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Características musculares e neurais de ciclistas e triatletas durante o ciclo de pedaladaLanferdini, Fábio Juner January 2011 (has links)
Introdução. O músculo esquelético se adapta a diferentes estímulos externos. Estas adaptações podem ser intrínsecas, bem como neurais, alterando a capacidade de produção de força. Portanto, é de se esperar que diferentes modalidades esportivas (ciclismo e triathlon), possuam diferentes adaptações intrínsecas e neuromusculares durante o ciclo de pedalada. O objetivo deste estudo foi investigar possíveis mudanças causadas pelo treinamento do ciclismo e do triathlon na arquitetura muscular, unidade músculo tendão, ativação muscular e suas possíveis consequências na capacidade de produção de força no pedal durante o ciclo de pedalada. Ainda, que efeitos o nível da carga de trabalho causa nas estruturas neuromusculares e capacidade de produção de força no pedal. Artigo I. A arquitetura muscular de ciclistas e triatletas não parece ter sido determinada. O presente estudo compara a arquitetura muscular, unidade músculo tendão, ativação muscular e forças no pedal entre ciclistas, triatletas e não-atletas ao longo do ciclo da pedalada. Os sujeitos realizaram um teste incremental para determinar a potência máxima. Forças no pedal, ativação muscular, cinemática articular e arquitetura muscular foram registradas na potência máxima correspondente a primeira sessão na cadência de 90 rpm. O maior ângulo de penação e menor comprimento de fascículo foram encontrados em ciclistas e triatletas, comparados a não-atletas (p < 0,05). Triatletas apresentam maior ativação do reto femoral que ciclistas e não-atletas (p < 0,05); e ciclistas tem maior ativação, comparados a não-atletas (p < 0,05). Triatletas e nãoatletas apresentam maior ativação do sóleo que ciclistas (p < 0,05) nos primeiros 90° do ciclo de pedalada, enquanto ciclistas ativam mais o sóleo que triatletas e não-atletas (p < 0,05) dos 90° aos 180° do ciclo de pedalada. Triatletas aplicam maior força resultante no pedal comparados a não-atletas no segundo quadrante, enquanto que no quarto quadrante não-atletas apresentam maior força resultante no pedal que ciclistas e triatletas (p < 0,05). O índice de efetividade é maior em ciclistas e triatletas, comparados a não atletas (p < 0,05). Ciclitas e triatletas são semelhantes na arquitetura muscular e forças no pedal, mas apresentam menor comprimento de fascículo e maior ângulo de penação, além de melhor eficiência das forças aplicadas ao pedal em relação a nãoatletas. Artigo II. Os efeitos da carga de trabalho na arquitetura muscular de ciclistas e triatletas ainda necessitam de melhores esclarecimentos. O objetivo deste estudo foi comparar a arquitetura muscular, unidade musculo-tendão, ativação muscular e forças no pedal em ciclistas, triatletas e não-atletas em diferentes níveis de carga de trabalho durante a fase propulsiva do ciclo de pedalada. Os participantes realizaram teste incremental para determinar o nível da carga de trabalho (máxima potência e potências correspondentes ao primeiro e segundo limiares ventilatórios). Forças no pedal, ativação muscular, cinemática articular e arquitetura muscular foram registrados um dia após a determinação dos respectivos níveis de carga de trabalho. Maior ângulo de penação e menor do comprimento de fascículo foram encontrados em ciclistas e triatletas, comparados a não-atletas (p < 0,05). A arquitetura muscular e a unidade músculotendão não sofreram alterações com o nível da carga de trabalho (p > 0,05). Ciclistas tem menor ativação do músculo vasto medial, comparados a triatletas e maior ativação do músculo sóleo comparados a triatletas e não-atletas (p < 0,05). Os músculos vasto medial, reto femoral, bíceps femoral e sóleo são mais ativados da com o incremento do nível da carga de trabalho (p < 0,05), sem alterações nos músculos tibial anterior e gastrocnêmio medial (p > 0,05). A força resultante e o índice de efetividade não diferem entre os grupos (p > 0,05). O incremento do nível da carga de trabalho aumenta a força resultante (p < 0,05) sem alterações no índice de efetividade (p > 0,05). Ciclistas e triatletas tem arquitetura muscular similar, mas diferem de não-atletas. O incremento da carga de trabalho, provoca aumento a ativação muscular e a força resultante. / Introduction. Skeletal muscle adapts to different external stimuli, and this adaptation can lead to intrinsic and neural changes, altering the capacity of the force produced. Therefore it is expected that different sports (cycling and triathlon) have different intrinsic and neuromuscular adaptations during crank cycle. Therefore, the objective of this study is to investigate possible changes caused to sports training (cycling and triathlon) in muscle architecture, muscle-tendon unit, muscle activation and its consequences in capacity of pedal force production in crank cycle. Furthermore, it is aimed at determining the effects of different effort levels on the muscle structures neural activation and pedal force mentioned above. Article I. Muscle architecture of cyclists and triathletes during pedaling is unknown. Our study compared muscle architecture, muscle-tendon unit and activation, and pedal forces of cyclists, triathletes and non-athletes during a complete crank cycle. Participants performed an incremental test to determine maximal power output. Pedal forces, muscle activation, joint kinematics and muscle architecture were recorded at maximal power output and 90 rpm of cadence. Increased pennation angle and shorter fascicle length were found for cyclists and triathletes compared to non-athletes (p < 0.05). Higher activation of rectus femoris for triathletes than cyclists and non-athletes (p < 0.05); and for cyclists compared to non-athletes were observed (p < 0.05). Triathletes and non-athletes had higher activation of soleus than cyclists (p < 0.05). Cyclists had higher soleus activation than triathletes and non-athletes (p < 0.05). Triathletes applied greater resultant force on the pedal compared to non-athletes in second quarter while non-athletes presented higher resultant force than triathletes and cyclists in fourth quarter (p < 0.05). The index of effectiveness was higher for the athletes compared to non-athletes (p < 0.05). Cyclists and triathletes were similar in terms of muscle architecture and pedal forces but presented increased in pennation angle and shorter fascicle length for cyclists and triathletes compared to non-athletes and better efficiency of the forces applied to the pedal in relation to non-athletes. Article II. Effects of workload level in cyclists and triathletes’ muscle architecture during pedalling is unknown. Our goal was to compare muscle architecture, muscletendon unit and activation, and pedal forces of cyclists, triathletes and non-athletes at different workload levels during the propulsive phase of the crank cycle. Participants performed an incremental test to determine workload level (maximal power output and power output of the first and second ventilatory thresholds). Pedal forces, muscle activation, joint kinematics and muscle architecture were recorded at pre-set workload level. Increased pennation angle and shorter fascicle length were found for cyclists and triathletes compared to non-athletes (p < 0.05). Muscle architecture and muscle-tendon unit length were not affected by workload level (p > 0.05). Cyclists achieved lower activation of vastus medialis compared to triathletes, and higher activation of soleus compared to triathletes and non-athletes (p < 0.05). Vastus medialis, rectus femoris, biceps femoris and soleus activations were increased at higher workload level for all groups (p < 0.05) without changes for tibialis anterior and gastrocnemius medialis (p > 0,05). Resultant force and effectiveness index did not differ for between groups (p > 0. 05). Higher workload level increased resultant force (p < 0.05) without changes in index of effectiveness (p > 0.05). Cyclists and triathletes were similar for muscle architecture but differed to non-athletes. Higher workload level increased muscle activation and resultant force.
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Características musculares e neurais de ciclistas e triatletas durante o ciclo de pedaladaLanferdini, Fábio Juner January 2011 (has links)
Introdução. O músculo esquelético se adapta a diferentes estímulos externos. Estas adaptações podem ser intrínsecas, bem como neurais, alterando a capacidade de produção de força. Portanto, é de se esperar que diferentes modalidades esportivas (ciclismo e triathlon), possuam diferentes adaptações intrínsecas e neuromusculares durante o ciclo de pedalada. O objetivo deste estudo foi investigar possíveis mudanças causadas pelo treinamento do ciclismo e do triathlon na arquitetura muscular, unidade músculo tendão, ativação muscular e suas possíveis consequências na capacidade de produção de força no pedal durante o ciclo de pedalada. Ainda, que efeitos o nível da carga de trabalho causa nas estruturas neuromusculares e capacidade de produção de força no pedal. Artigo I. A arquitetura muscular de ciclistas e triatletas não parece ter sido determinada. O presente estudo compara a arquitetura muscular, unidade músculo tendão, ativação muscular e forças no pedal entre ciclistas, triatletas e não-atletas ao longo do ciclo da pedalada. Os sujeitos realizaram um teste incremental para determinar a potência máxima. Forças no pedal, ativação muscular, cinemática articular e arquitetura muscular foram registradas na potência máxima correspondente a primeira sessão na cadência de 90 rpm. O maior ângulo de penação e menor comprimento de fascículo foram encontrados em ciclistas e triatletas, comparados a não-atletas (p < 0,05). Triatletas apresentam maior ativação do reto femoral que ciclistas e não-atletas (p < 0,05); e ciclistas tem maior ativação, comparados a não-atletas (p < 0,05). Triatletas e nãoatletas apresentam maior ativação do sóleo que ciclistas (p < 0,05) nos primeiros 90° do ciclo de pedalada, enquanto ciclistas ativam mais o sóleo que triatletas e não-atletas (p < 0,05) dos 90° aos 180° do ciclo de pedalada. Triatletas aplicam maior força resultante no pedal comparados a não-atletas no segundo quadrante, enquanto que no quarto quadrante não-atletas apresentam maior força resultante no pedal que ciclistas e triatletas (p < 0,05). O índice de efetividade é maior em ciclistas e triatletas, comparados a não atletas (p < 0,05). Ciclitas e triatletas são semelhantes na arquitetura muscular e forças no pedal, mas apresentam menor comprimento de fascículo e maior ângulo de penação, além de melhor eficiência das forças aplicadas ao pedal em relação a nãoatletas. Artigo II. Os efeitos da carga de trabalho na arquitetura muscular de ciclistas e triatletas ainda necessitam de melhores esclarecimentos. O objetivo deste estudo foi comparar a arquitetura muscular, unidade musculo-tendão, ativação muscular e forças no pedal em ciclistas, triatletas e não-atletas em diferentes níveis de carga de trabalho durante a fase propulsiva do ciclo de pedalada. Os participantes realizaram teste incremental para determinar o nível da carga de trabalho (máxima potência e potências correspondentes ao primeiro e segundo limiares ventilatórios). Forças no pedal, ativação muscular, cinemática articular e arquitetura muscular foram registrados um dia após a determinação dos respectivos níveis de carga de trabalho. Maior ângulo de penação e menor do comprimento de fascículo foram encontrados em ciclistas e triatletas, comparados a não-atletas (p < 0,05). A arquitetura muscular e a unidade músculotendão não sofreram alterações com o nível da carga de trabalho (p > 0,05). Ciclistas tem menor ativação do músculo vasto medial, comparados a triatletas e maior ativação do músculo sóleo comparados a triatletas e não-atletas (p < 0,05). Os músculos vasto medial, reto femoral, bíceps femoral e sóleo são mais ativados da com o incremento do nível da carga de trabalho (p < 0,05), sem alterações nos músculos tibial anterior e gastrocnêmio medial (p > 0,05). A força resultante e o índice de efetividade não diferem entre os grupos (p > 0,05). O incremento do nível da carga de trabalho aumenta a força resultante (p < 0,05) sem alterações no índice de efetividade (p > 0,05). Ciclistas e triatletas tem arquitetura muscular similar, mas diferem de não-atletas. O incremento da carga de trabalho, provoca aumento a ativação muscular e a força resultante. / Introduction. Skeletal muscle adapts to different external stimuli, and this adaptation can lead to intrinsic and neural changes, altering the capacity of the force produced. Therefore it is expected that different sports (cycling and triathlon) have different intrinsic and neuromuscular adaptations during crank cycle. Therefore, the objective of this study is to investigate possible changes caused to sports training (cycling and triathlon) in muscle architecture, muscle-tendon unit, muscle activation and its consequences in capacity of pedal force production in crank cycle. Furthermore, it is aimed at determining the effects of different effort levels on the muscle structures neural activation and pedal force mentioned above. Article I. Muscle architecture of cyclists and triathletes during pedaling is unknown. Our study compared muscle architecture, muscle-tendon unit and activation, and pedal forces of cyclists, triathletes and non-athletes during a complete crank cycle. Participants performed an incremental test to determine maximal power output. Pedal forces, muscle activation, joint kinematics and muscle architecture were recorded at maximal power output and 90 rpm of cadence. Increased pennation angle and shorter fascicle length were found for cyclists and triathletes compared to non-athletes (p < 0.05). Higher activation of rectus femoris for triathletes than cyclists and non-athletes (p < 0.05); and for cyclists compared to non-athletes were observed (p < 0.05). Triathletes and non-athletes had higher activation of soleus than cyclists (p < 0.05). Cyclists had higher soleus activation than triathletes and non-athletes (p < 0.05). Triathletes applied greater resultant force on the pedal compared to non-athletes in second quarter while non-athletes presented higher resultant force than triathletes and cyclists in fourth quarter (p < 0.05). The index of effectiveness was higher for the athletes compared to non-athletes (p < 0.05). Cyclists and triathletes were similar in terms of muscle architecture and pedal forces but presented increased in pennation angle and shorter fascicle length for cyclists and triathletes compared to non-athletes and better efficiency of the forces applied to the pedal in relation to non-athletes. Article II. Effects of workload level in cyclists and triathletes’ muscle architecture during pedalling is unknown. Our goal was to compare muscle architecture, muscletendon unit and activation, and pedal forces of cyclists, triathletes and non-athletes at different workload levels during the propulsive phase of the crank cycle. Participants performed an incremental test to determine workload level (maximal power output and power output of the first and second ventilatory thresholds). Pedal forces, muscle activation, joint kinematics and muscle architecture were recorded at pre-set workload level. Increased pennation angle and shorter fascicle length were found for cyclists and triathletes compared to non-athletes (p < 0.05). Muscle architecture and muscle-tendon unit length were not affected by workload level (p > 0.05). Cyclists achieved lower activation of vastus medialis compared to triathletes, and higher activation of soleus compared to triathletes and non-athletes (p < 0.05). Vastus medialis, rectus femoris, biceps femoris and soleus activations were increased at higher workload level for all groups (p < 0.05) without changes for tibialis anterior and gastrocnemius medialis (p > 0,05). Resultant force and effectiveness index did not differ for between groups (p > 0. 05). Higher workload level increased resultant force (p < 0.05) without changes in index of effectiveness (p > 0.05). Cyclists and triathletes were similar for muscle architecture but differed to non-athletes. Higher workload level increased muscle activation and resultant force.
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Resultants: A Tool for Chow Varieties / Resultanten: Ein Werkzeug zum Umgang mit Chow VarietätenPlümer, Judith 15 September 2000 (has links)
The Chow/Van der Waerden approach to algebraic cycles via resultants is elaborated and used to give a purely algebraic proof for the algebraicity of the complex suspension over arbitrary fields. The algebraicity of the join pairing on Chow varieties then follows over the complex numbers. The approach implies a more algebraic proof of Lawson´s complex suspension theorem in characteristic 0. The continuity of the action of the linear isometries operad on the group completion of the stable Chow variety is a consequence. Further Hoyt´s proof of the independence of the algebraic-continuous homeomorphism type of Chow varieties on embeddings is rectified and worked out over arbitrary fields.
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Aspectos da variação espacial e temporal da biomassa e produção fitoplanctônica e parâmetros correlatos no estuário e baía de Santos / Aspects of the time-space variation of the phytoplankton biomass and production and related parameters in Santos Estuary and BayAncona, Cintia Maria 17 September 2007 (has links)
No intuito de identificar as relações entre as variações espaciais e temporais da biomassa e produção primária fitoplanctônica frente às variáveis físicas e químicas da coluna de água, foram realizadas coletas mensais de parâmetros físicos, químicos (nutrientes inorgânicos), séston e biomassa fitoplanctônica em 4 estações oceanográficas localizadas na baía e 3 no canal de Santos no período entre novembro de 2004 a dezembro de 2005. O transporte de propriedades entre os canais estuarinos e a baía foi estimado através de medidas realizadas em estações fixas, nas entradas dos canais de Santos e São Vicente, durante um ciclo completo de maré (13h). Os principais fatores limitantes ao desenvolvimento da biomassa fitoplanctônica e da produtividade primária foram: a disponibilidade de luz, a estratificação da coluna de água e a temperatura. Os canais de Santos e São Vicente atuaram como importadores de sal, nutrientes e biomassa fitoplanctônica na maioria das ocasiões estudadas. Os elevados teores de nutrientes inorgânicos dissolvidos, associados à ausência de correlação entre nutrientes e biomassa, indicam que não há limitação nutricional, apesar das condições distróficas observadas. Os altos teores de Cl-a (média de 10,1 mg m-3) indicam que o ambiente continua apresentando características eutróficas, já reportadas em trabalhos realizados na área há mais de 30 anos. / The relationship between time-space variations of phytoplankton biomass and primary productivity and the variability in physical and chemical characteristics of the water column was investigated by monthly samplings of temperature, salinity, inorganic nutrients, seston and phytoplankton biomass in 4 oceanographic stations in Santos Bay and 3 stations in Santos Channel, during the period from November 2004 to December 2005. The transport of properties between estuarine channels and the bay was estimated by measurements conducted in fixed stations located at Santos and São Vicente Channels inlets throughout a complete tidal cycle (13h). The main limiting factors to phytoplankton biomass development were: light availability, water column stratification and temperature. Santos and São Vicente channels imported salt, nutrients and phytoplankton biomass in the majority of the studied cases. High levels of dissolved inorganic nutrients and biomass indicate no nutritional limitation, despite the dystrophic conditions observed. High chlorophyll-a concentrations (mean value 9.82 mg m-3) indicate the environment still displays the eutrophic characteristics already reported in former studies conducted in this area by more than 30 years ago.
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A estrutura sintática das chamadas construções resultativas em PB / The syntactic structure of the so-called BP resultative constructionsBarbosa, Julio William Curvelo 10 July 2008 (has links)
Neste trabalho, retomaremos a questão sobre a existência de construções resultativas no português brasileiro (PB), conforme debatido nos trabalhos de Foltran (1999), Marcelino (2000), e Lobato (2004), inter alia, apresentando evidências teóricas e empíricas contra a afirmação de que existam em PB construções resultativas sintaticamente ou semanticamente equivalentes às construções resultativas presentes em línguas como o inglês, por exemplo. A partir de alguns trabalhos sobre as construções resultativas do inglês, como Hoekstra (1988) e Levin & Rappaport-Hovav (1995), mostraremos que as propriedades básicas dessas construções no inglês se mostram bem distintas das propriedades das construções citadas pelos trabalhos sobre o PB. Com base em um critério que leva em conta as propriedades das construções resultativas no inglês, mostraremos que existe uma diferença semântica quanto ao tipo de modificação que o predicado resultativo exerce sobre a sentença em inglês e em PB, baseados na semântica de eventos neo-Davidsoniana (PARSONS, 1990); enquanto na primeira o predicado resultativo denota o estado resultante da ação, na segunda, o predicado secundário é, na verdade, um modificador do estado resultante, já denotado pelo conteúdo semântico expresso no complexo verbo+argumento interno. Baseados na tipologia de Talmy (2000), estenderemos sua proposta de impossibilidade de amálgama (conflation) de certos elementos semânticos ao verbo em línguas românicas à impossibilidade de formação de resultativas. Incapaz de realizar amálgama de modo ao verbo, o PB realiza, ao invés do modo, a semântica de causa amalgamada ao co-evento no verbo, enquanto inglês realiza a semântica de estado resultante em um satélite, e modo e causa amalgamados ao verbo. A partir dos resultados obtidos pela nossa análise semântica, conduziremos uma análise sintática que explica tanto a restrição de amálgama de modo quanto à impossibilidade de formação de construções resultativas em PB. Baseados na teoria de estrutura argumental de Hale & Keyser (1993, 2002), iremos propor uma estrutura de predicados complexos para as resultativas do inglês a partir da estrutura de verbos deadjetivais, responsáveis pela formação de verbos inacusativos. A restrição de formação desses predicados complexos em PB é explicada pela marcação negativa do Parâmetro de Composicionalidade nessa língua, (SNYDER, 1995), impedindo a inserção de itens lexicais de classe aberta (raízes) em posições marcadas com o traço [+Afixal], condição sine qua non para a formação de predicados resultativos como os do inglês. / In this work, we take up again the discussion of whether resultative constructions exist in Brazilian Portuguese (BP), as discussed in the works of Foltran (1999), Marcelino (2000) and Lobato (2004), inter alia, presenting theoretical and empirical evidence against the claim that there are resultative constructions in BP that are syntactically or semantically equivalent to resultative constructions from languages such as English, for instance. Based on works about Englishs resultative construction such as Hoekstra (1988) and Levin & Rappaport-Hovav (1995), we show that the basic properties of these constructions in English are quite distinct from the properties of the constructions mentioned by the works about BP. With a criterion which takes on the properties of resultative constructions in English, we show that there is semantic difference as for the type of modification applied by the resultative predicate over the sentence when comparing English and BP, considering the neo- Davidsonian event semantics (PARSONS, 1990); while Englishs resultative predicate denotes the actions resultant state, in BP the secondary predicate is, in fact, the modifier of the resultant state already denoted by the semantic content expressed by the complex verb+internal argument. Based on Talmys (2000) typology, we relate his proposal of impossibility of conflation of certain semantic elements to the verb in romance languages to the impossibility of resultative construction formation in these languages. Unable to conflate manner to the verb, BP realizes, instead of manner, the cause semantics conflated to the verbs co-event, while English realizes the resultant state on a satellite, and manner and cause are conflated into the verb. From the results obtained with our semantic analysis, we conduct a syntactic analysis that explains the manner conflation restriction in BP, as well as its inability to form resultative constructions. Based on the argument structure theory from Hale & Keyser (2002), we suggest a complex predicate structure for Englishs resultatives from the deadjectival verb structures, responsible for the formation of the unaccusative verbs. The restriction over the formation of these predicates in BP is explained by the negative setting of the Compounding Parameter in this language (SNYDER, 1995), thus not allowing the insertion of open-class lexical items (roots) into positions marked with the [+Afixal] feature, a sine qua non condition for the resultative predicate formation, such as Englishs resultative predicates.
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Aspectos da variação espacial e temporal da biomassa e produção fitoplanctônica e parâmetros correlatos no estuário e baía de Santos / Aspects of the time-space variation of the phytoplankton biomass and production and related parameters in Santos Estuary and BayCintia Maria Ancona 17 September 2007 (has links)
No intuito de identificar as relações entre as variações espaciais e temporais da biomassa e produção primária fitoplanctônica frente às variáveis físicas e químicas da coluna de água, foram realizadas coletas mensais de parâmetros físicos, químicos (nutrientes inorgânicos), séston e biomassa fitoplanctônica em 4 estações oceanográficas localizadas na baía e 3 no canal de Santos no período entre novembro de 2004 a dezembro de 2005. O transporte de propriedades entre os canais estuarinos e a baía foi estimado através de medidas realizadas em estações fixas, nas entradas dos canais de Santos e São Vicente, durante um ciclo completo de maré (13h). Os principais fatores limitantes ao desenvolvimento da biomassa fitoplanctônica e da produtividade primária foram: a disponibilidade de luz, a estratificação da coluna de água e a temperatura. Os canais de Santos e São Vicente atuaram como importadores de sal, nutrientes e biomassa fitoplanctônica na maioria das ocasiões estudadas. Os elevados teores de nutrientes inorgânicos dissolvidos, associados à ausência de correlação entre nutrientes e biomassa, indicam que não há limitação nutricional, apesar das condições distróficas observadas. Os altos teores de Cl-a (média de 10,1 mg m-3) indicam que o ambiente continua apresentando características eutróficas, já reportadas em trabalhos realizados na área há mais de 30 anos. / The relationship between time-space variations of phytoplankton biomass and primary productivity and the variability in physical and chemical characteristics of the water column was investigated by monthly samplings of temperature, salinity, inorganic nutrients, seston and phytoplankton biomass in 4 oceanographic stations in Santos Bay and 3 stations in Santos Channel, during the period from November 2004 to December 2005. The transport of properties between estuarine channels and the bay was estimated by measurements conducted in fixed stations located at Santos and São Vicente Channels inlets throughout a complete tidal cycle (13h). The main limiting factors to phytoplankton biomass development were: light availability, water column stratification and temperature. Santos and São Vicente channels imported salt, nutrients and phytoplankton biomass in the majority of the studied cases. High levels of dissolved inorganic nutrients and biomass indicate no nutritional limitation, despite the dystrophic conditions observed. High chlorophyll-a concentrations (mean value 9.82 mg m-3) indicate the environment still displays the eutrophic characteristics already reported in former studies conducted in this area by more than 30 years ago.
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A estrutura sintática das chamadas construções resultativas em PB / The syntactic structure of the so-called BP resultative constructionsJulio William Curvelo Barbosa 10 July 2008 (has links)
Neste trabalho, retomaremos a questão sobre a existência de construções resultativas no português brasileiro (PB), conforme debatido nos trabalhos de Foltran (1999), Marcelino (2000), e Lobato (2004), inter alia, apresentando evidências teóricas e empíricas contra a afirmação de que existam em PB construções resultativas sintaticamente ou semanticamente equivalentes às construções resultativas presentes em línguas como o inglês, por exemplo. A partir de alguns trabalhos sobre as construções resultativas do inglês, como Hoekstra (1988) e Levin & Rappaport-Hovav (1995), mostraremos que as propriedades básicas dessas construções no inglês se mostram bem distintas das propriedades das construções citadas pelos trabalhos sobre o PB. Com base em um critério que leva em conta as propriedades das construções resultativas no inglês, mostraremos que existe uma diferença semântica quanto ao tipo de modificação que o predicado resultativo exerce sobre a sentença em inglês e em PB, baseados na semântica de eventos neo-Davidsoniana (PARSONS, 1990); enquanto na primeira o predicado resultativo denota o estado resultante da ação, na segunda, o predicado secundário é, na verdade, um modificador do estado resultante, já denotado pelo conteúdo semântico expresso no complexo verbo+argumento interno. Baseados na tipologia de Talmy (2000), estenderemos sua proposta de impossibilidade de amálgama (conflation) de certos elementos semânticos ao verbo em línguas românicas à impossibilidade de formação de resultativas. Incapaz de realizar amálgama de modo ao verbo, o PB realiza, ao invés do modo, a semântica de causa amalgamada ao co-evento no verbo, enquanto inglês realiza a semântica de estado resultante em um satélite, e modo e causa amalgamados ao verbo. A partir dos resultados obtidos pela nossa análise semântica, conduziremos uma análise sintática que explica tanto a restrição de amálgama de modo quanto à impossibilidade de formação de construções resultativas em PB. Baseados na teoria de estrutura argumental de Hale & Keyser (1993, 2002), iremos propor uma estrutura de predicados complexos para as resultativas do inglês a partir da estrutura de verbos deadjetivais, responsáveis pela formação de verbos inacusativos. A restrição de formação desses predicados complexos em PB é explicada pela marcação negativa do Parâmetro de Composicionalidade nessa língua, (SNYDER, 1995), impedindo a inserção de itens lexicais de classe aberta (raízes) em posições marcadas com o traço [+Afixal], condição sine qua non para a formação de predicados resultativos como os do inglês. / In this work, we take up again the discussion of whether resultative constructions exist in Brazilian Portuguese (BP), as discussed in the works of Foltran (1999), Marcelino (2000) and Lobato (2004), inter alia, presenting theoretical and empirical evidence against the claim that there are resultative constructions in BP that are syntactically or semantically equivalent to resultative constructions from languages such as English, for instance. Based on works about Englishs resultative construction such as Hoekstra (1988) and Levin & Rappaport-Hovav (1995), we show that the basic properties of these constructions in English are quite distinct from the properties of the constructions mentioned by the works about BP. With a criterion which takes on the properties of resultative constructions in English, we show that there is semantic difference as for the type of modification applied by the resultative predicate over the sentence when comparing English and BP, considering the neo- Davidsonian event semantics (PARSONS, 1990); while Englishs resultative predicate denotes the actions resultant state, in BP the secondary predicate is, in fact, the modifier of the resultant state already denoted by the semantic content expressed by the complex verb+internal argument. Based on Talmys (2000) typology, we relate his proposal of impossibility of conflation of certain semantic elements to the verb in romance languages to the impossibility of resultative construction formation in these languages. Unable to conflate manner to the verb, BP realizes, instead of manner, the cause semantics conflated to the verbs co-event, while English realizes the resultant state on a satellite, and manner and cause are conflated into the verb. From the results obtained with our semantic analysis, we conduct a syntactic analysis that explains the manner conflation restriction in BP, as well as its inability to form resultative constructions. Based on the argument structure theory from Hale & Keyser (2002), we suggest a complex predicate structure for Englishs resultatives from the deadjectival verb structures, responsible for the formation of the unaccusative verbs. The restriction over the formation of these predicates in BP is explained by the negative setting of the Compounding Parameter in this language (SNYDER, 1995), thus not allowing the insertion of open-class lexical items (roots) into positions marked with the [+Afixal] feature, a sine qua non condition for the resultative predicate formation, such as Englishs resultative predicates.
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Finite elements for modeling of localized failure in reinforced concreteJukic, Miha 13 December 2013 (has links) (PDF)
In this work, several beam finite element formulations are proposed for failure analysis of planar reinforced concrete beams and frames under monotonic static loading. The localized failure of material is modeled by the embedded strong discontinuity concept, which enhances standard interpolation of displacement (or rotation) with a discontinuous function, associated with an additional kinematic parameter representing jump in displacement (or rotation). The new parameters are local and are condensed on the element level. One stress resultant and two multi-layer beam finite elements are derived. The stress resultant Euler-Bernoulli beam element has embedded discontinuity in rotation. Bending response of the bulk of the element is described by elasto-plastic stress resultant material model. The cohesive relation between the moment and the rotational jump at the softening hinge is described by rigid-plastic model. Axial response is elastic. In the multi-layer beam finite elements, each layer is treated as a bar, made of either concrete or steel. Regular axial strain in a layer is computed according to Euler-Bernoulli or Timoshenko beam theory. Additional axial strain is produced by embedded discontinuity in axial displacement, introduced individually in each layer. Behavior of concrete bars is described by elastodamage model, while elasto-plasticity model is used for steel bars. The cohesive relation between the stress at the discontinuity and the axial displacement jump is described by rigid-damage softening model in concrete bars and by rigid-plastic softening model in steel bars. Shear response in the Timoshenko element is elastic. Finally, the multi-layer Timoshenko beam finite element is upgraded by including viscosity in the softening model. Computer code implementation is presented in detail for the derived elements. An operator split computational procedure is presented for each formulation. The expressions, required for the local computation of inelastic internal variables and for the global computation of the degrees of freedom, are provided. Performance of the derived elements is illustrated on a set of numerical examples, which show that the multi-layer Euler-Bernoulli beam finite element is not reliable, while the stress-resultant Euler-Bernoulli beam and the multi-layer Timoshenko beam finite elements deliver satisfying results.
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Interface Balance Laws, Growth Conditions and Explicit Interface Modeling Using Algebraic Level Sets for Multiphase Solids with Inhomogeneous Surface StressPavankumar Vaitheeswaran (9435722) 16 December 2020 (has links)
Interface balance laws are derived to describe transport across a phase interface. This is used to derive generalized conditions for phase nucleation and growth, valid even for solids with inhomogeneous surface stress.<div><br></div><div>An explicit interface tracking approach called Enriched Isogeometric Analysis (EIGA) is used to simulate phase evolution. Algebraic level sets are used as a measure of distance and for point projection, both necessary operations in EIGA. Algebraic level sets are observed to often fail for surfaces. Rectification measures are developed to make algebraic level sets more robust and applicable for general surfaces. The proposed methods are demonstrated on electromigration problems. The simulations are validated by modeling electromigration experiments conducted on Cu-TiN line structures.</div><div><br></div><div>To model topological changes, common in phase evolution problems, Boolean operations are performed on the algebraic level sets using R-functions. This is demonstrated on electromigration simulations on solids with multiple voids, and on a bubble coalescence problem. </div>
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Hledání tvaru skořepinových konstrukcí / Form finding of shell structuresMusil, Jiří January 2017 (has links)
The theme of this doctoral thesis is the design of concrete shell structures with the focus on finding their optimal shape. The optimal shape of a concrete shell is the shape in which for a given load (usually the dead weight of the structure) no significant bending moments are generated in the shell and the structure is in the so-called membrane state. The inspiration for this thesis is the work of Swiss engineer Heinz Isler, who developed the shapes of shell structures using model tests of appropriately loaded flexible membranes. He developed the shell structure for large spans by inverting the resultant shape, which carried its weight almost entirely via membrane forces. The numerical solution of the above experiments using Midas Civil is presented herein. The basic principles of the method are demonstrated on the example of sagged cable. The numerically found shapes are compared with the analytical solution. A shell is designed based on the numerically found shapes and its stress response to dead load is described, particularly in relation to the membrane action. In the next part, the acquired knowledge and methods were used to design three relatively complicated shell structures. Each structure was statically analysed and its static behaviour was described. Structures with perfectly rigid or flexible supports, which simulate real behaviour of the supports, were studied. In the final phase, the results of static analysis of the selected shell were experimentally verified on a physical model in a scale of 1: 55.56. The model has been built using 3D printing. The thesis describes the use of a modelling similarity, the model design, the production process, and the experiment. The load test confirmed the optimal design of the shell structure and the validity of the numerical method for finding their shapes.
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