, dentre elas a de antioxidante, produz antinocicepção em animais com constrição crônica no nervo isquiático (CCI, do inglês chronic constriction injury), um modelo de dor neuropática. Contudo, ainda são pouco conhecidos os mecanismos envolvidos no efeito antinociceptivo da NAC. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos temporais da administração intraperitoneal de solução salina e NAC, na dose de 150 mg/kg/dia, dado por 1, 3 ou 7 dias, sobre indicadores de comportamento nociceptivo e de recuperação de função locomotora, e moléculas de sinalização celular e parâmetros de estresse oxidativo em medula espinal lombossacral de ratos sem e com CCI. Esse segmento da medula espinal foi escolhido por ser a região de entrada das informações aferentes do nervo isquiático. O projeto que antecedeu o presente estudo foi aprovado pela Comissão de Ética no uso de animais da UFRGS (número de protocolo: 23407). Metodologia: Foram utilizados 180 ratos Wistar machos, pesando 200-300g, divididos em 3 grupos experimentais: controle (animais que não sofreram nenhuma intervenção cirúrgica), sham (animais que tiveram o nervo isquiático direito apenas exposto) e CCI (animais que tiveram o nervo isquiático direito exposto e recebeu 4 amarraduras em seu terço inicial). Estes grupos experimentais foram subdivididos em subgrupos que receberam administração X intraperitoneal de solução salina ou NAC, na dose de 150 mg/kg/dia, por período de 1, 3 ou 7 dias. Os testes de von Frey eletrônico e do índice funcional do isquiático (IFI) avaliaram a sensibilidade mecânica e a recuperação funcional do nervo, respectivamente, nos períodos antes da lesão e 1, 3 e 7 dias após a lesão nervosa. Ao final dos períodos de 1, 3 e 7 dias, os animais foram mortos por decapitação e a medula espinal lombossacral retirada e usada para as determinações: formação do ânion superóxido, hidroperóxidos lipídicos, capacidade antioxidante total (TAC, do inglês total antioxidante capacity), ácido ascórbico, expressão da proteína p-38 fosforilada, e quantificação do RNA mensageiro (mRNA) do NFкB. Outros grupos de animais foram perfundindos com paraformoldeído 4% preparado em tampão fosfato salino, 0,2 M, pH 7,4. Após a coleta e a crioproteção em solução de sacarose 15 e 30%, a medula espinal e os gânglios da raiz dorsal do nervo isquiático ipsilateral à lesão foram submetidos às técnicas de imunohistoquímica à proteína p-38 e histoquímica a NADPH-diaforase, essa última para marcação de células com atividade da óxido nítrico sintase (NOS), a enzima envolvida na síntese de NO. Os resultados de sensibilidade foram analisados por ANOVA de medidas repetidas; os demais resultados por ANOVA de três vias (fatores: lesão, tratamento e tempo), exceto os do NFκB, que foram por ANOVA de duas vias. O pós-teste usado foi o de Tukey. O P foi considerado significativo quando > 0,05. Resultados: A sensibilidade mecânica aumentou no dia 1 pós-lesão em todos os grupos CCI, e permaneceu elevada nos demais períodos analisados nos ratos com CCI tratados com solução salina. No grupo de ratos com CCI que recebeu tratamento com NAC, o valor da sensibilidade mecânica foi similar ao encontrado na pré-lesão, tanto aos 3 como aos 7 dias. No grupo sham que recebeu salina houve aumento na sensibilidade mecânica no dia 1, estando esse parâmetro com valor similar ao encontrado nos ratos controle nos demais períodos analisados. O aumento na sensibilidade mecânica não foi observado nos ratos sham que receberam NAC. O IFI melhorou nos ratos com CCI que receberam salina e NAC por 7 dias. Porém, enquanto o percentual de recuperação desse índice foi 28% nos ratos tratados com salina, a administração de NAC provocou recuperação de 44%. Paralelamente a essas mudanças, houve aumento estatisticamente significativo na geração de ânion superóxido na medula espinal de todos os ratos com CCI, independente do tratamento e do período de tempo analisado. Os hidroperóxidos lipídicos aumentaram (823%) na medula espinal de ratos com CCI tratados com salina no dia 1, mas o acréscimo foi de apenas 142% nos ratos com CCI que receberam NAC. Aos 3 e 7 dias, os hidroperóxidos lipídicos estavam ainda aumentados na medula espinal de ratos sham e com CCI, mas o aumento foi de 180%. A TAC teve redução apenas nos animais CCI tratados com salina, no dia 7. Os valores de ácido ascórbico aumentaram significativamente na medula espinal de ratos com CCI que receberam salina, nos dias 1 e 3. Apesar de elevado, o valor de ácido ascórbico na medula espinal desses ratos aos 7 dias não foi estatisticamente significativo quando comparado ao encontrado nos ratos controle. Nos ratos com CCI tratados com NAC não houve diferença significativa nos valores de ácido ascórbico da medula espinal comparados àqueles dos ratos controle. Quanto às moléculas de sinalização intracelular, observou-se aumento na expressão da p-38 fosforilada nos ratos sham e com CCI tratados com salina, nos dias 1, 3 e 7, comparados aos controles. O tratamento com NAC provocou o retorno da expressão dessa proteína nos ratos sham nesses dias, e uma redução de aproximadamente 187% nos ratos com CCI nos dias 3 e 7, sendo no dia 1 o valor similar ao do grupo controle. NAC também reduziu o aumento na imunorreatividade a p-38 em neurônios do gânglio da raiz dorsal e neurônios e células semelhantes à glia da medula espinal, aumentos esses induzidos pela CCI nos dias 1, 3 e 7. NAC também XI reduziu o aumento induzido pela CCI no número de neurônios reativos a NADPH-diaforase nas lâminas superficiais do corno dorsal e substância cinzenta localizada em volta do canal central da medula espinal. O tratamento com NAC ainda reduziu o mRNA do NFкB aumentado pela CCI e cirurgia sham. Conclusão: Estes resultados mostram que a administração intraperitoneal de NAC, na dose de 150 mg/kg/dia, reproduziu o efeito antinociceptivo dessa molécula e promoveu melhora no IFI. Paralelamente, o tratamento modificou parâmetros de estresse oxidativo e sinalização intracelular na medula espinal, os quais possivelmente se relacionam com as melhoras na sensibilidade mecânica e recuperação funcional do nervo isquiático nos ratos com CCI. A partir desses resultados, pode-se dizer que o efeito antinociceptivo da NAC em ratos com dor neuropática por CCI envolve não apenas sua ação antioxidante, mas também seu efeito em vias de sinalização intracelular. / Introduction: Neuropathic pain (pain arising as a direct result of an injury or disease affecting the somatosensory system in their peripheral elements or the central nervous system - CNS) has a high incidence in the world population and affects the quality of life of patients affected by it. The treatment of this painful condition is still a challenge for health professionals, since the drugs used have limited action and cause side effects. Thus, there is great interest in the search for new pharmaceuticals to treat neuropathic pain. Research shows the involvement of reactive oxygen species (ROS) in different types of pain, including neuropathic pain. Given the involvement of these species, molecules with antioxidant action are strong candidates as adjuvants in the treatment of painful conditions. Several studies have shown that N-acetylcysteine (NAC), a molecule with complex actions, including an antioxidant one, produces antinociception in animals with chronic constriction of the sciatic nerve (CCI, chronic constriction injury), a neuropathic pain model. However, the mechanisms involved in the antinociceptive effect of NAC are still poorly understood. Thus, this study aimed to evaluate the temporal effects of intraperitoneal administration of saline and NAC at a dose of 150 mg/kg/day, given for 1, 3 or 7 days, on nociceptive behavior and recovery of locomotor function, and cell signaling molecules and oxidative stress parameters in lumbosacral spinal cord of rats with and without CCI. This segment of the spinal cord was chosen because it is the entry region of the sciatic nerve afferent information. The project that preceded this study was approved by the Ethics Committee of UFRGS on the use of animals (protocol number: 23407). Methods: We used 180 male Wistar rats, weighing 200-300g, divided in 3 groups: control (animals which underwent no surgery), sham (animals which had only the right sciatic nerve exposed) and CCI (animals that had the right sciatic nerve exposed and received 4 ligatures in its initial third). These experimental groups were subdivided into subgroups receiving intraperitoneal administration of saline or NAC at a dose of 150 mg/kg/day for a period of 1, 3 or 7 days. Electronic von Frey tests and the sciatic functional index (SFI) evaluated the mechanical sensitivity and functional recovery of the nerve, respectively, in the periods before the injury and 1, 3 and 7 days after the nerve injury. At the end of these periods, the animals were killed by decapitation and the lumbosacral spinal cord was removed and used to determine the formation of superoxide, lipid hydroperoxide, total antioxidant capacity (TAC), ascorbic acid, expression of phosphorylated p-38 protein, and quantification of messenger RNA (mRNA) of NFκB. Other animal groups were perfused with 4% paraformaldehyde prepared in 0.2 M phosphate buffered saline, pH 7.4. After collection and cryoprotection in 15% and 30% sucrose solution, the spinal cord and dorsal root ganglia of the sciatic nerve ipsilateral to the lesion were subjected to immunohistochemistry of protein p-38 and histochemistry of NADPH-diaphorase, the latter for labeling the activity of nitric oxide (NO) synthase, the enzyme involved in the synthesis of NO. The results of sensitivity were analyzed by ANOVA of repeated measures; the other results by three-way ANOVA (factors: injury, treatment, and time), except those of NFκB, which were analyzed by two-way ANOVA. The post-test used was Tukey’s. P was considered significant when <0.05. Results: Mechanical sensitivity increased on day 1 post-injury in all CCI groups, and remained elevated in the other period analyzed in saline-treated CCI rats. In the group of NAC-treated CCI rats, the value of mechanical sensitivity was close to the pre-injury one, both at 3 and 7 days. In the sham group receiving saline, there was an increase in mechanical sensitivity on day 1, whose value was close to those of control rats in the other periods analyzed. Increased mechanical sensitivity was not observed in sham rats receiving NAC. The SFI improved in CCI rats receiving saline and NAC for 7 days. However, while the recovery rate of this index was 28% in the saline-treated rats, NAC administration caused a recovery of 44%. Alongside these changes, there was a statistically significant increase in the generation of superoxide anion in the spinal cord of all CCI rats, regardless of treatment and time period analyzed. Lipid hydroperoxides increased (823%) in the spinal cord of saline-treated CCI rats on day 1, but the increment was only 142% in CCI rats receiving NAC. At 3 and 7 days, lipid hydroperoxides were further increased in the spinal cord of sham and CCI rats, but the increment was 180%. TAC was reduced only in saline-treated CCI animals, on day 7. Ascorbic acid values increased significantly in the spinal cord of CCI rats receiving saline on days 1 and 3. Although high, ascorbic acid in the spinal cord of these rats on day 7 was not statistically significant as compared to control rats. In NAC-treated CCI rats, there was no significant difference in ascorbic acid values of the spinal cord as compared to control rats. As regards intracellular signaling molecules, increased expression of phosphorylated p-38 was observed in saline-treated CCI and sham rats on days 1, 3 and 7 compared to controls. NAC treatment caused a return of expression of this protein in sham rats on these days, and a reduction of approximately 187% in CCI rats on days 3 and 7, with the value of day 1 close to that of the control group. NAC also reduced the increase in p-38 immunoreactivity in dorsal root ganglion neurons and neurons and cells similar to spinal cord glia, such increases induced by CCI on days 1, 3 and 7. NAC also reduced the CCI-induced increase in the number of NADPH diaphorase reactive neurons in the superficial lamina of the dorsal horn and gray matter located around the central canal of the spinal cord. NAC treatment also reduced the mRNA of NFкB increased by CCI and sham surgery. Conclusion: These results show that intraperitoneal administration of NAC at 150 mg/kg/day reproduced the antinociceptive effect of this molecule and promoted improvement in SFI. In addition, the treatment changed oxidative stress parameters and intracellular signaling in the spinal cord, which are possibly related to improvements in mechanical sensitivity and functional recovery of the sciatic nerve in rats with CCI. From these results, one can say that the antinociceptive effect of NAC in rats with neuropathic pain from CCI involves not only its antioxidant action, but also its effect on intracellular signaling pathways.
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Activador® com ponteira adaptada para uso em animais : valor da força e efeito sobre o limiar mecânico e índice funcional do nervo isquiático em ratos com imobilização de membro posteriorDuarte, Felipe Coutinho Kullmann January 2014 (has links)
Na quiropraxia, cerca de 90% dos pacientes são tratados com manipulação articular vertebral. Porém, outras formas de tratamento também podem ser utilizadas na prática clínica, como técnicas que envolvem o uso de instrumentos manualmente operados. Esses instrumentos, quando acionados, disparam uma força mecânica de magnitude controlada, já que o aparelho possibilita a regulagem do nível de força que será aplicado, o que não ocorre na manipulação articular vertebral. Assim, a capacidade de aplicar uma força controlada sobre a articulação é uma das vantagens do uso do Activator Adjusting Instrument (AAI, Activator®), o mais popular dos instrumentos manualmente operados. Recentemente alguns autores desenvolveram uma ponteira adaptada para o AAI- 4, a qual foi usada em substituição à ponteira original desse instrumento em seus estudos com modelos animais, o que provocou uma redução de 4 vezes na área de contato do AAI-4 com seu alvo comparado a ponteira original. Como um dos fatores que influencia a magnitude da força é o valor da área de contato, é possível que o uso da ponteira adaptada tenha proporcionado mudança no valor do pico de força do AAI-4. Para testar essa hipótese, o presente estudo utilizou uma célula de carga acoplada a um sistema de coleta de dados para determinar o valor do pico de força do AAI-4 com ponteira adaptada e original, em dois protocolos experimentais: quando o instrumento foi aplicado pelo quiropraxista e quando foi seguro por um braço de metal, para prevenir o efeito de qualquer carga adicional durante o impulso do AAI-4. Ademais, foram avaliados ainda a sensibilidade mecânica, por meio do teste de Von Frey, e função motora da pata, mediante determinação da funcionalidade dos nervos pelo índice funcional dos nervos isquiático, tibial posterior e fibular, em ratos tratados com AAI-4 com ponteira adaptada durante a fase de remobilização, após imobilização da pata posterior direita. Para isso se utilizou o período de quatro semanas para a imobilização e de três semanas para remobilização, sendo neste último realizado o tratamento com AAI-4 na região lombar da coluna vertebral (segmentos L5-L6) três vezes por semana, aplicado pelo quiropraxista. Foi observado que o uso de ponteira adaptada no AAI-4, nos dois protocolos experimentais, ocasionou acréscimo no valor do pico de força desse instrumento, sendo o valor encontrado no menor nível de força 80% daquele observado no máximo nível de força do aparelho, tanto com ponteira adaptada quanto original. No teste de Von Frey, a imobilização ocasionou redução no limiar mecânico. O tratamento com AAI-4 provocou o retorno dessa sensibilidade a valores similares àqueles obtidos antes da imobilização. Os índices funcionais do tibial posterior e fibular foram significativamente mais baixos nos animais que tiveram imobilização da pata posterior direita. Nenhuma alteração significativa ocorreu no índice funcional do isquiático nesses animais. Assim, nossos resultados mostram que o uso de ponteira adaptada no AAI-4 ocasiona aumento no pico de força desse instrumento já no menor nível de gradação da força, sendo este valor similar ao máximo de força desenvolvido pelo AAI-4 com ponteiras adaptada e original. O tratamento com AAI-4, no seu menor nível de gradação da força e com ponteira adaptada, aplicado na coluna vertebral lombar durante a fase de remobilização, melhora a sensibilidade mecânica de ratos submetidos à imobilização, os quais tiveram déficit na funcionalidade motora dos nervos periféricos tibial e fibular.
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Efeito da N-acetilcisteína sobre proteínas de sinalização e parâmetros oxidativos em medula espinal de ratos com dor neuropáticaHorst, Andréa January 2017 (has links)
Introdução: A dor neuropática (dor originada como consequência direta de uma lesão ou doença afetando o sistema somatossensorial, em seus elementos periféricos ou no sistema nervoso central - SNC) possui uma alta incidência na população mundial e afeta a qualidade da vida dos pacientes acometidos por ela. O tratamento dessa condição dolorosa é ainda um desafio aos profissionais da saúde, pois os fármacos usados possuem ação limitada e diversos efeitos colaterais. Assim, há um grande interesse na busca por novos fármacos para tratar dor neuropática. Os estudos mostram o envolvimento das espécies reativas de oxigênio (EROs) nos distintos tipos de dor, incluindo a neuropática. Dado ao envolvimento dessas espécies, moléculas com ação antioxidante são fortes candidatas como coadjuvantes no tratamento de condições dolorosas. Diversos estudos mostraram que a administração de N-acetilcisteína (NAC), uma molécula com ações complexas, dentre elas a de antioxidante, produz antinocicepção em animais com constrição crônica no nervo isquiático (CCI, do inglês chronic constriction injury), um modelo de dor neuropática. Contudo, ainda são pouco conhecidos os mecanismos envolvidos no efeito antinociceptivo da NAC. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos temporais da administração intraperitoneal de solução salina e NAC, na dose de 150 mg/kg/dia, dado por 1, 3 ou 7 dias, sobre indicadores de comportamento nociceptivo e de recuperação de função locomotora, e moléculas de sinalização celular e parâmetros de estresse oxidativo em medula espinal lombossacral de ratos sem e com CCI. Esse segmento da medula espinal foi escolhido por ser a região de entrada das informações aferentes do nervo isquiático. O projeto que antecedeu o presente estudo foi aprovado pela Comissão de Ética no uso de animais da UFRGS (número de protocolo: 23407). Metodologia: Foram utilizados 180 ratos Wistar machos, pesando 200-300g, divididos em 3 grupos experimentais: controle (animais que não sofreram nenhuma intervenção cirúrgica), sham (animais que tiveram o nervo isquiático direito apenas exposto) e CCI (animais que tiveram o nervo isquiático direito exposto e recebeu 4 amarraduras em seu terço inicial). Estes grupos experimentais foram subdivididos em subgrupos que receberam administração X intraperitoneal de solução salina ou NAC, na dose de 150 mg/kg/dia, por período de 1, 3 ou 7 dias. Os testes de von Frey eletrônico e do índice funcional do isquiático (IFI) avaliaram a sensibilidade mecânica e a recuperação funcional do nervo, respectivamente, nos períodos antes da lesão e 1, 3 e 7 dias após a lesão nervosa. Ao final dos períodos de 1, 3 e 7 dias, os animais foram mortos por decapitação e a medula espinal lombossacral retirada e usada para as determinações: formação do ânion superóxido, hidroperóxidos lipídicos, capacidade antioxidante total (TAC, do inglês total antioxidante capacity), ácido ascórbico, expressão da proteína p-38 fosforilada, e quantificação do RNA mensageiro (mRNA) do NFкB. Outros grupos de animais foram perfundindos com paraformoldeído 4% preparado em tampão fosfato salino, 0,2 M, pH 7,4. Após a coleta e a crioproteção em solução de sacarose 15 e 30%, a medula espinal e os gânglios da raiz dorsal do nervo isquiático ipsilateral à lesão foram submetidos às técnicas de imunohistoquímica à proteína p-38 e histoquímica a NADPH-diaforase, essa última para marcação de células com atividade da óxido nítrico sintase (NOS), a enzima envolvida na síntese de NO. Os resultados de sensibilidade foram analisados por ANOVA de medidas repetidas; os demais resultados por ANOVA de três vias (fatores: lesão, tratamento e tempo), exceto os do NFκB, que foram por ANOVA de duas vias. O pós-teste usado foi o de Tukey. O P foi considerado significativo quando > 0,05. Resultados: A sensibilidade mecânica aumentou no dia 1 pós-lesão em todos os grupos CCI, e permaneceu elevada nos demais períodos analisados nos ratos com CCI tratados com solução salina. No grupo de ratos com CCI que recebeu tratamento com NAC, o valor da sensibilidade mecânica foi similar ao encontrado na pré-lesão, tanto aos 3 como aos 7 dias. No grupo sham que recebeu salina houve aumento na sensibilidade mecânica no dia 1, estando esse parâmetro com valor similar ao encontrado nos ratos controle nos demais períodos analisados. O aumento na sensibilidade mecânica não foi observado nos ratos sham que receberam NAC. O IFI melhorou nos ratos com CCI que receberam salina e NAC por 7 dias. Porém, enquanto o percentual de recuperação desse índice foi 28% nos ratos tratados com salina, a administração de NAC provocou recuperação de 44%. Paralelamente a essas mudanças, houve aumento estatisticamente significativo na geração de ânion superóxido na medula espinal de todos os ratos com CCI, independente do tratamento e do período de tempo analisado. Os hidroperóxidos lipídicos aumentaram (823%) na medula espinal de ratos com CCI tratados com salina no dia 1, mas o acréscimo foi de apenas 142% nos ratos com CCI que receberam NAC. Aos 3 e 7 dias, os hidroperóxidos lipídicos estavam ainda aumentados na medula espinal de ratos sham e com CCI, mas o aumento foi de 180%. A TAC teve redução apenas nos animais CCI tratados com salina, no dia 7. Os valores de ácido ascórbico aumentaram significativamente na medula espinal de ratos com CCI que receberam salina, nos dias 1 e 3. Apesar de elevado, o valor de ácido ascórbico na medula espinal desses ratos aos 7 dias não foi estatisticamente significativo quando comparado ao encontrado nos ratos controle. Nos ratos com CCI tratados com NAC não houve diferença significativa nos valores de ácido ascórbico da medula espinal comparados àqueles dos ratos controle. Quanto às moléculas de sinalização intracelular, observou-se aumento na expressão da p-38 fosforilada nos ratos sham e com CCI tratados com salina, nos dias 1, 3 e 7, comparados aos controles. O tratamento com NAC provocou o retorno da expressão dessa proteína nos ratos sham nesses dias, e uma redução de aproximadamente 187% nos ratos com CCI nos dias 3 e 7, sendo no dia 1 o valor similar ao do grupo controle. NAC também reduziu o aumento na imunorreatividade a p-38 em neurônios do gânglio da raiz dorsal e neurônios e células semelhantes à glia da medula espinal, aumentos esses induzidos pela CCI nos dias 1, 3 e 7. NAC também XI reduziu o aumento induzido pela CCI no número de neurônios reativos a NADPH-diaforase nas lâminas superficiais do corno dorsal e substância cinzenta localizada em volta do canal central da medula espinal. O tratamento com NAC ainda reduziu o mRNA do NFкB aumentado pela CCI e cirurgia sham. Conclusão: Estes resultados mostram que a administração intraperitoneal de NAC, na dose de 150 mg/kg/dia, reproduziu o efeito antinociceptivo dessa molécula e promoveu melhora no IFI. Paralelamente, o tratamento modificou parâmetros de estresse oxidativo e sinalização intracelular na medula espinal, os quais possivelmente se relacionam com as melhoras na sensibilidade mecânica e recuperação funcional do nervo isquiático nos ratos com CCI. A partir desses resultados, pode-se dizer que o efeito antinociceptivo da NAC em ratos com dor neuropática por CCI envolve não apenas sua ação antioxidante, mas também seu efeito em vias de sinalização intracelular. / Introduction: Neuropathic pain (pain arising as a direct result of an injury or disease affecting the somatosensory system in their peripheral elements or the central nervous system - CNS) has a high incidence in the world population and affects the quality of life of patients affected by it. The treatment of this painful condition is still a challenge for health professionals, since the drugs used have limited action and cause side effects. Thus, there is great interest in the search for new pharmaceuticals to treat neuropathic pain. Research shows the involvement of reactive oxygen species (ROS) in different types of pain, including neuropathic pain. Given the involvement of these species, molecules with antioxidant action are strong candidates as adjuvants in the treatment of painful conditions. Several studies have shown that N-acetylcysteine (NAC), a molecule with complex actions, including an antioxidant one, produces antinociception in animals with chronic constriction of the sciatic nerve (CCI, chronic constriction injury), a neuropathic pain model. However, the mechanisms involved in the antinociceptive effect of NAC are still poorly understood. Thus, this study aimed to evaluate the temporal effects of intraperitoneal administration of saline and NAC at a dose of 150 mg/kg/day, given for 1, 3 or 7 days, on nociceptive behavior and recovery of locomotor function, and cell signaling molecules and oxidative stress parameters in lumbosacral spinal cord of rats with and without CCI. This segment of the spinal cord was chosen because it is the entry region of the sciatic nerve afferent information. The project that preceded this study was approved by the Ethics Committee of UFRGS on the use of animals (protocol number: 23407). Methods: We used 180 male Wistar rats, weighing 200-300g, divided in 3 groups: control (animals which underwent no surgery), sham (animals which had only the right sciatic nerve exposed) and CCI (animals that had the right sciatic nerve exposed and received 4 ligatures in its initial third). These experimental groups were subdivided into subgroups receiving intraperitoneal administration of saline or NAC at a dose of 150 mg/kg/day for a period of 1, 3 or 7 days. Electronic von Frey tests and the sciatic functional index (SFI) evaluated the mechanical sensitivity and functional recovery of the nerve, respectively, in the periods before the injury and 1, 3 and 7 days after the nerve injury. At the end of these periods, the animals were killed by decapitation and the lumbosacral spinal cord was removed and used to determine the formation of superoxide, lipid hydroperoxide, total antioxidant capacity (TAC), ascorbic acid, expression of phosphorylated p-38 protein, and quantification of messenger RNA (mRNA) of NFκB. Other animal groups were perfused with 4% paraformaldehyde prepared in 0.2 M phosphate buffered saline, pH 7.4. After collection and cryoprotection in 15% and 30% sucrose solution, the spinal cord and dorsal root ganglia of the sciatic nerve ipsilateral to the lesion were subjected to immunohistochemistry of protein p-38 and histochemistry of NADPH-diaphorase, the latter for labeling the activity of nitric oxide (NO) synthase, the enzyme involved in the synthesis of NO. The results of sensitivity were analyzed by ANOVA of repeated measures; the other results by three-way ANOVA (factors: injury, treatment, and time), except those of NFκB, which were analyzed by two-way ANOVA. The post-test used was Tukey’s. P was considered significant when <0.05. Results: Mechanical sensitivity increased on day 1 post-injury in all CCI groups, and remained elevated in the other period analyzed in saline-treated CCI rats. In the group of NAC-treated CCI rats, the value of mechanical sensitivity was close to the pre-injury one, both at 3 and 7 days. In the sham group receiving saline, there was an increase in mechanical sensitivity on day 1, whose value was close to those of control rats in the other periods analyzed. Increased mechanical sensitivity was not observed in sham rats receiving NAC. The SFI improved in CCI rats receiving saline and NAC for 7 days. However, while the recovery rate of this index was 28% in the saline-treated rats, NAC administration caused a recovery of 44%. Alongside these changes, there was a statistically significant increase in the generation of superoxide anion in the spinal cord of all CCI rats, regardless of treatment and time period analyzed. Lipid hydroperoxides increased (823%) in the spinal cord of saline-treated CCI rats on day 1, but the increment was only 142% in CCI rats receiving NAC. At 3 and 7 days, lipid hydroperoxides were further increased in the spinal cord of sham and CCI rats, but the increment was 180%. TAC was reduced only in saline-treated CCI animals, on day 7. Ascorbic acid values increased significantly in the spinal cord of CCI rats receiving saline on days 1 and 3. Although high, ascorbic acid in the spinal cord of these rats on day 7 was not statistically significant as compared to control rats. In NAC-treated CCI rats, there was no significant difference in ascorbic acid values of the spinal cord as compared to control rats. As regards intracellular signaling molecules, increased expression of phosphorylated p-38 was observed in saline-treated CCI and sham rats on days 1, 3 and 7 compared to controls. NAC treatment caused a return of expression of this protein in sham rats on these days, and a reduction of approximately 187% in CCI rats on days 3 and 7, with the value of day 1 close to that of the control group. NAC also reduced the increase in p-38 immunoreactivity in dorsal root ganglion neurons and neurons and cells similar to spinal cord glia, such increases induced by CCI on days 1, 3 and 7. NAC also reduced the CCI-induced increase in the number of NADPH diaphorase reactive neurons in the superficial lamina of the dorsal horn and gray matter located around the central canal of the spinal cord. NAC treatment also reduced the mRNA of NFкB increased by CCI and sham surgery. Conclusion: These results show that intraperitoneal administration of NAC at 150 mg/kg/day reproduced the antinociceptive effect of this molecule and promoted improvement in SFI. In addition, the treatment changed oxidative stress parameters and intracellular signaling in the spinal cord, which are possibly related to improvements in mechanical sensitivity and functional recovery of the sciatic nerve in rats with CCI. From these results, one can say that the antinociceptive effect of NAC in rats with neuropathic pain from CCI involves not only its antioxidant action, but also its effect on intracellular signaling pathways.
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Activador® com ponteira adaptada para uso em animais : valor da força e efeito sobre o limiar mecânico e índice funcional do nervo isquiático em ratos com imobilização de membro posteriorDuarte, Felipe Coutinho Kullmann January 2014 (has links)
Na quiropraxia, cerca de 90% dos pacientes são tratados com manipulação articular vertebral. Porém, outras formas de tratamento também podem ser utilizadas na prática clínica, como técnicas que envolvem o uso de instrumentos manualmente operados. Esses instrumentos, quando acionados, disparam uma força mecânica de magnitude controlada, já que o aparelho possibilita a regulagem do nível de força que será aplicado, o que não ocorre na manipulação articular vertebral. Assim, a capacidade de aplicar uma força controlada sobre a articulação é uma das vantagens do uso do Activator Adjusting Instrument (AAI, Activator®), o mais popular dos instrumentos manualmente operados. Recentemente alguns autores desenvolveram uma ponteira adaptada para o AAI- 4, a qual foi usada em substituição à ponteira original desse instrumento em seus estudos com modelos animais, o que provocou uma redução de 4 vezes na área de contato do AAI-4 com seu alvo comparado a ponteira original. Como um dos fatores que influencia a magnitude da força é o valor da área de contato, é possível que o uso da ponteira adaptada tenha proporcionado mudança no valor do pico de força do AAI-4. Para testar essa hipótese, o presente estudo utilizou uma célula de carga acoplada a um sistema de coleta de dados para determinar o valor do pico de força do AAI-4 com ponteira adaptada e original, em dois protocolos experimentais: quando o instrumento foi aplicado pelo quiropraxista e quando foi seguro por um braço de metal, para prevenir o efeito de qualquer carga adicional durante o impulso do AAI-4. Ademais, foram avaliados ainda a sensibilidade mecânica, por meio do teste de Von Frey, e função motora da pata, mediante determinação da funcionalidade dos nervos pelo índice funcional dos nervos isquiático, tibial posterior e fibular, em ratos tratados com AAI-4 com ponteira adaptada durante a fase de remobilização, após imobilização da pata posterior direita. Para isso se utilizou o período de quatro semanas para a imobilização e de três semanas para remobilização, sendo neste último realizado o tratamento com AAI-4 na região lombar da coluna vertebral (segmentos L5-L6) três vezes por semana, aplicado pelo quiropraxista. Foi observado que o uso de ponteira adaptada no AAI-4, nos dois protocolos experimentais, ocasionou acréscimo no valor do pico de força desse instrumento, sendo o valor encontrado no menor nível de força 80% daquele observado no máximo nível de força do aparelho, tanto com ponteira adaptada quanto original. No teste de Von Frey, a imobilização ocasionou redução no limiar mecânico. O tratamento com AAI-4 provocou o retorno dessa sensibilidade a valores similares àqueles obtidos antes da imobilização. Os índices funcionais do tibial posterior e fibular foram significativamente mais baixos nos animais que tiveram imobilização da pata posterior direita. Nenhuma alteração significativa ocorreu no índice funcional do isquiático nesses animais. Assim, nossos resultados mostram que o uso de ponteira adaptada no AAI-4 ocasiona aumento no pico de força desse instrumento já no menor nível de gradação da força, sendo este valor similar ao máximo de força desenvolvido pelo AAI-4 com ponteiras adaptada e original. O tratamento com AAI-4, no seu menor nível de gradação da força e com ponteira adaptada, aplicado na coluna vertebral lombar durante a fase de remobilização, melhora a sensibilidade mecânica de ratos submetidos à imobilização, os quais tiveram déficit na funcionalidade motora dos nervos periféricos tibial e fibular.
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Activador® com ponteira adaptada para uso em animais : valor da força e efeito sobre o limiar mecânico e índice funcional do nervo isquiático em ratos com imobilização de membro posteriorDuarte, Felipe Coutinho Kullmann January 2014 (has links)
Na quiropraxia, cerca de 90% dos pacientes são tratados com manipulação articular vertebral. Porém, outras formas de tratamento também podem ser utilizadas na prática clínica, como técnicas que envolvem o uso de instrumentos manualmente operados. Esses instrumentos, quando acionados, disparam uma força mecânica de magnitude controlada, já que o aparelho possibilita a regulagem do nível de força que será aplicado, o que não ocorre na manipulação articular vertebral. Assim, a capacidade de aplicar uma força controlada sobre a articulação é uma das vantagens do uso do Activator Adjusting Instrument (AAI, Activator®), o mais popular dos instrumentos manualmente operados. Recentemente alguns autores desenvolveram uma ponteira adaptada para o AAI- 4, a qual foi usada em substituição à ponteira original desse instrumento em seus estudos com modelos animais, o que provocou uma redução de 4 vezes na área de contato do AAI-4 com seu alvo comparado a ponteira original. Como um dos fatores que influencia a magnitude da força é o valor da área de contato, é possível que o uso da ponteira adaptada tenha proporcionado mudança no valor do pico de força do AAI-4. Para testar essa hipótese, o presente estudo utilizou uma célula de carga acoplada a um sistema de coleta de dados para determinar o valor do pico de força do AAI-4 com ponteira adaptada e original, em dois protocolos experimentais: quando o instrumento foi aplicado pelo quiropraxista e quando foi seguro por um braço de metal, para prevenir o efeito de qualquer carga adicional durante o impulso do AAI-4. Ademais, foram avaliados ainda a sensibilidade mecânica, por meio do teste de Von Frey, e função motora da pata, mediante determinação da funcionalidade dos nervos pelo índice funcional dos nervos isquiático, tibial posterior e fibular, em ratos tratados com AAI-4 com ponteira adaptada durante a fase de remobilização, após imobilização da pata posterior direita. Para isso se utilizou o período de quatro semanas para a imobilização e de três semanas para remobilização, sendo neste último realizado o tratamento com AAI-4 na região lombar da coluna vertebral (segmentos L5-L6) três vezes por semana, aplicado pelo quiropraxista. Foi observado que o uso de ponteira adaptada no AAI-4, nos dois protocolos experimentais, ocasionou acréscimo no valor do pico de força desse instrumento, sendo o valor encontrado no menor nível de força 80% daquele observado no máximo nível de força do aparelho, tanto com ponteira adaptada quanto original. No teste de Von Frey, a imobilização ocasionou redução no limiar mecânico. O tratamento com AAI-4 provocou o retorno dessa sensibilidade a valores similares àqueles obtidos antes da imobilização. Os índices funcionais do tibial posterior e fibular foram significativamente mais baixos nos animais que tiveram imobilização da pata posterior direita. Nenhuma alteração significativa ocorreu no índice funcional do isquiático nesses animais. Assim, nossos resultados mostram que o uso de ponteira adaptada no AAI-4 ocasiona aumento no pico de força desse instrumento já no menor nível de gradação da força, sendo este valor similar ao máximo de força desenvolvido pelo AAI-4 com ponteiras adaptada e original. O tratamento com AAI-4, no seu menor nível de gradação da força e com ponteira adaptada, aplicado na coluna vertebral lombar durante a fase de remobilização, melhora a sensibilidade mecânica de ratos submetidos à imobilização, os quais tiveram déficit na funcionalidade motora dos nervos periféricos tibial e fibular.
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