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Petrografia e geoquímica de rochas carbonaticas Pré-cambrianas do estado de São PauloMaria Heloisa Barros de Oliveira Frascá 29 March 1993 (has links)
As rochas carbonáticas pré-cambrianas do Estado de São Paulo ocorrem na forma de grandes corpos alongados segundo NE-SW, em seqüências supracrustais do Grupo Açungui (sensu 1ato), principalmente nos Subgrupo Lajeado e Formação Itaiacoca, e Grupo São Roque. Corpos de menor expressão constituem o Mármore da Tapagem e ocorrências esporádicas nos Complexo Embu, Grupo Itapira, Complexo Piracaia, Formação Setuva e Formação Agua Clara. Neste trabalho, foram efetuados estudos petrográficos, químicos, isotópicos e de caracterização tecnológica em amostras de rochas carbonáticas coletadas nas unidades geológicas mencionadas. As rochas aqui estudadas apresentam composição ora essencialmente calcítica (Subgrupo Lajeado e Grupo São Roque - região de Salto de Pirapora), ora essencialmente dolomítica (Formação Itaiacoca e Grupo São Roque - região de Pirapora do Bom Jesus). Nas outras unidades predominam litotipos de composições intermediárias, ora dolomito-calcíticas, ora calcito-dolomíticas. As rochas carbonáticas dos grupos Açungui e São Roque normalmente exibem paragêneses indicativas de metamorfismo de grau baixo. Todavia, na Formação Agua Clara, são observadas associações minerais de metamorfismo de grau médio. Já as rochas carbonáticas dos complexos Embu e Piracaia e Grupo Itapira foram submetidas a metamorfismo de grau alto, localmente mostrando metamorfismo de contato superimposto. As características geoquímicas exibidas pelas rochas dolomíticas são bastante semelhantes entre si, em geral com valores mínimos para os elementos menores e traços analisados, sobretudo Mn e Sr. Os dolomita mármores do Grupo São Roque podem ser claramente discriminados pelo seu maior teor de Mn e Fe, aparentemente refletindo um processo de dolomitização via dissolução-reprecipitação a partir de sedimento calcítico. Os baixíssimos teores de Sr dos metadolomitos da Formação Itaiacoca sugerem que sua deposição tenha se dado via protodolomita. As rochas calcárias se dividem quimicamente em dois grupos. O primeiro (Subgrupo Lajeado e Grupo São Roque) é mais puro e rico em Sr. Os calcita mármores do Subgrupo Lajeado, em vista de sua riqueza em Sr, aparentemente se depositaram na forma de lama aragonítica modificada diagenetica ou metamorficamente para calcita ou calcita magnesiana. O segundo grupo (formações Agua Clara e Itaiacoca) é rico em Mn, Rb, Fe, Ba e Al, refletindo uma maior contribuição terrígena. As composições isotópicas de carbono e oxigênio das rochas carbonáticas estudadas são características de carbonatos marinhos pré-cambrianos metamorfizados. Dentro de uma mesma unidade geológica, as composições isotópicas de carbono mostram certas variações que se explicariam por mudanças locais no ambiente de sedimentação. A homogeneidade das composições isotópicas de oxigênio em cada unidade geológica parece refletir a contemporaneidade da formação dos litotipos carbonáticos. As rochas carbonáticas aqui estudadas teriam se originado em bacias ensiálicas desenvolvidas a partir de sistema de riftes. As seqüências sedimentares dos grupos Açungui e São Roque poderiam ter se formado em bacias distintas, talvez não sincrônicas. Após comparação dos resultados de ensaios tecnológicos e dos dados químicos com especificações de uso das rochas carbonáticas detectou-se outras opções de aplicações, além daquelas para as quais são ou foram exploradas. Citam-se, como exemplo, as rochas carbonáticas do Grupo São Roque que têm seu uso voltado quase que exclusivamente para o mercado convencional (cimento, cal e corretivo de solos) e que poderiam ser igualmente aproveitadas nas indústrias do vidro e cerâmica. / The Precambrian carbonate rocks in the State of São Paulo occur as large NE-SW elongated bodies inserted in the supracrustal sequences of the São Roque and Açungui Groups (specially Lajeado Subgroup e Itaiacoca Formation). Less significant bodies constitute the Tapagem Marble and sporadic occurrences in the Embu Complex, Itapira Group, Piracaia Complex and Setuva and Agua Clara Formations. Petrographic, chemical and isotopic studies as well as technological characterization were accomplished on samples of the above mentioned units. The rocks under consideration show compositions sometimes mainly calcitic (Lajeado Subgroup and São Roque Group - region of Salto de Pirapora) sometimes essentially dolomitic (Itaiacoca Formation and São Roque Group - region of Pirapora do Bom Jesus). In the remaining unities, lithotypes of intermediate composition now dolomite calcitic, now calcite dolomitic, predominate. The paragenesis of carbonate rocks from the Açungui and São Roque Groups indicate low grade metamorphism. However, in the Agua Clara Formation the observed mineral associations belong to the medium grade metamorphism. On the other hand, the carbonate rocks of the Embu and Piracaia Complexes as well as those from the Itapira Group were subjected to a high metamorphic grade sometimes accompanied by superimposed contact metamorphism. The geochemical characteristics of the dolomites are rather similar among thenselves. It was noticed that they usually show smaller values for minor and trace elements, Mn and Sr above all. The São Roque dolomite marbles can be clearly discerned by their larger content of Mn and Fe, an aparent indication of dolomitization by dissolution-reprecipitation processes in a calcitic sediment. The least content of Sr in metadolomites from the Itaiacoca Formation suggests a deposition via protodolomite. The limestones can be chemically divided in two groups. The first one (Lajeado Subgroup e São Roque Group) is purer and richer in Sr. By its highest Sr content, the calcite marbles of the Lajeado Subgroup were possibly precipitated as an aragonitic mud diagenetically or metamorphically changed to calcite or magnesian calcite. The second one (Agua Clara and Itaiacoca Formations) abounds with Mn, Rb, Fe, Ba and Al implying a bulky terrigenous contribution. The carbon and oxygen isotopic compositions for samples of studied carbonate rocks are diagnostic of metamorphosed Precambrian marine carbonates. The carbon isotopic compositions reveal some variation within the same geologic unit; they may reflect local changes in the sedimentary environment. The homogeneity of the oxygen isotopic compositions in each geologic unit seem to manifest the coeval building up of the carbonate lithotypes. The carbonate rocks, here studied, were probably generated in ensialic basins developed from rift systems. The sedimentary sequences of the Açungui and São Roque Groups might have been formed in independent basins, possibly not synchronous. By comparing results of technological and chemical essays with specifications for the employment of carbonate rocks, other uses besides those for which they are being exploited, were detected. As an example, the São Roque Group carbonate rocks currently worked for the conventional market (cement, lime, soil corrective) could also have a profitable use in ceramics and in glass industry.
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Estudo estatístico das relações entre elementos principais e traços em rochas basálticas da bacia do ParanáArlei Benedito Macedo 22 April 1980 (has links)
A partir de um conjunto de análises químicas de rochas basálticas da Bacia do Paraná foram estudadas as relações entre elementos principais e traços. Nesse contexto foram revisados os princípios conhecidos que regem a associação entre elementos principais e traços e escolhida a abordagem estatística. Sob esta óptica foram revistas as distribuições de frequência dos elementos constituintes das rochas da província, foram estudadas as correlações simples entre os elementos, com o fito de medir interações entre eles, foram conduzidas análises de agrupamentos objetivando determinar associações entre grupos de elementos e finalmente, por meio de regressão múltipla, estabelecidas equações de previsão para elementos principais e índices de diferenciação a partir de elementos traços. / Not available.
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Petrologia dos fonólitos do Arquipélago de Fernando de Noronha, PERosana Peporine Lopes 01 July 1997 (has links)
Os fonólitos porfiríticos de Fernando de Noronha apresentam conteúdo variável de feno e microfenocristais ( \'+ OU -\' 12 a \'+ OU -\' 40%) de feldspato alcalino (\'Or IND. 65-50 Ab IND.35-50 An IND.<3\'), nefelina, noseana, clinopiroxênio zonado (salita titanífera, salita até salita sódica ou ferrossalita sódica) e anfibólito com inclusões de apatita (pargasita com \'Fe POT.2+\', kaersutita a ferro-kaersutita), além de escassos microfenocristais de magnetitas titaníferas e titanita, em meio a matriz traquítica composta por feldspato alcalino, nefelina, prismas curtos, dispersos, de ferrosalita sódica a egirina-augita e magnetita titanífera. Nos fonólitos porfiríticos da \"pedreira\" de granulação mais grossas e mais rico em minerais máficos, foram encontrados xenocristais de diopsídio e de olivina; esta última apresentando borda de reação e coroa em contato com a matriz. Os fonólitos afíricos por apresentarem diferencás mineralógicas e texturais entre si, foram divididos em dois grupos: Grupo I de composição semelhante a matriz dos fonólitos porfiríticos e Grupo II com sodalita e agrupamentos de prismas longos de egirina a egirina com titânio formando textura em feltro. Os dados químicos das rochas (elementos maiores, menores e traços) ilustram o caráter mais evoluído dos fonólitos afíricos do grupo II que aparecem empobrecidos em elementos compatíveis (\'Al IND.2 O IND.3\', FeO, CaO, Sr, Ba, P, Ti) e enriquecidos em elementos incompatíveis, sugerindo fracionamento de feldspato, apetite, titanita e magnetita titanífera a partir de uma composição semelhante à dos fonólitos porfiríticos. Dados de elementos terras raras mostram também que os fonólitos afíricos do Grupo II são fortemente empobrecidos em terras raras médias confirmando o fracionamento de minerais acessórios como apatita e titanita. As composições mineralógicas e químicas dos fonólitos porfiríticos variam de um domo para o outro sugerindo a existência de reservatórios magmáticos distintos. A ocorrência dos dois tipos de fonólitos afíricos (grupos I e II) num mesmo domo poderiam representar pulsos de líquidos fonolíticos distintos menos e mais diferenciados. As razões de \'ANTPOT 87 Sr\'/ \'ANTPOT 86 Sr\' e \'ANTPOT 143 Nd\'/\'ANTPOT 144 Nd\' ilustram a semelhança isotópica das rochas de Fernando de Noronha com as das ilhas do Hawaí e São Miguel (Açores) e confirmam a natureza mantélica compatível com ambientes de ilhas intraplaca ou de montanhas de fundo de mar de pequeno volume. / The Fernando de Noronha porphyritic phonolites with variable pheno- and microphenocrysts amounts (\'+ OU -\' 12 to 4O%) contain alkali feldspar (\'Or IND. 65-50 Ab IND.35-50 An IND.<3\'), nepheline, nosean, zoned clinopyroxene (varytng from titanian salite, salite to sodium salite or sodium ferrosalite), amphibole with apatite inclusions (ferropargasite, kaersutite, ferrokaersutite) scarce microphenocrysts of titanian magnetite and titanite in a trachytic matrix composed of alkali feldspar, nepheline, short scattered pyroxene prisms (sodium ferrosalite to aegirine-augite) and titanian magnetite. Diopside and olivine xenocrysts were found in the coarse grained \"pedreira\" porphyritic phonolites. An olivine relict present a mineralogically and chemically zoned magmatic corona. The aphyric phonolites were separated in two groups based on mineralogical and textural features: Group l, similar in composition to the porphyritic phonolites matrix and Group ll with sodalite and felted aggregates of long pyroxene prisms (aegirine to titanian aegirine). Chemical data (major, minor and trace elements) reveal the evolved character of the aphyric Group ll phonolites. These rocks are depleted in (\'Al IND.2 O IND.3\', FeO, CaO, Sr, Ba, P, Ti) and enriched in incompatible elements suggesting fractionation of feldspar, apatite, titanite and tinanian magnetite from a starting composition similar to the ones shown by the porphyritic phonolites. Group ll aphyric phonolites are sirongly depleted in medium rare earths thus corroborating the fractionation of accessory phases (apatite, titanite). The chemical and mineralogical composition of the porphyritic phonolites varies from dome to dome indicating the possible existence of different magmatic reservoirs. The aphyric phonolites (Groups land ll) coexist in the same dome thus representing separate magmatic pulses of more or less differentiated phonolitic liquids. lsotopic\'ANTPOT 87 Sr\'/ \'ANTPOT 86 Sr\' and Nd/Nd ratios of Fernando de Noronha rocks are closely related to those of the Hawaiian and São Miguel (Azores) lslands. The data confirm the mantelic nature of the vulcanism compatible with oceanic island environments.
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Contribuição à petrologia das rochas charnockiticas de Ubatuba, leste do Estado de São Paulo / Not available.Reiner Neumann 10 September 1993 (has links)
Reconhecem-se, na região de Ubatuba (leste do Estado de São Paulo), pelo menos seis corpos lenticulares de m-charnockito, em geral em contato transicional com um hornblenda-biotita granito. O corpo maior aflora em aproximadamente 250 km2, o segundo em 12 km2, e os outros quatro em menos de 3 km2. O charnockito apresenta-se como rocha de coloração verde escuro, leuco- a hololeucocrática, equigranular a porfirítica de matriz média-grossa, geralmente pouco ou não foliada. Mineralogicamente o charnockito compõe-se de ortoclásio micro- e mesopertítico, plagioclásio, por vezes antipertítico, quartzo, ferrohastingsita e ortoferrossilita, com zircão, apatita e opacos (magnetita e ilmenita) como minerais acessórios comuns. Biotita é frequente, a hedenbergita pode ocorrer. Allanita e titanita são acessórios raros. A paragênese primária provavelmente foi ortoferrosilita + ortoclásio mesopertítico + plagioclásio antipertítico + quartzo + acessórios \'+ ou -\' hedenbergita, e a ferrohastingsita e biotita são resultantes de transformações a partir dos piroxênios, assim como parte das lamelas de exsolução da mesopertita se agruparam e formaram grãos individualizados. A rocha classifica-se como m-charnockito, plotando-se as normas CIPW no diagrama QAP ao invés das modas. O hornblenda-biotita granito que em geral faz contato com o charnockito tem mineralogia similar, mas sem piroxênios. Apresenta-se geralmente mais foliado, com desenvolvimento de porfiroblastos de quartzo, e seus feldspatos tem tendências a expulsar as exsoluções; o ortoclásio apresenta transformação para microclínio. Os diagramas de tendência, para os elementos maiores, apresentam disposição num único trend evolutivo, com decréscimo de todos os elementos, à excessão do potássio, com aumento de SiO2. Os elementos menores em geral não definem tendência. O diagrama R1-R2 com campos definidos por Batchelor & Bowden (1985) indica para as análises do charnockito de Ubatuba uma evolução decorrente de fusão parcial em ambiente geotectônico tardi-orogênico. Alguns outros sistemas classificatórios comuns para granitóides não permitiram classificação, mas na sua concepção não foram contemplados granitóides formados em ambiente tardi-tectônico. A utilização combinada dos estudos microtermométricos e de quimismo mineral (geotermômetros e geobarômetros) permitiu estimar as condições de cristalização em temperatura e pressão de, respectivamente, 850\'+ ou -\'50°C e 7.0\'+ ou -\'0.5 kb, com P fluidos << P total, e \'X IND.H2O\' muito baixa. Os geotermômetros/geobarômetros baseados em feldspatos e anfibólio forneceram estimativas para P e T muito inferiores, corroborando seu reequilíbrio ou formação posterior. A idéia de origem magmática para as rochas charnockíticas de Ubatuba, já defendida por outros autores, merece amplo respaldo neste trabalho. Da mesma maneira, as datações de Gasparini & Mantovani (1979), entre outras, que fornecem idade de aproximadamente 480 Ma, são compatíveis com o observado. Desta forma, e levando em conta as afirmações destes autores e de Siga et al. (1989) que sua assinatura isotópica revela derivação de crosta continental, as rochas charnockíticas de Ubatuba devem representar uma situação de crosta continental duplicada no limite Proterozóico Superior - Fanerozóico. / Six lenses of m-charnockite could be recognised at the Ubatuba region, east of São Paulo State, mainly in the transitional contact with an hornblende-biotite granite. The largest one crops out at about 250km2, the second 12, and the others less then 3 km2. The charnockite is a dark-green coloured, leuco- to hololeucocratic rock, equigranular to porphyritic with medium to coarse grained matrix, and shows little or none foliation. It\'s mineralogy comprises micro- and mesoperthitic orthoclase, antiperthitic plagioclase (oligoclase), quartz, ferrohastingsite and orthoferrosilite. Biotite is quite common, and hedenbergite may occur. Zircon, apatite, magnetite and ilmenite are the main accessory minerals, and allanite and sphene are rare. The originall paragenesis probably was mesoperthitic orthoclase, antiperthitic plagioclase, quartz, orthoferrosilite and the accessory minerals (with or without hedenbergite), and ferrohastingsite and biotite are due to secondary transformations of the pyroxenes. Related to this process, the exsolution lamellae from the mesoperthites migrated, originating plagioclase grains. Displaying CIPW normative analysis on the QAP diagram, the rock can be named m-charnockite. The mineralogical composition of the hornblende-biotite granite is similar to the charnockite, but pyroxenes are absent. Generally the granite presents a stronger foliation, with quartz porphiroblasts, and the orthoclase is reordering its structure to triclinic microcline. Harker diagrams for the main elements show a single trend, the oxides content decreasing as silica increases, and only K2O increases with silica increasing. Minor elements don\'t display any trend. Batchelor & Bowden\'s (1985) tectonic interpretation for the R1-R2 diagram indicate a late-orogenic, equilibrium partial melting controlled evolution for the charnockites, and other common discriminating systems failed in classifying it. This systems (Pearce et al. 1989, Maniar & Piccoli 1989) are not suitable for magmas generated in late-orogenic environment. Fluid inclusion and geothermobarometric studies indicate cristalization temperatures and pressures of 850\'+ ou -\'50°C and 7.0\'+ ou -\'0.5 kb, under P fluids << P total, and low \'X IND.H2O\'. Feldspar and amphibole geothermometry/barometry calculate lower P and T values, due to its secondary origin. The magmatic origin for Ubatuba charnockites, as quoted by other authors, is supported by this work. Geochronological data from Gasparini & Mantovani (1979) suits well to the observed features, and an age of about 550 Ma, with weak retrometamorphic event at about 480 Ma, can be accepted at time. A granitic magma generated by partial melting from upper crustal source rock and emplaced at the shown P-T conditions means that the Ubatuba charnockites represent a duplicated continental crust at the Phanerozoic-Proterozoic boundary.
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Provincia alcalina central, Paraguai centro-oriental: aspectos tectonicos, petrográficos e geocronológicos / Not available.Victor Velazquez Fernandez 26 February 1992 (has links)
Na borda ocidental da Bacia do Paraná a província central e a que reúne o maior número de ocorrências magmáticas de caráter alcalino. Ela localiza-se na porção centro-leste do Paraguai oriental, correspondendo aproximadamente às coordenadas geográficas 25°39\' a 26°10\' de Latitude Sul e 56°21\' a 57°45\' de Longitude Oeste. Tectonicamente acha-se associada a uma megaestrutura denominada \"rift\" de Assunção, que se estende desde a cidade homônima até as cercanias da cordilheira de Ybytyruzú, cobrindo cerca de 200 km de comprimento e 25 a 40 km de largura. A orientação se dá segundo NW-SEE e a sua história geológica aponta para um regime tectônico de força dupla dextral, dominantemente tensional, e relacionado do ponto de vista genético com a abertura ao Oceano Atlântico. Com base fundamentalmente nos eventos cronológicos magmáticos, é possível distinguir-se quatro estágios principais ligados na sua evolução. Estes abrangem um longo intervalo de tempo, do Mesozóico ao Cenozóico, com pico de máxima atividade tendo lugar no Cretáceo Inferior (135-120 Ma). Evidências texturais, associações mineralógicas e dados de campo permitiram a caracterização de duas suítes litológicas principais, plutônica e vulcânica. Na primeira se incluem rochas com textura eminentemente fanerítica e que ocorrem na maior parte das vezes como \"stocks\", intrudindo discordantemente encaixantes sedimentares (arenitos). Microscopicamente, foram diferenciadas as seguintes variedades petrográficas: essexitos, olivina, sienogabro, malignitos, sienodioritos e nefelina sienitos. Quanto à textura, elas mostram variação do hipidiomórfica a alotriomórfica granular e natureza holocristalina. A segunda aparece freqüentemente como derrames de lavas, \"plugs\", estes representando cerros que se destacam na topografia, e diques de dimensões variadas, de centimétricas a métricas. Aqui se agrupam basaltos alcalinos, tefritos, traquiandesitos, traquifonolitos e fonolitos. Estas rochas apresentam textura marcadamente porfirítica, com mega, feno e microfenocristais dos mais diversos minerais e matriz afanítica de natureza holocristalina. No tocante à composição mineralógica, os termos petrográficos mais máficos contêm, de modo geral, maior riqueza em clinopiroxênios (augita a diopsídio-augita), olivina magnesiana e plagioclásios de natureza cálcica (labradorita-bytownita). Já os membros mais félsicos exibempiroxênio do tipo egirina-augita a aegirina, rara olivina e plagioclásios de composição intermediária (andesita- labradorita. Na suíte plutônica, o feldspato alcalino e do tipo ortoclásio, enquanto que, na vulcânica, parece corresponder a sanidina. Feldspatóides são comuns a ambas as suítes. Dentre eles, nefelina é a fase mais abundante, com leucita e sodalita restritas quase que somente às rochas vulcânicas, tranquifonolitos e tranquitos e, mais raramente, fonolitos. Como acidentais reconhecem-se biotita e anfibólio e como acessórios mais frequentes estão presentes apatita, titanita, opacos e zircão. Geocronologicamente, os dados disponíveis (K/Ar e Rb/Sr) indicam como principal período de colocação dos corpos o intervalo 130-120 Ma (Cretáceo Inferior), guardando, assim boa concordância com as idades obtidas para as ocorrências alcalinas da borda oriental da Bacia do Paraná pertencentes ao cronogrupo de 133 Ma. Por outro lado, as idades de traços de fissão em apatitas evidenciam intervalo de tempo bem mais recente, refletindo, muito provavelmente, o momento de resfriamento dos corpos, ou então, indicando o resfriamento regional da área ligado a um período de equilíbrio isostático após a abertura do \"rift\". A razão inicial 87Sr/86Sr (0,07685-0,70790) para as rochas alcalinas da Província Central se mostra um pouco elevada comparativamente ao material mantélico, sugerindo, assim, fonte do manto mais radiogênica ou, ainda, a existência de eventual processo de contaminação crustal. / At the western border of the Paraná Basin, alkaline rocks are found in great number in the Central Province, of central-eastern Paraguay between 25°39\' to 26°10\' S latitude and 56°21\' a 57°45\' W longitude. Tectonically, those occurrences are related to the Asunción rift, a megastructure which extends from that city to the Ybytyruzú hills over an area of up to 200 km in length by 35-40 km in width. The rift, trending NW-SSE, shows a very complex tectonic history, involving a dextral, dominantly tensional, double stress motion. It is also related to the opening of the South Atlantic. On the basis of the chronology of magmatic events, it is suggested that the rift evolved in a complex way in four main stages covering a large span of time (Mesozoic to Cenozoic), with magmatic activity reaching its maximum in the Early Cretaceous, 135-120 Ma ago. Textural features, mineralogical assemblages and field evidence allow the rocks to be grouped into two suites, one plutonic and the other volcanic. In the first group are included rocks commonly cropping out as stocks, intrusive into sandstone country rocks. Microscopically, several petrographic types can be distinguished: essexites, olivine syenogabbros, malignites, syenodiorites and nepheline syenites. These rocks are always holocrystalline and exhibit a phaeneritic granular texture ranging from hypidiomorphic to allotriomorphic. The volcanic suite occurs in general as lava flows, plugs (forming small hills) and dykes with centimetric to metric widths. This suite is made up of alkaline basalts, tephrites, trachyandesites, trachyphonolites, trachytes and phonolites, all tipically porphyritic, with mega-, pheno- and microphenocrystals of various minerals within an aphanitic groundmass. From a mineralogical viewpoint, the mafic rocks are richer in clinopyroxenes (augite to diopside-augite), magnesian olivine and calcic plagioclase (labradorite-bytownite). On the other hand, the more felsic rocks contain pyroxenes of different composition (aegerine-augite to aegerine), rare olivine, less calcic plagioclase (andesine-labradorite) and alkali feldspar. In the plutonic suite the alkali feldspar is orthoclase, whereas in the volcanic suite is represented by sanidine. Feldspathoids occur in both associations, nepheline being the most abundant phase in the plutonic rocks. Leucite and sodalite are only present in volcanic types (trachyphonolites, trachytes and, less commonly phonolites). Biotite and amphibole can be occasionally found while apatite, sphene, opaques and zircon are the most frequent accessory minerals. K/Ar and Rb/Sr data indicate that the rocks belonging to the Central Province were formed for the most part in the Early Cretaceous (130-120 Ma), in agreement with other alkaline occurrences associated with the eastern margin of the Paraná Basin (chronogroup of 133 Ma). On the other hand, apatite fission track ages point to younger values, which probably are related to major regional cooling episodes following the separation of Africa and South America. Initial rations of 87Sr/86Sr for the alkaline rocks cover a narrow interval, 0,70685-0,70790, and are slightly higher than mantellic values, possibly suggesting a more radiogenic source or even the possibility of crustal contamination.
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Petrogênese dos escarnitos de Itaoca - Vale do Ribeira - SP / Not available.Hendrik Herman Ens 10 May 1990 (has links)
Os escarnitos estudados ocorrem no interior e bordas de enclaves e possíveis tetos pendentes metassedimentares que afloram na porção central do Maciço Granítico de Itaoca. Pela ação térmica e emissão de fluidos aquosos do corpo magmático as rochas metassedimentares dos enclaves, assim como as encaixantes, originaram hornfels diversos, mármores e escarnitos. Foram identificados na área dois tipos distintos de escarnitos, denominados respectivamente de granada-salita escarnitos e granada-wollastonita escarnitos. Os granada-salita escarnitos ocorrem em zonas métricas ao longo dos contatos entre granitóides e mármores, constituindo-se essencialmente de clinopiroxênios (salita-ferrosalita) com bandas e veios granatíferos (grossulária-andradita). Fases minerais tardias (epídoto, albita, calcita) ocorrem substituindo principalmente as granadas. Os granada-wollastonita escarnitos desenvolveram-se como espessos pacotes entre os mármores e hornfels pelíticos: constituem-se de wollastonita, grossulária e algum diopsídio. Localmente as granadas apresentam-se bastante albitizadas e vesuvianitizadas. O metamorfismo de contato atingiu temperaturas superiores a 650°C e pressão em torno de 2 Kbar. Formaram-se inicialmente, por bimetassomatismo (difusão), ainda a temperaturas elevadas, da ordem de 600°C, em condições redutoras, salita/ferrosalita escarnitos. Com o progressivo abaixamento da temperatura os fluidos infiltrantes tornaram-se oxidantes e enriquecidos em alumina e sílica, promovendo a oxidação dos piroxênios e formação de bandas granatíferas. Nesta fase, a temperatura entre 450 e 550°C, formaram-se os granada-wollastonita escarnitos, em ambiente distal, por ação dos fluidos já empobrecidos em ferro. Durante a fase retrógrada formaram-se albita, epídoto e vesuvianita pela destruição da granada e ocorreu a deposição de sulfetos. Por último, na fase hidrotermal final, os fluidos tornaram se enriquecidos em CO2, propiciando a carbonatação dos minerais formados anteriormente e a formação de veios e vênulas de apofilita e prehnita. / The skarns under consideration can be found inside or at the rims of meta-sedimentary inclusions and, conceivably, roof pendants, which outcrop in the central part of the Itaoca granite pluton. Such skarns, together with a variety of hornfels and marbles were formed by thermal metamorphism and outward diffusion of aqueous fluids from the magmatic body. Garnet-salite and garnet-wollastonite are the two main assemblages making up Itaoca skarns. Garnet-salite skarns occur in zones of metric thickness along the granitoid-marble contact and consist of essential clinopiroxene (salite-ferrosalite) and garnet-rich (grossular-andradite) bands and veins. Late mineral phases (epidote, albite, calcite) may replace earlier ones (garnet mainly).Garnet-wollastonite skarn occur as thick bodies between marble and politic hornfels and consist of essential wollastonite and grossular with some diopside. Garnet will, locally, exibit a high degree of replacement by albite and vesuvianite. Contact metamorphism reached its peak at temperatures above 650°C and pressures around 2 Kbar. Salite/ferrosalite skarns were formed by bidirectional metasomatism at the still elevated temperatures of about 600°C under reducing conditions. In the progressively cooling environment the infiltrating fluids became more and more oxidizing and enriched in alumina and silica, a fact which resulted in the oxidation of pyroxenes and formation of garnet bands. At this stage and temperatures between 450 and 550°C, distal garnet-wollastonite skarns were formed by metasomatic processes linked to iron depleted fluids. In a retrograde stage, garnet was destroyed and replaced by albite, epidote and vesuvianite, sulphides being deposited. Finally, during the last hydrothermal stage, CO2- rich fluids furthered the carbonation of early minerals and the formation of apophyllite-prehnite venules.
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Contribuição à Geologia e Petrologia dos \"augen\"-gnaisses de Niterói, RJ / Not available.João Fernando Martins Hippertt 26 April 1990 (has links)
Uma área de aproximadamente 80km2, representativa dos terrenos de \"augen\"-gnaisses da margem ocidental da Baía de Guanabara (região de Niterói) foi mapeada em escala 1:50.000. Individualizaram-se três grandes unidades de mapeamento: Uma unidade principal de gnaisses graníticos (\"augen\"-gnaisses e leptinitos) na porção central da área, que transiciona para a unidade de gnaisses granodioríticos a NW, e para o granodiorito porfiroblástico a SE. Um estudo sistemático das feições de deformação dúctil em quartzo e feldspatos (extinção ondulante, bordas de recuperação-recristalização, reduções de granulometria, orientação preferencial cristalográfica) possibilitou uma classificação microtextural destas rochas, onde ficou estabelecida uma transição desde granitoides o gnaisses não-miloníticos, passando por faixas de blastomilonitos graníticos e granodioríticos, até milonito gnaisses e milonitos típicos na porção interior mais estressada da estrutura aqui denominada de Zona de Cisalhamento Dúctil de Niterói - ZCDN: uma faixa de rochas miloníticas com 10 km de largura na área de estudo, com foliação milonítica vertical N70E e lineação mineral horizontal. Os megacristais de k-feldspato (microclínio pertitas e mesopertitas, Ab>20% e Na>6%) foram petrograficamente caracterizados como porfiroblastos, sendo em geral anteriores ou contemporâneos à deformação dúctil principal. Propõe-se que tenham se desenvolvido por substituição metassomática em uma matriz quartzo-plagioclásica original. Análises ditratométricas em diferentes variedades tipológicas dos megacristais identificaram sempre a simetria triclínica em diferentes graus de obliquidade (microclínios intermediários e máximos). As mirmequitas que ocorrem circundando os megacristais do K-feldspato foram tema de um detalhado levantamento microtextural, sendo interpretadas segundo um novo modelo infiltrativo - aqui proposto - que vincula sua origem à fase final do evento de metassomatismo potássico. \"Augen\"-charnockitos ocorrem como manchas difusas de dimensões variáveis na porção mais estressada da ZCDN. A observação petrográfica de reações metamórficas de entrada no fácies granulito e a identidade química com os \"augen\"-gnaisses de fácies anfibolito permitiram atribuir a estas rochas uma origem por metamorfismo progradante, favorecido provavelmente pelo aporte carbônico no interior mais deformado da ZCDN. / In na area of 80 km2, three major units has been mapped at a 1:50.000 scale in the augen gneisses terrain of the western margin of the Guanabara Bay. The main unit comprises granitic gneisses (augen gneisses and leptinites) which pass laterally to the granodioritic gneisses unit, to the northwest, and to the porphyroblastic granodiorite unit, to the southeast. A petrographic study was carried out on the ductile deformation features in quartz and feldspars (undulatory extinct, recovery-recrystallization edges, grain size decrease, preferential crystallization edges, resulting in a microtextural classification of all granitic (\"sensu lato\") rocks. A complete transition has been identified from non-mylonitic gneisses and granitoids, passing into granodioritic and granitic blastomylonites, to typical mylonites in the most stressed belt of the structure, heroin named, the Niterói Ductile Shear Zone. It is a high grade shear zone, 10 km wide, with N70W vertical mylonitic foliation and horizontal mineral lineation. The K-feldspar megacrystals (ternary microcline perthites and mesoperthites with Ab>20% and An>6%) can be interpreted as porphyroblasts which have formed prior to, or during, a ductile deformation event. Potassium metassomatism have been inferred to explain their origin. Diffratometric analysis in several types of megacrystals have always shown a tryclinic symmetry with different obliquities (intermediate and maximum microcline). Myrmekites have been microtexturally analised in detail and explained according to a new infiltrative model, horein proposed, which relates their origin to the end of K-metasomatic event. Augen charnockites occur as diffuse spots with variable dimensions in the most stressed domains. The observation of metamorphic reactions indicating the beginning of the granulite facies, and the chemical identity of charnockites with the augen gneisses of the amphibolite facies, allows to establish a prograde metamorphic origin, probably started by CO2 flux in the shear zone.
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Geologia, petrografia e gênese dos granada-cordierita-cumminatonita / antofilita anfibolitos e rochas associadas do Grupo Serra do Itaberaba, SPAnnabel Perez Aguilar 08 April 1996 (has links)
Os trabalhos desenvolvidos nesta dissertação de mestrado tiveram como principal objetivo o estudo da geologia, da petrografia e da gênese dos granada-cordierita-cummingtonita/antofilita anfibolitos e rochas associadas da Formação Morro da Pedra Preta do Grupo Serra do Itaberaba, que afloram a nordeste da cidade de São Paulo, entre as cidades de Guarulhos e Santa Isabel. Para tanto foi efetuado um mapeamento geológico-estrutural detalhado (1:5000) das principais ocorrências destes anfibolitos, seguido por estudos petrográficos em luz transmitida e pela caracterização da composição química dos minerais por microssonda eletrônica. A integração dos dados possibilitou a definição da gênese destas rochas como tendo sido resultado do metamorfismo em fácies anfibolito de protólitos básicos e intermediários a ácidos alterados hidrotermal-metassomaticamente. No mapa puderam ser separadas sete unidades litotípicas maiores produzidas pelas alterações hidrotermais-metassomáticas, identificadas como das rochas intensamente alteradas, menos intensamente alteradas, rochas de composição intermediária a ácida alteradas, hornblenda-granada anfibolitos, tufos alterados, metabásicas de granulação grossa e metabasitos cálcio-silicáticos. Nestas unidades puderam ser distinguidos 15 litotipos principais, incluindo rochas produzidas pelas alterações que concentraram magnésio e ferro, pela carbonatização e/ou potassificação e pela silicificação de rochas vulcanoclásticas ou ígneas de composição básica ou intermediárias a ácidas. Dentre as rochas básicas foram observadas gradações completas entre rochas não alteradas e as fortemente alteradas, representadas pelos conjuntos das rochas incipientemente alteradas (hornblenda anfibolitos com cordierita e cummingtonita), rochas da zona de transição (onde coexistem dois ou três anfibólios), rochas menos intensamente alteradas (cummingtonita anfibolitos, cordierita-cummingtonita anfibolitos e granada-cordierita-cummingtonita anfibolitos) e as rochas mais intensamente alteradas (granada-cordierita-cummingtonita/antofilita anfibolitos). Nas rochas de composição intermediária a ácida foram distinguidos os conjuntos das rochas silicificadas, rochas menos intensamente alteradas (constituídas por cummingtonita/antofilita, clorita, quartzo e plagioclásio) e as mais intensamente alteradas (constituídas por cummingtonita/antofilita, cordierita e quartzo). O conjunto das rochas potassificadas é representado por hornblenda-biotita anfibolitos, biotita-hornblenda anfibolitos e biotita-cummingtonita anfibolitos. Dentre as rochas básicas afetadas pela carbonatização pré-metamórfica foram separadas as fracamente carbonatizadas (representadas por actinolita anfibolitos) e as intensamente carbonatizadas denominadas como metabasitos cálcio-silicáticos, formados essencialmente por diopsídio, actinolita, clinozoisita/epídoto, quartzo, plagioclásio e carbonatos. Foram identificados outros litotipos produzidos pelas alterações, mas que pela falta de afloramentos elucidativos, não puderam ser associados aos conjuntos anteriores, tendo sido, desta forma, separados nos conjuntos dos hornblenda-granada anfibolitos, cummingtonita-granada-clorita xistos e das metabásicas de granulação grossa, estas muito típicas e distintas dos metagabros pela presença de plagioclásio esbranquiçado inalterado. As estruturas e texturas indicam claramente a dissolução dos protólitos, de modo gradativo, até a gênese das rochas mais intensamente alteradas, que constituíram, ao microscópio, granada-cordierita-cummingtonita/antofilita anfibolitos e rochas constituídas por cummingtonita/antofilita, cordierita e quartzo. Estas estruturas foram afetadas pelas foliações metamórficas \'S IND.1\', \'S IND.2\', e \'S IND.3\' indicando que as alterações hidrotermais-metassomáticas foram produzidas antes dos eventos metamórficos. As principais paragêneses minerais cristalizaram-se concomitantemente ao primeiro evento deformacional, corroborando as informações estruturais de que as alterações químicas foram introduzidas nos protólitos previamente ao metamorfismo, embora possam ter ocorrido reequilíbrios menores causados pelos fluidos metamórficos. As condições metamórficas atuantes durante o desenvolvimento da \'S IND.1\' e da \'S IND.2\' foram da fácies anfibolito e, durante o desenvolvimento da \'S IND.3\', da fácies anfibolito à dos xistos verdes, esta tipicamente associada aos processos retrometamórficos, com reequilíbrio das assembléias de mais alto grau. Os metapelitos encaixantes tem cianita invertida para sillimanita associada à \'S IND.1\', e apenas sillimanita na \'S IND.2\', indicando a existência de dois eventos metamórficos, um anterior, de pressão intermediária, seguido por um de pressão mais baixa, ambos com clímax metamórfico na fácies anfibolito. Geologicamente observa-se uma associação íntima destas rochas alteradas com corpos de rochas andesíticas, dacíticas e riolíticas, definindo formas que podem ser interpretadas como antigos cones de alteração ou zonas alteradas semi-concordantes aos derrames básicos. Os zonamentos observados, juntamente com o contexto geológico/geotectônico regional e os dados bibliográficos, permitem interpretar que estas rochas foram geradas em dois ambientes geotectônicos. O primeiro, menos importante, corresponde a zonas de expansão de cadeias mesooceânicas, e o segundo corresponde à evolução de uma bacia de retro-arco, em regimes compressionais, sendo este o principal período de formação dos protólitos destas rochas. Granada-cordierita-cummingtonita/antofilita anfibolitos e rochas intermediárias intensamente alteradas ocorrem mundialmente associadas a depósitos de sulfetos maciços de Cu-Zn, onde constituem as zonas mais internas dos cones de alteração hidrotermal-metassomática produzidas pela percolação dos fluídos mineralizantes, tipicamente localizados sob as mineralizações, sugerindo potencial metalogenético para este tipo de mineralização na Formação Morro da Pedra Preta. Neste contexto as rochas menos intensamente alteradas, os hornblenda-granada anfibolitos, as metabásicas de granulação grossa e as rochas potassificadas se distribuem em fácies mais distais nestes cones de alteração. As rochas carbonatizadas estão relacionadas a zonas de alteração mais profundas, sub-concordantes com à estratigrafia vulcano-sedimentar. / The principal objective of this Dissertation was the study of the geology, petrology and geneses of the garnet-cordierite-cummingtonite/anthophyllite amphibolites and associated rocks of the Morro da Pedra Preta Formation, Serra do Itaberaba Group. For this purpose a detailed 1:5,000 geological-structural map of the principal occurrences of these amphibolites was made, followed by petrographic studies transmitted light, and the characterization of the chemical composition of minerals by electron microprobe analysis. The integration of data made possible to interpretate the genesis of this rocks as being the result of metamorphism in amphibolite facies of hidrothermal-metasomatically altered basic and felsic protoliths. Seven major lithological units produced by alteration could be separated in the map, identified as strongly altered rocks, moderately altered rocks, altered felsic rocks, hornblendegarnet amphibolites, altered tuffites, coarse grained metabasites and calc-silicate metabasites. In these units, feveteen diferent lithotypes, produced by alterations that concentrated magnesium and iron, by carbonization and/ or potassification and by silification of basic or felsic volcanoclastic or igneous rocks could be se separated. In basic rocks a complete gradation between unaltered to strongly altered rocks was observed, represented by the groups of weakly altered (hornblende amphibolites with cordierite and cummingtonite), transitional (where two or tree amphiboles coexist), moderately altered (cummingtonite amphibolites, cordierite-cummingtonite amphibolites and garnet-cordierite-cummingtonite amphibolites) and strongly altered rocks (garnet-cordierite-cummingtonite/anthophyllite amphibolites). In altered felsic rocks silicified, moderately (cummingtonite/anthophillite-chlorite-quartz-plagioclase rocks) and strongly altered rocks (cummingtonite/anthophyllite-cordierite-quartz rocks) were distinguished. The potassified rocks are represented by hornblende-biotite amphibolites, biotite-hornblende amphibolites and biotite-cummingtonite amphibolites. The carbonatized metabasites were separated into weakly (represented by actinolite amphibolites) and strongly carbonatized recognized as calc-silicate metabasites, composed essencially by diopside, actinolite, clinozoisite/epidote, quartz, plagioclase and carbonates. Other lithotypes produced by alteration process were identified but because of the lack of elucidative outcrops, could not be related to the above mentioned groups and were therefore separated as hornblende-garnet amphibolites, cummingtonite-garnet-chlorite schists and coarse grained metabasites, which can be distinguished from metagabbros by the presence of unaltered whitened plagioclase. The structures and textures clearly indicate the gradual and progressive dissolution of protoliths until the protoliths of the strongly altered rocks, garnet-cordierite-cummingtonite/anthophyllite amphibolites and cummingtonite-anthopyllite-cordierite-quartz rocks, are produced. These structures were affected by the metamorphic foliations \'S IND.1\', \'S IND.2\' and \'S IND.3\', showing that the hydrotermal-metasomatic alterations occurred before the regional metamorphic events. The main mineral parageneses crystallized during the first deformation event, corroborating the structural evidence, that chemical modifications occurred in the protoliths before metamorphism, although minor reequilibra caused by metamorphic fluid movements may have occurred. The metamorphic conditions present during the development of \'S IND.1\' and \'S IND.2\' were in the amphibolite facies and during the development of the \'S IND.3\', in the amphibolite facies grading to the green schists facies, this one typically associated with retrometamorphism of assemblages of higher grade. In metapelites from the host rocks kyanite inverted to sillimanite, asociated to the \'S IND.1\',is found, and only sillimanite is found associated to \'S IND.2\', indicating the existence of two different metamorphic events, the former of intermediate pressure, and the latter of low pressure, both of them having their metamorphic climax in the amphibolite facies. A close association of the altered rocks with felsic rocks is observed, and their forms can be interpreted as old alteration pipes or semi-conformable altered zones within basic flows. The zonations observed, associated with the geological/geotectonic environment and the bibliographic references lead to the interpretation that these rocks were generated in two different geotectonic environments. The first one, less important, was in meso-oceanic expansion zones, and the other in compressive regime, during the evolution of a back-arc basin. Garnet-cordierite-cummingtonite/anthophyllite amphibolites and felsic rocks strongly altered are associated world-wide with massive sulfide deposits of Cu-Zn, where they form the inner parts of alteration pipes produced by the percolation of the mineralized fluids, and are typically localized under the mineralizations, suggesting a metallogenetical potencial for this type of mineralization in the Morro da Pedra Preta Formation. In this context, the intermediately altered rocks, the hornblende-garnet amphibolites, the coarse grained metabasites and the potassified rocks correspond to distal facies of these alteration pipes. The carbonatized rocks are related to lower-level semi-conformable alteration zones.
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Petrologia e geoquímica de diques e \"plugs\" alcalinos da região do Vale do Ribeira, divisa do estado do Paraná, São Paulo / Not available.Eleonora Maria Gouvêa Vasconcellos 30 August 1995 (has links)
Os diques e plugs alcalinos de composição fonolíticam l.s., encontrados na região do Vale do Ribeira, são estudados do ponto de vista geoquímico e petrológico. Essas rochas ocorrem associadas aos complexos do Banhadão, Itapirapuã e Mato Preto, e aos \"plugs\" de Sete Quedas e Barra do Teixeira, ou ocorrem como diques cortando o granito Três Córregos, nas localidades de Barra do Ponta Grossa, Morro do Chapéu, Cerro Azul e na estrada entre Sete Quedas e Dr. Ulisses (SQ-DR.U). Quimicamente, esses corpos são classificados como: fonolitos peralcalinos (mais comuns); fonolitos e traquifonolitos (presentes somente no Mato Preto); e nefelinitos fonolíticos (observados em Sete Quedas e em um dos diques SQ-DR.U). O fonolito peralcalino de Itapirapuã é petrograficamente descrito como um microssienito, devido à ausência de nefelina modal. Quanto à mineralogia são rochas constituídas, essencialmente, por feldspato alcalino (em geral rico em K2O e, menos comumente, em Na2O); piroxênio variando de cálcicos (diopsídio, hedembergita e augita) a sódico-cálcicos (egirina-augita) e sódicos (egirina) e nefelinas. Subordinadamente, ocorrem biotitas; granadas titaníferas (nos nefelinitos fonolíticos e no fonolito peralcalino do banhadão); anfibólios (no fonolito do Mato Preto) e minerais opacos (fonolito do Mato Preto). A geoquímica de elementos maiores, traços e Terras Raras (ETR) indica a derivação dos fonolitos peralcalinos a partir dos nefelinitos fonolíticos, tendo fonolitos peralcalinos menos evoluídos como termos intermediários. Os fonolitos, tranquifonolitos e microssienitos são derivados diretamente do fracionamento dos nefelinitos fonolíticos. Estas passagens são testadas por meio de cálculos de balanço de massas a partir de modelos de cristalização fracionada, com base nos elenetos maiores e traços. O estudo de \"spidergrams\", constituídos com base nos elementos traços ou ETR, revela grande afinidade entre todas as rochas estudadas, com variações apenas na intensidade das anomalias. Aliando-se o estudo de diagramas de variação aos padrões de elementos traços e Terras Raras, as rochas estudadas são separadas em dois grupos principais: o primeiro rico em MgO (nefelinitos fonolíticos, fonolitos, microssienitos e fonolitos peralcalinos menos evoluídos); e o segundo pobre em MgO (demais rochas), dividido em: rochas ricas em elementos traços e ETR (Mato Preto); rochas pobres em ETRP (Barra do Ponta Grossa, Cerro Azul e Sete Quedas) e rochas intermediárias (Morro do Chapéu, Barra do Teixeira e diques SQ-DR.U). Os fonolitos l.s. possuem razões isotópicas 87Sr/86Sr com valores entre 0,704834 (nefelinito fonolítico de Sete Quedas) e 0,71051 (dique SQ-DR.U). Os diques que compõem o complexo de Tunas, de composição traquítica, são examinados separadamente, uma vez que formam um grupo quimicamente diferente daqueles definidos para as rochas fonolíticas l.s.; admite-se, assim, fontes diversas para a geração dessas rochas. Com relação ao potencial econômico, as rochas do Mato Preto são definidas como bons indicadores do alto conteúdo em ETR e elementos traço. / Alkaline dicks and plugs of phonolitic composition found in Ribeira Valley area, Brazil were studied on its geochemical and petrological aspects. Those rocks are present either associated to the Banhadão, Itapirapuã and Mato Preto complexes or as dikes cutting the granites rocks of the Três Córregos Complex in the cities of Barra do Ponta Grossa, Morro do Chapéu, Cerro Azul and along the road between Sete Quedas e Dr. Ulisses (SQ-DR.U). Chemically, those bodies are classified as peralkaline phonolites (the most usually found); phonolites and trachyphonolites (found in Mato Preto complex); and phonolitic nephelinite (found in Sete Quedas and in one of the SQ-DR.U dikes). The peralkaline phonolite from Itapirapuã is described petrographically as microsyenite due to the absence of nepheline. From the mineralogical point ofg view they are formed essentially by alkali feldspars, usually, potassium-rich feldspar and in less extend, sodium-rich feldspar; pyroxene, covering the range from calcium (diopside, hedenbergite and augite) to calcium-sodium (aegerine-augite) and sodium pyroxenes (aegirine) and nephelines. Secondarily, biotites are found, as well as titanian garnet (in the phonolitic nephelinite and in the peralkaline phonolite from Banhadão; amphibole and opaques (in the phonolite from Mato Preto). The geochemistry of trace, major and Rare earth (REE) elements indicates that the peralkaline phonolites are originated from phonolitic nephelinite, occurring more primitive peralkaline phonolites as intermediate terms. The phonolites, trachyphonolites and microsyenites are derived directly from phonolitic nephelinite. These changes are tested through mass-balance calculations from fractional crystallization models based on trace and major elements. The study of spidergrams built on bases of trace elements or REE shows great affinity among all studied rocks, only the anomalies intensity presenting variations. The analysis of variation diagrams and the traces and REE pattern together lead to the conclusion that the rocks can be divided in two main groups, according to the MgO content; rocks enriched in MgO (phonolitic nephelinite, phonolites and more primitive peralkaline phonolite). All the others are poor in MgOand can be subdivided in three compositional groups; rocks enriched in trace elements and REE (Mato Preto); rocks poor in HREE (Barra do Ponta Grossa, Cerro Azul and Sete Quedas) and rocks with intermediate composition (Morro do Chapéu, Barra do Teixeira and the SQ-DR.U dikes). The phonolite l.s. present isotopic ratio 87Sr/86Sr between 0,704834 (phonolitic nephelinite from Sete Quedas) and 0,71051 (SQ-DR.U dike). The Tunas Complex dikes of trachytic composition are taken separately, since they form a chemically different group from the ones defined as phonolitic rocks; for that reason, one attributes different sources to the generation of both groups. The high content of trace elements and REE in the rocks found in Mato Preto define them as good indicators, from the view point of economical potencial.
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Enxame de diques maficos de Uaua-Bahia: caracterização petrológica e geoquímica / Not available.Angela Beatriz de Menezes Leal 13 July 1992 (has links)
Os diques máficos de Uauá, situado no nordeste do Brasil, destacam-se como um dos maiores e mais expressivos exames precambrianos do Craton do São Francisco. Esses diques alojam-se no Complexo Metamórfico Uauá em rochas graníticas-gnaíssicas de idade Arqueana e são representados por duas gerações. A 1ª (2.38 G.a.) subdivide-se em dois conjuntos (DMB e DA1) os quais acham-se direcionados segundo N-S; e a 2ª geração (2.0 G.a.) compreende três conjuntos (DMB1, DMB2 e DA2) direcionados preferencialmente NE-SW e, mais raramente N-S e NW-SE. Os diques tanto da 1ª como da 2ª geração, foram variavelmente metamorfisados durante o ciclo orogenético Transamazônico, variando desde uma leve recristalização (DMB e DMB1) no qual os aspectos mineralógicos e/ou texturais da rocha original estão preservados, até o fácies anfibolito (DA1 e DA2) onde observa-se completa recristalização da rocha. As temperaturas obtidas para a cristalização dos piroxênios e plagioclásios nos leva a admitir que o magma atingiu, no mínimo, temperaturas da ordem de 1200ºC, ao passo que os valores obtidos para os anfibólios indicam que provavelmente a temperatura do metamorfismo foi em torno de 600-650ºC. As composições químicas de rocha total demonstraram que não houve remobilização significante dos elementos maiores, menores e traços entre os conjuntos, excetuando o \'Al IND. 2\'\'O IND. 3\', \'K IND. 2\'O, Ba e Rb para os diques mais transformados (DA1 e DA2) em relação aos DMB1. De modo geral, os dados químicos de elementos maiores, os constituintes minerais e os aspectos petrográficos, principalmente dos DMB1 e DMB2, revelaram que os diferentes conjuntos de diques (1ª e 2ª gerações) são predominantemente básicos (toleítos e subordinadamente transicionais) e de natureza toleítica. Do ponto de vista petroquímico, não se observa variações químicas significativas entre os conjuntos. Geralmente as concentrações dos elementos incompatíveis são baixas, excetuando-se algumas amostras dos DMB1, DMB2, DA1 e DA2 que mostram conteúdos mais elevados de Ba, Rb, Sr e K. Os diagramas de variação química para os elementos maiores, menores e traços, sugerem que a diferenciação ocorreu com o fracionamento de uma assembléia mineral do tipo gabro. O fato dos conjuntos de diques estudados não apresentarem diferenças significativas na concentração dos elementos incompatíveis (Zr, La, Ce, Ti e P) sugere que o processo de geração das rochas foi o de cristalização fracionada, a partir de uma fonte mantélica química e isotopicamente homogênea. Determinações dos isótopos de Sr dos diques máficos de Uauá, existentes na literatura, apresentaram as seguintes valores de razões iniciais \'ANTPOT. 87 Sr\'/\'ANTPOT. 86 Sr\' (Ro): Para os diques da 1ª geração (DMB) = 0.7008 e para os da 2ª geração (DMB1) três conjuntos distintos variando de 0.7007 a 0.7081. Os diques máficos da 1ª geração foram gerados possivelmente a partir de uma fonte mantélica química e isotopicamente empobrecida em elementos LIL e Rb-Sr. Por outro lado, estudos isotópicos mostram que a contaminação crustal assumiu um papel importante nas características petroquímicas de alguns diques da 2ª geração, mas que foi insignificante em outros corpos. / The mafic dykes which occur in the Uauá region, northeastern Brazil, represent one of the hugest and most expressive swarms of Precambrian age crosscutting the São Francisco Craton. These dykes are set in Archaean granitic-gnaissic rocks of the Uauá Metamorphic Complex and are of two generations. The first (2.38 Ga) is divided in two groups (DMB and DA1), with N-S trend; the second (2.00 Ga) is divided in three groups (DMB1, DMB2 and DA2) of NE-SW predominant and N-S and NW-SE secondary directions. Both first and second generation dykes were metamorphosed during the Transamazonic Orogenic Cicle, from a mild recrystallization (DMB and DMB1), such that texture and mineralogical characteristics are still preserved, to the amphibolite facies (DA1 and DA2), when a complete recrystallization occurred. The temperatures obtained for pyroxene and plagioclase crystallization suggest that the magma reached, at least, 1200ºC, whereas the values obtained for amphiboles indicate that probably the metamorphism temperatures were around 600-650ºC. The bulk rock chemical compositions showed that there was no significant remobilization of majores, minores and traces elements between the groups, except in more transformed dykes (DA1 and DA2) for \'Al IND. 2\'\'O IND. 3\', \'K IND. 2\'O, Ba and Rb, in relation to DMB1. Generally speaking, major element chemical data, mineral constituents and petrographic aspects, especially for DM1 and DM2, showed that both dyke groups (first and second generations) are predominantly basic (tholeiites and subordinately transitional) and of tholeiitic nature. From the petrochemical point of view, significant chemical variations between the two groups are not observed. Generally, incompatible elements concentrations are low, except for some DMB1, DMB2, DA1 and DA2 samples which show higher Ba, Rb, Sr and Sr contents. Chemical variation diagrams for major, minor and trace elements indicate that fractionation of a mineral assembly of the gabbro type occurred. The fact that the dyke groups do not show significant differences in incompatible elements concentration (Zr, La, Ce, Ti and P) suggest that the generation process was fractional crystallization from a chemically and isotopically homogeneous mantle source. From Sr isotope determinations an initial \'Sr POT. 87\'/\'Sr POT. 86\' ratio (Ro) of 0.7008 was obtained for the first generation dykes (DMB). For the second generation dykes (DMB1) three groups are distinguished have values in the range 0.7007-0.7081. The dykes from the first generation were possibly generated from a chemically and isotopically depleted mantle source in LIL elements and Rb-Sr. On the other hand, isotopic studies show that crustal contamination played an important role in the petrochemical characteristics of the second generation dykes, but was insignificant in other bodies.
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