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Quem é o phrónimos? uma abordagem narrativa à ética de Paul RicoeurNascimento, Fernando Luís do 08 April 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-04-08 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This thesis intends to philosophically explore the concept of practical wisdom as proposed by Paul Ricoeur in his "Little Ethics". Practical wisdom is a core concept on the Aristotelian tradition that has been discussed and incorporated by several contemporary thinkers like H.G. Gadamer, A. MacIntyre, M. Nussbaum and P. Ricoeur. In order to promote a deeper analysis of the concept we propose an indirect approach via the person who is recognized as someone with practical wisdom, the phrónimos. Through this approach we suggest the concept of phronetical identity by using several categories of the ricoeurian reflection about narrativity in order to recognize phronimos's distinctive attributes. Among them emerges the phronetical plurality as a key concept to understand and further explore the possibilities of practical wisdom in the context of the contemporary ethical debate / O objetivo central desta tese é explorar o conceito de sabedoria prática a partir da
proposta ética de Paul Ricoeur. A sabedoria prática é um conceito cardeal da tradição
aristotélica que tem sido recuperado por vários pensadores contemporâneos como H. G.
Gadamer, A. MacIntyre, M. Nussbaum e P. Ricoeur. Para a investigação mais profunda
do conceito, é desenvolvida uma abordagem indireta através da pessoa que é
reconhecida como alguém que possui a sabedoria prática, o phrónimos. Nessa
abordagem, é sugerido o conceito de identidade phronética, que procura aplicar várias
categorias das reflexões ricoeurianas sobre a narratividade para o reconhecimento dos
atributos distintivos do phrónimos, entre os quais a pluralidade phronética, que emerge
como um dos traços mais significativos
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SOLICITUDE E RESPEITO AO OUTRO EM PAUL RICOEUR / SOLICITUDE AND RESPECT FOR OTHERS IN PAUL RICOEURSimões, Adelson Cheibel 26 April 2013 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Investigate the concepts of Solicitude and Respect in Paul Ricoeur supposes that we enter certainly in his writings on ethics and morals. Therefore, first it is necessary to bear in mind certain considerations such as the distinction made by the philosopher within the field of ethics through the concepts of ethics, referring to the good life and moral which is understood as mandatory. Along the same line we have the concept of care that is developed by Ricoeur from the fact that he did not find in the Aristotelian concept of friendship a sufficiently clear endorsement of otherness. That is the reason why he turns to the concept of solicitude as a possibility of opening and welcoming of another. Secondly we try to justify the thesis of the necessity of submission of ethical intent to proof of standard, since it is in this connection between obligation and formalism that this shock unfolds. The result achieved is that respect for oneself is the correlate of moral self-esteem, constituting itself from corresponding structures. The conclusion we draw is that the respect for oneself, which in the moral aspect corresponds to the respect for oneself of the ethical plane, is just full of meaning when your respect for the rule is expanded with respect to others. Finally, we understand that it is the idea of humanity in my person and the other person that makes us move from the ethical to the moral plane. This change then has resonance in the idea of justice. The problem of justice becomes to establish equitable procedures in order to ensure respect for all the people. At the individual level, justice is the guarantee of liberty, it is respect in interpersonal and in the collective level it translates as the standard which ensures the good coexistence. However, there are conflicts that arise from the application of the rules. And so the purpose of practical wisdom is to settle conflicts so that it is possible to achieve the good life, thinking in a fair way and acting well. / Investigar os conceitos de Solicitude e de Respeito em Paul Ricoeur supõe que nos adentremos certamente em seus escritos sobre a ética e a moral. Portanto em primeiro lugar se faz necessário que tenhamos em mente algumas considerações, tais como a distinção feita pelo filósofo dentro do próprio campo da ética mediante os conceitos, fazendo referência à vida boa e moral ao que se entende como obrigatório. Nesta mesma linha temos o conceito de solicitude que é elaborado por Ricoeur a partir do fato de ele não encontrar no conceito aristotélico de amizade um respaldo suficientemente claro de alteridade. Por isso recorre ao conceito de solicitude, enquanto uma possibilidade de abertura e de acolhida ao outro. Em segundo lugar tratamos de justificar a tese da necessidade da submissão da intenção ética à prova da norma, uma vez que é nesta ligação entre obrigação e formalismo que este embate se desenrola. O resultado alcançado é que o respeito de si é o correlato moral da estima de si, constituindo-se a partir de estruturas correspondentes. A conclusão que tiramos é que o respeito de si, que no plano moral corresponde à de si do plano ético, apenas é pleno de seu significado quando o respeito da norma estiver se expandido com respeito a outrem. Por último, temos que é a ideia de humanidade na minha pessoa e na pessoa do outro que nos faz passar do plano ético para o plano moral. Essa mudança então tem ressonância na ideia de justiça. O problema da justiça se torna o de estabelecer procedimentos equitativos, de modo a assegurar a todos o respeito para com as pessoas. No plano individual, a justiça é a garantia da liberdade, no interpessoal é o respeito e no plano coletivo, se traduz como norma que assegura o bem viver juntos. Porém há conflitos que nascem a partir da aplicação das normas. E, portanto o objetivo da sabedoria prática é dirimir conflitos para que seja possível alcançarmos a vida boa, pensando o justo e deliberando bem.
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ENTRE O JUSTO E O LEGAL: RICOEUR E A NOÇÃO DE JUSTIÇA / BETWEEN GOOD AND LEGAL: RICOEUR AND THE NOTION OF JUSTICEPadilha, Rafael Alves 27 August 2012 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The present dissertation aims to reconstruct and to discuss Paul Ricoeur s argumentation about the notion of justice, presented at several books that had been published in the beginning and mid 90 , among them, Oneself as another, and the two collections of articles The just 1 and Readings 1: around the political. According to this, it takes as director axis the dialectic between teleology and deontology, with their respective predicates good and legal , seen by Ricoeur as a preparation for the real challenge of morality taken as a whole: the moral singular judgment, executed at uncertainty situations, under the sign of the practical wisdom. Under the teleological vision, the justice, with the providential intermediation of the Aristotelian s notion of friendship, is connected to the desire of a realized life, the ethic s aim. Further, yet with Aristotle, Ricoeur sees in the institution, grasped as a structure of desire to live together characterized by common wonts, the appropriated mediation to the distributive relations which it occurs under the aegis of justice. On the deontological plane, the discussion promoted with the Rawls s great work doesn t aim, properly, to refute it. In a diverse way, according to the thesis of the teleology s primacy over the deontology, what it intent is, at one hand, to extract a presupposed ethical sense, that the formalization of the rule of justice doesn t admit explicitly, and, at the other hand, to describe the tension provoked by the formalism, which conducts to necessity of a final recourse to the ethics itself. In the end, the phronesis s expedient, in your Aristotelian roots, aims the moral judgment s fundamental structure. Here, the paradigmatic example is offered by the judicial institution, which, in the judge s figure, judges the different demands and pronounces the justice, applying the law in a complex and not mechanical way, respecting their own rituals and obeying to public and recognized argumentation modes. The final point of this extensive trajectory is accomplished only when the act of judge is, finally, executed, distributing to each litigious part what is theirs by law, their fair share, contributing, in long term, to keep the social peace. / A presente dissertação tem como objetivo geral propor uma reconstrução e uma discussão da argumentação de Paul Ricoeur em torno à noção de justiça, apresentada em diversos livros do início e meados dos anos 90, dentre eles, O si-mesmo como um outro, e as duas coletâneas de artigos O justo 1 e Leituras 1: em torno ao político. Em função disto, ela toma como eixo diretor a dialética entre teleologia e deontologia, com seus respectivos predicados bom e legal , vista por Ricoeur como uma preparação para o verdadeiro desafio da moralidade tomada como um todo: o juízo moral singular, tomado em situações de incerteza, sob o signo da sabedoria prática. Sob a ótica teleológica, a justiça, com a intermediação providencial da noção aristotélica de amizade, é vinculada ao desejo de uma vida realizada, o objeto próprio da ética. Adiante, ainda com Aristóteles, Ricoeur percebe na instituição, compreendida como uma estrutura do querer viver junto caracterizada por costumes comuns, a mediação adequada às relações distributivas que se dão sob o signo da justiça. No plano deontológico, a discussão promovida com a obra magna de Rawls não pretende, propriamente, refutá-la. De maneira diferente, em acordo com a tese da primazia da teleologia sobre a deontologia, o que se tem em mente é, de um lado, extrair um sentido ético pressuposto, embora não admitido explicitamente, pela formalização da regra da justiça e, de outro lado, descrever a tensão provocada pelo formalismo que conduz à necessidade de um recurso final à ética. Por fim, o expediente da phronesis, em suas raízes aristotélicas, mira a estrutura fundamental do juízo moral em situação. Aqui, o exemplo paradigmático é fornecido pela instituição judiciária, que, na figura do juiz, julga as diferentes demandas e pronuncia a justiça, aplicando a lei de modo complexo e não mecânico, respeitando os seus ritos específicos e obedecendo a modos publicamente reconhecidos de argumentação. O ponto final deste longo percurso só é atingido quando o ato de julgar é, finalmente, executado, distribuindo a cada uma das partes litigiosas o que é seu de direito, sua justa parte, contribuindo, a longo prazo, para a manutenção da paz social.
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