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Geologia de campo pegmatitico de Berilândia, CE / Not available.

Marques Júnior, Francisco 08 July 1992 (has links)
As unidades litoestratigráficas que afloram no Campo Pegmatítico Berilândia, enquadram-se em sequências do Proterozóico, Paleozóico e Cenozóico. O Proterozóico, devido à falta de dados geocronólogicos, chamaremos de Indiviso, está representado por gnaisses, migmatitos, cálcio-silicáticas, anfibolitos, meta-ultramáficas e metarcóseo. Todas esta sequência aflora a noroeste do campo pegmatítico. Os litotipos, gnaisses e migmatitos são dominantes nesta unidade e por meio de contatos bruscos estão encaixados os amfibolitos, meta-ultramáficas e metabasitos. Os amfibolitos, sob a forma de lentes, dispersos por toda a porção oeste e norte, e, associados a estes pequenos corpos de meta-ultramáficas e metabasitos. No período Cambriano, foram agrupadas as rochas graníticas sob a denominação de Complexo Granítico Quixadá-Quixeramobim. São rochas distribuídas na região leste da área, onde afloram granitos e a centro-leste os granodioritos. São corpos intrusivos nos gnaisses do embasamento, exibindo contato, normalmente de cunho tectônico, em decorrência das grandes zonas de cisalhamento dúctil de Senador Pompeu e Quixeramobim. O campo de pegmatítico de Berilândia é representado, em sua grande parte por rochas metamórficas, resultante do metamorfismo regional dinamotermal de grau forte, tendo sofrido, em alguns locais reaquecimento tardio. As Zonas de Cisalhamento Dúctil de Senador Pompeu e Quixeramobim limitam o campo pegmatítico pesquisado a oeste e leste respectivamente e exerceram marcante influência na estruturação regional. As zonas de cisalhamento deformaram intensamente, não apenas as rochas do embasamento, como também as rochas do complexo granítico, e imprimiram ainda orientação preferencial N10 a 20 E à colocação dos corpos pegmatíticos. Com relação ao posicionamento e a mineralização dos pegmatitos, são distinguidos: controles tectônicos, litológicos e controle quanto a dimensão e a disposição interna dos corpos. No que concerne ao controle tectônico, as zonas de cisalhamento foram responsáveis pela disposição dos corpos com direções que variam de N10 a 20 E. Provavelmente, as megazonas de cisalhamento funcionaram no sentido de controlar a forma e dimensão dos corpos, prestando-se ainda como zonas de remobilização de elementos mineralizantes, através das quais soluções ascendentes deram origem as várias feições que compõem os pegmatitos da região. O forte controle litológico pode ser observado principalmente nos pegmatitos heterogêneos simples e complexos, restritos aos gnaisses, enquanto os termos homogêneos ocorrem nas rochas graníticas. Este último apresenta mineralogia simples, textura uniforme e eventualmente mineralizados a berilo. Os heterogêneos simples exibem zoneamento incipiente, frequentemente mineralizados a turmalina, berilo, apatita e ambligonita. Os corpos mais diferenciados (complexos) apresentam zoneamento irregular e incompleto, por vezes repetidos. São caracterizados por apresentar corpos de substituição: albitização, muscovitização e lepidolitização (verde, bicolor e rubelita) e berilos (água marina e industrial). As datações realizadas nas rochas do Complexo Granítico Quixadá-Quixeramobim posicionaram os granitos no Evento Tectono Brasiliano, sendo interpretadas como rochas de idade Cambriana. A filiação genética e a geoquímica dos corpos pegmatíticos, em função das análises realizadas e da estruturação dos corpos induzem para uma origem magmática. No Campo Pegmatítico de Berilândia, existem dois grupos de rochas pegmatíticas que são oriundas de gêneses magmáticas diferentes: os corpos homogêneos são estéreis e geneticamente filiados aos granitos, ao passo que os corpos complexos são zonados, mineralizados em elementos raros e sofreram intenso metassomatismo. São oriundos da anatexia dos litotipos do embasamento, uma vez que o quimismo, a distância e a estruturação dos granitos não permite gerar pegmatitos complexos mineralizados em elementos raros. / The lithoestratigraphic units spreading along the studied área, called \"Berilandia Pegmatitic Meadow\", are located througout Proterozoic, Paleozoic and Cenozoic sequences. The Proterozoic outcrops at the NW region of the pegmatitic area are composed of gneiss, migmatite, calcium-silicates, amphibolites, meta-ultramafics and metakorses. Due to a lack of geochronologic data it is called \"Undivised Proterozoic\". There is a dominance of lithotypes, gneisses and migmatites in which are emplaced the amphibolites, meta-ultramafics and metabasites by means of sharp contact. The amphibolites occur as lens, and together with the small metabasites and meta-ultramafics are dispersed all over the north and west part of the area. The Cambrian period is here represented by granitic rocks - the so-called Quixada / Quixeramobim Complex - where the granites occur in the east part of the area and the granodiorites towards the center-east. They are intrusive bodies in the gneissic basement and display tectonic contacts stemmed from the great regional shear zones. Most of the \"Berilandia Pegmatitic Meadow\" is formed by metamorphic rocks as a result of the dinamothermal regional metamorphism where late enrichement happen to be present in some areas. This metamorphism could be generated by the pelite high-grade. The Senador Pompeu and Quixeramobim shear zones are respectively the west and east boundaries of the studied area and exhert outstanding influence in the regional structure. The shear strain and stress cause deformation both in the basement and in the granitic complex and impart a preferencial N 10 to N 20 E trend to the pegmatitic emplacement. The tectonic and lithologic controls as well as the control related to the bodies internal dimensions and arrangements are associated to the disposal and mineralization of the pegmatites. As far the tectonic control is concerned, the shear zones are responsible for the arrangement and trend of the bodies that varies similarly to those of the granites. The shear megazone probably controlled the shape and dimensions of the bodies as well as mobilization of mineralizing elements where ascendant solutions gave rise to the most features of the pegmatites of the area. The lithologic control is mainly restricted to the gneisses in the simple and complex heterogenous pegmatites, while mineralizations of rare elements do not occur in the granites. The homogenous pegmatites are generated inside the granites and have a simply mineralogy, uniforme texture and are eventually beryl mineralized. The heterogenous pegmatites exhibit a incipient zonation aplitic texture dominance and are usually mineralized with tourmaline, beryl, apatite, and amblygonite. The albitization, muscovitization, and lepidolization are some of the features that goes with the complex heterogenous pegmatites. In addition they display economic mineralization suck as tourmaline (green, bicolor, and rubelite) and beryls (aquamarine and industrial). The Quixada / Quixeramobim Granite Complex has been dated and placed into the thermotectonic Brazilian Cycle interpreted as the age of the crystallization of the granites and pegmatites (Cambrian). The geochemical and structural analyses of the pegmatites lead to impart a magmatic origin, being injected and formed by anatexis stemmed from silicate melting. There are two pegmatitic groups in the \"Berilandia Pegmatitic Meadow\", which come from magmatic genesis. The homogenous and barren bodies and pegmatoides veins are affiliated to granites whereas the complex bodies with zonation and rare elements mineralization come from the anataxis of the basement lithotypes.
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Pegmatitos graníticos da região de Socorro-SP / Not available.

Iwata, Sandra Akemi 11 July 1995 (has links)
Os pegmatitos graníticos observados na região de Socorro (SP) apresentam mineralogia simples, composta de microclínio, plagioclásio e quartzo. A presença de biotita, magnetita e óxidos de U e Nb diferencia um grupo de ocorrências pouco evoluídas daquelas ligeiramente mais diferenciadas, portadoras de muscovita e berilo. No entanto, o comportamento geoquímico de alguns elementos traços indica pouco fracionamento para ambos os grupos, tendo sido obtidos teores similares aos observados tanto em veios pegmatóides gerados por anatexia quanto em corpos simples de campos portadores de elementos raros. Duas datações K/Ar forneceram idades de 572 \'+ OU -\' 13 e 579 \'+ OU -\' 19Ma, correlacionáveis tanto a fases de magmatização ocorridas no Ciclo Brasiliano quanto à idade dos granitóides de Morungaba, tardi- a pós-brasilianos. / The granitic pegmatites from Socorro region (SP) show simple mineralogy, composed of microcline, plagioclase and quartz. The presence of biotite, magnetite and U and Nb oxides makes the difference between a rather primitive group of occurrences and a slightly differentiated one, muscovite and beryl bearing. However, the geochemical behaviour of some trace elements has indicated small degree of fractionation, with the obtained values overlapping those for pegmatoid veins generated by anatexis as well as simple pegmatites from rare element fields. Two K/Ar dating yielded 572 \'+ OU -\' 13 and 579 \'+ OU -\' 19My ages, allowing correlations with either the phases of migmatization in the Brasiliano Cycle or the late to pos-orogenic Morungaba granitoids.
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Geologia de campo pegmatitico de Berilândia, CE / Not available.

Francisco Marques Júnior 08 July 1992 (has links)
As unidades litoestratigráficas que afloram no Campo Pegmatítico Berilândia, enquadram-se em sequências do Proterozóico, Paleozóico e Cenozóico. O Proterozóico, devido à falta de dados geocronólogicos, chamaremos de Indiviso, está representado por gnaisses, migmatitos, cálcio-silicáticas, anfibolitos, meta-ultramáficas e metarcóseo. Todas esta sequência aflora a noroeste do campo pegmatítico. Os litotipos, gnaisses e migmatitos são dominantes nesta unidade e por meio de contatos bruscos estão encaixados os amfibolitos, meta-ultramáficas e metabasitos. Os amfibolitos, sob a forma de lentes, dispersos por toda a porção oeste e norte, e, associados a estes pequenos corpos de meta-ultramáficas e metabasitos. No período Cambriano, foram agrupadas as rochas graníticas sob a denominação de Complexo Granítico Quixadá-Quixeramobim. São rochas distribuídas na região leste da área, onde afloram granitos e a centro-leste os granodioritos. São corpos intrusivos nos gnaisses do embasamento, exibindo contato, normalmente de cunho tectônico, em decorrência das grandes zonas de cisalhamento dúctil de Senador Pompeu e Quixeramobim. O campo de pegmatítico de Berilândia é representado, em sua grande parte por rochas metamórficas, resultante do metamorfismo regional dinamotermal de grau forte, tendo sofrido, em alguns locais reaquecimento tardio. As Zonas de Cisalhamento Dúctil de Senador Pompeu e Quixeramobim limitam o campo pegmatítico pesquisado a oeste e leste respectivamente e exerceram marcante influência na estruturação regional. As zonas de cisalhamento deformaram intensamente, não apenas as rochas do embasamento, como também as rochas do complexo granítico, e imprimiram ainda orientação preferencial N10 a 20 E à colocação dos corpos pegmatíticos. Com relação ao posicionamento e a mineralização dos pegmatitos, são distinguidos: controles tectônicos, litológicos e controle quanto a dimensão e a disposição interna dos corpos. No que concerne ao controle tectônico, as zonas de cisalhamento foram responsáveis pela disposição dos corpos com direções que variam de N10 a 20 E. Provavelmente, as megazonas de cisalhamento funcionaram no sentido de controlar a forma e dimensão dos corpos, prestando-se ainda como zonas de remobilização de elementos mineralizantes, através das quais soluções ascendentes deram origem as várias feições que compõem os pegmatitos da região. O forte controle litológico pode ser observado principalmente nos pegmatitos heterogêneos simples e complexos, restritos aos gnaisses, enquanto os termos homogêneos ocorrem nas rochas graníticas. Este último apresenta mineralogia simples, textura uniforme e eventualmente mineralizados a berilo. Os heterogêneos simples exibem zoneamento incipiente, frequentemente mineralizados a turmalina, berilo, apatita e ambligonita. Os corpos mais diferenciados (complexos) apresentam zoneamento irregular e incompleto, por vezes repetidos. São caracterizados por apresentar corpos de substituição: albitização, muscovitização e lepidolitização (verde, bicolor e rubelita) e berilos (água marina e industrial). As datações realizadas nas rochas do Complexo Granítico Quixadá-Quixeramobim posicionaram os granitos no Evento Tectono Brasiliano, sendo interpretadas como rochas de idade Cambriana. A filiação genética e a geoquímica dos corpos pegmatíticos, em função das análises realizadas e da estruturação dos corpos induzem para uma origem magmática. No Campo Pegmatítico de Berilândia, existem dois grupos de rochas pegmatíticas que são oriundas de gêneses magmáticas diferentes: os corpos homogêneos são estéreis e geneticamente filiados aos granitos, ao passo que os corpos complexos são zonados, mineralizados em elementos raros e sofreram intenso metassomatismo. São oriundos da anatexia dos litotipos do embasamento, uma vez que o quimismo, a distância e a estruturação dos granitos não permite gerar pegmatitos complexos mineralizados em elementos raros. / The lithoestratigraphic units spreading along the studied área, called \"Berilandia Pegmatitic Meadow\", are located througout Proterozoic, Paleozoic and Cenozoic sequences. The Proterozoic outcrops at the NW region of the pegmatitic area are composed of gneiss, migmatite, calcium-silicates, amphibolites, meta-ultramafics and metakorses. Due to a lack of geochronologic data it is called \"Undivised Proterozoic\". There is a dominance of lithotypes, gneisses and migmatites in which are emplaced the amphibolites, meta-ultramafics and metabasites by means of sharp contact. The amphibolites occur as lens, and together with the small metabasites and meta-ultramafics are dispersed all over the north and west part of the area. The Cambrian period is here represented by granitic rocks - the so-called Quixada / Quixeramobim Complex - where the granites occur in the east part of the area and the granodiorites towards the center-east. They are intrusive bodies in the gneissic basement and display tectonic contacts stemmed from the great regional shear zones. Most of the \"Berilandia Pegmatitic Meadow\" is formed by metamorphic rocks as a result of the dinamothermal regional metamorphism where late enrichement happen to be present in some areas. This metamorphism could be generated by the pelite high-grade. The Senador Pompeu and Quixeramobim shear zones are respectively the west and east boundaries of the studied area and exhert outstanding influence in the regional structure. The shear strain and stress cause deformation both in the basement and in the granitic complex and impart a preferencial N 10 to N 20 E trend to the pegmatitic emplacement. The tectonic and lithologic controls as well as the control related to the bodies internal dimensions and arrangements are associated to the disposal and mineralization of the pegmatites. As far the tectonic control is concerned, the shear zones are responsible for the arrangement and trend of the bodies that varies similarly to those of the granites. The shear megazone probably controlled the shape and dimensions of the bodies as well as mobilization of mineralizing elements where ascendant solutions gave rise to the most features of the pegmatites of the area. The lithologic control is mainly restricted to the gneisses in the simple and complex heterogenous pegmatites, while mineralizations of rare elements do not occur in the granites. The homogenous pegmatites are generated inside the granites and have a simply mineralogy, uniforme texture and are eventually beryl mineralized. The heterogenous pegmatites exhibit a incipient zonation aplitic texture dominance and are usually mineralized with tourmaline, beryl, apatite, and amblygonite. The albitization, muscovitization, and lepidolization are some of the features that goes with the complex heterogenous pegmatites. In addition they display economic mineralization suck as tourmaline (green, bicolor, and rubelite) and beryls (aquamarine and industrial). The Quixada / Quixeramobim Granite Complex has been dated and placed into the thermotectonic Brazilian Cycle interpreted as the age of the crystallization of the granites and pegmatites (Cambrian). The geochemical and structural analyses of the pegmatites lead to impart a magmatic origin, being injected and formed by anatexis stemmed from silicate melting. There are two pegmatitic groups in the \"Berilandia Pegmatitic Meadow\", which come from magmatic genesis. The homogenous and barren bodies and pegmatoides veins are affiliated to granites whereas the complex bodies with zonation and rare elements mineralization come from the anataxis of the basement lithotypes.
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Estudos mineralógicos e microtermométricos de algumas espécies mineralógicas oriundas de pegmatitos dos distritos pegmatíticos de Santa Maria de Itabira e Governador Valadares, Minas Gerais.

Newman, Daniela Teixeira de Carvalho January 2009 (has links)
Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia. Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto. / Submitted by Maurílio Figueiredo (maurilioafigueiredo@yahoo.com.br) on 2014-08-14T20:13:00Z No. of bitstreams: 1 TESE_EstudoMineralógicoMicrotermométricos.pdf: 18579484 bytes, checksum: e3c23afd5fbbcb8e8f4cce2293bb3c37 (MD5) / Approved for entry into archive by Gracilene Carvalho (gracilene@sisbin.ufop.br) on 2014-08-25T16:39:29Z (GMT) No. of bitstreams: 1 TESE_EstudoMineralógicoMicrotermométricos.pdf: 18579484 bytes, checksum: e3c23afd5fbbcb8e8f4cce2293bb3c37 (MD5) / Made available in DSpace on 2014-08-25T16:39:29Z (GMT). No. of bitstreams: 1 TESE_EstudoMineralógicoMicrotermométricos.pdf: 18579484 bytes, checksum: e3c23afd5fbbcb8e8f4cce2293bb3c37 (MD5) Previous issue date: 2009 / Dentre os bens minerais originários do estado de Minas Gerais, ressaltam-se as variedades gemológicas do berilo, as turmalinas, micas, feldspatos, topázio e fluorita. Os minerais procedentes dos pegmatitos de Minas Gerais, vêm sendo alvo de estudo por parte de diversos pesquisadores, sendo que a maior parte desses trabalhos dedicam-se à caracterização mineralógica e cristaloquímica dos mesmos, além de descrições de novas ocorrências. Geralmente essas estão associadas à pegmatitos graníticos e anatéticos, cuja mineralogia básica se assemelha à de um granito, podendo ainda serem encontrados em depósitos secundários. Esta Tese trata das características físico-químicas e do caráter genético de amostras de berilo, micas, feldspatos, turmalinas, monazitas, topázio azul e fluorita provenientes dos pegmatitos Ponte da Raiz, Fazenda Morro Escuro, Lavra da Posse, Fazenda do Salto, Córrego do Feijão, Silviano/Ivalde, Fazenda Guanhães, Lavra da Generosa, Lavra do Teotônio e Euxenita, situados no Distrito Pegmatítico de Santa Maria de Itabira e dos pegmatitos Ipê, Ferreirinha, Olho-de-Gato, Jonas Lima, Escondido, Sem Terra (Campo Pegamatítico de Marilac); Córrego da Vala Grande, Itatiaia, Fiote/Jonas, Lavra da Morganita, Lavra do Dada e Lavra do Piano (Campos Pegmatíticos de Resplendor e Galiléia-Conseheiro Pena) perntencentes ao Distrito Pegmatítico de Governador Valadares, Minas Gerais, que encontram-se encaixados nos micaxistos da Formação São Tomé, Grupo Rio Doce, em rochas do Grupo Guanhães e nos Granitos Borrachudo. A mineralogia essencial desses pegmatitos, em geral, é constituída por microclínio macropertitizado, às vezes, na variedade amazonita, quartzo (hialino, fumé, róseo e leitoso), muscovita e albita. Como minerais acessórios ocorrem biotita, berilo, granada, nióbio-tantalatos, turmalinas (exceto Distrito Pegmatítico de Santa Maria de Itabira), monazita, etc. Por meio da razão co/ao, obtidas por difração de raios X, foi possível caracterizar uma evolução politípica para os berilos que vai desde o normal (N), passando pelo de transição (NT) até o tetraédrico (T). Além de permitir caracterizar que os feldspatos correspondem a microclínio e albita e que os cristais de muscovita e biotita correspondem principalmente ao polítipo 2M1, além das associações 2M1 e 1M em amostras de muscovita e 1M e 2M1 no caso das biotitas. Os dados de Espectroscopia de Absorção no Infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR) permitiram a caracterização dos componentes fluidos, CO2, CH4 e H2O tipos I e II. Análises Termodiferenciais e Termogravimétricas indicaram três, dois ou um intervalos distintos de perda de massa, que variaram de 0,5 a 3,0%. Os cristais de berilo, turmalina, fluorita e topázio contêm um grande número de inclusões fluídas monofásicas, bifásicas, trifásicas ou polifásicas, de origem primária, pseudo-secundária e/ou secundária, compostas basicamente por soluções aquosas e aquo-carbônicas. Os teores de CO2 presentes nessas inclusões variam de acordo com o posicionamento da amostra no corpo. Nos pegmatitos do Distrito Pegmatítico de Santa Maria de Itabira ocorrem apenas inclusões fluidas aquo-carbônicas, sendo que os valores de Te obtidos são indicativos de sistemas aquo-carbônicos contendo Na+, K+, Fe2+ e Fe3+, Ca2+, com enriquecimento posterior em Al3+, Zn+ e Li+, resultando em um fluido mais enriquecido em álcalis. Há evidências de um trend evolutivo que vai dos pegmatitos menos enriquecidos em CO2 e álcalis localizados na porção Sul (Ponte da Raiz, Fazenda Morro Escuro, Lavra da Posse, Fazenda do Salto e Córrego do Feijão) em direção aos mais enriquecidos em CO2 e álcalis localizados na porção Norte (Silviano/Ivalde, Fazenda Guanhães, Lavra da Generosa, Lavra do Teotônio e Euxenita). No caso dos pegmatitos do Distrito Pegmatítico de Governador Valadares por meio da análise dos resultados das temperaturas do eutético, pode-se verificar uma tendência evolutiva do fluido mineralizante que parte do Pegmatito Córrego da Vala Grande em direção ao Lavra do Piano (SE-NW), dos Campos Pegmatíticos de Resplendor e Galiléia-Conselheiro Pena; e do Pegmatito Ipê em direção ao Sem Terra (SW-NE) do Campo Pegmatítico de Marilac. A análise das temperaturas do eutético, das inclusões fluidas, sugere uma evolução a partir de um sistema aquoso de baixa salinidade, contendo Na+ e K+, com possíveis quantidades de Fe2+ e Fe3+, para soluções mais ricas em Ca2+ e Al3+, passando por um sistema enriquecido em Zn+, Al3+ e Li+ e culminando em um sistema aquoso, de salinidade média, rico em Li+, Zn+, K+, Na+, Ca2+, contendo quantidades subordinadas de boro e ferro. Tais dados representam uma evolução geoquímica que vai dos pegmatitos menos diferenciados em direção aos de maior grau de diferenciação, contendo maiores teores de CO2 e álcalis. Os dados microtermométricos possibilitaram ainda reconhecer fenômenos de modificações posteriores, aprisionamento de fluidos originalmente imiscíveis e flutuação de pressão. __________________________________________________________________________________________ / ABSTRACT: Among the producer states, the Minas Gerais State stands out, and has great part of its territory inside of the Província Pegmatítica Oriental do Brasil. Among the mineral goods native to Minas Gerais, the gemologic variety of beryls, tourmalines, mouscovite, feldspar, fluorite and topaz. The minerals from Minas Gerais’s pegmatites have been studied for several reseachers, and most of this works are dedicated to mineral and crystal-chemistry characterization, besides the description of new occurences. These are generally associated to granitic and anatetic pegmatites, which basic mineralogy is similar to a granite one, and yet they can be found in secoundary deposits. This work shows the physicochemical and genetical characteristics of beryl, tourmaline, feldspar, muscovite, biotite, monazite,blue topaz and fluorite samples from the Ponte da Raiz, Fazenda Morro Escuro, Lavra da Posse, Fazenda do Salto, Córrego do Feijão, Silviano/Ivalde, Fazenda Guanhães, Lavra da Generosa, Lavra do Teotônio and Euxenita pegmatites situated in the Santa Maria de Itabira Pegmatitic District and Ipê, Ferreirinha, Olho-de-Gato, Jonas Lima, Escondido, Sem Terra (Marilac Pegmatitic Field); Córrego da Vala Grande, Itatiaia, Fiote/Jonas, Lavra da Morganita, Lavra do Dada and Lavra do Piano (Respendor and Galiléia-Conselheiro Pena Pegmititc Field) situated in Governador Valadares Pegmatitic District. These Pegmatites are, hosted in the rocks to Rio Doce Group, Guanhães Group and Granito Borrachudo. The study of the mineralogical composition of the pegmatite bodies revealed that the main phases are pertitic microcline (amazonite), quartz (hyaline, smoked, pink and milk), muscovite and albite. The following accessory minerals were also indentified: biotite, beryl, garnet, Nb-tantalates minerals, monazites, tourmaline (except in the Santa Maria de Itabira Pegmatite District), etc. The beryl type evolution from normal (N), to transitional (NT), and tetrahedral (T) was obtained from co/ao ratio determined from X-ray diffraction. Correspond to the feldspars microcline and albite and the crystals of muscovite and biotite correspond mainly to the 2M1 polytype, and the associations 2M1 and 1M samples of muscovite and 1M and 2M1 in case of biotites. Fourier Transform Infrared Spectroscopy data permited the characterization of the fluid components, as CO2, CH4 and H2O types I and II. The mass loss variation (H2O and CO2  alkaline elements) from 0,5 to 3,0%, showed by the Termogravimetric and Termodiferential Analysis, was indicated by three two or one distinct ranges. The beryl crystals contain a great number of two, three or multiphase fluid inclusions, primary, pseudosecondary and/or secondary in origin, with aqueous or aqueous carbonic solutions. In the pegmatits of the Santa Maria de Itabira Pegmatitic District occur only fluid inclusions aqueous-carbonic, and the values of Te obtained are indicative of aqueous-carbonic systems containing Na +, K +, Fe2 + and Fe3 +, Ca2 +, with subsequent enrichment in Al 3 +, Zn + and Li +, resulting in a fluid enriched in alkalis. There is evidence of an evolutionary trend that is of pegmatites less enriched in CO2 and alkali located in the South portion (Ponte da Raiz, Fazenda Morro Escuro, Lavra da Posse, Fazenda do Salto e Córrego do Feijão) toward more enriched in CO2 and alkali located in the northern portion (Silviano/Ivalde, Fazenda Guanhães, Lavra da Generosa, Lavra do Teotônio e Euxenita). In the case of pegmatites in the Governador Valadares Pegmatitic District of by analyzing the results of the eutectic temperature, it can be seen a progressive trend of the mineralizing fluid that part of the pegmatite Córrego da Vala Grande toward the Lavra do Piano (SE-NW) of the Resplendor and Galiléia-Coselheiro Pena pegmatite field, and the Pegmatite Ipê toward the Sem Terra (SW-NE) of the Marilac pegmatite field. The analysis of the temperatures of the eutectic, of the fluid inclusions, seems to suggest an evolution from a watery system of low salinity, contends Na+ and K+, with possible amounts of Fe2+ and Fe2+ , case of the Ipê, for richer solutions in Ca2+, Al2+, case of the Ferreirinha, passing for a system enriched in Zn+, Al3+ and Li+, case of the Jonas Lima and culminating in the Escondido one that it presents a watery system, of average salinity, rich in Li+, Zn+, K+, Na+, Ca2+, contend subordinated amounts of boron and iron. The last ones show different CO2 contents depending on the sample localization. The data represent a geochemical evolution from the less to the more differentiated alkaline elements and CO2 enriched pegmatite bodies. The microthermometric data allowed recognize modification phenomena, originally immiscible fluids trapping and pressure fluctuation.
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Geologia do derrame Salto do Lontra e gênese dos pegmatitos básicos associados, Província Magmática do Paraná, sudoeste do Estado do Paraná

Ferreira, Carlos Henrique Nalin 07 December 2012 (has links)
Resumo: O derrame Salto do Lontra localiza-se no sudoeste do Estado do Paraná, a norte do município de Salto do Lontra. O derrame possui 50 m de espessura e apresenta distribuição, arranjo de suas estruturas internas e padrões de fraturas bem definidos. A variação destas estruturas possibilita a divisão do derrame em: nível vesicular de topo, nível maciço central e nível vesicular de base. Estas características sugerem que o derrame foi formado por processos de inflamento e se resfriou como um único corpo de lava, das bordas para o centro. Ocorrem corpos de pegmatito básico, com formas alongadas, alojados no terço superior do derrame. Estes corpos têm assembleia mineral semelhante aos basaltos encaixantes e são diferenciados principalmente pela granulação e presença de amígdalas. Os pegmatitos definem zonas de maior susceptibilidade magnética dentro do derrame, resultado da maior porcentagem modal de magnetita nestas rochas. Os basaltos e pegmatitos possuem assembleia mineral primária constituída principalmente por andesina, augita, magnetita, ilmenita e apatita, e secundária por clorita e hematita. As rochas do derrame têm caráter toleítico com tendência ao enriquecimento em FeO. Diagramas de variação, nos quais o MgO é o índice fracionante, mostram diminuição dos valores de Al2O3 e CaO para as rochas dos pegmatitos, indicando fracionamento de plagioclásio e piroxênio durante processo de cristalização fracionada, e o empobrecimento de Sr e Eu indicam fracionamento de plagioclásio durante este processo. A assinatura geoquímica das rochas dos grupos dos basaltos e dos pegmatitos é muito semelhante, onde a distribuição dos elementos terras raras para os dois grupos segue a mesma tendência, com maior enriquecimento dos pegmatitos nestes elementos. A gênese dos pegmatitos pode estar relacionada a processos de cristalização fracionada de um horizonte em estado de mush dentro da zona de fluxo de lava e ascensão de líquidos residuais enriquecidos em elementos incompatíveis alojados em rupturas da rede cristalina.
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Pegmatitos graníticos da região de Socorro-SP / Not available.

Sandra Akemi Iwata 11 July 1995 (has links)
Os pegmatitos graníticos observados na região de Socorro (SP) apresentam mineralogia simples, composta de microclínio, plagioclásio e quartzo. A presença de biotita, magnetita e óxidos de U e Nb diferencia um grupo de ocorrências pouco evoluídas daquelas ligeiramente mais diferenciadas, portadoras de muscovita e berilo. No entanto, o comportamento geoquímico de alguns elementos traços indica pouco fracionamento para ambos os grupos, tendo sido obtidos teores similares aos observados tanto em veios pegmatóides gerados por anatexia quanto em corpos simples de campos portadores de elementos raros. Duas datações K/Ar forneceram idades de 572 \'+ OU -\' 13 e 579 \'+ OU -\' 19Ma, correlacionáveis tanto a fases de magmatização ocorridas no Ciclo Brasiliano quanto à idade dos granitóides de Morungaba, tardi- a pós-brasilianos. / The granitic pegmatites from Socorro region (SP) show simple mineralogy, composed of microcline, plagioclase and quartz. The presence of biotite, magnetite and U and Nb oxides makes the difference between a rather primitive group of occurrences and a slightly differentiated one, muscovite and beryl bearing. However, the geochemical behaviour of some trace elements has indicated small degree of fractionation, with the obtained values overlapping those for pegmatoid veins generated by anatexis as well as simple pegmatites from rare element fields. Two K/Ar dating yielded 572 \'+ OU -\' 13 and 579 \'+ OU -\' 19My ages, allowing correlations with either the phases of migmatization in the Brasiliano Cycle or the late to pos-orogenic Morungaba granitoids.
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Aspectos da Mineralogia, Geoquímica, Gêneses e Potencialidade Econômica do Campo Pegmatítico de Marilac, Minas Gerais

Gandini, Antonio Luciano 15 March 2000 (has links)
A região de estudo deste trabalho, Campo Pegmatítico de Marilac (CPM), localiza-se a 25 km NW da cidade de Governador Valadares, em Minas Gerais. Ela está inserida no Distrito Pegmatítico de Governador Valadares (DPGV), um dos segmentos da grande Província Pegmatítica Oriental do Brasil (PPOB). Essa província possui uma forma lenticular alongada no sentido NS, embora sua maior parte esteja localizada no Estado de Minas Gerais, e seus limites situam-se nos Estados do Rio de Janeiro, Espirito Santo e Sul da Bahia. A PPOB é produtora de minerais industriais, sendo a principal região de minerais-gemas do País e, ao mesmo tempo, uma das principais províncias gemológicas do mundo no tocante à variedade e volume de minerais gemológicos produzidos. O Campo Pegmatítico de Marilac possui cerca de uma centena de pegmatitos, dos quais 44 foram selecionados para estudo. Foram amostrados cristais de feldspatos, micas, berilos e nióbio-tantalatos de várias zonas dos pegmatitos. Quanto à estrutura dos corpos, estes são zonados simples ou complexos, sendo que suas dimensões médias estão entre 10 a 20m de espessura e 20 a 100m de comprimento. As formas mais comuns dos pegmatitos são lenticulares, seguidas das tabulares, sendo estes corpos encaixados de maneira concordante, em sua maioria, em xistos da Formação São Tomé do Grupo Rio Doce que, estruturalmente, foi deformado de maneira complexa e metamorfizado no facies anfibolito. A mineralogia essencial é constituída por microclínio pertitizado, às vezes amazonita, quartzo (hialino, fumê, róseo e leitoso), muscovita e albita. Os minerais acessórios são; biotita, berilo [escória (berilo industrial), água-marinha, morganita e goshenita], granada (almandina, espessartina), nióbio-tantalatos e turmalinas (pretas, verdes, azuis e róseas), sendo que a complexidade mineralógica aumenta segundo à direção SW-NE da área. Os feldspatos que ocorrem nestes pegmatitos são microclínio macropertitizado (\'Or IND.97,07-77,57\' \'Ab IND.22,12-2,88\'\'An IND.0,82-0,05\') e albita (\'Ab IND.98,97-77,04\'\'Or IND.17,84-0,74\'\'An IND.9,82 - 0,33\'), muitas vezes cleavelandita. As análises químicas de 190 amostras de feldspatos deste campo pegmatítico apresentaram razões de K/Rb, K/Cs, Rb/Cs, Ba/Sr, Rb/Sr, K/Ba e Ba/Sr que, em sua quase totalidade, correspondem, a pegmatitos potássicos na classificação de Lopes Nunes. Os dados do gráfico K/Rb versus Rb, comparados à distribuição geográfica dos pegmatitos, mostraram uma tendência não linear do aumento do grau de diferenciação destes corpos na direção SW-NE, sendo que a Lavra do Escondido foi a que apresentou maior concentração em elementos alcalinos raros. Utilizando o gráfico K/Rb versus Cs de Morteani & Gaupp, pôde-se classificar os corpos pegmatíticos do Campo de Marilac como elementos raros, não mineralizados em tântalo. Na área estudada destacam-se três núcleos de pegmatitos com maior grau de diferenciação. Nestes núcleos, os valores, para as razões citadas acima, são similares aos dos pegmatitos do tipo berilífero da classe a elementos raros como discute Cerný, enquanto a maioria se enquadra na classe muscovítica. Utilizando-se as razões K/Rb x Cs e K/Rb x Li para as micas, mais de 60% dos corpos são identificados com muscovíticos ou muscovíticos complexos das classes à muscovita e a elementos raros, respectivamente, quando classificados segundo diagrama de Cerný & Burt. Para a razão K/Rb x Ti, os pontos caíram em áreas semelhantes àquelas ocupadas por pegmatitos dos tipos berilo-columbita e potássico de Lopes Nunes. Desta forma, os corpos analisados neste trabalho constituem um grupo de transição entre os indicados pelos autores anteriormente citados. Utilizando os diagramas K/Rb x Ba e K/Rb x Ga, e baseando-se no trabalho de Cerný & Burt, 60% dos corpos foram classificados como do tipo berilo-columbita, ocorrendo ainda alguns da classe muscovita e outros do tipo lepidolita. Nestes diagramas parece haver necessidade de expansão do campo referente ao tipo berilo-columbita, pois a maioria dos pontos referentes às micas do Campo de Marilac caiu sobre o limite do campo do tipo lepidolita, não havendo, entretanto, correspondência entre os teores em Li da muscovita e este campo, bem como a correspondente assembléia mineral. Ainda em relação as micas, as razões K/Rb; K/Cs; Rb/Cs; Rb/Sr e Li/Cs reresentam pegmatitos de baixo a médio grau de diferenciação . Segundo Cerný & Burt, todas as tendências ilustradas nos diversos diagramas exibem continuidade no fracionamento dos elementos traço, desde muscovita, passando por muscovita litinífera até lepidolita. Quanto ao berilo, não foi encontrado o politipo octaédrico. Os politipos n e os de transição perfazem \'APROXIMADAMENTE IGUAL A \'25% das amostras. Os politipos t do tipo 2, pobres em álcalis raros, correspondem a \'APROXIMADAMENTE IGUAL A\' 60% e o t do tipo 1, \'APROXIMADAMENTE IGUAL A\' 15%, sendo encontrados nos pegmatitos do Escondido, Jonas Lima II e José Pereira (\"Sem Terra\"). A relação entre \'Li IND.2\'O e BeO salienta a substituição do Be por Li no sítio tetraédrico, bem como o fracionamento ocorrido durante a cristalização das diferentes zonas. As variedades de berilo mais abundantes são industrial (escória), água-marinha e morganita muito clara, respectivamente em ordem de abundância. A partir da relação entre Na/Li versus Cs(%) dos cristais de berilo, lançados no diagrama de Trueman & Cerný, pôde-se observar que há, predominantemente, uma transição entre dois tipos principais de pegmatitos no Campo de Marilac. O mais abundante é do tipo A, estéril, portador de Be, Nb, Ta e pobre em álcalis raros; o outro do tipo B mostra enriquecimento nestes últimos elementos. A razão Li x Cs exibe uma tendência de crescimento, que relacionada à posição geográfica dos corpos, mostra um aumento de sudoeste para nordeste da área de ocorrência. Esta tendência pode ser indicativa da direção do fracionamento do fluido. A maioria dos diagramas de infravermelho mostrou água do tipo I predominando sobre a do tipo II, ocorrendo ainda\'CO IND.2\' e, raramente \'CH IND.4\'. O \'N IND.2\' foi detectado por espectroscopia micro-Raman como um dos componentes da fase gasosa presente nas inclusões fluidas dos berilos. Estudos, por microscopia nas amostras de berilo do pegmatito do Ipê, das zonas gráfica e intermediária e de um corpo de substituição desse pegmatito, revelaram a presença de um grande número de inclusões fluidas. Pelo estudo microtermométrico, os dados das temperaturas eutéticas sugerem uma evolução dos fluidos a partir de sistemas inicialmente compostos por \'Na POT.+\', \'K POT.+\', com possíveis quantidades de \'Fe POT.2+\' e de \'Fe POT.3+\', para soluções mais ricas em cálcio. Finalmente, quanto aos nióbio-tantalatos, a densidade destes varia entre 5,69 e 7,82, sendo que 4,16% das amostras correspondem à composição de ferrocolumbita, 54,17% de tântalo-columbita, 25% de columbo-tantalita e 16,67% de tantalita na porção NE da área. Valores de \'c IND.o\'/\'a IND.o\' dos parâmetros de cela unitária das 29 amostras lançados no diagrama de Cerný e colaboradores, permitiram classificá-las, em sua maior parte, como ferrocolumbitas ordenadas com graus diferentes de ordenação, sugerindo proximidade com algum possível corpo granítico, sem contudo obedecer a uma direção definida na área. Manganotantalitas são raras. As amostras apresentam zoneamento composicional detectado por meio da difração de raios X e confirmado pelas análises de seções polidas em microscopia eletrônica de varredura. Também foram identificadas inclusões nesses nióbio-tantalatos de cassiterita, ixiolita, romanechita, wodginita entre outros. Os pegmatitos do Campo de Marilac mostraram razões Ta/(Ta+Nb) e Mn/(Mn+Fe), respectivamente, dentro dos intervalos 0,25 a 0,80 e 0,18 a 0,26. A maioria das amostras apresenta valores maiores de Nb do que Ta (Nb \'>OU=\'Ta), indicando que os pegmatitos pertencem à classe muscovítica, ou à classe elementos raros, subclasse muscovítica, sendo que o teor de tântalo aumenta da mesma maneira que a complexidade mineralógica da área numa direção de SW para NE, porém não de uma maneira linear. Com relação aos aspectos econômicos, dentre os minerais estudados para esta Tese, somente os feldspatos foram estudados para este fim por serem os de maior interesse econômico. Apenas alguns feldspatos são piroexpansíveis e os testes de queima até 1.200°C exibiram cor branca para os cones de prova. Estas características, indicam que eles podem ser utilizados na indústria de vidros de um modo geral. Outros minerais, como as turmalinas e berilo, quando ocorrem limpos e transparentes, são destinados ao emprego gemológico. Sob o aspecto geoquímico, as diversas razões químicas dos minerais estudados mostraram uma evolução de SW para NE na área. O enquadramento dos pegmatitos do Campo de Marilac, na classe pegmatítica a elementos raros, implica em que estes corpos correspondam a resíduos derivados de granitos orogenéticos, por fracionamento ígneo a partir de uma fonte ígnea localizada a SW da área, sendo o granito Açucena a provável fonte. / Mineralogical and geochemical studies of the Marilac Pegmatitic Field (MPF) were performed with the objective of characterizing its geochemistry and genesis. The MPF is located in the central portion of the huge \"Província Pegmatítica Oriental do Brasil\". This province is situated mostly in Minas Gerais state following an NS trend, and covers the states of Bahia, Espírito Santo, and Rio de Janeiro. The province referred to above is a classic worldwide producer of gem minerals that include several varieties of tourmaline, spodumene, topaz and rare gemstones such as herderyte, phenakite and euclase among others. The MPF has around one hundred pegmatite bodies of lenticular or tabular shape and dimensions between 20 and 100 meters. The pegmatite bodies are concordant with the mica schist of the São Tomé Formation (Rio Doce Group). This lithologic unit underwent metamorphism of the amphibolite facies. The study of the mineralogical composition of the pegmatite bodies revealed that the main phases are pertitic microcline, which may occurs in the form of amazonite, qtrartz in different varieties (hyaline, smoked, pinky, and milky), muscovite, and albite. The following accessory minerals were also identified: biotite, beryl (including industrial beryl and its gemological varieties: aquamarine, morganite and goshenite), garnet (almandine and spessartine), NB-tantalate minerals, and tourmalines (dark, green, blue and pink). Within the feldspar group the following minerals were identified: macropertitic microcline (Or IND.97,07-77,57\' \'Ab IND.22,12-2,88\'\'An IND.0,82-0,05\') albite (Ab IND.98,97-77,04\'\'Or IND.17,84-0,74\'\'An IND.9,82 - 0,33\' and less frequently cleavelandite. The K/Rb, K/Cs, Rb/Cs, Ba/Sr, Rb/Sr, K/Ba and Ba/Sr ratios of 190 samples showed that the pegmatite bodies are potassic in composition according to the Lopes Nunes classification. Considering the K/Rb ratio versus Rb diagram the pegmatite bodies display a non-linear chemical differentiation along the SW-NE direction. Based on the K/Rb ratio versus Cs diagram the MPF pegmatite bodies can be classified as Ta-absent, and rare element-bearing type according to the Morteani & Gaupp classification. Three groups of more differentiated pegmatite bodies have been observed in the MPF. These bodies can be classified as beryl-type and rare element class of the Cerný classification. The majority, however, belongs to the muscovitic class of the same classification. Concerning mica, the K/Rb, ratio versus Cs, and K/Rb ratio versus Li diagrams showed that 60% of the pegmatite bodies are muscovitic or complex muscovitic belonging to the rare element class of the Cerný & Burt classification. The K/Rb ratio versus Ti diagram suggest that the pegmatite bodies belong to the potassic, and beryl-columbite types of the Lopes Nunes classification. Therefore, the MPF pegmatite bodies seems to be transitional between the groups proposed by the authors referred to above. The K/Rb ratio versus Ba, and K/Rb ratio versus Ga diagrams show that 60% of the pegmatite bodies are beryl-columbite type. Subordinately occur the muscovite class and lepidolite type. As for K/RB, K/Cs, Rb/Cs, Rb/Sr, and Li/Cs ratios the data suggest that most of the pegmatite bodies show low to medium differentiation. The industrial variety of beryl is the most common in the study area. Minor occurrences of aquamarine, morganite, and goshenite are also found. The beryl polytypes do not include the octahedral polytype. The n and the transition polytypes make up 25% of the samples. The t polytype of type 2, which is poor in rare alkaline elements represent 60% whereas the t polytype of the type 1 corresponds to 15%. The Li\' IND.2\'O/BeO ratio indicates the substitution degree of Be by Li inside the tetrahedral site. The Na/Li ratio versus Cs diagram shows that, in the study area, there is a clear transition between the A and B groups of the Trueman & Cerný classification. The A type is mineralized in Be, Nb, and Ta and it is poor in rare alkaline elements. The B type is rich in rare alkalines elements. Infrared spectroscopy of beryl revealed the presence of I-type water and minor occurrences of ll-type water, C\'O IND. 2\' and C\'H IND. 4\'. Nitrogen was detected by micro-Raman spectroscopy in fluid inclusions of some beryl crystals. Nb-tantalate minerals have densities ranging from 5.69 to 7.82. Tantalum-columbite, columbium-tantalite, tantalite, and iron-tantalite correspond to 54.17%, 25%, 16.67%, and 4.16% of the samples, respectively. The plotting of the \'c IND. o\'/\'a IND. o\' ratio of the unit cell parameters for 29 samples revealed the existence of an ordered structure for most of them. This result in combination with the chemical data of the minerals referred to above suggest the proximity of a possible granitic intrusion in the study area. Mn-tantalite minerals are rare in the area. Inclusions of cassiterite, ixiolite, romanechite, wodginite have been identified. The Ta/(Ta+Nb) and Mn/(Mn+Fe) ratios range from 0.25 to 0.80 and from 0.18 to 0.26, respectively. Nb contents are usually higher than the Ta contents, and they indicate that the pegmatite bodies of the study area belong either to the muscovitic class or the rare element class. Both the Ta content and the mineralogical complexity increase non-linearly from SW to NE in the study area. Feldspars were studied in relation to their use and applications. Currently they may present some economic interest among all minerals that were analyzed. Some feldspars are pyroexpansible and, when submitted to temperatures as high as 1,200°C they become white Such characteristics suggest that they can be used in the glass industry. Other minerals such as tourmaline and beryl may have gemologic applications. Mineralogical and chemical data showed that the MPF pegmatite bodies belong to the rare element class in the classification proposed by Cerný and collaborators. Therefore, it is almost certain that those pegmatite bodies are derived from orogenetic granites. Field relations showed that the Açucena granite, which outcrops in the SW portion of the study area, seems to be the most probable source for the pegmatitic mineralizations.
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Pegmatitos litiníferos da região de Itinga-Araçuaí, Minas Gerais / Not available.

Jose Haroldo da Silva Sa 23 January 1978 (has links)
Na região dos municípios de Itinga e Araçuaí, no médio Jequitinhonha, Nordeste de Minas Gerais, foram estudados mais de uma centena de pegmatitos distribuídos em uma área de aproximadamente 800 k\'m POT.2\'. Trata-se de um distrito que contém depósitos de cassiterita e minerais de Lítio, estes de maior importância econômica, além de quantidades subordinadas de tantalita-columbita, bem como pedras semi-preciosas. Regionalmente predominam quartzo-mica xistos, localmente ricos em cordierita, com orientação geral NE-SW com mergulhos para NW. Esses xistos, atribuídos ao Grupo Macaúbas, foram intrudidos por plutons de composição granítica. Datações geocronológicas, efetuadas pelo método Rb-Sr, indicaram idades em torno de 650 milhões de anos para os xistos e 520 milhões de anos para os granitos. Muscovitas de dois pegmatitos foram datadas pelo método K-Ar, obtendo-se idades de 467 \'+ OU -\' 18 e 490 \'+ OU -\' 12 milhões de anos. Os pegmatitos são classificados em simples e complexos, com base em critérios mineralógicos e estruturais. Os pegmatitos simples são constituídos de feldspato (microclíneo), quartzo e muscovita; acessoriamente encontra-se berilo e turmalina (afrisita). Nos pegmatitos complexos além dos minerais dos pegmatitos simples, há uma notável associação mineralógica acessória na qual se destacam os minérios de Lítio (petalita, espodumênio, lepidolita e ambligonita), de Césio (polucita), cassiterita, tantalita-columbita, além de uma grande variedade de turmalinas. Os pegmatitos do tipo complexo concentram, preferencialmente, uma das formas mineralógicas do Lítio, tais como: pegmatitos com petalita, pegmatitos com espodumênio, pegmatitos com lepidolita e pegmatitos com polucita-espodumênio. Os pegmatitos simples afloram com formas tabulares, freqüentemente exibindo um zoneamento textural interno devido o aumento da granulação que cresce da borda para o centro. Nos complexos, as formas mais comuns se aproximam do tipo lenticular, mostrando internamente distinto zoneamento textural e mineralógico. Os pegmatitos com espodumênio, que se apresentam com formas tabulares, exibem estrutura interna praticamente homogênea. Os pegmatitos do tipo simples estão distribuídos em toda a área, preferencialmente nas bordas dos maciços graníticos, bem como nos xistos. Os tipos complexos estão encaixados nos xistos e mostram arranjo zonal; os pegmatitos com petalita estão mais próximos dos maciços de granito e, mais distanciados estão os portadores de lepidolita e exibem o maior grau de complexidade estrutural e mineralógica. A orientação dos pegmatitos é discordante em relação aos xistos encaixantes, tendo-se alojado, por um processo de intrusão, dentro de espaços abertos naquelas rochas. Geneticamente os pegmatitos estão relacionados com os granitos da região que apresentam elevados teores de Lítio. Césio e Berílio quando comparados com granitos normais da crosta. Análises das relações Rb/K e Cs/K em feldspatos potássicos dos diferentes pegmatitos, mostraram um progressivo aumento destas relações, sendo os maiores valores encontrados nos feldspatos dos pegmatitos mais complexos. Conclue-se que os pegmatitos foram formados, nos primeiros estágios, através de sucessivas cristalizações de frações residuais do magma granítico, com progressivo enriquecimento em Lítio e, nos estágios mais tardios, através de processos metassomáticos, responsáveis pela formação dos pegmatitos mais complexos. / Not available.
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Aspectos da Mineralogia, Geoquímica, Gêneses e Potencialidade Econômica do Campo Pegmatítico de Marilac, Minas Gerais

Antonio Luciano Gandini 15 March 2000 (has links)
A região de estudo deste trabalho, Campo Pegmatítico de Marilac (CPM), localiza-se a 25 km NW da cidade de Governador Valadares, em Minas Gerais. Ela está inserida no Distrito Pegmatítico de Governador Valadares (DPGV), um dos segmentos da grande Província Pegmatítica Oriental do Brasil (PPOB). Essa província possui uma forma lenticular alongada no sentido NS, embora sua maior parte esteja localizada no Estado de Minas Gerais, e seus limites situam-se nos Estados do Rio de Janeiro, Espirito Santo e Sul da Bahia. A PPOB é produtora de minerais industriais, sendo a principal região de minerais-gemas do País e, ao mesmo tempo, uma das principais províncias gemológicas do mundo no tocante à variedade e volume de minerais gemológicos produzidos. O Campo Pegmatítico de Marilac possui cerca de uma centena de pegmatitos, dos quais 44 foram selecionados para estudo. Foram amostrados cristais de feldspatos, micas, berilos e nióbio-tantalatos de várias zonas dos pegmatitos. Quanto à estrutura dos corpos, estes são zonados simples ou complexos, sendo que suas dimensões médias estão entre 10 a 20m de espessura e 20 a 100m de comprimento. As formas mais comuns dos pegmatitos são lenticulares, seguidas das tabulares, sendo estes corpos encaixados de maneira concordante, em sua maioria, em xistos da Formação São Tomé do Grupo Rio Doce que, estruturalmente, foi deformado de maneira complexa e metamorfizado no facies anfibolito. A mineralogia essencial é constituída por microclínio pertitizado, às vezes amazonita, quartzo (hialino, fumê, róseo e leitoso), muscovita e albita. Os minerais acessórios são; biotita, berilo [escória (berilo industrial), água-marinha, morganita e goshenita], granada (almandina, espessartina), nióbio-tantalatos e turmalinas (pretas, verdes, azuis e róseas), sendo que a complexidade mineralógica aumenta segundo à direção SW-NE da área. Os feldspatos que ocorrem nestes pegmatitos são microclínio macropertitizado (\'Or IND.97,07-77,57\' \'Ab IND.22,12-2,88\'\'An IND.0,82-0,05\') e albita (\'Ab IND.98,97-77,04\'\'Or IND.17,84-0,74\'\'An IND.9,82 - 0,33\'), muitas vezes cleavelandita. As análises químicas de 190 amostras de feldspatos deste campo pegmatítico apresentaram razões de K/Rb, K/Cs, Rb/Cs, Ba/Sr, Rb/Sr, K/Ba e Ba/Sr que, em sua quase totalidade, correspondem, a pegmatitos potássicos na classificação de Lopes Nunes. Os dados do gráfico K/Rb versus Rb, comparados à distribuição geográfica dos pegmatitos, mostraram uma tendência não linear do aumento do grau de diferenciação destes corpos na direção SW-NE, sendo que a Lavra do Escondido foi a que apresentou maior concentração em elementos alcalinos raros. Utilizando o gráfico K/Rb versus Cs de Morteani & Gaupp, pôde-se classificar os corpos pegmatíticos do Campo de Marilac como elementos raros, não mineralizados em tântalo. Na área estudada destacam-se três núcleos de pegmatitos com maior grau de diferenciação. Nestes núcleos, os valores, para as razões citadas acima, são similares aos dos pegmatitos do tipo berilífero da classe a elementos raros como discute Cerný, enquanto a maioria se enquadra na classe muscovítica. Utilizando-se as razões K/Rb x Cs e K/Rb x Li para as micas, mais de 60% dos corpos são identificados com muscovíticos ou muscovíticos complexos das classes à muscovita e a elementos raros, respectivamente, quando classificados segundo diagrama de Cerný & Burt. Para a razão K/Rb x Ti, os pontos caíram em áreas semelhantes àquelas ocupadas por pegmatitos dos tipos berilo-columbita e potássico de Lopes Nunes. Desta forma, os corpos analisados neste trabalho constituem um grupo de transição entre os indicados pelos autores anteriormente citados. Utilizando os diagramas K/Rb x Ba e K/Rb x Ga, e baseando-se no trabalho de Cerný & Burt, 60% dos corpos foram classificados como do tipo berilo-columbita, ocorrendo ainda alguns da classe muscovita e outros do tipo lepidolita. Nestes diagramas parece haver necessidade de expansão do campo referente ao tipo berilo-columbita, pois a maioria dos pontos referentes às micas do Campo de Marilac caiu sobre o limite do campo do tipo lepidolita, não havendo, entretanto, correspondência entre os teores em Li da muscovita e este campo, bem como a correspondente assembléia mineral. Ainda em relação as micas, as razões K/Rb; K/Cs; Rb/Cs; Rb/Sr e Li/Cs reresentam pegmatitos de baixo a médio grau de diferenciação . Segundo Cerný & Burt, todas as tendências ilustradas nos diversos diagramas exibem continuidade no fracionamento dos elementos traço, desde muscovita, passando por muscovita litinífera até lepidolita. Quanto ao berilo, não foi encontrado o politipo octaédrico. Os politipos n e os de transição perfazem \'APROXIMADAMENTE IGUAL A \'25% das amostras. Os politipos t do tipo 2, pobres em álcalis raros, correspondem a \'APROXIMADAMENTE IGUAL A\' 60% e o t do tipo 1, \'APROXIMADAMENTE IGUAL A\' 15%, sendo encontrados nos pegmatitos do Escondido, Jonas Lima II e José Pereira (\"Sem Terra\"). A relação entre \'Li IND.2\'O e BeO salienta a substituição do Be por Li no sítio tetraédrico, bem como o fracionamento ocorrido durante a cristalização das diferentes zonas. As variedades de berilo mais abundantes são industrial (escória), água-marinha e morganita muito clara, respectivamente em ordem de abundância. A partir da relação entre Na/Li versus Cs(%) dos cristais de berilo, lançados no diagrama de Trueman & Cerný, pôde-se observar que há, predominantemente, uma transição entre dois tipos principais de pegmatitos no Campo de Marilac. O mais abundante é do tipo A, estéril, portador de Be, Nb, Ta e pobre em álcalis raros; o outro do tipo B mostra enriquecimento nestes últimos elementos. A razão Li x Cs exibe uma tendência de crescimento, que relacionada à posição geográfica dos corpos, mostra um aumento de sudoeste para nordeste da área de ocorrência. Esta tendência pode ser indicativa da direção do fracionamento do fluido. A maioria dos diagramas de infravermelho mostrou água do tipo I predominando sobre a do tipo II, ocorrendo ainda\'CO IND.2\' e, raramente \'CH IND.4\'. O \'N IND.2\' foi detectado por espectroscopia micro-Raman como um dos componentes da fase gasosa presente nas inclusões fluidas dos berilos. Estudos, por microscopia nas amostras de berilo do pegmatito do Ipê, das zonas gráfica e intermediária e de um corpo de substituição desse pegmatito, revelaram a presença de um grande número de inclusões fluidas. Pelo estudo microtermométrico, os dados das temperaturas eutéticas sugerem uma evolução dos fluidos a partir de sistemas inicialmente compostos por \'Na POT.+\', \'K POT.+\', com possíveis quantidades de \'Fe POT.2+\' e de \'Fe POT.3+\', para soluções mais ricas em cálcio. Finalmente, quanto aos nióbio-tantalatos, a densidade destes varia entre 5,69 e 7,82, sendo que 4,16% das amostras correspondem à composição de ferrocolumbita, 54,17% de tântalo-columbita, 25% de columbo-tantalita e 16,67% de tantalita na porção NE da área. Valores de \'c IND.o\'/\'a IND.o\' dos parâmetros de cela unitária das 29 amostras lançados no diagrama de Cerný e colaboradores, permitiram classificá-las, em sua maior parte, como ferrocolumbitas ordenadas com graus diferentes de ordenação, sugerindo proximidade com algum possível corpo granítico, sem contudo obedecer a uma direção definida na área. Manganotantalitas são raras. As amostras apresentam zoneamento composicional detectado por meio da difração de raios X e confirmado pelas análises de seções polidas em microscopia eletrônica de varredura. Também foram identificadas inclusões nesses nióbio-tantalatos de cassiterita, ixiolita, romanechita, wodginita entre outros. Os pegmatitos do Campo de Marilac mostraram razões Ta/(Ta+Nb) e Mn/(Mn+Fe), respectivamente, dentro dos intervalos 0,25 a 0,80 e 0,18 a 0,26. A maioria das amostras apresenta valores maiores de Nb do que Ta (Nb \'>OU=\'Ta), indicando que os pegmatitos pertencem à classe muscovítica, ou à classe elementos raros, subclasse muscovítica, sendo que o teor de tântalo aumenta da mesma maneira que a complexidade mineralógica da área numa direção de SW para NE, porém não de uma maneira linear. Com relação aos aspectos econômicos, dentre os minerais estudados para esta Tese, somente os feldspatos foram estudados para este fim por serem os de maior interesse econômico. Apenas alguns feldspatos são piroexpansíveis e os testes de queima até 1.200°C exibiram cor branca para os cones de prova. Estas características, indicam que eles podem ser utilizados na indústria de vidros de um modo geral. Outros minerais, como as turmalinas e berilo, quando ocorrem limpos e transparentes, são destinados ao emprego gemológico. Sob o aspecto geoquímico, as diversas razões químicas dos minerais estudados mostraram uma evolução de SW para NE na área. O enquadramento dos pegmatitos do Campo de Marilac, na classe pegmatítica a elementos raros, implica em que estes corpos correspondam a resíduos derivados de granitos orogenéticos, por fracionamento ígneo a partir de uma fonte ígnea localizada a SW da área, sendo o granito Açucena a provável fonte. / Mineralogical and geochemical studies of the Marilac Pegmatitic Field (MPF) were performed with the objective of characterizing its geochemistry and genesis. The MPF is located in the central portion of the huge \"Província Pegmatítica Oriental do Brasil\". This province is situated mostly in Minas Gerais state following an NS trend, and covers the states of Bahia, Espírito Santo, and Rio de Janeiro. The province referred to above is a classic worldwide producer of gem minerals that include several varieties of tourmaline, spodumene, topaz and rare gemstones such as herderyte, phenakite and euclase among others. The MPF has around one hundred pegmatite bodies of lenticular or tabular shape and dimensions between 20 and 100 meters. The pegmatite bodies are concordant with the mica schist of the São Tomé Formation (Rio Doce Group). This lithologic unit underwent metamorphism of the amphibolite facies. The study of the mineralogical composition of the pegmatite bodies revealed that the main phases are pertitic microcline, which may occurs in the form of amazonite, qtrartz in different varieties (hyaline, smoked, pinky, and milky), muscovite, and albite. The following accessory minerals were also identified: biotite, beryl (including industrial beryl and its gemological varieties: aquamarine, morganite and goshenite), garnet (almandine and spessartine), NB-tantalate minerals, and tourmalines (dark, green, blue and pink). Within the feldspar group the following minerals were identified: macropertitic microcline (Or IND.97,07-77,57\' \'Ab IND.22,12-2,88\'\'An IND.0,82-0,05\') albite (Ab IND.98,97-77,04\'\'Or IND.17,84-0,74\'\'An IND.9,82 - 0,33\' and less frequently cleavelandite. The K/Rb, K/Cs, Rb/Cs, Ba/Sr, Rb/Sr, K/Ba and Ba/Sr ratios of 190 samples showed that the pegmatite bodies are potassic in composition according to the Lopes Nunes classification. Considering the K/Rb ratio versus Rb diagram the pegmatite bodies display a non-linear chemical differentiation along the SW-NE direction. Based on the K/Rb ratio versus Cs diagram the MPF pegmatite bodies can be classified as Ta-absent, and rare element-bearing type according to the Morteani & Gaupp classification. Three groups of more differentiated pegmatite bodies have been observed in the MPF. These bodies can be classified as beryl-type and rare element class of the Cerný classification. The majority, however, belongs to the muscovitic class of the same classification. Concerning mica, the K/Rb, ratio versus Cs, and K/Rb ratio versus Li diagrams showed that 60% of the pegmatite bodies are muscovitic or complex muscovitic belonging to the rare element class of the Cerný & Burt classification. The K/Rb ratio versus Ti diagram suggest that the pegmatite bodies belong to the potassic, and beryl-columbite types of the Lopes Nunes classification. Therefore, the MPF pegmatite bodies seems to be transitional between the groups proposed by the authors referred to above. The K/Rb ratio versus Ba, and K/Rb ratio versus Ga diagrams show that 60% of the pegmatite bodies are beryl-columbite type. Subordinately occur the muscovite class and lepidolite type. As for K/RB, K/Cs, Rb/Cs, Rb/Sr, and Li/Cs ratios the data suggest that most of the pegmatite bodies show low to medium differentiation. The industrial variety of beryl is the most common in the study area. Minor occurrences of aquamarine, morganite, and goshenite are also found. The beryl polytypes do not include the octahedral polytype. The n and the transition polytypes make up 25% of the samples. The t polytype of type 2, which is poor in rare alkaline elements represent 60% whereas the t polytype of the type 1 corresponds to 15%. The Li\' IND.2\'O/BeO ratio indicates the substitution degree of Be by Li inside the tetrahedral site. The Na/Li ratio versus Cs diagram shows that, in the study area, there is a clear transition between the A and B groups of the Trueman & Cerný classification. The A type is mineralized in Be, Nb, and Ta and it is poor in rare alkaline elements. The B type is rich in rare alkalines elements. Infrared spectroscopy of beryl revealed the presence of I-type water and minor occurrences of ll-type water, C\'O IND. 2\' and C\'H IND. 4\'. Nitrogen was detected by micro-Raman spectroscopy in fluid inclusions of some beryl crystals. Nb-tantalate minerals have densities ranging from 5.69 to 7.82. Tantalum-columbite, columbium-tantalite, tantalite, and iron-tantalite correspond to 54.17%, 25%, 16.67%, and 4.16% of the samples, respectively. The plotting of the \'c IND. o\'/\'a IND. o\' ratio of the unit cell parameters for 29 samples revealed the existence of an ordered structure for most of them. This result in combination with the chemical data of the minerals referred to above suggest the proximity of a possible granitic intrusion in the study area. Mn-tantalite minerals are rare in the area. Inclusions of cassiterite, ixiolite, romanechite, wodginite have been identified. The Ta/(Ta+Nb) and Mn/(Mn+Fe) ratios range from 0.25 to 0.80 and from 0.18 to 0.26, respectively. Nb contents are usually higher than the Ta contents, and they indicate that the pegmatite bodies of the study area belong either to the muscovitic class or the rare element class. Both the Ta content and the mineralogical complexity increase non-linearly from SW to NE in the study area. Feldspars were studied in relation to their use and applications. Currently they may present some economic interest among all minerals that were analyzed. Some feldspars are pyroexpansible and, when submitted to temperatures as high as 1,200°C they become white Such characteristics suggest that they can be used in the glass industry. Other minerals such as tourmaline and beryl may have gemologic applications. Mineralogical and chemical data showed that the MPF pegmatite bodies belong to the rare element class in the classification proposed by Cerný and collaborators. Therefore, it is almost certain that those pegmatite bodies are derived from orogenetic granites. Field relations showed that the Açucena granite, which outcrops in the SW portion of the study area, seems to be the most probable source for the pegmatitic mineralizations.
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Pegmatitos litiníferos da região de Itinga-Araçuaí, Minas Gerais / Not available.

Sa, Jose Haroldo da Silva 23 January 1978 (has links)
Na região dos municípios de Itinga e Araçuaí, no médio Jequitinhonha, Nordeste de Minas Gerais, foram estudados mais de uma centena de pegmatitos distribuídos em uma área de aproximadamente 800 k\'m POT.2\'. Trata-se de um distrito que contém depósitos de cassiterita e minerais de Lítio, estes de maior importância econômica, além de quantidades subordinadas de tantalita-columbita, bem como pedras semi-preciosas. Regionalmente predominam quartzo-mica xistos, localmente ricos em cordierita, com orientação geral NE-SW com mergulhos para NW. Esses xistos, atribuídos ao Grupo Macaúbas, foram intrudidos por plutons de composição granítica. Datações geocronológicas, efetuadas pelo método Rb-Sr, indicaram idades em torno de 650 milhões de anos para os xistos e 520 milhões de anos para os granitos. Muscovitas de dois pegmatitos foram datadas pelo método K-Ar, obtendo-se idades de 467 \'+ OU -\' 18 e 490 \'+ OU -\' 12 milhões de anos. Os pegmatitos são classificados em simples e complexos, com base em critérios mineralógicos e estruturais. Os pegmatitos simples são constituídos de feldspato (microclíneo), quartzo e muscovita; acessoriamente encontra-se berilo e turmalina (afrisita). Nos pegmatitos complexos além dos minerais dos pegmatitos simples, há uma notável associação mineralógica acessória na qual se destacam os minérios de Lítio (petalita, espodumênio, lepidolita e ambligonita), de Césio (polucita), cassiterita, tantalita-columbita, além de uma grande variedade de turmalinas. Os pegmatitos do tipo complexo concentram, preferencialmente, uma das formas mineralógicas do Lítio, tais como: pegmatitos com petalita, pegmatitos com espodumênio, pegmatitos com lepidolita e pegmatitos com polucita-espodumênio. Os pegmatitos simples afloram com formas tabulares, freqüentemente exibindo um zoneamento textural interno devido o aumento da granulação que cresce da borda para o centro. Nos complexos, as formas mais comuns se aproximam do tipo lenticular, mostrando internamente distinto zoneamento textural e mineralógico. Os pegmatitos com espodumênio, que se apresentam com formas tabulares, exibem estrutura interna praticamente homogênea. Os pegmatitos do tipo simples estão distribuídos em toda a área, preferencialmente nas bordas dos maciços graníticos, bem como nos xistos. Os tipos complexos estão encaixados nos xistos e mostram arranjo zonal; os pegmatitos com petalita estão mais próximos dos maciços de granito e, mais distanciados estão os portadores de lepidolita e exibem o maior grau de complexidade estrutural e mineralógica. A orientação dos pegmatitos é discordante em relação aos xistos encaixantes, tendo-se alojado, por um processo de intrusão, dentro de espaços abertos naquelas rochas. Geneticamente os pegmatitos estão relacionados com os granitos da região que apresentam elevados teores de Lítio. Césio e Berílio quando comparados com granitos normais da crosta. Análises das relações Rb/K e Cs/K em feldspatos potássicos dos diferentes pegmatitos, mostraram um progressivo aumento destas relações, sendo os maiores valores encontrados nos feldspatos dos pegmatitos mais complexos. Conclue-se que os pegmatitos foram formados, nos primeiros estágios, através de sucessivas cristalizações de frações residuais do magma granítico, com progressivo enriquecimento em Lítio e, nos estágios mais tardios, através de processos metassomáticos, responsáveis pela formação dos pegmatitos mais complexos. / Not available.

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