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Análise de células metanucleadas de alcoólicos portadores de carcinomas orais. / Analysis of metanucleated cells from alcoholics bearing oral carcinomas.Ramirez, Andréa 28 April 2000 (has links)
O teste do micronúcleo (MN) vem sendo utilizado omo indicador de exposição genotóxica uma vez que sua ocorrência está associada às aberrações cromossômicas. Comparou-se a frequência de MN de 30 pacientes alcoólicos crônicos portadores de carcinomas orais e orofaríngeos, nos quais o consumo de álcool variou de quatro à 59 anos, com a de 30 indivíduos abstinentes de semelhante nível sócio-econômico. A diferença (14,5 anos) entre a média da idade dos pacientes (52,9 ± 1,6) e a dos controles (38,4 ± 1,5) foi estatisticamente significante (P< 0,0001). A pesquisa consiste na análise de 2000 células de escamação da mucosa oral de três regiões distintas da boca de pacientes e controles: ao redor da lesão (B), na região contra-lateral à lesão (A) e na região fundo de saco gengivo-labial superior (C), previamente considerada controle devido à baixa incidência de tumores. As células foram fixadas, coradas e analisadas em "teste cego" através de técnica modificada e adaptada aos requisitos específicos da pesquisa. O número de MN por 2000 células por indivíduo nos pacientes, assim como nos controles mostrou uma distribuição de Poisson com dispersão assimetricamente positiva, e aumento da variância nos pacientes. A distribuição de anomalias metanucleares também exibiu desvios significantes da dispersão normal. A heterogeneidade da frequência de MN nas três regiões orais dos pacientes, avaliada através do teste de Kruskal-Wallis, mostrou-se extremamente significante (P = 0,005). Enquanto a comparação entre as regiões B vs C foi estatisticamente significante (P < 0,01), as comparações entre as regiões A vs B ou A vs C (P > 0,05) não revelaram diferenças estatisticamente significante através do teste de comparação múltipla de Dunn. As comparações das diferençasnas frequências de MN resultantes do emparelhamento entre as três regiões orais (A-B, A-C, BC), aumentou o nível de significância dos resultados quanto à heterogeneidade regional (P = 0,0003) e tornou a comparação A vs C estatisticamente significante. Entretanto, a análise da variância não paramétrica da distribuição de MN nas três regiões orais dos controles não indicou heterogeneidade (P = 0,943). As frequências de MN e de células metanucleadas nas regiões orais dos pacientes também foram comparadas à dos controles através do teste de Mann-Whitney. A diferença na região tumoral foi extremamente significante (P < 0,001) e, significante na região oposta à lesão (P = 0,03) porém não significante na região fundo de saco gengivo-labial superior (P = 0,44). Esses resultados indicam um aumento de sete vezes na frequência de MN ao redor da lesão, três vezes na região oposta à lesão e duas vezes, embora não estatisticamente significante, na região fundo de saco gengivo-labial superior, revelando um gradiente na frequência de MN no sentido C -> A -> B. Comparações das frequências de células metanucleadas: binucleadas (BI), cariorréxes (CR), cariólises (CL) e broken egg (BE) nas três regiões orais de pacientes e controles, revelaram diferenças extremamente significantes, com exceção apenas de BE, em todas as regiões orais e de CR na região fundo de saco gengivo-labial superior. As comparações dicotômicas das variáveis independentes não paramétricas com a frequência de MN através dos testes de contingência e Mann-Whitney, não foram estatisticamente significantes ao nível de 5% de probabilidade, com exceção de uma única questão do questionário de diagnóstico do alcoolismo CAGE, que confirmou o efeito do álcool. Ao contrário dos resultados esperados, as frequências de MN e anomalias metanucleares não mostraram associações significantes com a idade tanto nos pacientes como nos controles. Ainda mais, a análise de regressão múltipla escalonada da frequência de células com MN ou anomalias metanucleares sobre fatores intervenientes, como idade, fim e tempo de consumo de álcool e tempo de uso de tabaco, nos pacientes, revelou coeficientes de regressão pequenos e negativos, mas significantes. Já os coeficientes de regressão da variável CL sobre o consumo de álcool foi significantemente pequeno, mas positivo, com ou sem transformação das frequências das variáveis dependentes através da raiz quadrada. Entretanto, os resultados da análise de regressão dos pacientes, aparentemente contraditórios, podem ser explicados supondo-se que as frequências de MN, durante a exposição crônica ao álcool, teriam um forte aumento inicial, diminuindo posteriormente até um nível significantemente maior que aquele no início do consumo de álcool; por outro lado, a frequência de CL aumentaria inversamente como resultado da transformação de MN durante o processo de reparo. Pode-se deduzir a partir resultados da presente pesquisa que a análise de células com MN e anomalias metanucleares devem levar em consideração critérios de padronização citológicos rígidos. O número de células a ser contado deve ser fixo e superior a 2000 de modo que inclua a variabilidade normal (espontânea) da distribuição de MN e, ainda, eliminar viéses estatísticos na estimativa de suas frequências. Ainda, o tamanho da amostra deve ser superior à 30 indivíduos, a fim de assegurar a representatividade estatística. A significância das diferenças inter-grupais deve ser estimada através de testes não paramétricos. Além disso, análises intra-individuais (ou inter-regionais) bem como a utilização de controles específicos inter-individuais pareados quanto aos fatores intervenientes (sexo, idade, grupo étnico, nível sócio-econômico, etc.) deveriam ser práticas metodológicas usuais. Como conclusão, o teste do MN deve ser considerado como uma técnica de triagem simples, prática, econômica e não invasiva para a prevenção e monitoramento clínicos de indivíduos sob risco carcinogênico, após exposição à agentes ou situações genotóxicas, como consumo crônico e abusivo de álcool, tabaco e/ou outras drogas mutagênicas, ou ainda, manipulação profissional de derivados de petróleo e outras substâncias tóxicas industriais. No contexto da presente investigação, o teste do MN deve ser particularmente indicado para monitoramento da evolução clínica de indivíduos com tumores ou lesões leucoplásicas curadas ou removidas cirurgicamente ou após tratamentos quimo ou radioterápicos, através de comparações intra e interindividuais. / Micronucleus (MN) test has been used as an indicator of genotoxic exposition since it is associated with the occurrence of chromosomal aberrations. The frequency of MN among 30 subjects with oral and oropharyngeal carcinomas, whose alcohol consumption varied from four to 59 years, was compared to that of 30 healthy control individuals, abstinent for alcohol and matched for social-economic status. Difference (14.5 years)between average age of patients (52.9 ± 1.6) and that of controls (38.4 ± 1.5) was statistically significant (P <0.0001). The investigation includes the examination of 2000 cells per individual from each of three distinct areas in the mouth of patients and controls: around the lesion (B), opposite to the lesion (A) and in the upper gengivo-labial gutter (C) taken as control site because of its low tumour occurrence. The cells were fixed, dried and analyzed under "blind test", according to the technique of Sarto, modified and fitted strictly to the requirements of the research. The number of MN per 2000 cells per individual among patients as well as controls showed a Poisson distribution with a positively asymmetric dispersion and an increased variance among patients. Distribution of metanucleated cells also departed significantly from normal dispersion. The heterogeneity of MN in the three oral regions of patients, evaluated through Kruskal-Wallis test, was highly significant (P = 0.005) and pairwise comparison B vs C was statistically significant (P < 0.01) but not comparisons between A vs B or A vs C (P > 0.05), through Dunn´s multiple comparison test. Comparisons of pairwise inter-regional oral differences of MN frequencies (A-B, A-C, B-C), increased the significance levels of the results for regional heterogeneity (P =0.0003) becoming also the comparison A vs C statistically significant. Otherwise, non parametric analysis of variance of the MN distribution in the three oral regions of the controls indicated great statistical homogeneity (P = 0.943). Frequencies of MN and metanucleated cells in the oral regions of patients were also compared to those of controls, through Mann-Whitney test. Differences were highly significant (P< 0.001) for tumoral region and significant for the region opposite to the lesion (P = 0.03) but not for the upper gengivo-labial gutter (P = 0.44). These results indicated a seven-time increase in the frequency of MN in the region around the lesion, a three-time increase in the opposite region and a two-time but non significant increase in the upper gengivo-labial gutter, revealing a gradient frequency in the way C -> A -> B. Comparisons of frequencies of metanucleated cells: binucleated (BI), cariorrhexis (CR), cariolisis (CL) and broken egg (BE) in the three oral regions, between patients and controls, showed highly significant differences, except for BE frequencies in all oral regions and for CR frequency in the upper gengivo-labial gutter. Dichotomous comparisons of non parametric independent variables, with MN frequencies, through contingency and Mann-Whitney tests, were not significant at 5% level of probability, except for CAGE diagnosis of alcoholism, which confirmed the alcohol effect. Contrary to the expected results, sistematically frequencies of MN and metanucleated cells were not significantly correlated to age among patients as well as controls. Moreover, stepwise multiple regression analysis of MN and metanucleated cells in the patients revealed small negative,but significant, regression coefficients upon intervinient factors such age, end and time of alcohol consumption and time of tobacco usage, but regression coefficients of CL, upon alcohol consumption, were significantly small, but positive, before or after square root transformation of dependent variables. However, the apparently contradictory results from analysis of regression among patients could be explained by the assumption that frequencies of MN, under alcohol exposure, had a early strong increase, but decreased, afterwards, to a level significantly greater than that before alcohol consumption, while CL frequency conversely increased significantly as a result from MN transformation, during the repair process. It could be stated from the results of the present research that examination of cells with MN and metanucleated anomalies should follow critical and strict cytological criteria of standardization. The number of cell counts should be fixed and above 2000 in order to include normal (spontaneous) variability in the distribution of MN and, therefore, to prevent biases in the estimation of its frequencies. Also, sample size should be above 30 individuals, so that the statistical representativity be assured and significance of intergroup differences, could be estimated through non parametric tests. Moreover, intra-individual (or intra-regional) examinations and specific interindividual controls matched for intervinient factors (sex, age, etnic group, socio-economic level,etc.) should be an usual methodological practice. As a conclusion, it must to be considered that MN test is a simple, practical, non-expensive and non-invasive screening technique of diagnosis for clinical prevention and management of subjects under carcinogenic risks, after exposition to genotoxical agents or situations, such as abusive and chronical consumption of alcohol, tobacco and/or other mutagenic drugs or professional manipulation of derivatives of petroleum and other toxical industrial substances. In the context of the present investigation, the MN test must particularly be indicated for monitoring the clinical evolution of subjects with healed or surgically removed tumours or leukoplasic lesions, after chemio or radiotherapic treatments, by means of intra and inter-individual cellular comparisons.
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Análise de células metanucleadas de alcoólicos portadores de carcinomas orais. / Analysis of metanucleated cells from alcoholics bearing oral carcinomas.Andréa Ramirez 28 April 2000 (has links)
O teste do micronúcleo (MN) vem sendo utilizado omo indicador de exposição genotóxica uma vez que sua ocorrência está associada às aberrações cromossômicas. Comparou-se a frequência de MN de 30 pacientes alcoólicos crônicos portadores de carcinomas orais e orofaríngeos, nos quais o consumo de álcool variou de quatro à 59 anos, com a de 30 indivíduos abstinentes de semelhante nível sócio-econômico. A diferença (14,5 anos) entre a média da idade dos pacientes (52,9 ± 1,6) e a dos controles (38,4 ± 1,5) foi estatisticamente significante (P< 0,0001). A pesquisa consiste na análise de 2000 células de escamação da mucosa oral de três regiões distintas da boca de pacientes e controles: ao redor da lesão (B), na região contra-lateral à lesão (A) e na região fundo de saco gengivo-labial superior (C), previamente considerada controle devido à baixa incidência de tumores. As células foram fixadas, coradas e analisadas em "teste cego" através de técnica modificada e adaptada aos requisitos específicos da pesquisa. O número de MN por 2000 células por indivíduo nos pacientes, assim como nos controles mostrou uma distribuição de Poisson com dispersão assimetricamente positiva, e aumento da variância nos pacientes. A distribuição de anomalias metanucleares também exibiu desvios significantes da dispersão normal. A heterogeneidade da frequência de MN nas três regiões orais dos pacientes, avaliada através do teste de Kruskal-Wallis, mostrou-se extremamente significante (P = 0,005). Enquanto a comparação entre as regiões B vs C foi estatisticamente significante (P < 0,01), as comparações entre as regiões A vs B ou A vs C (P > 0,05) não revelaram diferenças estatisticamente significante através do teste de comparação múltipla de Dunn. As comparações das diferençasnas frequências de MN resultantes do emparelhamento entre as três regiões orais (A-B, A-C, BC), aumentou o nível de significância dos resultados quanto à heterogeneidade regional (P = 0,0003) e tornou a comparação A vs C estatisticamente significante. Entretanto, a análise da variância não paramétrica da distribuição de MN nas três regiões orais dos controles não indicou heterogeneidade (P = 0,943). As frequências de MN e de células metanucleadas nas regiões orais dos pacientes também foram comparadas à dos controles através do teste de Mann-Whitney. A diferença na região tumoral foi extremamente significante (P < 0,001) e, significante na região oposta à lesão (P = 0,03) porém não significante na região fundo de saco gengivo-labial superior (P = 0,44). Esses resultados indicam um aumento de sete vezes na frequência de MN ao redor da lesão, três vezes na região oposta à lesão e duas vezes, embora não estatisticamente significante, na região fundo de saco gengivo-labial superior, revelando um gradiente na frequência de MN no sentido C -> A -> B. Comparações das frequências de células metanucleadas: binucleadas (BI), cariorréxes (CR), cariólises (CL) e broken egg (BE) nas três regiões orais de pacientes e controles, revelaram diferenças extremamente significantes, com exceção apenas de BE, em todas as regiões orais e de CR na região fundo de saco gengivo-labial superior. As comparações dicotômicas das variáveis independentes não paramétricas com a frequência de MN através dos testes de contingência e Mann-Whitney, não foram estatisticamente significantes ao nível de 5% de probabilidade, com exceção de uma única questão do questionário de diagnóstico do alcoolismo CAGE, que confirmou o efeito do álcool. Ao contrário dos resultados esperados, as frequências de MN e anomalias metanucleares não mostraram associações significantes com a idade tanto nos pacientes como nos controles. Ainda mais, a análise de regressão múltipla escalonada da frequência de células com MN ou anomalias metanucleares sobre fatores intervenientes, como idade, fim e tempo de consumo de álcool e tempo de uso de tabaco, nos pacientes, revelou coeficientes de regressão pequenos e negativos, mas significantes. Já os coeficientes de regressão da variável CL sobre o consumo de álcool foi significantemente pequeno, mas positivo, com ou sem transformação das frequências das variáveis dependentes através da raiz quadrada. Entretanto, os resultados da análise de regressão dos pacientes, aparentemente contraditórios, podem ser explicados supondo-se que as frequências de MN, durante a exposição crônica ao álcool, teriam um forte aumento inicial, diminuindo posteriormente até um nível significantemente maior que aquele no início do consumo de álcool; por outro lado, a frequência de CL aumentaria inversamente como resultado da transformação de MN durante o processo de reparo. Pode-se deduzir a partir resultados da presente pesquisa que a análise de células com MN e anomalias metanucleares devem levar em consideração critérios de padronização citológicos rígidos. O número de células a ser contado deve ser fixo e superior a 2000 de modo que inclua a variabilidade normal (espontânea) da distribuição de MN e, ainda, eliminar viéses estatísticos na estimativa de suas frequências. Ainda, o tamanho da amostra deve ser superior à 30 indivíduos, a fim de assegurar a representatividade estatística. A significância das diferenças inter-grupais deve ser estimada através de testes não paramétricos. Além disso, análises intra-individuais (ou inter-regionais) bem como a utilização de controles específicos inter-individuais pareados quanto aos fatores intervenientes (sexo, idade, grupo étnico, nível sócio-econômico, etc.) deveriam ser práticas metodológicas usuais. Como conclusão, o teste do MN deve ser considerado como uma técnica de triagem simples, prática, econômica e não invasiva para a prevenção e monitoramento clínicos de indivíduos sob risco carcinogênico, após exposição à agentes ou situações genotóxicas, como consumo crônico e abusivo de álcool, tabaco e/ou outras drogas mutagênicas, ou ainda, manipulação profissional de derivados de petróleo e outras substâncias tóxicas industriais. No contexto da presente investigação, o teste do MN deve ser particularmente indicado para monitoramento da evolução clínica de indivíduos com tumores ou lesões leucoplásicas curadas ou removidas cirurgicamente ou após tratamentos quimo ou radioterápicos, através de comparações intra e interindividuais. / Micronucleus (MN) test has been used as an indicator of genotoxic exposition since it is associated with the occurrence of chromosomal aberrations. The frequency of MN among 30 subjects with oral and oropharyngeal carcinomas, whose alcohol consumption varied from four to 59 years, was compared to that of 30 healthy control individuals, abstinent for alcohol and matched for social-economic status. Difference (14.5 years)between average age of patients (52.9 ± 1.6) and that of controls (38.4 ± 1.5) was statistically significant (P <0.0001). The investigation includes the examination of 2000 cells per individual from each of three distinct areas in the mouth of patients and controls: around the lesion (B), opposite to the lesion (A) and in the upper gengivo-labial gutter (C) taken as control site because of its low tumour occurrence. The cells were fixed, dried and analyzed under "blind test", according to the technique of Sarto, modified and fitted strictly to the requirements of the research. The number of MN per 2000 cells per individual among patients as well as controls showed a Poisson distribution with a positively asymmetric dispersion and an increased variance among patients. Distribution of metanucleated cells also departed significantly from normal dispersion. The heterogeneity of MN in the three oral regions of patients, evaluated through Kruskal-Wallis test, was highly significant (P = 0.005) and pairwise comparison B vs C was statistically significant (P < 0.01) but not comparisons between A vs B or A vs C (P > 0.05), through Dunn´s multiple comparison test. Comparisons of pairwise inter-regional oral differences of MN frequencies (A-B, A-C, B-C), increased the significance levels of the results for regional heterogeneity (P =0.0003) becoming also the comparison A vs C statistically significant. Otherwise, non parametric analysis of variance of the MN distribution in the three oral regions of the controls indicated great statistical homogeneity (P = 0.943). Frequencies of MN and metanucleated cells in the oral regions of patients were also compared to those of controls, through Mann-Whitney test. Differences were highly significant (P< 0.001) for tumoral region and significant for the region opposite to the lesion (P = 0.03) but not for the upper gengivo-labial gutter (P = 0.44). These results indicated a seven-time increase in the frequency of MN in the region around the lesion, a three-time increase in the opposite region and a two-time but non significant increase in the upper gengivo-labial gutter, revealing a gradient frequency in the way C -> A -> B. Comparisons of frequencies of metanucleated cells: binucleated (BI), cariorrhexis (CR), cariolisis (CL) and broken egg (BE) in the three oral regions, between patients and controls, showed highly significant differences, except for BE frequencies in all oral regions and for CR frequency in the upper gengivo-labial gutter. Dichotomous comparisons of non parametric independent variables, with MN frequencies, through contingency and Mann-Whitney tests, were not significant at 5% level of probability, except for CAGE diagnosis of alcoholism, which confirmed the alcohol effect. Contrary to the expected results, sistematically frequencies of MN and metanucleated cells were not significantly correlated to age among patients as well as controls. Moreover, stepwise multiple regression analysis of MN and metanucleated cells in the patients revealed small negative,but significant, regression coefficients upon intervinient factors such age, end and time of alcohol consumption and time of tobacco usage, but regression coefficients of CL, upon alcohol consumption, were significantly small, but positive, before or after square root transformation of dependent variables. However, the apparently contradictory results from analysis of regression among patients could be explained by the assumption that frequencies of MN, under alcohol exposure, had a early strong increase, but decreased, afterwards, to a level significantly greater than that before alcohol consumption, while CL frequency conversely increased significantly as a result from MN transformation, during the repair process. It could be stated from the results of the present research that examination of cells with MN and metanucleated anomalies should follow critical and strict cytological criteria of standardization. The number of cell counts should be fixed and above 2000 in order to include normal (spontaneous) variability in the distribution of MN and, therefore, to prevent biases in the estimation of its frequencies. Also, sample size should be above 30 individuals, so that the statistical representativity be assured and significance of intergroup differences, could be estimated through non parametric tests. Moreover, intra-individual (or intra-regional) examinations and specific interindividual controls matched for intervinient factors (sex, age, etnic group, socio-economic level,etc.) should be an usual methodological practice. As a conclusion, it must to be considered that MN test is a simple, practical, non-expensive and non-invasive screening technique of diagnosis for clinical prevention and management of subjects under carcinogenic risks, after exposition to genotoxical agents or situations, such as abusive and chronical consumption of alcohol, tobacco and/or other mutagenic drugs or professional manipulation of derivatives of petroleum and other toxical industrial substances. In the context of the present investigation, the MN test must particularly be indicated for monitoring the clinical evolution of subjects with healed or surgically removed tumours or leukoplasic lesions, after chemio or radiotherapic treatments, by means of intra and inter-individual cellular comparisons.
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Carcinoma de células escamosas oral: relevância do Papiloma vírus humano (HPV) e do vírus Epstein-Barr (EBV) na expressão de proteinas p16INK4a, E-caderina, COX-2, MLH1, p53 e MYC. / Oral squamous cell carcinoma: Relevance of Human Papillomavirus (HPV) and Epstein-Barr virus (EBV) on the expression of the proteins p16INK4a, E-cadherin, COX-2, MLH1, p53 e MYC.Lima, Marcos Antonio Pereira de January 2013 (has links)
LIMA, Marcos Antonio Pereira de. Carcinoma de células escamosas oral: relevância do Papiloma vírus humano (HPV) e do vírus Epstein-Barr (EBV) na expressão de proteinas p16INK4a, E-caderina, COX-2, MLH1, p53 e MYC. 2013. 180 f. : Tese (doudorado) - Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia, Rede Nordestes de Biotecnologia -Renorbio, Fortaleza-CE, 2013. / Submitted by demia Maia (demiamlm@gmail.com) on 2016-05-27T13:30:28Z
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Previous issue date: 2013 / The oral cancer represents a serious world public health problem. The oral squamous cell carcinomas (OSCC) account for up to 94% of the tumors of this anatomic site. The molecular mechanisms involved in the genesis and progression are still not well elucidated. Some evidences have suggested the involvement of viruses in this process. Also, these tumors still lack of reliable markers to determine the aggressiveness profile. In this context, the aim of the present study was to evaluate the expression of the proteins p53, E-cadherin, COX-2, p16, MLH1 and MYC in a serie of OSCC, including the cytoplasmic staining eventually observed for the latter three proteins, confronting the results between them and with demographic and clinico-pathological features. Besides evaluating the prevalence of Human Papillomavirus (HPV) and Epstein-Barr virus (EBV) in the sample and compare them with the expression of the referred proteins. Materials and Methods – One hundred formalin-fixed paraffin-embedded OSCC specimens were submitted to immunohistochemistry for detection of the referred proteins, and to in situ hybridization for HPV and EBV detection. Results – OSCC was associated with a concomitant lack of expression of p16 and MLH1 (p=0.029) and coexpression of p53 and COX-2 (p=0.045). Additionally, COX-2 and nuclear MYC were found to be related to exclusively cytoplasmic staining of MLH1 (p=0.060 and p=0.018, respectively). The combination analyses of the markers revealed five main groups of altered protein expression, which were mostly of the more aggressive tumors, mainly the MLH1(-)/COX-2(+)/p16(-) group. The cases with cytoplasmic staining for p16, MLH1 and/or MYC were more frequent in advanced tumors (p=0.009) and in those with lymph node metastasis (p=0.001). Thirty-one cases showed staining for HPV in tumor tissue. The EBV was not detected in any case investigated, neither in the tumor tissue nor in the non-neoplastic epithelium. The HPV(+) group demonstrated high positivity for nuclear p16 (p=0,029) and cytoplasmic MYC (p=0,039), and an increase of the lack of MLH1 nuclear expression (p=0,031). There was also a trend related to the increase of the COX-2 positivity in the HPV(+) group (p=0,084). Conclusions – The significance between p16 and MLH1 suggests that the lack of this member of mismatch repair system also favors the occurrence of mutations in the p16 gene, culminating in inactivation of this tumor suppressor. The associations of COX-2 and MYC with cytoplasmic MLH1 suggest a blocking mechanism for the entry of MLH1 into the nucleus. The combined analyses of the proteins investigated, as well as the cytoplasmic staining of p16, MLH1 and MYC, may be useful in the evaluation of the aggressive profile and probably prognosis of OSCC. Regarding the viruses, our findings suggest that the HPV is involved in an important portion of OSCC cases and that may promote the expression of the nuclear p16, cytoplasmic MYC and COX-2, and suppress the nuclear expression of MLH1. About EBV, it was not detected the EBV-encoded small RNAs (EBERs) in the sample. / O câncer oral representa um sério problema de saúde pública mundial. Entre os tumores deste sítio anatômico, os carcinomas de células escamosas orais (CCEO) respondem por até 94% do total. Os mecanismos moleculares envolvidos na gênese e desenvolvimento tumoral ainda não estão completamente elucidados. Algumas evidências têm sugerido a participação viral neste processo. Além disso, estes tumores ainda carecem de marcadores confiáveis para determinar o perfil de agressividade. Neste contexto, o presente estudo teve como objetivo avaliar a expressão das proteínas p53, E-caderina, COX-2, p16, MLH1 e MYC numa série de CCEO, considerando também a marcação citoplasmática eventualmente observada para as últimas três proteínas, confrontando os resultados entre elas e com as características demográficas e clínico-patológicas. Além de avaliar a prevalência do Papilomavírus Humano (HPV) e do Vírus Epstein-Barr (EBV) na amostra e compará-las com a expressão das referidas proteínas. Materiais e Métodos – Cem espécimes de CCEO, fixados em formalina e incluídos em blocos de parafina, foram submetidos à imunohistoquímica para a detecção das referidas proteínas e à hibridação in situ para detecaçõ de HPV e EBV. Resultados – Foi observada associação referente à perda de expressão concomitante de p16 e MLH1 (p=0,029) e na coexpressão de p53 e COX-2 (p=0,045). Ademais, foi verificado que a COX-2 e o MYC nuclear estavam relacionados com a marcação citoplasmática de MLH1 (p=0,060 e p=0,018; respectivamente). A análise combinada dos marcadores revelou cinco grupos principais de expressão alterada que eram constituídos, em sua maioria, de tumores mais agressivos, principalmente o grupo MLH1(-)/COX-2(+)/p16(-). Os casos com marcação citoplasmática para p16, MLH1 e/ou MYC foram mais frequentes em tumores avançados (p=0,009) e naqueles com metástases em linfonodos (p=0,001). Trinta e um casos demonstraram marcação para HPV em tecido tumoral. O EBV não foi detectado em nenhum dos casos investigados, nem no tecido tumoral nem no epitélio não neoplásico. O grupo HPV(+) exibiu elevada positividade para o p16 nuclear (p=0,029) e MYC cytoplasmático (p=0,039), também uma maior perda de expressão nuclear de MLH1 (p=0,031). Houve ainda uma tendência referente ao aumento da positividade de COX-2 no grupo infectado (p=0,084). Conclusões – As significâncias verificadas entre p16 e MLH1 sugerem que a ausência do membro do sistema de reparo de encaixe (MMR) também favoreça a ocorrência de mutações no gene p16, culminando na inativação deste supressor tumoral. As associações de COX-2 e MYC com o MLH1 de expressão citoplasmática suscitam um mecanismo de bloqueio de entrada de MLH1 no núcleo. A análise combinada das proteínas, bem como, a marcação citoplasmática de p16, MLH1 e MYC, podem representar indicadores úteis na avaliação do perfil de agressividade e, provavelmente, de prognóstico em CCEO. Acerca dos vírus, nossos achados sugerem que o HPV esteja envolvido em uma importante parcela de casos de CCEO e que possa promover a expressão de p16 nuclear, MYC citoplasmático e COX-2, e suprimir a expressão nuclear de MLH1. Quanto ao EBV, não foram detectados EBERs (EBV-encoded small RNAs) na amostra.
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Carcinoma de cÃlulas escamosas oral: relevÃncia do Papiloma vÃrus humano (HPV) e do vÃrus Epstein-Barr (EBV) na expressÃo de proteinas p16INK4a, E-caderina, COX-2, MLH1, p53 e MYC. / Oral squamous cell carcinoma: Relevance of Human Papillomavirus (HPV) and Epstein-Barr virus (EBV) on the expression of the proteins p16INK4a, E-cadherin, COX-2, MLH1, p53 e MYC.Marcos Antonio Pereira de Lima 25 February 2013 (has links)
FundaÃÃo de Amparo à Pesquisa do Estado do Cearà / O cÃncer oral representa um sÃrio problema de saÃde pÃblica mundial. Entre os tumores deste sÃtio anatÃmico, os carcinomas de cÃlulas escamosas orais (CCEO) respondem por atà 94% do total. Os mecanismos moleculares envolvidos na gÃnese e desenvolvimento tumoral ainda nÃo estÃo completamente elucidados. Algumas evidÃncias tÃm sugerido a participaÃÃo viral neste processo. AlÃm disso, estes tumores ainda carecem de marcadores confiÃveis para determinar o perfil de agressividade. Neste contexto, o presente estudo teve como objetivo avaliar a expressÃo das proteÃnas p53, E-caderina, COX-2, p16, MLH1 e MYC numa sÃrie de CCEO, considerando tambÃm a marcaÃÃo citoplasmÃtica eventualmente observada para as Ãltimas trÃs proteÃnas, confrontando os resultados entre elas e com as caracterÃsticas demogrÃficas e clÃnico-patolÃgicas. AlÃm de avaliar a prevalÃncia do PapilomavÃrus Humano (HPV) e do VÃrus Epstein-Barr (EBV) na amostra e comparÃ-las com a expressÃo das referidas proteÃnas. Materiais e MÃtodos â Cem espÃcimes de CCEO, fixados em formalina e incluÃdos em blocos de parafina, foram submetidos à imunohistoquÃmica para a detecÃÃo das referidas proteÃnas e à hibridaÃÃo in situ para detecaÃà de HPV e EBV. Resultados â Foi observada associaÃÃo referente à perda de expressÃo concomitante de p16 e MLH1 (p=0,029) e na coexpressÃo de p53 e COX-2 (p=0,045). Ademais, foi verificado que a COX-2 e o MYC nuclear estavam relacionados com a marcaÃÃo citoplasmÃtica de MLH1 (p=0,060 e p=0,018; respectivamente). A anÃlise combinada dos marcadores revelou cinco grupos principais de expressÃo alterada que eram constituÃdos, em sua maioria, de tumores mais agressivos, principalmente o grupo MLH1(-)/COX-2(+)/p16(-). Os casos com marcaÃÃo citoplasmÃtica para p16, MLH1 e/ou MYC foram mais frequentes em tumores avanÃados (p=0,009) e naqueles com metÃstases em linfonodos (p=0,001). Trinta e um casos demonstraram marcaÃÃo para HPV em tecido tumoral. O EBV nÃo foi detectado em nenhum dos casos investigados, nem no tecido tumoral nem no epitÃlio nÃo neoplÃsico. O grupo HPV(+) exibiu elevada positividade para o p16 nuclear (p=0,029) e MYC cytoplasmÃtico (p=0,039), tambÃm uma maior perda de expressÃo nuclear de MLH1 (p=0,031). Houve ainda uma tendÃncia referente ao aumento da positividade de COX-2 no grupo infectado (p=0,084). ConclusÃes â As significÃncias verificadas entre p16 e MLH1 sugerem que a ausÃncia do membro do sistema de reparo de encaixe (MMR) tambÃm favoreÃa a ocorrÃncia de mutaÃÃes no gene p16, culminando na inativaÃÃo deste supressor tumoral. As associaÃÃes de COX-2 e MYC com o MLH1 de expressÃo citoplasmÃtica suscitam um mecanismo de bloqueio de entrada de MLH1 no nÃcleo. A anÃlise combinada das proteÃnas, bem como, a marcaÃÃo citoplasmÃtica de p16, MLH1 e MYC, podem representar indicadores Ãteis na avaliaÃÃo do perfil de agressividade e, provavelmente, de prognÃstico em CCEO. Acerca dos vÃrus, nossos achados sugerem que o HPV esteja envolvido em uma importante parcela de casos de CCEO e que possa promover a expressÃo de p16 nuclear, MYC citoplasmÃtico e COX-2, e suprimir a expressÃo nuclear de MLH1. Quanto ao EBV, nÃo foram detectados EBERs (EBV-encoded small RNAs) na amostra. / The oral cancer represents a serious world public health problem. The oral squamous cell carcinomas (OSCC) account for up to 94% of the tumors of this anatomic site. The molecular mechanisms involved in the genesis and progression are still not well elucidated. Some evidences have suggested the involvement of viruses in this process. Also, these tumors still lack of reliable markers to determine the aggressiveness profile. In this context, the aim of the present study was to evaluate the expression of the proteins p53, E-cadherin, COX-2, p16, MLH1 and MYC in a serie of OSCC, including the cytoplasmic staining eventually observed for the latter three proteins, confronting the results between them and with demographic and clinico-pathological features. Besides evaluating the prevalence of Human Papillomavirus (HPV) and Epstein-Barr virus (EBV) in the sample and compare them with the expression of the referred proteins. Materials and Methods â One hundred formalin-fixed paraffin-embedded OSCC specimens were submitted to immunohistochemistry for detection of the referred proteins, and to in situ hybridization for HPV and EBV detection. Results â OSCC was associated with a concomitant lack of expression of p16 and MLH1 (p=0.029) and coexpression of p53 and COX-2 (p=0.045). Additionally, COX-2 and nuclear MYC were found to be related to exclusively cytoplasmic staining of MLH1 (p=0.060 and p=0.018, respectively). The combination analyses of the markers revealed five main groups of altered protein expression, which were mostly of the more aggressive tumors, mainly the MLH1(-)/COX-2(+)/p16(-) group. The cases with cytoplasmic staining for p16, MLH1 and/or MYC were more frequent in advanced tumors (p=0.009) and in those with lymph node metastasis (p=0.001). Thirty-one cases showed staining for HPV in tumor tissue. The EBV was not detected in any case investigated, neither in the tumor tissue nor in the non-neoplastic epithelium. The HPV(+) group demonstrated high positivity for nuclear p16 (p=0,029) and cytoplasmic MYC (p=0,039), and an increase of the lack of MLH1 nuclear expression (p=0,031). There was also a trend related to the increase of the COX-2 positivity in the HPV(+) group (p=0,084). Conclusions â The significance between p16 and MLH1 suggests that the lack of this member of mismatch repair system also favors the occurrence of mutations in the p16 gene, culminating in inactivation of this tumor suppressor. The associations of COX-2 and MYC with cytoplasmic MLH1 suggest a blocking mechanism for the entry of MLH1 into the nucleus. The combined analyses of the proteins investigated, as well as the cytoplasmic staining of p16, MLH1 and MYC, may be useful in the evaluation of the aggressive profile and probably prognosis of OSCC. Regarding the viruses, our findings suggest that the HPV is involved in an important portion of OSCC cases and that may promote the expression of the nuclear p16, cytoplasmic MYC and COX-2, and suppress the nuclear expression of MLH1. About EBV, it was not detected the EBV-encoded small RNAs (EBERs) in the sample.
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