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Prevalência de genes de resistência em isolados de e. Coli provenientes de frangos de corte / Prevalence of resistance genes in e. Coli isolated from broiler chickens

Lentz, Silvia Adriana Mayer January 2017 (has links)
A resistência antimicrobiana é um desafio atual à saúde públ ica. Agentes antimicrobianos são indispensáveis no controle de infecções bacterianas, não só em seres humanos, mas também em animais e plantas. A pressão seletiva imposta pela utilização sistemática de um antimicrobiano pode selecionar cepas com algum mecanismo de resistência e estas, disseminarem-se pelo ambiente. Muitas teorias e controvérsias existem a respeito da disseminação da resistência entre animais e humanos, além disso, a prevalência de genes que conferem resistência às cefalosporinas de espectro estendido, carbapenêmicos e col istina, em bactérias zoonóticas comensais é pouco conhecida. Este trabalho avaliou a prevalência dos principais genes de resistência de importância clínica (bla1MP -type, blav1M -type, blaNoM- 1. blaKPc -type, blaGEs -type, blaoXA-48, blarEM, blasHv, blacrx-M e mcr-1) em isolados de E. colí, originados de aves de produção. Foram coletados swab cloacal de frangos, em um abatedouro frigorífico localizado no Rio Grande do Sul. Foram obtidos 343 isolados de E. colí que cresceram em presença de ceftazidima. Entretanto, 57 isolados foram positivos para os genes que conferem resistência às cefalosporinas: 3 blasHv, 18 blacrx-M, 30 blarEM e 6 para blacrx-M e blarEM concomitantemente Destes, 25 isolados foram positivos no teste fenotípico para pesquisa de ESBL. De acordo com o perfil de susceptibilidade aos antibióticos, 56 (98%) isolados foram considerados m ultirresistentes. Quanto à pesquisa do gene mcr-1, 1 O isolados foram positivos (2,9%), sendo todos multirresistentes. Destes, 8 obtiveram valor de CIM para polimixina de 2mgiL, os outros dois isolados obtiveram CIM 0.25mg/L e 1mg/L. A 1 tipagem molecular realizada por PFGE demonstrou que 5 isolados do mesmo lote foram clonalmente re lacionados, enquanto outros 5 não tiveram relação clonal. A tipagem molecular real izada in silico a partir do sequenciamento completo do genoma bacteriano de 4 isolados positivos para o gene mcr-1 revelou a presença de 3 STs: ST38, ST58 e ST2491 . A ST38 é bastante disseminada e associada com infecções em humanos. Diante da emergência da propagação do gene mcr-1 a partir de bactérias comensais de animais, torna-se crucial a implementação de práticas interdisciplinares no controle do uso de antim icrobianos na medicina veterinária, humana e no ambiente, evitando a disseminação da resistência e o esgotamento das opções terapêuticas. Alternativas ao uso indiscriminado dos antibióticos na produção animal j unto a ações que procurem diminuir o potencial reservatório ambiental destes genes, devem ser implementadas. / Antimicrobial resistance is a current public health challenge. Antimicrobial agents are essential in lhe control of bacterial infections, not only in humans, but also in animais and plan ts. The pressure selection imposed by lhe systematic use of an antimicrobial, selects strains that harbor some resistance mechanism. The antibiotic resistance spread among animais and humans is controversial, furthermore, lhe prevalence of genes related to resistance to extended-spectrum cephalosporins, carbapenems and colistin in zoonotic commensal bacteria is no! completely known. This study evaluated lhe prevalence of important clinicai resistance genes (blatMP -type, b/avtM -type, b/aNoM- 1, b/aKPc -type, b/aGEs -type, b/aoXA-48, b/arEM, b/asHv, blacrx-M and mcr-1) in E. co/i isolates originated from poul try production. Cloacal swabs were collected from chickens in a slaughterhouse located in Rio Grande do Sul. A total of 343 E. co/i isolates were grown in the presence of ceftazidime. Genes encoding resistance to carbapenems, were not detected. However, 57 isolates were positive to cephalosporins resistance genes: 3 b/asHv, 18 b/acrx-M, 30 b/arEM and six isolates were co-producers of b/acrx-M and b/arEM. Phenotypic test for confirmation of ESBL, were positive for 25 isolates. According to lhe profile of susceptibility to antibiotics, 56 isolates were considered multiresistant (98%). Regarding the mcr-1 gene investigation, 10 isolates were positive, ali of them multiresistant. The polymixin MIC of 8 isolates was 2 mg/L, lhe other two isolates presented MIC = 0.25mg/L and MIC = 1 mg/L. The molecular typing analysis, performed by PFGE, showed that 5 isolates from lhe same batch were clonally related , while another 5 were not related. Molecular typing performed in silíco from complete sequencing of the bacterial genome of 4 mcr-1 positive isolates revealed the presence of 3 sequences type: ST38, ST58 e ST2491 . With lhe present data in our hands and lhe emergence of mcr-1 gene, detected in commensal bacteria, with animal origins, it is cru cial to implement interdisciplinary practices, to control lhe use of antimicrobials in veterinary medicine, human and the environment, avoiding lhe spread of resistance and depletion of therapeutic options. The indiscriminate use of antibiotics in animal production should be re-consider, as well as actions aiming to reduce lhe potential environmen tal reservoir of resistance genes, in order to prevent global spread.
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Lesão renal aguda associada ao uso de polimixinas em pacientes críticos / Acute kidney injury associated with the use of polymyxins in critically ill patients

Coelho, Filipe Utuari de Andrade 10 August 2018 (has links)
Introdução: A Lesão renal aguda (LRA) é uma síndrome de alta incidência (23,2%) e mortalidade (23,0%), que acomete principalmente pacientes críticos, internados em unidades de terapia intensiva (UTI). A sepse é a principal causa de LRA (40,0%). A infecção por microrganismos multirresistentes exige o uso de agentes antimicrobianos potencialmente nefrotóxicos, como as polimixinas (Pmxs). Dentre elas, destaca-se a Pmx B e a colistina (Pmx E) utilizadas no controle de infecções por bacilos gram negativos (BGN). Objetivos: avaliar a incidência de LRA associada ao uso de Pmxs e identificar os fatores de risco para desenvolvimento de LRA associada ao uso de Pmxs. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, retrospectivo, de abordagem quantitativa. A amostra foi composta por 1009 pacientes internados em UTI, provenientes de um banco de dados universal (BDU) organizado no período de abril a dezembro de 2012. Resultados: Foram incluídos 936 pacientes. A incidência geral de LRA na amostra foi de 43,1%, enquanto que para pacientes que receberam Pmxs foi de 87,0%. O principal fator de risco para LRA geral foi a pré existência de Doença Renal Crônica. Dentre os pacientes com LRA e que fizeram uso de Pmxs, a maioria era do sexo masculino (69,2%); 54,4±15,7 anos, internação do tipo clínica e com o maior tempo de internação em UTI, as características clínicas mais prevalentes foram o estado de choque (81,5%), a hipertensão arterial sistêmica (35,3%), o Diabetes Mellitus (20,0%) e a sepse (23,0%). Esse grupo apresentou maiores índices de gravidade SAPS II e LODS e o choque se confirmou como fator de risco nesse grupo. Conclusões: As Pmxs confirmaram-se como medicamento nefrotóxico em pacientes críticos (87%), tendo o choque como fator de risco. / Introduction: Acute kidney injury (AKI) is a syndrome of high incidence (23.2%) and mortality (23.0%), which affects mainly critically ill patients admitted to intensive care units (ICUs). Sepsis is the main cause of AKI (40.0%). Infection with multiresistant microorganisms requires the use of potentially nephrotoxic antimicrobial agents, such as polymyxins (Pmxs). Among them, Pmx B and colistin (Pmx E) are used to control gram-negative bacilli (GNB) infections. Objectives: to evaluate the incidence of AKI associated with the use of Pmxs and to identify the risk factors for the development of AKI associated with the use of Pmxs. Methods: It´s a cross-sectional, retrospective, quantitative approach The sample consisted of 1009 patients hospitalized in ICUs from a universal database (BDU) organized from April to December 2012. Results: A total of 936 patients were included. The overall incidence of AKI in the sample was 43.1%, whereas for patients receiving Pmxs it was 87.0%. The main risk factor for overall AKI was the pre-existence of Chronic Kidney Disease. Among the patients with AKI who used Pmxs, the majority were male (69.2%); 54.4 ± 15.7 years, hospitalization of the clinical type and with the longer ICU stay. The most prevalent clinical characteristics in the AKI and Pmx groups were shock state (81.5%), systemic arterial hypertension (35.3%), Diabetes Mellitus (20.0%) and sepsis (23.0% ). This group presented highest SAPS II and LODS severity indexes and the shock was confirmed as a risk factor. Conclusions: Pmxs were confirmed as nephrotoxic drugs in critical patients (87%), with shock as a risk factor.
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Caracterização clínica, microbiológica e molecular e tratamento de infecções por enterobactérias resistentes aos carbapenêmicos / Clinical, microbiology and molecular characterization and treatment of infections with carbapenem-resistant Enterobacteriaceae

Carrilho, Cláudia Maria Dantas de Maio 26 March 2015 (has links)
Introdução: Infecções por Enterobactérias resistentes aos carbapenêmicos (ERC), em especial produtoras de Klebsiella pneumoniae carbapenamase tipo KPC hoje são endêmicas em diversas regiões do mundo, seu tratamento é ainda um grande desafio em particular de isolados resistentes à polimixina. Objetivos: Descrever as características clínicas, microbiológicas e moleculares das infecções por ERC. Método: Estudo de coorte prospectiva, realizado no Hospital Universitário de Londrina, Paraná, Brasil, entre março de 2011 a dezembro de 2012. Foram acompanhados pacientes >= 18 anos, que apresentaram infecção por ERC. Dados demográficos e clínicos como idade, sexo, diagnóstico à admissão e presença de co-morbidades de acordo com critérios de Charlson, internação em Unidade de Terapia intensiva e scores APACHE e SOFA desses pacientes, colonização prévia por ERC, cirurgia prévia à infecção, diálise, uso prévio de antimicrobianos e sítio de infecção foram coletados. Foram avaliados os antimicrobianos utilizados para tratamento das infecções por mais de 48 horas nos seguintes pontos: monoterapia ou terapia associada, tempo de início (menor e maior que 12 horas). A identificação do agente foi realizada por método automatizado (Vitek II - bioMerieuxR) e a concentração inibitória mínima dos antibióticos por técnica de microdiluição em caldo, pesquisa de gene blaKPC pela técnica de Polimerase Chain Reaction e sinergismo entre drogas utilizadas em tratamento combinado por meio do método Time Kill. A clonalidade, por Pulsed Field gel eletroforese e analisada por dendograma pelo Bionumerics. Foram realizadas análise bivariada e regressão logística multivariada com técnica de Forward Stepwise para detectar fatores de risco para resistência a polimixina e mortalidade. O nível de significância adotado foi de 5%, utilizando os programas Epi Info 7.0 e SPSS. Resultados: No período de estudo, 127 pacientes apresentaram infecções por ERC, idade média de 55,7 (± 18) anos e 88 (69.3%) do sexo masculino. Infecções de trato respiratório (52-42%) e trato urinário (51 - 40,2%) foram as mais freqüentes, 27 (21,3%) resistentes à polimixina, 113 (89%) das enterobactérias eram K. pneumoniae e 96 (75,6%) tinham gene blaKPC.. Cinquenta e cinco (43,3%) eram polimicrobianas, a maioria (28,3%) co-infecção por Acinetobacter baumannii. A taxa de mortalidade hospitalar foi 61,4%, sendo 34,6% relacionada à infecção e não houve diferença significativa entre os grupos sensíveis (34%) e resistentes à polimixina (37%), p=0.46. Os fatores de risco independentes para óbito foram choque (OR 27.40; IC95% 1.68-446.82; p= 0.02) e diálise (OR 13.26; IC95% 1.17-149.98; p= 0.03); para resistência à polimixina: uso prévio de carbapenem ( OR 2.95; IC95% 1.12-7.78; p= 0.02) e para óbito nessa população: diálise (OR 7,58; IC95% 1,30-43,92; p= 0.02). Terapia combinada, tempo de início de antibiótico sensível e sinergismo in vitro não tiveram impacto significativo na mortalidade. Conclusão: O uso prévio de carbapenêmico foi o único fator associado com a resistência à polimixina nesse estudo. Os fatores associados ao óbito entre os pacientes com infecções por enterobactérias resistentes à polimixina foram fatores de gravidade, como diálise e choque. Nenhuma opção terapêutica, em especial a associação de drogas e nem o tempo de início do tratamento, interferiu na mortalidade deste grupo de pacientes / Introduction: Infections due to Carbapenem resistant Enterobacteriaceae (CRE), particularly Klebsiella pneumoniae producing carbapenemase type KPC, have been endemic in several regions around the world. Their treatment remains a major challenge, particularly for isolates resistant to polymyxin. Objectives: To describe the clinical, microbiological and molecular characteristics of infections by CRE. Methods: Prospective cohort conducted at the University Hospital of Londrina, Paraná, Brazil, from March 2011 to December 2012. All hospitalized patients >= 18 years old who developed infection by CRE were followed until death or discharge. We collected and analyzed the following clinical data: age, sex, diagnosis at admission, presence of comorbidities according to the Charlson criteria, admission in Intensive Care Unit, APACHE and SOFA scores, previous colonization by CRE, previous surgery, dialysis, prior antibiotic use and infection site; furthermore, we also evaluated the time between the blood culture collect and the first antimicrobial dose administration (start time - smaller or longer than 12 hours) as well as whether the treatment was monotherapy or combine therapy for more than 48 hours. The microbiological identification was performed by automated method (Vitek II - bioMerieuxR) and the minimum inhibitory concentration of antibiotics by broth microdilution technique, research blaKPC gene by the technique of Polymerase Chain Reaction and synergism between the drugs used in the combination therapy by Time Kill method. The clonality was carried out by pulsed-field gel electrophoresis and analyzed by dendrogram by BioNumerics. Bivariate analyses and multivariate logistic regression with forward stepwise technique were performed to detect risk factors for resistance to polymyxin and mortality. The level of significance was 5%, using Epi Info 7.0 and SPSS programs. Results: During the study period, 127 patients developed infections by CRE, mean age 55.7 (± 18) years and 88 (69.3%) were male. Respiratory tract infections 52 (42%) and urinary tract 51 (40.2%) were the most frequent. Twenty seven (21.3%) agents were resistant to polymyxin; 113 (89%) were K. pneumoniae and 96 (75.6%) had blaKPC gene. Fifty-five (43.3%) were polymicrobial, the majority (28.3%) co-infection by Acinetobacter baumannii. The hospital mortality rate was 61.4% and 34.6% of the death were related to infection. There was no difference in mortality rate between sensitive (34%) versus resistant (37%)(p = 0.46) to polymyxin. The independent risk factors for death were shock (OR 27.40; 95% CI 1.68-446.82; p = 0.02) and dialysis (OR 13:26; 95% CI 1.17-149.98; p = 0.03); and for resistance to polymyxin were previous use of carbapenem (OR 2.95; 95% CI 1.12-7.78; p = 0.02). The risk factor for death in our study was dialysis (OR 7.58; 95% CI 1.30 to 43.92; p = 0.02). Combine therapy, start time and sensitive and antibiotic synergy in vitro had no significant impact on mortality. Conclusion: In our study, previous carbapenem use was the only factor associated with resistance to polymyxin. Furthermore, dialysis and shock were the only factors associated with death among patients with infections caused by CRE resistant to polymyxin. No therapeutic option, especially the combination of drugs and the start time decreased the higher mortality rates in this group of patients
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Caracterização clínica, microbiológica e molecular e tratamento de infecções por enterobactérias resistentes aos carbapenêmicos / Clinical, microbiology and molecular characterization and treatment of infections with carbapenem-resistant Enterobacteriaceae

Cláudia Maria Dantas de Maio Carrilho 26 March 2015 (has links)
Introdução: Infecções por Enterobactérias resistentes aos carbapenêmicos (ERC), em especial produtoras de Klebsiella pneumoniae carbapenamase tipo KPC hoje são endêmicas em diversas regiões do mundo, seu tratamento é ainda um grande desafio em particular de isolados resistentes à polimixina. Objetivos: Descrever as características clínicas, microbiológicas e moleculares das infecções por ERC. Método: Estudo de coorte prospectiva, realizado no Hospital Universitário de Londrina, Paraná, Brasil, entre março de 2011 a dezembro de 2012. Foram acompanhados pacientes >= 18 anos, que apresentaram infecção por ERC. Dados demográficos e clínicos como idade, sexo, diagnóstico à admissão e presença de co-morbidades de acordo com critérios de Charlson, internação em Unidade de Terapia intensiva e scores APACHE e SOFA desses pacientes, colonização prévia por ERC, cirurgia prévia à infecção, diálise, uso prévio de antimicrobianos e sítio de infecção foram coletados. Foram avaliados os antimicrobianos utilizados para tratamento das infecções por mais de 48 horas nos seguintes pontos: monoterapia ou terapia associada, tempo de início (menor e maior que 12 horas). A identificação do agente foi realizada por método automatizado (Vitek II - bioMerieuxR) e a concentração inibitória mínima dos antibióticos por técnica de microdiluição em caldo, pesquisa de gene blaKPC pela técnica de Polimerase Chain Reaction e sinergismo entre drogas utilizadas em tratamento combinado por meio do método Time Kill. A clonalidade, por Pulsed Field gel eletroforese e analisada por dendograma pelo Bionumerics. Foram realizadas análise bivariada e regressão logística multivariada com técnica de Forward Stepwise para detectar fatores de risco para resistência a polimixina e mortalidade. O nível de significância adotado foi de 5%, utilizando os programas Epi Info 7.0 e SPSS. Resultados: No período de estudo, 127 pacientes apresentaram infecções por ERC, idade média de 55,7 (± 18) anos e 88 (69.3%) do sexo masculino. Infecções de trato respiratório (52-42%) e trato urinário (51 - 40,2%) foram as mais freqüentes, 27 (21,3%) resistentes à polimixina, 113 (89%) das enterobactérias eram K. pneumoniae e 96 (75,6%) tinham gene blaKPC.. Cinquenta e cinco (43,3%) eram polimicrobianas, a maioria (28,3%) co-infecção por Acinetobacter baumannii. A taxa de mortalidade hospitalar foi 61,4%, sendo 34,6% relacionada à infecção e não houve diferença significativa entre os grupos sensíveis (34%) e resistentes à polimixina (37%), p=0.46. Os fatores de risco independentes para óbito foram choque (OR 27.40; IC95% 1.68-446.82; p= 0.02) e diálise (OR 13.26; IC95% 1.17-149.98; p= 0.03); para resistência à polimixina: uso prévio de carbapenem ( OR 2.95; IC95% 1.12-7.78; p= 0.02) e para óbito nessa população: diálise (OR 7,58; IC95% 1,30-43,92; p= 0.02). Terapia combinada, tempo de início de antibiótico sensível e sinergismo in vitro não tiveram impacto significativo na mortalidade. Conclusão: O uso prévio de carbapenêmico foi o único fator associado com a resistência à polimixina nesse estudo. Os fatores associados ao óbito entre os pacientes com infecções por enterobactérias resistentes à polimixina foram fatores de gravidade, como diálise e choque. Nenhuma opção terapêutica, em especial a associação de drogas e nem o tempo de início do tratamento, interferiu na mortalidade deste grupo de pacientes / Introduction: Infections due to Carbapenem resistant Enterobacteriaceae (CRE), particularly Klebsiella pneumoniae producing carbapenemase type KPC, have been endemic in several regions around the world. Their treatment remains a major challenge, particularly for isolates resistant to polymyxin. Objectives: To describe the clinical, microbiological and molecular characteristics of infections by CRE. Methods: Prospective cohort conducted at the University Hospital of Londrina, Paraná, Brazil, from March 2011 to December 2012. All hospitalized patients >= 18 years old who developed infection by CRE were followed until death or discharge. We collected and analyzed the following clinical data: age, sex, diagnosis at admission, presence of comorbidities according to the Charlson criteria, admission in Intensive Care Unit, APACHE and SOFA scores, previous colonization by CRE, previous surgery, dialysis, prior antibiotic use and infection site; furthermore, we also evaluated the time between the blood culture collect and the first antimicrobial dose administration (start time - smaller or longer than 12 hours) as well as whether the treatment was monotherapy or combine therapy for more than 48 hours. The microbiological identification was performed by automated method (Vitek II - bioMerieuxR) and the minimum inhibitory concentration of antibiotics by broth microdilution technique, research blaKPC gene by the technique of Polymerase Chain Reaction and synergism between the drugs used in the combination therapy by Time Kill method. The clonality was carried out by pulsed-field gel electrophoresis and analyzed by dendrogram by BioNumerics. Bivariate analyses and multivariate logistic regression with forward stepwise technique were performed to detect risk factors for resistance to polymyxin and mortality. The level of significance was 5%, using Epi Info 7.0 and SPSS programs. Results: During the study period, 127 patients developed infections by CRE, mean age 55.7 (± 18) years and 88 (69.3%) were male. Respiratory tract infections 52 (42%) and urinary tract 51 (40.2%) were the most frequent. Twenty seven (21.3%) agents were resistant to polymyxin; 113 (89%) were K. pneumoniae and 96 (75.6%) had blaKPC gene. Fifty-five (43.3%) were polymicrobial, the majority (28.3%) co-infection by Acinetobacter baumannii. The hospital mortality rate was 61.4% and 34.6% of the death were related to infection. There was no difference in mortality rate between sensitive (34%) versus resistant (37%)(p = 0.46) to polymyxin. The independent risk factors for death were shock (OR 27.40; 95% CI 1.68-446.82; p = 0.02) and dialysis (OR 13:26; 95% CI 1.17-149.98; p = 0.03); and for resistance to polymyxin were previous use of carbapenem (OR 2.95; 95% CI 1.12-7.78; p = 0.02). The risk factor for death in our study was dialysis (OR 7.58; 95% CI 1.30 to 43.92; p = 0.02). Combine therapy, start time and sensitive and antibiotic synergy in vitro had no significant impact on mortality. Conclusion: In our study, previous carbapenem use was the only factor associated with resistance to polymyxin. Furthermore, dialysis and shock were the only factors associated with death among patients with infections caused by CRE resistant to polymyxin. No therapeutic option, especially the combination of drugs and the start time decreased the higher mortality rates in this group of patients
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Nefrotoxicidade de polimixinas : fatores de risco e comparação entre polimixina B e colistina

Rigatto, Maria Helena da Silva Pitombeira January 2015 (has links)
Base teórica: As polimixinas, polimixina B e polimixina E (também denominada colistina), são antibióticos usados como opção de última linha no tratamento de infecções por bacilos Gram negativos multirresistentes. Apesar de serem drogas antigas, suas propriedades nefrotóxicas ainda são pobremente entendidas. Toxicidade direta aos túbulos renais proximais levando à necrose tubular e dano oxidativo estão envolvidos no mecanismo fisiopatológico da nefrotoxicidade por esta classe de drogas. Uso de maior dose total foi implicada em maior nefrotoxicidade, no entanto a relação entre dose recebida e peso do paciente, controlado para outras variáveis confundidoras ainda precisa ser clarificada. Além disso, diferenças farmacocinéticas entre polimixina B e a colistina impedem o extrapolamento de dados entre estas drogas, sendo importante a avaliação de desfecho clínico e nefrotoxicidade de cada uma e a comparação entre elas. Objetivo: Avaliar comparativamente a nefrotoxicidade (através de critério de RIFLE) e mortalidade em 30 dias em pacientes tratados com polimixina B e colistina. Métodos: Estudo de coorte prospectivo, multicêntrico com coleta consecutiva de dados. Critérios de inclusão: pacientes ≥ 18 anos em uso de polimixina B ou colistina. Critérios de exclusão: uso de polimixina B por período ≤48 horas, segundo uso de polimixina B, diálise no início do tratamento ou DCE ≤ 10ml/min nos pacientes avaliados para nefrotoxicidade. Fatores potencialmente relacionados à nefrotoxicidade ou a mortalidade em 30 dias como: variáveis demográficas (idade, sexo), variáveis individuais (peso, comorbidades, escore de Charlson), fatores de gravidade (escore APACHE, internação em UTI, ventilação mecânica, uso de vasopressor), fatores relacionados à nefrotoxicidade (outras drogas nefrotóxicas e uso de contraste endovenoso), dose de polimixina utilizada (total, média diária e em mg/kg/dia), associação de drogas e características da infecção ( sítio e isolado microbiológico) foram avaliadas em análise bivariada. Variáveis com P≤0.2 foram incluídas uma a uma, em ordem crescente, em modelo de regressão de COX. Variáveis com P< 0.1 permaneceram no modelo final. Resultados: Quatrocentos e dez pacientes foram incluídos na coorte de polimixina B. Nefrotoxicidade ocorreu em 189 (46.1%) pacientes. Dose de polimixina B ≥150mg/dia foi fator de risco independente para nefrotoxicidade: adjusted Hazard Ratio (HR) 1.95, IC 95% 1.31-2.89, P=0,01. Peso e idade também foram associados de forma independente com nefrotoxicidade. A probabilidade de desenvolver nefrotoxicidade aumentou significativamente com doses entre 150-199mg/dia, independente do peso do pacientes, sem aumento significativo com doses maiores. Nefrotoxidade foi relacionada à maior mortalidade em 30 dias, embora não tenha atingido significância estatística (aHR 1,35, IC 95% 0,99-1,85, P=0,06), enquanto dose ≥150mg/dia não aumentou o risco de mortalidade apesar de sua associação com nefrotoxicidade. Na avaliação de mortalidade foram avaliados apenas pacientes internados em UTI e com infecção microbiologicamente confirmada. Cento e nove pacientes foram incluídos: 47 (43.1%) tratados com polimixina B combinada com outro antibiótico e 62 (56.8%) com polimixina B em monoterapia. A mortalidade geral em 30 dias foi 56.9% (62 pacientes): 32,3% (20 de 47) e 67,7% (42 de 62), P=0,02, nos grupos de terapia combinada e monoterapia, respectivamente. Terapia combinada foi associada de forma independente à menor mortalidade em 30 dias (HR, 0,38; IC 95% 0,21-0,68; P=0,001). Maior escore APACHE foi fator de risco independente para mortalidade em 30 dias. Oitenta e um pacientes foram incluídos na coorte de colistina e foram pareados com 162 pacientes do grupo de polymyxin B, de acordo com a DCE (±25ml/min). A incidência falência renal foi de 23,5%: 38.3% no grupo da colistina e 16.1% no grupo da polimixina B, P<0,001 e ocorreu independente da DCE de base. Na análise multivariada, terapia com colistina foi fator de risco independente para falência renal (HR, 2,96, IC95%, 1,68- 5,22, P<0,001), assim como internação em UTI, maior peso e idade . Pacientes que desenvolveram falência renal morreram mais (50,9%, 29/57) do que os que não a desenvolveram (29.0%, 54/186), P=0,004; mas a mortalidade em 30 dias não diferiu entre os grupos: 30.9% e 35.8%, P=0,53, nos pacientes em uso de colistina e polimixina B, respectivamente. Conclusão: A dose média diária de polimixina B é diretamente relacionada ao risco de nefrotoxicidade, independente do peso do paciente. Mortalidade em 30 dias tendeu a ser maior em quem desenvolveu nefrotoxicidade. O uso de terapia combinada com polimixina B mostrou ser protetor para mortalidade em 30 dias. Colistina mostrou estar associada ao maior desenvolvimento de falência renal quando comparada à polimixina B. / Background: Polymyxins, polymyxin B and polymyxin E (also called colistin), are last line resort therapies to treat multi-resistant Gram negative bacteria. Despite the fact that they are old antibiotics, their nephrotoxicity properties are still poorly understood. Direct proximal renal tubular toxicity leading to tubular necrosis and oxidative damage are involved in the physiopathologic mechanism of injury by these drugs. Higher doses were implicated in nephrotoxicity, however the relation between dose and weight, controlled for confounding variables, still need to be clarified. Moreover, pharmacokinetic diferences between polymyxin B and colistin avoid direct extrapolation of data between these drugs. It is then important to evaluate clinical outcomes and nephrotoxicity of each of these drugs and to compare its results. Objective: To compare nephrotoxicity (using RIFLE score) and 30-day mortality in patients treated with colistin and polymyxin B. Methods: We performed a multicenter prospective cohort study with consecutive data collection. Inclusion criteria: patients ≥ 18 years old receiving polymyxin B or colistin. Exclusion criteria: polymyxin use for ≤48 hours, having received polymyxin before, dyalisis or GFR≤ 10ml/min in the beginning of therapy in patients evaluated for nephrotoxicity. Factors potentially related to nephrotoxicity or 30-day mortality such as: demographic data (age, gender), individual characteristics (weight, comorbidities, Charlson score), disease severity factors (APACHE score, ICU admission, mechanical ventilation, use of vasoactive drugs, nephrotoxicity related factors ( other nephrotoxic drugs and use of nephrotoxic contrast), polymyxin dose (total dose, average daily dose, mg/kg/day dose), combined therapy and infection characteristics (site of infection, microbiologic isolates) were evaluated in bivariate analysis. Variables with P≤0.2 were included one by one, in a COX regression model. Variables with P< 0.1 remained in the final model. Results: Four-hundred and ten patients were included. AKI occurred in 189 (46.1%) patients. Polymyxin B dose ≥150mg/day was a risk factor for AKI: adjusted Hazard Ratio (HR) 1.95, 95% CI 1.31-2.89, P=0.01. Higher weight and age were also independently associated with AKI. The probability of developing AKI significantly increases with doses between 150-199mg/day, regardless the patients’ weight, with no significant increase with higher doses. AKI was barely associated with increased risk for 30-day mortality (adjusted HR 1.35, 95% CI 0.99-1.85, P=0.06), while ≥150mg/day did not increase this risk despite its association with AKI. On mortality evaluation, a total of 109 patients were included: 47 (43.1%) treated with polymyxin B in combination and 62 (56.8%) with polymyxin B in monotherapy. The overall 30-day mortality was 56.9% (62 patients): 32.3% (20 of 47) and 67.7% (42 of 62), p=0.02, in combination and monotherapy groups, respectively. Combination therapy was independently associated with lower 30-day mortality (Hazard Ratio, 0.38; 95%CI 0.21-0.68; p=0.001), along with a higher APACHE score. Eighty one patients in colistin group were matched to 162 in polymyxin B group, according to baseline creatinine clearance (±25ml/min). . The incidence of renal failure was 23.5%: 38.3% in CMS and 16.1% in polymyxin B group, P<0.001, regardless the baseline creatinine clearance of patients. In multivariate analysis, CMS therapy was an independent risk factor for renal failure (Hazard Ration, 2.96, 95%Confidence Interval, 1.68-5.22, P<0.001), along with intensive care unit admission, higher weight and older age. Patients who developed renal failure presented higher 30-mortality rates (50.9%, 29/57 patients) than those who did not present renal failure (29.0%, 54/186), P=0.004; but CMS (30.9%) and polymyxin B (35.8%) treated patients had similar 30-day mortality, P=0.53. Conclusion: Median daily dose of polymyxin B therapy was directly related to the risk of developing nephrotoxicity, regardless of patient’s weight. 30-day mortality was higher in patients who developed nephrotoxicity. Combined therapy with polymyxin B was protective to 30-day mortality. Colistin use was related to higher rates of renal failure when compared to polymyxin B.
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Avaliação de monoterapias e associações de antimicrobianos para tratatamento de infecção potencialmente letal por Klebsiella pneumoniae produtora de carbapenemase em modelo experimental

Toledo, Paula Virginia Michelon January 2017 (has links)
Orientador: Dr. Felipe Francisco Bondan Tuon / Coorientador: Dr. Ayrton Alves Aranha Junior / Tese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Medicina Interna. Defesa : Curitiba, 23/08/2017 / Inclui referências : f. 40-46 / Resumo: O tratamento mais eficaz para infecções por enterobactérias produtoras de carbapenemases ainda não está estabelecido. O objetivo do estudo foi avaliar a eficácia de monoterapias e associações de antimicrobianos para o tratamento de Klebsiella pneumoniae produtora de Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC-­ KP) sensível a polimixina e tigeciclina e com CIM acima de 32mg/L para meropenem em um modelo experimental. A validação do inóculo bacteriano foi realizada previamente com uma cepa de Klebsiella pneumoniae produtora de betalactamase de espectro estendido (ESBL) em ratos adultos tratados com meropenem, definindo-­ se 1.0x1010UFC/ml como dose para infecção potencialmente letal. Os ratos inoculados com 1.0x1010UFC/ml de KPC-­KPC via intraperitoneal foram tratados com meropenem (MER), polimixina (PMB) e tigeciclina (TIG) e diferentes associações destes antimicrobianos. O tempo de sobrevida, os resultados de hemoculturas e de culturas quantitativas de líquido peritoneal foram avaliados em animais tratados e nos controles. Um estudo in vitro de curvas de morte bacteriana com a mesma cepa de KPC-­KP foi realizado. Variáveis contínuas foram analisadas com teste de Mann-­ Whitney e teste de Kruskal-­Wallis foi usado para analisar as curvas de sobrevida. Os ratos inoculados com cepas produtoras de ESBL e de KPC apresentaram 80% de mortalidade quando mantidos sem antibioticoterapia. Terapia com MER em ratos infectados com cepa produtora de ESBL promoveu 60% de sobrevida (p=0.042) e redução da contagem de colônias abaixo de 5.0x104 unidades formadoras de colônias por mililitro (UFC/mL) em 80% (p=0.001), porém não houve diferença na positividade das hemoculturas entre os grupos. Nos animais inoculados com cepa produtora de KPC, o uso de MER, TIG e PMB em monoterapia promoveram respectivamente sobrevidas de 40%, 40% e 70% (p=0.04 PMB versus controle). As combinações contendo PMB promoveram 100% de sobrevida (p<0.001) e a associação de PMB e TIG foi sinérgica in vitro. Associação de MER e TIG promoveu menor sobrevida (70%) e teve efeito antagônico in vitro. Tratamento com PMB tanto em monoterapia como em associações reduziu a contagem de colônias abaixo de 5.0x104 UFC/mL (p<0.001) e a associação de PMB e TIG esterilizou 70% das hemoculturas. Conclui-­se que combinações de antimicrobianos incluindo PMB foram superiores para promover sobrevida e esterilização de culturas e foram sinérgicas in vitro. Terapia tripla não foi superior a combinação de PMB com TIG in vivo. Palavras chave: carbapenemase, KPC, associação de antimicrobianos, modelo experimental, tigeciclina, polimixina, meropenem / Abstract: The most effective treatment for carbapenemase-­producing enterobacterial infections has not yet been established. The aim of the study was to evaluate the efficacy of monotherapy and antimicrobial combinations for the treatment of Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC-­KP) susceptible to polymyxin and tigecycline and presenting MIC of 32 mg/L for meropenem in an experimental model. Validation of the bacterial inoculum was previously performed with an extended spectrum beta-­ lactamase-­producing Klebsiella pneumoniae strain (ESBL) in adult rats treated with meropenem, with 1.0x1010 UFC / ml being defined as a dose for potentially lethal infection. Mice inoculated with 1.0x1010 UFC / ml of KPC-­KP intraperitoneally were treated with meropenem (MER), polymyxin (PMB) and tigecycline (TIG) and different combinations of these antimicrobials. Survival time, blood cultures and quantitative cultures of peritoneal fluid were evaluated in treated animals and controls. An in vitro study of time-­to-­kill curves with the same strain of KPC-­producing Klebsiella pneumoniae was performed. Continuous variables were analyzed using the Mann-­ Whitney test and Kruskal-­Wallis test was used to analyze the survival curves. Mice inoculated with ESBL and KPC-­KP strains showed 80% mortality when kept without antibiotic therapy. MER therapy in mice infected with ESBL-­producing strain promoted a 60% survival (p=0.042) and a reduction in colony counts below 5.0x104 colony forming units per milliliter (CFU/mL) by 80% (p=0.001), but there was no difference in the positivity of blood cultures between groups. In the animals inoculated with KPC-­producing strain, the use of MER, TIG and PMB in monotherapy promoted respectively 40%, 40% and 70% survivals (p=0.04 PMB vs control). Combinations containing PMB promoted 100% survival (p<0.001) and the association of PMB and TIG was synergistic in vitro. Association of MER and TIG promoted lower survival (70%) and had an antagonistic effect in vitro. Treatment with PMB both in monotherapy and in combinations reduced colony counts below 5.0x104 CFU/mL (p<0.001) and the association of PMB and TIG sterilized 70% of blood cultures. It is concluded that combinations of antimicrobials including PMBs were superior to promote survival and sterilization of cultures and were synergistic in vitro. Triple therapy was not superior than the combination of PMB with TIG in vivo. Key words: carbapenemase, KPC, antimicrobial combinations, experimental model, tigecyclyne, polymyxin, meropenem,
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Nefrotoxicidade de polimixinas : fatores de risco e comparação entre polimixina B e colistina

Rigatto, Maria Helena da Silva Pitombeira January 2015 (has links)
Base teórica: As polimixinas, polimixina B e polimixina E (também denominada colistina), são antibióticos usados como opção de última linha no tratamento de infecções por bacilos Gram negativos multirresistentes. Apesar de serem drogas antigas, suas propriedades nefrotóxicas ainda são pobremente entendidas. Toxicidade direta aos túbulos renais proximais levando à necrose tubular e dano oxidativo estão envolvidos no mecanismo fisiopatológico da nefrotoxicidade por esta classe de drogas. Uso de maior dose total foi implicada em maior nefrotoxicidade, no entanto a relação entre dose recebida e peso do paciente, controlado para outras variáveis confundidoras ainda precisa ser clarificada. Além disso, diferenças farmacocinéticas entre polimixina B e a colistina impedem o extrapolamento de dados entre estas drogas, sendo importante a avaliação de desfecho clínico e nefrotoxicidade de cada uma e a comparação entre elas. Objetivo: Avaliar comparativamente a nefrotoxicidade (através de critério de RIFLE) e mortalidade em 30 dias em pacientes tratados com polimixina B e colistina. Métodos: Estudo de coorte prospectivo, multicêntrico com coleta consecutiva de dados. Critérios de inclusão: pacientes ≥ 18 anos em uso de polimixina B ou colistina. Critérios de exclusão: uso de polimixina B por período ≤48 horas, segundo uso de polimixina B, diálise no início do tratamento ou DCE ≤ 10ml/min nos pacientes avaliados para nefrotoxicidade. Fatores potencialmente relacionados à nefrotoxicidade ou a mortalidade em 30 dias como: variáveis demográficas (idade, sexo), variáveis individuais (peso, comorbidades, escore de Charlson), fatores de gravidade (escore APACHE, internação em UTI, ventilação mecânica, uso de vasopressor), fatores relacionados à nefrotoxicidade (outras drogas nefrotóxicas e uso de contraste endovenoso), dose de polimixina utilizada (total, média diária e em mg/kg/dia), associação de drogas e características da infecção ( sítio e isolado microbiológico) foram avaliadas em análise bivariada. Variáveis com P≤0.2 foram incluídas uma a uma, em ordem crescente, em modelo de regressão de COX. Variáveis com P< 0.1 permaneceram no modelo final. Resultados: Quatrocentos e dez pacientes foram incluídos na coorte de polimixina B. Nefrotoxicidade ocorreu em 189 (46.1%) pacientes. Dose de polimixina B ≥150mg/dia foi fator de risco independente para nefrotoxicidade: adjusted Hazard Ratio (HR) 1.95, IC 95% 1.31-2.89, P=0,01. Peso e idade também foram associados de forma independente com nefrotoxicidade. A probabilidade de desenvolver nefrotoxicidade aumentou significativamente com doses entre 150-199mg/dia, independente do peso do pacientes, sem aumento significativo com doses maiores. Nefrotoxidade foi relacionada à maior mortalidade em 30 dias, embora não tenha atingido significância estatística (aHR 1,35, IC 95% 0,99-1,85, P=0,06), enquanto dose ≥150mg/dia não aumentou o risco de mortalidade apesar de sua associação com nefrotoxicidade. Na avaliação de mortalidade foram avaliados apenas pacientes internados em UTI e com infecção microbiologicamente confirmada. Cento e nove pacientes foram incluídos: 47 (43.1%) tratados com polimixina B combinada com outro antibiótico e 62 (56.8%) com polimixina B em monoterapia. A mortalidade geral em 30 dias foi 56.9% (62 pacientes): 32,3% (20 de 47) e 67,7% (42 de 62), P=0,02, nos grupos de terapia combinada e monoterapia, respectivamente. Terapia combinada foi associada de forma independente à menor mortalidade em 30 dias (HR, 0,38; IC 95% 0,21-0,68; P=0,001). Maior escore APACHE foi fator de risco independente para mortalidade em 30 dias. Oitenta e um pacientes foram incluídos na coorte de colistina e foram pareados com 162 pacientes do grupo de polymyxin B, de acordo com a DCE (±25ml/min). A incidência falência renal foi de 23,5%: 38.3% no grupo da colistina e 16.1% no grupo da polimixina B, P<0,001 e ocorreu independente da DCE de base. Na análise multivariada, terapia com colistina foi fator de risco independente para falência renal (HR, 2,96, IC95%, 1,68- 5,22, P<0,001), assim como internação em UTI, maior peso e idade . Pacientes que desenvolveram falência renal morreram mais (50,9%, 29/57) do que os que não a desenvolveram (29.0%, 54/186), P=0,004; mas a mortalidade em 30 dias não diferiu entre os grupos: 30.9% e 35.8%, P=0,53, nos pacientes em uso de colistina e polimixina B, respectivamente. Conclusão: A dose média diária de polimixina B é diretamente relacionada ao risco de nefrotoxicidade, independente do peso do paciente. Mortalidade em 30 dias tendeu a ser maior em quem desenvolveu nefrotoxicidade. O uso de terapia combinada com polimixina B mostrou ser protetor para mortalidade em 30 dias. Colistina mostrou estar associada ao maior desenvolvimento de falência renal quando comparada à polimixina B. / Background: Polymyxins, polymyxin B and polymyxin E (also called colistin), are last line resort therapies to treat multi-resistant Gram negative bacteria. Despite the fact that they are old antibiotics, their nephrotoxicity properties are still poorly understood. Direct proximal renal tubular toxicity leading to tubular necrosis and oxidative damage are involved in the physiopathologic mechanism of injury by these drugs. Higher doses were implicated in nephrotoxicity, however the relation between dose and weight, controlled for confounding variables, still need to be clarified. Moreover, pharmacokinetic diferences between polymyxin B and colistin avoid direct extrapolation of data between these drugs. It is then important to evaluate clinical outcomes and nephrotoxicity of each of these drugs and to compare its results. Objective: To compare nephrotoxicity (using RIFLE score) and 30-day mortality in patients treated with colistin and polymyxin B. Methods: We performed a multicenter prospective cohort study with consecutive data collection. Inclusion criteria: patients ≥ 18 years old receiving polymyxin B or colistin. Exclusion criteria: polymyxin use for ≤48 hours, having received polymyxin before, dyalisis or GFR≤ 10ml/min in the beginning of therapy in patients evaluated for nephrotoxicity. Factors potentially related to nephrotoxicity or 30-day mortality such as: demographic data (age, gender), individual characteristics (weight, comorbidities, Charlson score), disease severity factors (APACHE score, ICU admission, mechanical ventilation, use of vasoactive drugs, nephrotoxicity related factors ( other nephrotoxic drugs and use of nephrotoxic contrast), polymyxin dose (total dose, average daily dose, mg/kg/day dose), combined therapy and infection characteristics (site of infection, microbiologic isolates) were evaluated in bivariate analysis. Variables with P≤0.2 were included one by one, in a COX regression model. Variables with P< 0.1 remained in the final model. Results: Four-hundred and ten patients were included. AKI occurred in 189 (46.1%) patients. Polymyxin B dose ≥150mg/day was a risk factor for AKI: adjusted Hazard Ratio (HR) 1.95, 95% CI 1.31-2.89, P=0.01. Higher weight and age were also independently associated with AKI. The probability of developing AKI significantly increases with doses between 150-199mg/day, regardless the patients’ weight, with no significant increase with higher doses. AKI was barely associated with increased risk for 30-day mortality (adjusted HR 1.35, 95% CI 0.99-1.85, P=0.06), while ≥150mg/day did not increase this risk despite its association with AKI. On mortality evaluation, a total of 109 patients were included: 47 (43.1%) treated with polymyxin B in combination and 62 (56.8%) with polymyxin B in monotherapy. The overall 30-day mortality was 56.9% (62 patients): 32.3% (20 of 47) and 67.7% (42 of 62), p=0.02, in combination and monotherapy groups, respectively. Combination therapy was independently associated with lower 30-day mortality (Hazard Ratio, 0.38; 95%CI 0.21-0.68; p=0.001), along with a higher APACHE score. Eighty one patients in colistin group were matched to 162 in polymyxin B group, according to baseline creatinine clearance (±25ml/min). . The incidence of renal failure was 23.5%: 38.3% in CMS and 16.1% in polymyxin B group, P<0.001, regardless the baseline creatinine clearance of patients. In multivariate analysis, CMS therapy was an independent risk factor for renal failure (Hazard Ration, 2.96, 95%Confidence Interval, 1.68-5.22, P<0.001), along with intensive care unit admission, higher weight and older age. Patients who developed renal failure presented higher 30-mortality rates (50.9%, 29/57 patients) than those who did not present renal failure (29.0%, 54/186), P=0.004; but CMS (30.9%) and polymyxin B (35.8%) treated patients had similar 30-day mortality, P=0.53. Conclusion: Median daily dose of polymyxin B therapy was directly related to the risk of developing nephrotoxicity, regardless of patient’s weight. 30-day mortality was higher in patients who developed nephrotoxicity. Combined therapy with polymyxin B was protective to 30-day mortality. Colistin use was related to higher rates of renal failure when compared to polymyxin B.
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Nefrotoxicidade de polimixinas : fatores de risco e comparação entre polimixina B e colistina

Rigatto, Maria Helena da Silva Pitombeira January 2015 (has links)
Base teórica: As polimixinas, polimixina B e polimixina E (também denominada colistina), são antibióticos usados como opção de última linha no tratamento de infecções por bacilos Gram negativos multirresistentes. Apesar de serem drogas antigas, suas propriedades nefrotóxicas ainda são pobremente entendidas. Toxicidade direta aos túbulos renais proximais levando à necrose tubular e dano oxidativo estão envolvidos no mecanismo fisiopatológico da nefrotoxicidade por esta classe de drogas. Uso de maior dose total foi implicada em maior nefrotoxicidade, no entanto a relação entre dose recebida e peso do paciente, controlado para outras variáveis confundidoras ainda precisa ser clarificada. Além disso, diferenças farmacocinéticas entre polimixina B e a colistina impedem o extrapolamento de dados entre estas drogas, sendo importante a avaliação de desfecho clínico e nefrotoxicidade de cada uma e a comparação entre elas. Objetivo: Avaliar comparativamente a nefrotoxicidade (através de critério de RIFLE) e mortalidade em 30 dias em pacientes tratados com polimixina B e colistina. Métodos: Estudo de coorte prospectivo, multicêntrico com coleta consecutiva de dados. Critérios de inclusão: pacientes ≥ 18 anos em uso de polimixina B ou colistina. Critérios de exclusão: uso de polimixina B por período ≤48 horas, segundo uso de polimixina B, diálise no início do tratamento ou DCE ≤ 10ml/min nos pacientes avaliados para nefrotoxicidade. Fatores potencialmente relacionados à nefrotoxicidade ou a mortalidade em 30 dias como: variáveis demográficas (idade, sexo), variáveis individuais (peso, comorbidades, escore de Charlson), fatores de gravidade (escore APACHE, internação em UTI, ventilação mecânica, uso de vasopressor), fatores relacionados à nefrotoxicidade (outras drogas nefrotóxicas e uso de contraste endovenoso), dose de polimixina utilizada (total, média diária e em mg/kg/dia), associação de drogas e características da infecção ( sítio e isolado microbiológico) foram avaliadas em análise bivariada. Variáveis com P≤0.2 foram incluídas uma a uma, em ordem crescente, em modelo de regressão de COX. Variáveis com P< 0.1 permaneceram no modelo final. Resultados: Quatrocentos e dez pacientes foram incluídos na coorte de polimixina B. Nefrotoxicidade ocorreu em 189 (46.1%) pacientes. Dose de polimixina B ≥150mg/dia foi fator de risco independente para nefrotoxicidade: adjusted Hazard Ratio (HR) 1.95, IC 95% 1.31-2.89, P=0,01. Peso e idade também foram associados de forma independente com nefrotoxicidade. A probabilidade de desenvolver nefrotoxicidade aumentou significativamente com doses entre 150-199mg/dia, independente do peso do pacientes, sem aumento significativo com doses maiores. Nefrotoxidade foi relacionada à maior mortalidade em 30 dias, embora não tenha atingido significância estatística (aHR 1,35, IC 95% 0,99-1,85, P=0,06), enquanto dose ≥150mg/dia não aumentou o risco de mortalidade apesar de sua associação com nefrotoxicidade. Na avaliação de mortalidade foram avaliados apenas pacientes internados em UTI e com infecção microbiologicamente confirmada. Cento e nove pacientes foram incluídos: 47 (43.1%) tratados com polimixina B combinada com outro antibiótico e 62 (56.8%) com polimixina B em monoterapia. A mortalidade geral em 30 dias foi 56.9% (62 pacientes): 32,3% (20 de 47) e 67,7% (42 de 62), P=0,02, nos grupos de terapia combinada e monoterapia, respectivamente. Terapia combinada foi associada de forma independente à menor mortalidade em 30 dias (HR, 0,38; IC 95% 0,21-0,68; P=0,001). Maior escore APACHE foi fator de risco independente para mortalidade em 30 dias. Oitenta e um pacientes foram incluídos na coorte de colistina e foram pareados com 162 pacientes do grupo de polymyxin B, de acordo com a DCE (±25ml/min). A incidência falência renal foi de 23,5%: 38.3% no grupo da colistina e 16.1% no grupo da polimixina B, P<0,001 e ocorreu independente da DCE de base. Na análise multivariada, terapia com colistina foi fator de risco independente para falência renal (HR, 2,96, IC95%, 1,68- 5,22, P<0,001), assim como internação em UTI, maior peso e idade . Pacientes que desenvolveram falência renal morreram mais (50,9%, 29/57) do que os que não a desenvolveram (29.0%, 54/186), P=0,004; mas a mortalidade em 30 dias não diferiu entre os grupos: 30.9% e 35.8%, P=0,53, nos pacientes em uso de colistina e polimixina B, respectivamente. Conclusão: A dose média diária de polimixina B é diretamente relacionada ao risco de nefrotoxicidade, independente do peso do paciente. Mortalidade em 30 dias tendeu a ser maior em quem desenvolveu nefrotoxicidade. O uso de terapia combinada com polimixina B mostrou ser protetor para mortalidade em 30 dias. Colistina mostrou estar associada ao maior desenvolvimento de falência renal quando comparada à polimixina B. / Background: Polymyxins, polymyxin B and polymyxin E (also called colistin), are last line resort therapies to treat multi-resistant Gram negative bacteria. Despite the fact that they are old antibiotics, their nephrotoxicity properties are still poorly understood. Direct proximal renal tubular toxicity leading to tubular necrosis and oxidative damage are involved in the physiopathologic mechanism of injury by these drugs. Higher doses were implicated in nephrotoxicity, however the relation between dose and weight, controlled for confounding variables, still need to be clarified. Moreover, pharmacokinetic diferences between polymyxin B and colistin avoid direct extrapolation of data between these drugs. It is then important to evaluate clinical outcomes and nephrotoxicity of each of these drugs and to compare its results. Objective: To compare nephrotoxicity (using RIFLE score) and 30-day mortality in patients treated with colistin and polymyxin B. Methods: We performed a multicenter prospective cohort study with consecutive data collection. Inclusion criteria: patients ≥ 18 years old receiving polymyxin B or colistin. Exclusion criteria: polymyxin use for ≤48 hours, having received polymyxin before, dyalisis or GFR≤ 10ml/min in the beginning of therapy in patients evaluated for nephrotoxicity. Factors potentially related to nephrotoxicity or 30-day mortality such as: demographic data (age, gender), individual characteristics (weight, comorbidities, Charlson score), disease severity factors (APACHE score, ICU admission, mechanical ventilation, use of vasoactive drugs, nephrotoxicity related factors ( other nephrotoxic drugs and use of nephrotoxic contrast), polymyxin dose (total dose, average daily dose, mg/kg/day dose), combined therapy and infection characteristics (site of infection, microbiologic isolates) were evaluated in bivariate analysis. Variables with P≤0.2 were included one by one, in a COX regression model. Variables with P< 0.1 remained in the final model. Results: Four-hundred and ten patients were included. AKI occurred in 189 (46.1%) patients. Polymyxin B dose ≥150mg/day was a risk factor for AKI: adjusted Hazard Ratio (HR) 1.95, 95% CI 1.31-2.89, P=0.01. Higher weight and age were also independently associated with AKI. The probability of developing AKI significantly increases with doses between 150-199mg/day, regardless the patients’ weight, with no significant increase with higher doses. AKI was barely associated with increased risk for 30-day mortality (adjusted HR 1.35, 95% CI 0.99-1.85, P=0.06), while ≥150mg/day did not increase this risk despite its association with AKI. On mortality evaluation, a total of 109 patients were included: 47 (43.1%) treated with polymyxin B in combination and 62 (56.8%) with polymyxin B in monotherapy. The overall 30-day mortality was 56.9% (62 patients): 32.3% (20 of 47) and 67.7% (42 of 62), p=0.02, in combination and monotherapy groups, respectively. Combination therapy was independently associated with lower 30-day mortality (Hazard Ratio, 0.38; 95%CI 0.21-0.68; p=0.001), along with a higher APACHE score. Eighty one patients in colistin group were matched to 162 in polymyxin B group, according to baseline creatinine clearance (±25ml/min). . The incidence of renal failure was 23.5%: 38.3% in CMS and 16.1% in polymyxin B group, P<0.001, regardless the baseline creatinine clearance of patients. In multivariate analysis, CMS therapy was an independent risk factor for renal failure (Hazard Ration, 2.96, 95%Confidence Interval, 1.68-5.22, P<0.001), along with intensive care unit admission, higher weight and older age. Patients who developed renal failure presented higher 30-mortality rates (50.9%, 29/57 patients) than those who did not present renal failure (29.0%, 54/186), P=0.004; but CMS (30.9%) and polymyxin B (35.8%) treated patients had similar 30-day mortality, P=0.53. Conclusion: Median daily dose of polymyxin B therapy was directly related to the risk of developing nephrotoxicity, regardless of patient’s weight. 30-day mortality was higher in patients who developed nephrotoxicity. Combined therapy with polymyxin B was protective to 30-day mortality. Colistin use was related to higher rates of renal failure when compared to polymyxin B.
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Tratamento de infecções causadas por Acinetobacter spp. resistente a carbapenem / Treatment of infections caused by multi-drug resistant Acinetobacter spp.

Oliveira, Maura Salaroli de 14 March 2008 (has links)
O gênero Acinetobacter tem sido implicado em grande variedade de infecções hospitalares, principalmente em Unidades de Terapia Intensiva. O tratamento de infecções por Acinetobacter spp. é geralmente realizado com imipenem embora não haja ensaios clínicos randomizados que embasem esta recomendação. No caso de resistência a esta classe, situação cada vez mais freqüente, as opções mais estudadas são as polimixinas e ampicilinasulbactam. Diante da escassez de dados sobre o assunto, estudos que avaliem o tratamento de infecções por Acinetobacter spp resistente a carbapenem são necessários. Realizou-se um estudo de coorte retrospectivo de pacientes com infecção causada por Acinetobacter spp. resistente a carbapenem, internados no Instituto Central do Hospital das Clínicas (HC-FMUSP) e no Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) no período de 1996 a 2004. Foram considerados como casos os pacientes com diagnóstico de infecção hospitalar baseado em critérios estabelecido pelo Centers for Disease Control and Prevention (CDC) somado ao isolamento de Acinetobacter spp. resistente a carbapenem obtidos de materiais estéreis ou lavado bronco-alveolar.Não foram incluídos casos de infecção do trato urinário. Foi realizada a análise dos prontuários dos pacientes e foram coletadas informações clínico-demográficas, tratamento utilizado, sinais, sintomas e exames auxiliares no diagnóstico da infecção e no decorrer do tratamento. Foram avaliados três desfechos: mortalidade até o final do tratamento, mortalidade até o final da internação e evolução clínica. Oitenta e dois pacientes (30%) receberam polimixina B ou E, oitenta e cinco (31%) foram tratados com ampicilina-sulbactam, 99 (36%) não receberam tratamento específico. As características clínico-demográficas dos grupos foram semelhantes. A mortalidade durante a internação foi de 78% e boa resposta clínica foi observada em 50% dos pacientes tratados. Na análise multivariada de fatores associados à má evolução clínica, início do tratamento após 72 horas do isolamento e piora da função renal durante o tratamento foram estatisticamente significativos. Pontuação de Apache II >= 15, início do tratamento após 72 horas do isolamento; piora da função renal durante o tratamento; presença de choque séptico e uso de polimixina foram variáveis associadas com óbito até o final do tratamento. As variáveis independentemente associadas com óbito durante a internação foram: idade >= 58 anos, presença de choque séptico no dia do início do tratamento e pontuação de Apache II >=15. Concluiu-se que para o tratamento de infecções causadas por Acinetobacter spp. resistente a carbapenem, ampicilinasulbactam foi superior a polimixinas considerando mortalidade durante o tratamento. / Acinetobacter spp. is a cause of a number of infections, mainly in the ICU setting. Antimicrobials drugs frequently reported as active against Acinetobacter spp include carbapenems, colistin, ampicillin/sulbactam, amikacin, rifampin and tetracyclines and currently carbapenens are considered the main antimicrobial treatment. Unfortunately, over the past years there has been a worldwide increase in infections caused by carbapenem-resistant Acinetobacter. This poses a therapeutic challenge as few treatment options are avaible. We performed a retrospective review of the case records of patients from 1996 to 2004 who had nosocomial infections caused by carbapenem-resistant Acinetobacter spp. from 2 large teaching hospitals. Diagnosis of infection was based on CDC criteria plus the isolation of Acinetobacter from a usually sterile site or from broncoalvelolar lavage. Urinary tract infections were not included. We collected data on demographic and clinical features, treatment, signs and symptoms from medical records. We evaluate 3 outcomes: mortality until the end of treatment, in-hospital mortality and clinical outcome. Eighty two patients received polymyxins (30%), 85 were treated with ampicilin-sulbactam (31%) and 99 (36%) did not receive any of these antibiotics. The demographic and clinical characteristics of the groups were similar. Multivariate analysis showed that treatment with polymyxins, Apache II score >= 15; septic shock; treatment delay and renal failure were independent predictors of mortality. On multivariate analysis, age >= 58 years, presence of septic shock and Apache II score >=15 were prognosis factors for mortality during hospitalization. Multiple logistic regression analysis revealed that Apache II >=15 and renal failure during treatment were associated with treatment failure. In conclusion, ampicillin-sulbactam was superior to polymyxin considering mortality during treatment.
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Tratamento de infecções causadas por Acinetobacter spp. resistente a carbapenem / Treatment of infections caused by multi-drug resistant Acinetobacter spp.

Maura Salaroli de Oliveira 14 March 2008 (has links)
O gênero Acinetobacter tem sido implicado em grande variedade de infecções hospitalares, principalmente em Unidades de Terapia Intensiva. O tratamento de infecções por Acinetobacter spp. é geralmente realizado com imipenem embora não haja ensaios clínicos randomizados que embasem esta recomendação. No caso de resistência a esta classe, situação cada vez mais freqüente, as opções mais estudadas são as polimixinas e ampicilinasulbactam. Diante da escassez de dados sobre o assunto, estudos que avaliem o tratamento de infecções por Acinetobacter spp resistente a carbapenem são necessários. Realizou-se um estudo de coorte retrospectivo de pacientes com infecção causada por Acinetobacter spp. resistente a carbapenem, internados no Instituto Central do Hospital das Clínicas (HC-FMUSP) e no Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) no período de 1996 a 2004. Foram considerados como casos os pacientes com diagnóstico de infecção hospitalar baseado em critérios estabelecido pelo Centers for Disease Control and Prevention (CDC) somado ao isolamento de Acinetobacter spp. resistente a carbapenem obtidos de materiais estéreis ou lavado bronco-alveolar.Não foram incluídos casos de infecção do trato urinário. Foi realizada a análise dos prontuários dos pacientes e foram coletadas informações clínico-demográficas, tratamento utilizado, sinais, sintomas e exames auxiliares no diagnóstico da infecção e no decorrer do tratamento. Foram avaliados três desfechos: mortalidade até o final do tratamento, mortalidade até o final da internação e evolução clínica. Oitenta e dois pacientes (30%) receberam polimixina B ou E, oitenta e cinco (31%) foram tratados com ampicilina-sulbactam, 99 (36%) não receberam tratamento específico. As características clínico-demográficas dos grupos foram semelhantes. A mortalidade durante a internação foi de 78% e boa resposta clínica foi observada em 50% dos pacientes tratados. Na análise multivariada de fatores associados à má evolução clínica, início do tratamento após 72 horas do isolamento e piora da função renal durante o tratamento foram estatisticamente significativos. Pontuação de Apache II >= 15, início do tratamento após 72 horas do isolamento; piora da função renal durante o tratamento; presença de choque séptico e uso de polimixina foram variáveis associadas com óbito até o final do tratamento. As variáveis independentemente associadas com óbito durante a internação foram: idade >= 58 anos, presença de choque séptico no dia do início do tratamento e pontuação de Apache II >=15. Concluiu-se que para o tratamento de infecções causadas por Acinetobacter spp. resistente a carbapenem, ampicilinasulbactam foi superior a polimixinas considerando mortalidade durante o tratamento. / Acinetobacter spp. is a cause of a number of infections, mainly in the ICU setting. Antimicrobials drugs frequently reported as active against Acinetobacter spp include carbapenems, colistin, ampicillin/sulbactam, amikacin, rifampin and tetracyclines and currently carbapenens are considered the main antimicrobial treatment. Unfortunately, over the past years there has been a worldwide increase in infections caused by carbapenem-resistant Acinetobacter. This poses a therapeutic challenge as few treatment options are avaible. We performed a retrospective review of the case records of patients from 1996 to 2004 who had nosocomial infections caused by carbapenem-resistant Acinetobacter spp. from 2 large teaching hospitals. Diagnosis of infection was based on CDC criteria plus the isolation of Acinetobacter from a usually sterile site or from broncoalvelolar lavage. Urinary tract infections were not included. We collected data on demographic and clinical features, treatment, signs and symptoms from medical records. We evaluate 3 outcomes: mortality until the end of treatment, in-hospital mortality and clinical outcome. Eighty two patients received polymyxins (30%), 85 were treated with ampicilin-sulbactam (31%) and 99 (36%) did not receive any of these antibiotics. The demographic and clinical characteristics of the groups were similar. Multivariate analysis showed that treatment with polymyxins, Apache II score >= 15; septic shock; treatment delay and renal failure were independent predictors of mortality. On multivariate analysis, age >= 58 years, presence of septic shock and Apache II score >=15 were prognosis factors for mortality during hospitalization. Multiple logistic regression analysis revealed that Apache II >=15 and renal failure during treatment were associated with treatment failure. In conclusion, ampicillin-sulbactam was superior to polymyxin considering mortality during treatment.

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