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Avaliação do custo do tratamento da retinopatia diabética em pacientes do Sistema Único de Saúde / Avaliation of the cost of the diabetic retinopathy treatment in patients from national health systemSartorelli, Andréa Pereira Frias [UNIFESP] January 2003 (has links) (PDF)
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Previous issue date: 2003 / Objetivo: Avaliar o custo direto do tratamento nos diversos estagios da retinopatia diabetica em pacientes do sistema unico de Saúde. Metodos: Foram selecionados pacientes atendidos pelo sistema unico de Saúde, portadores de diabetes mellitus tipo I ou tipo li, que apresentavam retinopatia diabetica sem ter sido submetidos a tratamento oftalmologico anterior. Foram classificados quanto ao estagio da retinopatia e submetidos a tratamento e acompanhamento ate a estabilizacao do quadro. Foi feito, levantamento dos procedimentos empregados para o tratamento da retinopatia diabetica em seus diversos estagios e analisado o custo direto do mesmo, utilizando para isso a tabela empregada pelo sistema unico de Saúde. Resultados: Nos pacientes com retinopatia diabetica nao proliferativa associado a edema macular clinicamente significativo foi realizado aplicacao de laser focal ou grade macular com numero de sessoes variando entre 1 a 3 por olho, apresentando custo de tratamento total medio por olho de R$ 50,40. Na forma proliferativa foi realizado panfotocoagulacao em todos os casos, com aplicacao de laser focal ou grade macular nos portadores de edema macular clinicamente significativo. 0 numero de sessoes nestes casos variou de 3 a 9 por olho, com custo total medio por olho de R$131,60. Nos casos onde a cirurgia foi necessaria o custo total medio por olho foi de R$1292,90. Conclusoes: 0 custo direto envolvido para estabilizacao da retinopatia diabetica aumentou muito de acordo com o progredir para formas mais avancadas da retinopatia. Isso ocorreu devido ao maior numero ou maior complexidade de procedimentos necessarios nas formas mais tardias / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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Homeostase pressórica e retinopatia diabética em pacientes com diabete melito tipo 1 normotensos e normoalbuminúricosRodrigues, Ticiana da Costa January 2006 (has links)
A retinopatia e a nefropatia estão entre as mais prevalentes e incapacitantes complicações secundárias a dano microvascular no diabete melito. A gravidade da hiperglicemia e a presença de hipertensão arterial sistêmica estão entre os principais fatores de risco para essas complicações. A monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) permitiu uma melhor compreensão dos padrões de variação da pressão arterial em pacientes diabéticos. Vem se acumulando evidências de que pacientes com diabetes podem apresentar padrões alterados da homeostase pressórica durante as 24h. Mesmo pequenas alterações da homeostase pressórica podem estar implicadas no aumento de risco de complicações microvasculares, incluindo pacientes considerados normotensos na avaliação da pressão arterial por aferição em consultório. Essas alterações pressóricas associadas à hiperglicemia, podem produzir perda da auto-regulação dos vasos retinianos, acelerando ou agravando a retinopatia diabética. Provavelmente a MAPA poderá se tornar um instrumento de avaliação clínica útil em pacientes diabéticos normotensos, auxiliando no processo de identificação precoce de pacientes em risco de desenvolvimento de complicações microangiopáticas. O objetivo desse artigo é fornecer uma revisão atualizada e orientada para a clínica sobre homeostase pressórica e diabetes.
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Polimorfismo -3826A/G no gene UCP1 : investigação de sua possível associação com retinopatia diabética em pacientes com diabetes mellitus tipo 1 e de seu efeito na expressão da UCP1 na retinaBrondani, Letícia de Almeida January 2011 (has links)
Está bem definido que fatores genéticos têm um papel importante no desenvolvimento do diabetes mellitus (DM) e de suas complicações crônicas. Sendo assim, grandes esforços têm sido feitos para se identificar os genes associados com estas doenças. A proteína desacopladora 1 (UCP1), principalmente expressa no tecido adiposo marrom, desacopla a oxidação dos substratos da síntese de ATP pela ATPsintase, dessa forma, dissipando o potencial de membrana e, consequentemente, diminuindo a produção de ATP pela cadeia respiratória mitocondrial. Esse desacoplamento então leva à regulação do gasto energético, à termogênese e à proteção contra o estresse oxidativo. Um dos principais mecanismos pelo qual a hiperglicemia leva ao aparecimento das complicações crônicas do DM, como a retinopatia diabética (RD), é através do aumento da produção de espécies reativas de oxigênio pela mitocôndria. Portanto, é biologicamente plausível que o polimorfismo -3826A/G localizado na região promotora do gene UCP1 possa estar associado com a RD em pacientes com DM. No presente estudo, através de um delineamento de caso-controle, investigamos se o polimorfismo -3826A/G no gene UCP1 está associado à RD em pacientes com diabetes mellitus tipo 1 (DM1). Além disso, em um estudo transversal realizado em doadores de córnea, avaliamos se a UCP1 está expressa na retina humana e se o polimorfismo -3826A/G modifica a sua expressão nesse tecido. Também avaliamos a expressão do gene MnSOD2, o qual codifica uma importante enzima antioxidante, de acordo com os diferentes genótipos do polimorfismo -3826A/G. No estudo de caso-controle, as frequências do polimorfismo -3826A/G foram avaliadas em 257 pacientes com DM1 diferenciados de acordo com a presença de RD (154 casos com RD e 103 controles sem RD). O estudo transversal incluiu 166 doadores cadavéricos de córneas. Em um subgrupo de 107 amostras de retina diferenciadas de acordo com a presença do alelo de risco do polimorfismo estudado, as concentrações dos mRNAs de UCP1 e MnSOD2 foram avaliadas pela técnica de PCR em tempo real. O alelo G do polimorfismo -3826A/G foi mais frequente em pacientes com RD do que em pacientes sem esta complicação (41,0% vs. 31,0%; P = 0,029). O genótipo G/G foi associado a um risco aumentado para RD, após o ajuste para idade, presença de hipertensão arterial e níveis de creatinina sérica (Razão de Chances = 3,503, IC 95% 1,04 – 11,80; P = 0,043). Nossos dados mostram pela primeira vez a expressão do mRNA de UCP1 na retina humana (0,93 ± 1,35 n fold). Além disso, os portadores do alelo G apresentaram uma maior expressão gênica de UCP1 do que os portadores do genótipo A/A (1,10 ± 1,50 vs. 0,51 ± 0,99 n fold; P = 0,034). Interessantemente, os portadores do alelo G também apresentaram uma expressão gênica aumentada de MnSOD2 (P = 0,031). Adicionalmente, as concentrações de UCP1 e de MnSOD2 na retina se correlacionaram positivamente (r = 0,29, P = 0,015). Em conclusão, nossos resultados mostram uma associação independente do polimorfismo -3826A/G com a RD em pacientes com DM1. Esse estudo é o primeiro a relatar que a UCP1 está expressa na retina humana e que o polimorfismo -3826A/G influencia a sua expressão nesse tecido. Possivelmente, a expressão de MnSOD2 influencia o efeito da UCP1 na proteção contra o estresse oxidativo. Estudos funcionais adicionais serão necessários para avaliar qual o efeito da UCP1 na retina humana e confirmar se mudanças na expressão do gene UCP1 também ocasionam mudanças nos níveis de proteína. / It is well established that genetic factors play an important role in the development of diabetes mellitus (DM) and its chronic complications. Therefore, great efforts have been made to identify genes associated with these diseases. The uncoupling protein 1 (UCP1), mainly expressed in brown adipose tissue, acts uncoupling the oxidation of substrates from ATP synthesis by ATP-synthase, thereby dissipating the membrane potential and, consequently, decreasing the ATP production by the mitochondrial respiratory chain. This uncoupling then leads to the regulation of energy expenditure, thermogenesis, and protection against oxidative stress. One of the main mechanisms by which hyperglycemia leads to the development of chronic diabetic complications, such as diabetic retinopathy (DR), is through the increased production of reactive oxygen species by mitochondria. Thus, it is biological plausible that the - 3826A/G polymorphism located at the promoter region of the UCP1 gene might be associated with DR in patients with DM. In this study, through a case-control design, we investigated whether the - 3826A/G polymorphism in the UCP1 gene is associated with DR in patients with type 1 diabetes mellitus (DM1). In addition, in a cross-sectional study performed in cornea donors, we evaluated whether the UCP1 gene is expressed in human retina, and whether the -3826A/G polymorphism modifies its expression in this tissue. We also evaluated the MnSOD2 gene expression (which is a gene that codifies an important antioxidant enzyme) according to the different genotypes of the -3826A/G polymorphism. In the case-control study, the frequencies of the -3826A/G polymorphism were evaluated in 257 patients with DM1 differentiated according to the presence of DR (154 cases with DR and 103 controls without DR). The cross-sectional study included 166 cadaveric donor corneas. In a subgroup of 107 retinal samples differentiated according to the presence of the risk allele of the analyzed polymorphism, UCP1 and MnSOD2 mRNA concentrations were evaluated by real time-PCR technique. The G allele of the -3826A/G polymorphism was more frequent in patients with DR compared to patients without this complication (41.0% vs. 31.0%; P = 0.029). The G/G genotype was associated with an increased risk to DR, after adjusting for age, arterial hypertension and serum creatinine levels (Odds Ratio = 3.503; 95% 1.04 - 11.80; P = 0.043). Our data show for the first time the UCP1 mRNA expression in human retina (1.35 ± 0.93 n fold). Moreover, G allele carriers had a higher UCP1 mRNA expression than A/A genotype carriers (1.10 ± 1.50 vs. 0.51 ± 0.99 n fold, P = 0.034). Interestingly, G allele carriers also showed an increased MnSOD2 gene expression (P = 0.031). Additionally, UCP1 and MnSOD2 concentrations in retina were positively correlated (r = 0.29, P = 0.015). In conclusion, our results show an independent association between the -3826 A/G polymorphism and DR in DM1 patients. This is the first report showing that UCP1 is expressed in human retina, and that the -3826A/G polymorphism influences its expression in this tissue. Possibly, MnSOD2 expression might influence the UCP1 effect in the protection against oxidative stress. Further functional studies will be needed to evaluate the effect of UCP1 in human retina, and to confirm that changes in the UCP1 gene expression also cause changes in protein levels.
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Avaliação da efetividade e segurança da vitamina C, superóxido dismutase e pentoxifilina no tratamento da retinopatia diabética: revisão sistemática usando a metodologia da Colaboração Cochrane / Evaluation of efficacy and safety of vitamin C, superoxide dismutase and pentoxifylline in the treatment of diabetic retinopathy: systematic: review using the Cochrane Collaboration methodJesus, Carlos César Lopes de [UNIFESP] 27 May 2009 (has links) (PDF)
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Previous issue date: 2009-05-27. Added 1 bitstream(s) on 2015-08-11T03:26:26Z : No. of bitstreams: 1
Publico-306.pdf: 1379103 bytes, checksum: 957dc2ce0aca421fd39f25b8e307564a (MD5) / Objetivos: Avaliar a efetividade e a segurança da vitamina C, superóxido dismutase e pentoxifilina no tratamento da retinopatia diabética em pacientes adultos acometidos por esta doença, de acordo com os critérios clínicos da American Academy of Ophthalmology (Anexo 1). Métodos: Revisão sistemática utilizando a metodologia da Colaboração Cochrane. Estratégia de Busca: As bases pesquisadas foram: Cochrane Central Register of Controlled Trials (CENTRAL, The Cochrane Library - até a última edição), MEDLlNE (1966 - 2007), EMBASE (1980 - 2007), CINAHL (1982 - 2007) e Web of Science (1980 - 2007), além de bases de dados de ensaios clínicos em desenvolvimento: Current Controlled Trials (www.controlled-trials.com - com ligações para outras bases de dados de ensaios clínicos em andamento). Também foi realizada busca manual em anais de congressos, em listas de referências de artigos publicados, e feito contato com companhias farmacêuticas e autores de artigos publicados. Não houve restrição de idioma. Critérios de Inclusão: Ensaios clínicos randomizados sobre o uso da vitamina C e superóxido dismutase na retinopatia diabética, isoladamente ou em associação, controlado com nenhuma intervenção, placebo ou fotocoagulação a laser, em adultos de ambos os sexos. Também foram usados ensaios clínicos randomizados sobre o uso da pentoxifilina associada à fotocoagulação a laser controlado com placebo ou com a fotocoagulação isoladamente, em adultos de ambos os sexos. O principal critério de exclusão foi idade inferior a 20 anos ou superior a 75 anos. Coleta e análise dos dados: A extração de dados foi feita de maneira independente por dois investigadores de acordo com critérios previamente determinados e os resultados foram comparados para determinação do grau de concordância. A avaliação da qualidade metodológica não foi feita devido à ausência de estudos que preenchessem os critérios de inclusão. Resultados: Em relação à revisão sobre o uso da vitamina C e superóxido dismutase no tratamento da retinopatia diabética, um total de 241 publicações foram identificadas através da busca eletrônica. Destas, 28 foram identificados como contendo potenciais informações sobre o tratamento dos pacientes com retinopatia diabética utilizando-se estas substâncias e foram lidos na íntegra. Em relação à revisão sobre o uso da pentoxifilina no tratamento da retinopatia diabética, um total de 97 publicações foram identificadas através da busca eletrônica. Destas, 17 foram identificados como contendo potenciais informações sobre o tratamento dos pacientes com retinopatia diabética utilizando-se esta substância e foram lidos na íntegra. Contudo, verificou-se que nenhum estudo, até o momento, avaliou o tratamento da retinopatia diabética com vitamina C, superóxido dismutase e pentoxifilina segundo os critérios de inclusão de tal forma a indicar se o uso destas substâncias apresenta um impacto significativo sobre a progressão da doença ou sobre a incidência de cegueira. Conclusões: Nenhuma pesquisa, até o momento, examinou de forma adequada o tratamento da retinopatia diabética com a vitamina C, superóxido dismutase e pentoxifilina de tal forma a indicar se tais formas de intervenção apresentam um impacto significativo sobre a progressão desta condição clínica. O potencial papel destas substâncias no tratamento da retinopatia diabética permanece aberto ao debate e sugere-se que futuras pesquisas que enfoquem desfechos clínicos, sejam realizadas para se avaliar a relevância desta abordagem clínica. / Objectives: To assess the effectiveness and safety of vitamin C, superoxide dismutase and pentoxifylline for the treatment of diabetic retinopathy in adults with such clinical condition according to diagnostic criteria of the American Academy of Ophthalmology (Table 1). Methods: Systematic review with Cochrane methodology. Search strategy: Databases: Cochrane Central Register of Controlled Trials (CENTRAL, The Cochrane Library - until last edition), MEDLlNE (1966 - 2007), EMBASE (1980 - 2007), CINAHL (1982 - 2007) and Web of Science (1980 - 2007), databases of developing clinical trials: Current Controlled Trials (www.controlled-trials.com - with links to other databases of ongoing clinical trials), hand searched reference lists of published articles and conference meetings. Pharmaceutical companies and authors of
published articles were contacted. There was no language restriction. Inclusion
criteria: Randomized controlled trials (RCTs) about the use of vitamin C and
superoxide dismutase for diabetic retinopathy, isolated or in combination,
compared to no intervention, placebo or laser photocoagulation, according to
diagnostic criteria of the American Academy of Ophthalmology. Randomized
controlled trials (RCTs) about the use of pentoxifylline associated to laser
photocoagulation for diabetic retinopathy, compared to no intervention or to laser
photocoagulation, according to clinical diagnostic criteria of the American
Academy of Ophthalmology. The main criteria for exclusion were patients aged
less than 20 years or more than 75 years. Data collection & analysis: Data
abstraction and quality assessment was performed independently by two
investigators according to predetermined criteria and the results were compared
to determine the degree of agreement. Quality evaluation was not done because
of the absence of articles which fulfilled the inclusion criteria. Main results: In
relation to the review about vitamin C and superoxide dismutase for diabetic
retinopathy, 241 publications were identified through electonic search. Of these,
28 were identified as containing potential information about the treatment of
patients with diabetic retinopathy using such substances and were read in full. In
relation to the review about the use of pentoxifylline for diabetic retinopathy, 97
publications were identified through electonic search. Of these, 17 were
identified as containing potential information about the treatment of patients with
diabetic retinopathy using such substances and were read in full. However, no
article until the moment, evaluated the treatment of patients with diabetic
retinopathy using vitamin C, superoxide dismutase and pentoxifylline in such a
way as to indicate whether these substances present a significant impact on
disease progression or blidness incidence. Reviewers' conclusions: No
research, until the moment, examined appropriately the treatment of diabetic
retinopathy in such a way as to indicate whether such interventions present a
136 significant impact on the progress of this clinical condition. The potential role of
these substances in the treatment of diabetic retinopathy remains open to debate
and it is suggested that future research focalising clinical outcomes should be
accomplished to evaluate such important subject. / TEDE
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Baixo ganho ponderal como preditor da retinopatia da prematuridade / Low weight gain as a predictor of retinopathy of prematurityFortes Filho, João Borges [UNIFESP] 29 May 2009 (has links) (PDF)
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Previous issue date: 2009-05-29 / Objetivos: Avaliar o baixo ganho ponderal do nascimento até a 6ª semana de vida como um fator de risco independente para o surgimento da retinopatia da prematuridade (ROP), bem como avaliar uma possível relação inversa do ganho ponderal com o estadiamento da ROP. Métodos: Estudo de coorte institucional, observacional e prospectivo, comparando a prevalência da ROP e o ganho de peso após o nascimento pré-termo. Foram incluídos todos os nascidos com peso 1500 gramas e com idade gestacional 32 semanas ao nascimento, no período entre outubro de 2002 e dezembro de 2006, e que sobreviveram da 6ª até a 42ª semana de idade gestacional corrigida. Os desfechos clínicos principais foram: surgimento da ROP em qualquer estadiamento evolutivo e surgimento da ROP grave necessitando tratamento. A principal variável do estudo foi a proporção do ganho ponderal sobre o peso do nascimento medido na 6ª semana de vida. Para determinar se o ganho ponderal foi influenciado pelo peso de nascimento, os pacientes foram divididos em dois grupos: Grupo 1, com peso de nascimento 1.000 gramas e Grupo 2, com peso de nascimento >1.000 gramas. Foi determinada a prevalência da ROP nos dois grupos. Qui-quadrado e Teste t - Student foram utilizados para comparar os pacientes com e sem retinopatia. Realizou-se regressão logística para determinar se o ganho ponderal foi relacionado com o surgimento da ROP de forma independente das outras variáveis. Foi determinada a razão de chances para o desenvolvimento da retinopatia da prematuridade com intervalo de confiança de 95%. A acurácia do ganho ponderal para o surgimento da ROP em qualquer estadiamento ou da ROP grave foi avaliada por curvas receiver operating characteristic (ROC) com os respectivos pontos de corte de sensibilidade, especificidade e valores preditivos positivos e negativos. Resultados: Foram estudados 317 pré-termos, sendo que 98 (30,9%) apresentaram ROP em qualquer estadiamento. A média do ganho ponderal entre os pacientes sem ROP foi 678,8 gramas (DP 258,6) e, nos pacientes com ROP, 462,8 gramas (DP 209,4), (P <0,001). A média da proporção do GP mostrou redução significativa a partir das crianças que não desenvolveram ROP para as que a desenvolveram nos estadiamentos 1 e 2 (P<0,001). Não foi possível determinar essa redução nos casos de ROP estadiamentos 3 ou mais. A regressão logística ajustada no Grupo 1 indicou OR para ROP de 1,055 (IC95%: 1,028-1,083; P<0,001) e, no Grupo 2, OR para ROP de 1,031 (IC95%; 1,008-1,054; P=0,007). A área sob a curva ROC foi 0,67% (IC95%: 0,598-0,729; P<0,001). O ponto de corte de 51,2% do GP demonstrou sensibilidade de 61,2% (IC95%: 51,3-70,5%) e especificidade de 64,4% (IC95%: 57,9-70,5%), valor preditivo positivo para ROP qualquer estadiamento 43,5% (IC95%: 35,4-51,8%) e valor preditivo negativo de 78,8% (IC95%: 72,3-84,3%). Para a ROP grave, a área grave a curva foi 0,63% (IC95%: 0,495-0,761; P=0,037), o ponto de corte demonstrou sensibilidade de 62,5% (IC95%: 42,2-80,0%), especificidade de 58,0% (IC95%: 52,3-63,6%), valor preditivo positivo 10,8% (IC95%: 6,5-16,9%) e valor preditivo negativo 95,0% (IC95%: 91,0-97,5%). Conclusões: O baixo ganho ponderal aferido na 6ª semana de vida foi um fator de risco importante, independente e capaz de predizer o surgimento da ROP em qualquer estadiamento evolutivo assim como da ROP grave. Não foi possível demonstrar uma relação inversa do ganho ponderal com os estadiamentos mais avançados da ROP. / Purposes: To analyze the low weight gain from birth to the sixth week of life as an independent risk factor for development of retinopathy of prematurity (ROP) as well as to evaluate a possible inverse relationship of weight gain with the stage of ROP. Methods: An institutional cohort, observational, and prospective study comparing incidence of ROP and weight gain after preterm birth. All infants with birth weight 1,500 grams and gestational age 32 weeks at birth between October 2002 and December 2006 that survived from the sixth to the 42th week of postmenstrual age were included. Principal clinical outcome were development of ROP in any stage and development of severe ROP in need of treatment. The main variable was the proportion of weight gain to the birth weight measured at the sixth week of life. To determine if the weight gain was influenced by the birth weight, patients were divided in two groups: Group 1 with birth weight 1,000 grams and Group 2 with birth weight >1,000 grams. Prevalence of ROP was determined in both groups. Chi-Square and Student - t test were used to compare patients with and without ROP. Logistic regressions were performed to determine if the weight gain was related to the development of ROP independent of other variables. Relative risk for ROP was calculated with 95% confidence interval. The accuracy of weight gain for the development of ROP in any stage or severe ROP were evaluated by receiver operating characteristic (ROC) curves with respective sensitivity and specificity cut offs and both positive and negative predictive values. Results: Of 317 studied preterms, 98 (30.9%) developed ROP in any stage. The mean weight gain among patients without ROP was 678.8 grams (DP 258.6) and among patients that developed the disease was 462.8 grams (DP 209.4), (P<0,001). The mean proportion of WG has reduced significantly in children that did not developed ROP to children that developed ROP stage 1 and 2 (P<0.001). It was not possible to determine this reduction in cases of ROP stage 3 or more. Adjusted logistic regression in Group 1 indicated 1.055 OR for ROP (CI95%: 1.028-1.083; P<0.001) and Group 2, 1.031 (CI95%; 1.008-1.054; P=0.007). The area under the ROC curve was 0.67% (CI95%: 0.598-0.729; P<0.001). The cutoff of 51,2% of the WG has shown 61.2% of sensitivity (CI95%: 51.3-70.5%), 64.4% of specificity (IC95%: 57.9-70.5%), 43.5% of positive predictive value for any stage of ROP (IC95%: 35.4-51.8%) and 78.8% of negative predictive value (IC95%: 72.3-84.3%). For severe ROP, the area under the curve was 0.63% (IC95%: 0.495-0.761; P=0.037), the cutoff has shown 62.5% of sensitivity (IC95%: 42.2-80.0%), 58.0% of specificity (IC95%: 52.3-63.6%), 10.8% of positive predictive value (IC95%: 6.5- 16.9%), and 95.0% negative predictive value (IC95%: 91.0-97.5%). Conclusions: Low weight gain measured by the 6th week of life was an important and independent risk factor and was capable to predict the development of ROP in any stage and severe ROP. It was not possible to show an inverse relationship between the weight gain and more severe stages of ROP due to a low number of these cases. / TEDE / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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Estudo da acurácia da fotografia digital para rastreamento de retinopatia diabética na atenção primáriaRosses, Ana Paula Oliveira January 2015 (has links)
Introdução A Retinopatia Diabética (RD) é uma causa prevenivel de cegueira em adultos, sendo relevante estudar alternativas para estruturar um programa de rastreamento de retinopatia diabética eficiente. Objetivos Avaliar o desempenho diagnóstico da fotografia digital de retina no rastreamento de retinopatia diabética, realizado por médicos de farnilia, comparadas com a avaliação das mesmas fotos por oftalmologista com experiência em RD (Padrão-ouro); Metodologia Em um serviço de atenção primária, foram realizadas fotografias de retina com o retinógrafo não midriático Canon CR-2 Digital Retina! Camera em 219 pacientes diabéticos tipo 2, com e sem midriase medicamentosa. As fotografias foram avaliadas por 3 médicos de farnilia com treinamento e 2 oftalmologistas, segundo a Classificação Internacional de Retinopatia Diabética e Edema Macular, que informaram sobre legibilidade e qualidade da foto. A avaliação dos oftalmologistas foi utilizada como padrão ouro. Foram calculados sensibilidade, especificidade, acurácia, valor preditivo positivo e concordância através do percentual de concordância, Kappa e Kappa ajustado. Foi avaliada a necessidade do uso de colírio midriático. Resultados A amostra foi constituída por 40,2%homens, a maioria caucasianos. A prevalência de retinopatia diabética foi de 19,2%, sendo 1,5% RD proliferativa. Edema macular ocorreu em 5% da amostra, sendo grave em 1% dos casos. A sensibilidade dos médicos de farnilia para avaliação de RD foi em média 82,9%, (66,7% até 94,8%); a especificidade, 92%, (90,2% até 93,3%); a acurácia, 90,3% (88,2% até 93%) e o valor preditivo positivo ficou em média 71,2% (68% até 75,5%).Já para edema macular a sensibilidade foi em média 30% (10% a 70%); especificidade 96,6% (95,1% a 98,4%); acurácia 93,1% (90,7% a 94,8%) e valor preditivo positivo ficou em média 28,3% (10% a 50%). A concordância calculada através do coeficiente de Kappa ajustado variou de 0,74 a 0,8 para retinopatia e 0,88 a 0,92 para edema macular. O percentual de concordância dos encaminhamentos entre o padrão ouro e os médicos de família variou de 69,4% até 74,4%, sendo maior entre os pacientes com retinopatia grave. O uso de colírio midriático melhorou a qualidade das fotos (teste de McNemar p< 0,005): fotos foram ilegíveis em 14,8% sem colírio, e em 8,7% após dilatação pupilar. A idade foi o único fator associado a qualidade das fotos. Conclusão Em uma população com prevalência de retinopatia semelhante à literatura, os médicos de família com treinamento possuem boa acurácia, especificidade e sensibilidade para avaliação das fotografias digítais de retina e classificação de RD. Houve melhora da legibilidade e qualidade da fotografia quando realizada dilatação pupilar farmacológíca em pacientes mais idosos. Este estudo traz a contribuição de que médicos de família treinados podem contribuir para o rastreamento populacional deRD. / Introduction We must study alternatives to structure an effective diabetic retinopathy screening program. Objectives Evaluate the diagnostic performance of retinal digital photography for diabetic retinopathy screening in primary care (PC), accuracy of the family physician (FP) in DR identification compared to the ophthalmo1ogist, and the need for di1ation. Methodology In a PC service were performed retinal photographs with non-mydriatic Retina! Camera in 219 type 2 diabetic patients with and without medication mydriasis. The photographs were graded by three FP with training and two ophthalmo1ogists (go1d standard). We calculated sensitivity, specificity, accuracy and agreement through the rate of agreement and Kappa adjusted. Results The prevalence of DR and PDR was 19.2% and 1.5%, respective1y. The sensitivity of FP to evaluate DR averaged 82.9% (66.7% to 94.8%); specificity, 92% (90.2% to 93.3%); the accuracy, 90.3% (88.2% to 93%). The agreement calculated using the kappa adjusted coefficient was from 0.74 to 0.8 for retinopathy and 0.88 to 0.92 for macular edema. Photos were unreadab1e by 14.8% without 8.7% after midryasis (McNemar test p <0.005). Age was associated with photo readabi1ity. Conclusion Trained FP reached a good performance for evaluation ofretinography for DR There was improvement in readability with pupi1 di1ation in o1der patients.
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Homeostase pressórica e retinopatia diabética em pacientes com diabete melito tipo 1 normotensos e normoalbuminúricosRodrigues, Ticiana da Costa January 2006 (has links)
A retinopatia e a nefropatia estão entre as mais prevalentes e incapacitantes complicações secundárias a dano microvascular no diabete melito. A gravidade da hiperglicemia e a presença de hipertensão arterial sistêmica estão entre os principais fatores de risco para essas complicações. A monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) permitiu uma melhor compreensão dos padrões de variação da pressão arterial em pacientes diabéticos. Vem se acumulando evidências de que pacientes com diabetes podem apresentar padrões alterados da homeostase pressórica durante as 24h. Mesmo pequenas alterações da homeostase pressórica podem estar implicadas no aumento de risco de complicações microvasculares, incluindo pacientes considerados normotensos na avaliação da pressão arterial por aferição em consultório. Essas alterações pressóricas associadas à hiperglicemia, podem produzir perda da auto-regulação dos vasos retinianos, acelerando ou agravando a retinopatia diabética. Provavelmente a MAPA poderá se tornar um instrumento de avaliação clínica útil em pacientes diabéticos normotensos, auxiliando no processo de identificação precoce de pacientes em risco de desenvolvimento de complicações microangiopáticas. O objetivo desse artigo é fornecer uma revisão atualizada e orientada para a clínica sobre homeostase pressórica e diabetes.
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Estudo da acurácia da fotografia digital para rastreamento de retinopatia diabética na atenção primáriaRosses, Ana Paula Oliveira January 2015 (has links)
Introdução A Retinopatia Diabética (RD) é uma causa prevenivel de cegueira em adultos, sendo relevante estudar alternativas para estruturar um programa de rastreamento de retinopatia diabética eficiente. Objetivos Avaliar o desempenho diagnóstico da fotografia digital de retina no rastreamento de retinopatia diabética, realizado por médicos de farnilia, comparadas com a avaliação das mesmas fotos por oftalmologista com experiência em RD (Padrão-ouro); Metodologia Em um serviço de atenção primária, foram realizadas fotografias de retina com o retinógrafo não midriático Canon CR-2 Digital Retina! Camera em 219 pacientes diabéticos tipo 2, com e sem midriase medicamentosa. As fotografias foram avaliadas por 3 médicos de farnilia com treinamento e 2 oftalmologistas, segundo a Classificação Internacional de Retinopatia Diabética e Edema Macular, que informaram sobre legibilidade e qualidade da foto. A avaliação dos oftalmologistas foi utilizada como padrão ouro. Foram calculados sensibilidade, especificidade, acurácia, valor preditivo positivo e concordância através do percentual de concordância, Kappa e Kappa ajustado. Foi avaliada a necessidade do uso de colírio midriático. Resultados A amostra foi constituída por 40,2%homens, a maioria caucasianos. A prevalência de retinopatia diabética foi de 19,2%, sendo 1,5% RD proliferativa. Edema macular ocorreu em 5% da amostra, sendo grave em 1% dos casos. A sensibilidade dos médicos de farnilia para avaliação de RD foi em média 82,9%, (66,7% até 94,8%); a especificidade, 92%, (90,2% até 93,3%); a acurácia, 90,3% (88,2% até 93%) e o valor preditivo positivo ficou em média 71,2% (68% até 75,5%).Já para edema macular a sensibilidade foi em média 30% (10% a 70%); especificidade 96,6% (95,1% a 98,4%); acurácia 93,1% (90,7% a 94,8%) e valor preditivo positivo ficou em média 28,3% (10% a 50%). A concordância calculada através do coeficiente de Kappa ajustado variou de 0,74 a 0,8 para retinopatia e 0,88 a 0,92 para edema macular. O percentual de concordância dos encaminhamentos entre o padrão ouro e os médicos de família variou de 69,4% até 74,4%, sendo maior entre os pacientes com retinopatia grave. O uso de colírio midriático melhorou a qualidade das fotos (teste de McNemar p< 0,005): fotos foram ilegíveis em 14,8% sem colírio, e em 8,7% após dilatação pupilar. A idade foi o único fator associado a qualidade das fotos. Conclusão Em uma população com prevalência de retinopatia semelhante à literatura, os médicos de família com treinamento possuem boa acurácia, especificidade e sensibilidade para avaliação das fotografias digítais de retina e classificação de RD. Houve melhora da legibilidade e qualidade da fotografia quando realizada dilatação pupilar farmacológíca em pacientes mais idosos. Este estudo traz a contribuição de que médicos de família treinados podem contribuir para o rastreamento populacional deRD. / Introduction We must study alternatives to structure an effective diabetic retinopathy screening program. Objectives Evaluate the diagnostic performance of retinal digital photography for diabetic retinopathy screening in primary care (PC), accuracy of the family physician (FP) in DR identification compared to the ophthalmo1ogist, and the need for di1ation. Methodology In a PC service were performed retinal photographs with non-mydriatic Retina! Camera in 219 type 2 diabetic patients with and without medication mydriasis. The photographs were graded by three FP with training and two ophthalmo1ogists (go1d standard). We calculated sensitivity, specificity, accuracy and agreement through the rate of agreement and Kappa adjusted. Results The prevalence of DR and PDR was 19.2% and 1.5%, respective1y. The sensitivity of FP to evaluate DR averaged 82.9% (66.7% to 94.8%); specificity, 92% (90.2% to 93.3%); the accuracy, 90.3% (88.2% to 93%). The agreement calculated using the kappa adjusted coefficient was from 0.74 to 0.8 for retinopathy and 0.88 to 0.92 for macular edema. Photos were unreadab1e by 14.8% without 8.7% after midryasis (McNemar test p <0.005). Age was associated with photo readabi1ity. Conclusion Trained FP reached a good performance for evaluation ofretinography for DR There was improvement in readability with pupi1 di1ation in o1der patients.
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Polimorfismo -3826A/G no gene UCP1 : investigação de sua possível associação com retinopatia diabética em pacientes com diabetes mellitus tipo 1 e de seu efeito na expressão da UCP1 na retinaBrondani, Letícia de Almeida January 2011 (has links)
Está bem definido que fatores genéticos têm um papel importante no desenvolvimento do diabetes mellitus (DM) e de suas complicações crônicas. Sendo assim, grandes esforços têm sido feitos para se identificar os genes associados com estas doenças. A proteína desacopladora 1 (UCP1), principalmente expressa no tecido adiposo marrom, desacopla a oxidação dos substratos da síntese de ATP pela ATPsintase, dessa forma, dissipando o potencial de membrana e, consequentemente, diminuindo a produção de ATP pela cadeia respiratória mitocondrial. Esse desacoplamento então leva à regulação do gasto energético, à termogênese e à proteção contra o estresse oxidativo. Um dos principais mecanismos pelo qual a hiperglicemia leva ao aparecimento das complicações crônicas do DM, como a retinopatia diabética (RD), é através do aumento da produção de espécies reativas de oxigênio pela mitocôndria. Portanto, é biologicamente plausível que o polimorfismo -3826A/G localizado na região promotora do gene UCP1 possa estar associado com a RD em pacientes com DM. No presente estudo, através de um delineamento de caso-controle, investigamos se o polimorfismo -3826A/G no gene UCP1 está associado à RD em pacientes com diabetes mellitus tipo 1 (DM1). Além disso, em um estudo transversal realizado em doadores de córnea, avaliamos se a UCP1 está expressa na retina humana e se o polimorfismo -3826A/G modifica a sua expressão nesse tecido. Também avaliamos a expressão do gene MnSOD2, o qual codifica uma importante enzima antioxidante, de acordo com os diferentes genótipos do polimorfismo -3826A/G. No estudo de caso-controle, as frequências do polimorfismo -3826A/G foram avaliadas em 257 pacientes com DM1 diferenciados de acordo com a presença de RD (154 casos com RD e 103 controles sem RD). O estudo transversal incluiu 166 doadores cadavéricos de córneas. Em um subgrupo de 107 amostras de retina diferenciadas de acordo com a presença do alelo de risco do polimorfismo estudado, as concentrações dos mRNAs de UCP1 e MnSOD2 foram avaliadas pela técnica de PCR em tempo real. O alelo G do polimorfismo -3826A/G foi mais frequente em pacientes com RD do que em pacientes sem esta complicação (41,0% vs. 31,0%; P = 0,029). O genótipo G/G foi associado a um risco aumentado para RD, após o ajuste para idade, presença de hipertensão arterial e níveis de creatinina sérica (Razão de Chances = 3,503, IC 95% 1,04 – 11,80; P = 0,043). Nossos dados mostram pela primeira vez a expressão do mRNA de UCP1 na retina humana (0,93 ± 1,35 n fold). Além disso, os portadores do alelo G apresentaram uma maior expressão gênica de UCP1 do que os portadores do genótipo A/A (1,10 ± 1,50 vs. 0,51 ± 0,99 n fold; P = 0,034). Interessantemente, os portadores do alelo G também apresentaram uma expressão gênica aumentada de MnSOD2 (P = 0,031). Adicionalmente, as concentrações de UCP1 e de MnSOD2 na retina se correlacionaram positivamente (r = 0,29, P = 0,015). Em conclusão, nossos resultados mostram uma associação independente do polimorfismo -3826A/G com a RD em pacientes com DM1. Esse estudo é o primeiro a relatar que a UCP1 está expressa na retina humana e que o polimorfismo -3826A/G influencia a sua expressão nesse tecido. Possivelmente, a expressão de MnSOD2 influencia o efeito da UCP1 na proteção contra o estresse oxidativo. Estudos funcionais adicionais serão necessários para avaliar qual o efeito da UCP1 na retina humana e confirmar se mudanças na expressão do gene UCP1 também ocasionam mudanças nos níveis de proteína. / It is well established that genetic factors play an important role in the development of diabetes mellitus (DM) and its chronic complications. Therefore, great efforts have been made to identify genes associated with these diseases. The uncoupling protein 1 (UCP1), mainly expressed in brown adipose tissue, acts uncoupling the oxidation of substrates from ATP synthesis by ATP-synthase, thereby dissipating the membrane potential and, consequently, decreasing the ATP production by the mitochondrial respiratory chain. This uncoupling then leads to the regulation of energy expenditure, thermogenesis, and protection against oxidative stress. One of the main mechanisms by which hyperglycemia leads to the development of chronic diabetic complications, such as diabetic retinopathy (DR), is through the increased production of reactive oxygen species by mitochondria. Thus, it is biological plausible that the - 3826A/G polymorphism located at the promoter region of the UCP1 gene might be associated with DR in patients with DM. In this study, through a case-control design, we investigated whether the - 3826A/G polymorphism in the UCP1 gene is associated with DR in patients with type 1 diabetes mellitus (DM1). In addition, in a cross-sectional study performed in cornea donors, we evaluated whether the UCP1 gene is expressed in human retina, and whether the -3826A/G polymorphism modifies its expression in this tissue. We also evaluated the MnSOD2 gene expression (which is a gene that codifies an important antioxidant enzyme) according to the different genotypes of the -3826A/G polymorphism. In the case-control study, the frequencies of the -3826A/G polymorphism were evaluated in 257 patients with DM1 differentiated according to the presence of DR (154 cases with DR and 103 controls without DR). The cross-sectional study included 166 cadaveric donor corneas. In a subgroup of 107 retinal samples differentiated according to the presence of the risk allele of the analyzed polymorphism, UCP1 and MnSOD2 mRNA concentrations were evaluated by real time-PCR technique. The G allele of the -3826A/G polymorphism was more frequent in patients with DR compared to patients without this complication (41.0% vs. 31.0%; P = 0.029). The G/G genotype was associated with an increased risk to DR, after adjusting for age, arterial hypertension and serum creatinine levels (Odds Ratio = 3.503; 95% 1.04 - 11.80; P = 0.043). Our data show for the first time the UCP1 mRNA expression in human retina (1.35 ± 0.93 n fold). Moreover, G allele carriers had a higher UCP1 mRNA expression than A/A genotype carriers (1.10 ± 1.50 vs. 0.51 ± 0.99 n fold, P = 0.034). Interestingly, G allele carriers also showed an increased MnSOD2 gene expression (P = 0.031). Additionally, UCP1 and MnSOD2 concentrations in retina were positively correlated (r = 0.29, P = 0.015). In conclusion, our results show an independent association between the -3826 A/G polymorphism and DR in DM1 patients. This is the first report showing that UCP1 is expressed in human retina, and that the -3826A/G polymorphism influences its expression in this tissue. Possibly, MnSOD2 expression might influence the UCP1 effect in the protection against oxidative stress. Further functional studies will be needed to evaluate the effect of UCP1 in human retina, and to confirm that changes in the UCP1 gene expression also cause changes in protein levels.
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Homeostase pressórica e retinopatia diabética em pacientes com diabete melito tipo 1 normotensos e normoalbuminúricosRodrigues, Ticiana da Costa January 2006 (has links)
A retinopatia e a nefropatia estão entre as mais prevalentes e incapacitantes complicações secundárias a dano microvascular no diabete melito. A gravidade da hiperglicemia e a presença de hipertensão arterial sistêmica estão entre os principais fatores de risco para essas complicações. A monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) permitiu uma melhor compreensão dos padrões de variação da pressão arterial em pacientes diabéticos. Vem se acumulando evidências de que pacientes com diabetes podem apresentar padrões alterados da homeostase pressórica durante as 24h. Mesmo pequenas alterações da homeostase pressórica podem estar implicadas no aumento de risco de complicações microvasculares, incluindo pacientes considerados normotensos na avaliação da pressão arterial por aferição em consultório. Essas alterações pressóricas associadas à hiperglicemia, podem produzir perda da auto-regulação dos vasos retinianos, acelerando ou agravando a retinopatia diabética. Provavelmente a MAPA poderá se tornar um instrumento de avaliação clínica útil em pacientes diabéticos normotensos, auxiliando no processo de identificação precoce de pacientes em risco de desenvolvimento de complicações microangiopáticas. O objetivo desse artigo é fornecer uma revisão atualizada e orientada para a clínica sobre homeostase pressórica e diabetes.
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