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Enfermagem, trabalho e saúde : cenas e atores de um serviço público de pronto socorro / Enfermeria, trabajo y salud : escenas y actores de un servicio público de emergencia / Nursing, work and health : scenes and actors of the state emergency unit

Dal Pai, Daiane January 2007 (has links)
Os serviços públicos de urgência e emergência têm se caracterizado pela superlotação, ritmo acelerado e sobrecarga de trabalho para os profissionais da saúde. O presente estudo se inscreve nesse âmbito, buscando compreender o trabalho na sua relação com a saúde das profissionais de enfermagem. Dessa forma, a relação saúde-trabalho é enfocada a partir da descrição do contexto organizacional do serviço, da compreensão da dinâmica de trabalho em urgência e emergência e das vivências da equipe de enfermagem nessa realidade. O Serviço de Atendimento Externo (SAE) do Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre foi o local utilizado para a investigação, que seguiu um modelo qualitativo de estudo de caso. A presente pesquisa teve sua proposta previamente aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da própria Instituição. A coleta dos dados compreendeu a análise de documentos da Instituição (escalas de trabalho, registro das queixas, dentre outros), a observação da dinâmica do serviço, ocorrida em 14 períodos de duas horas de duração, e a realização de entrevistas semi-estruturadas com 12 profissionais de enfermagem. Os dados foram submetidos à análise de conteúdo, elaborando-se um conjunto textual interpretativo a fim de responder aos objetivos do estudo. Três categorias emergiram do tratamento dos dados: O contexto organizacional do SAE, Aspectos envolvidos na dinâmica do trabalho da enfermagem em urgência e emergência, e O sentido do trabalho propiciando a saúde das trabalhadoras. A primeira categoria incluiu aspectos referentes às demandas que o serviço atende e sua organização quanto à estrutura física e recursos humanos disponíveis para o atendimento. A segunda categoria contemplou as conseqüências da intensificação do trabalho para o cotidiano da enfermagem, os desafios para a implantação da política de acolhimento no serviço, as condições e a divisão do trabalho, bem como as interações das profissionais com os usuários. Ainda, nessa categoria, foram abordadas as estratégias coletivas de defesa utilizadas pela enfermagem para conviver com o sofrimento gerado por muitas situações reveladas nesta pesquisa. Na terceira categoria, visualizou-se que a saúde das trabalhadoras preserva-se pelo sentido que elas atribuem para a atuação, o que foi explorado com base no orgulho manifesto pelas participantes e no reconhecimento constituinte da identidade no trabalho. Diante disso, foi possível compreender que a saúde das profissionais de enfermagem é constituída a partir de uma dinâmica de trabalho, por vezes danosa, resultante de um contexto organizacional que carrega marcas de um sistema público de saúde com muitas lacunas, mas que permite, de algumasmaneiras, que as trabalhadoras encontrem caminhos originais para dar conta das exigências do trabalho e das suas próprias necessidades, sem adoecerem. Ainda sobre a relação saúde-trabalho, pôde-se constatar que aspectos como a imprevisibilidade da demanda, a tecnologia e as manobras para salvar a vida, são fatores que favorecem a saúde no trabalho pelo reconhecimento provindo da ação de salvar vidas, uma vez que nessas situações as profissionais exercem suas habilidades especializadas, atuam intelectualmente diante do objeto de trabalho e acompanham o desfecho da produção (a vida ou a morte do paciente). Identificaram-se, como impróprias à saúde, as situações que deixam as trabalhadoras contrariadas pela sua incompletude, ou seja, situações nas quais o problema do paciente não é resolvido, e as trabalhadoras percebem os seus fazeres desprovidos de sentido. / The urgency and emergency state services have been characterized by overcrowd, accelerated rhythm and work overload for the health professionals. The current study is inserted within this range and searches for understanding the job in its relation with the health of the nursing professionals. So, the health-work relation is focused from the description of the service organizational context, from the understanding of the work dynamics in urgency and emergency and from the life experiences of the nursing team within this reality. The External Attendance Service (EAS) of Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre was the site utilized for the research that followed a qualitative model of case study. The Ethics Committee on Research of the institution itself previously approved the proposal for the current research. The collection of data comprised the analysis of documents from the Institution (work time schedules, registration of claims, among others), the observation of the work dynamics occurred in 14 periods of two hours each; and the performance of semi-structured interviews with 12 nursing professionals. The data were submitted to content analysis and an interpretative textual set has been elaborated in order to meet the objectives of the study. Three categories emerged from the data treatment: The organizational context of AES, Aspects involved in the dynamics of the nursing work in urgency and emergency, and The meaning of the work providing the workers´ health. The first category included aspects regarding the demands that the service meets and its organization as to the physical structure and the human resources for the performance of the attendances. The second category contemplated the consequences of work intensification in the nursing daily routine, the challenges for the implantation of the welcoming policy in the work, the labor conditions and division as well as the interactions of the professionals with the users. Yet, within this category, an approach has been made as to the collective defense strategies utilized by nursing in order to live along with the suffering generated by the many situations revealed in this research. The third category visualized that the health of the workers is preserved by the meaning that they assign to their performance, what has been explored based on the pride expressed by the participants and the recognition that constitutes the identity in the work. In view of the above, it was possible to understand that the health of the nursing professionals is constituted from aworking dynamics which is sometimes harmful because it results from an organizational context that carries marks of a state health system with many blanks but which allows, somehow, that the workers find original ways of taking over the work requirements and their own needs without getting sick. Yet, regarding the health-work relation, it was possible to find out that aspects like the unforeseeable character of the demand, the technology and the maneuvers to save life are factors that favor health in the work due to the recognition deriving from the action of saving lives since in these situations the professionals perform their specialized abilities, act intellectually before the work object and follow-up the result of the production (life or death of the patient). It has been identified as inappropriate for health the situations that upset the workers because they do not get finished, i.e, situations where the problem of the patient is not solved and the workers perceive their actions as deprived from sense. / Los servicios públicos de urgencia y emergencia se han caracterizado por la súper ocupación, por el ritmo acelerado y sobrecarga de trabajo para los profesionales de salud. El presente estudio se inscribe en ese ámbito, buscando comprender el trabajo en su relación con la salud de los profesionales de enfermería. De esa forma, la relación salud-trabajo es enfocada a partir de la descripción del contexto organizacional del servicio, de la comprensión de la dinámica de trabajo en urgencia y emergencia y de las vivencias del equipo de enfermería en esa realidad. El Servicio de Atención Externa (SAE) del Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre fue el local escogido para la investigación, que siguió un modelo cualitativo de estudio de caso. La presente investigación tuvo su propuesta previamente aprobada por el Comité de Ética en Investigación de la propia Institución. La recolección de los datos comprendió el análisis de documentos de la institución (escalas de trabajo, registro de quejas, entre otros), la observación de la dinámica del servicio, ocurrida en 14 períodos de dos horas de duración, y la realización de entrevistas semiestructuradas con 12 profesionales de enfermería. Los datos fueron sometidos al análisis de contenido elaborándose un conjunto textual interpretativo a fin de responder en los objetivos del estudio. Tres categorías emergieron del tratamiento de los datos: El contexto organizacional del SAE; Aspectos envueltos en la dinámica del trabajo de enfermería en urgencia y emergencia y El sentido del trabajo que propicia la salud de las trabajadoras. La primera categoría incluyó aspectos referentes a las demandas que el servicio atiende y su organización en cuanto a la estructura física y a los recursos humanos disponibles para la atención. La segunda categoría contempló las consecuencias de la intensificación del trabajo para el cotidiano de la enfermería, los desafíos para la implantación de la política de acogida en el servicio, las condiciones y la división del trabajo, bien como las interacciones de las profesionales con los usuarios. Aún, en esa categoría fueran abordadas las estrategias colectivas de defensa utilizadas por la enfermería para convivir con el sufrimiento generado por muchas situaciones reveladas en esa investigación. La tercera categoría visualizó que la salud de las trabajadoras se preserva por el sentido que ellas atribuyen a su actuación, lo que fue explorado con base en el orgullo manifestado por las participantes y en el reconocimiento constituyente de la identidad en el trabajo. Delante de eso, fue posible comprender que la salud de las profesionales de enfermeríase constituye a partir de una dinámica de trabajo a veces dañosa, resultante de un contexto organizacional que lleva marcas de un sistema público de salud con muchos vacíos pero que permite, de algunas maneras, que las trabajadoras encuentren caminos originales para hacer cargo de las exigencias del trabajo e de sus propias necesidades sin quedarse enfermas. Aún, acerca de la relación salud-trabajo, se pudo constatar que aspectos como el carácter imprevisible de la demanda, la tecnología y las maniobras para salvar la vida son factores que favorecen la salud en el trabajo por el reconocimiento provenido de la acción de salvar vidas una vez que, en esas situaciones, las profesionales ejercen sus habilidades especializadas, actúan intelectualmente delante del objeto de trabajo y acompañan el término de la producción (vida o muerte del paciente). Se identificaron, como impropias, a la salud, las situaciones que dejan las trabajadoras contrariadas a causa de que no se completan, o sea, situaciones en las cuales el problema del paciente no es resuelto y las trabajadoras perciben sus acciones vacías de sentido.
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Análisis de la incidencia de factores causales en la evolución de la siniestralidad laboral en España

Gallego Blasco, Vicente Salvador 05 July 2021 (has links)
[ES] La Ley de Prevención de Riesgos Laborales de 8 de noviembre de 1995 (LPRL), en vigor desde el 10 de febrero de 1996, establece en su artículo 5: "tendrá por objeto la promoción de la mejora de las condiciones de trabajo dirigida a elevar el nivel de protección de la seguridad y la salud de los trabajadores en el trabajo." En esta Tesis se ha investigado la evolución de los índices de siniestralidad laboral y su relación con la evolución de diferentes variables explicativas relacionadas con el desarrollo normativo, el mercado de trabajo, la estructura productiva, las condiciones de empleo y las condiciones individuales, entre otras, para el caso de España y en el periodo 1995-2017, que abarca desde la promulgación de la LPRL hasta fechas recientes donde se disponía de los datos históricos necesarios. La investigación se ha centrado en los índices de salud más relevantes según su significado en términos de riesgo y/o sus componentes. El objetivo de la investigación ha sido el encontrar evidencias sobre relaciones causa-efecto entre índices y variables, a partir de las cuales extraer lecciones que facilitarán una mejor planificación de la acción preventiva. Para ello, se han propuesto varios modelos explicativos utilizando diferentes herramientas estadísticas, que han permitido formular de manera explícita y analizar la relación entre la evolución de los indicadores de salud ocupacional y la evolución de las principales variables explicativas. En términos generales puede concluirse que la implantación de dicha ley y normativa que la acompaña ha tenido un impacto positivo en las condiciones de trabajo y en consecuencia sobre el nivel de seguridad y salud de los trabajadores desde entonces y hasta la fecha. Sin embargo, se observan diferentes comportamientos cíclicos en la evolución de los indicadores, tales como los índices de incidencia, frecuencia y gravedad, que pone de manifiesto su dependencia de la naturaleza y comportamiento cíclico de algunas de las variables explicativas más importantes relacionadas con ciclos económicos, mercado de trabajo, estructura productiva, etc. Además, se observa como aspectos tales como la pertenencia a grupos de edad jóvenes o expertos, el nivel de estudios, determinadas categorías profesionales, y algunos sectores particulares tienen efectos significativos sobre los valores alcanzados por los índices de siniestralidad. En cambio, otros, como el trabajo a tiempo parcial o la contratación temporal no manifiestan tener tanta repercusión sobre los indicadores. / [CA] Partint de les dades corresponents als accidents ocorreguts en el període 1995-2017, es La Llei de Prevenció de Riscos Laborals de 8 de novembre de 1995 (*LPRL), en vigor des del 10 de febrer de 1996, estableix en el seu article 5: "tindrà per objecte la promoció de la millora de les condicions de treball dirigida a elevar el nivell de protecció de la seguretat i la salut dels treballadors en el treball." En aquesta Tesi s'ha investigat l'evolució dels índexs de sinistralitat laboral i la seua relació amb l'evolució de diferents variables explicatives relacionades amb el desenvolupament normatiu, el mercat de treball, l'estructura productiva, les condicions d'ocupació i les condicions individuals, entre altres, per al cas d'Espanya i en el període 1995-2017, que abasta des de la promulgació de la LPRL fins a dates recents on es disposava de les dades històriques necessàries. La investigació s'ha centrat en els índexs de salut més rellevants segons el seu significat en termes de risc i/o els seus components. L'objectiu de la investigació ha sigut el trobar evidències sobre relacions causa-efecte entre índexs i variables, a partir de les quals extraure lliçons que facilitaran una millor planificació de l'acció preventiva. Per a això, s'han proposat diversos models explicatius utilitzant diferents eines estadístiques, que han permés formular de manera explícita i analitzar la relació entre l'evolució dels indicadors de salut ocupacional i l'evolució de les principals variables explicatives. En termes generals pot concloure's que la implantació d'aquesta llei i normativa que l'acompanya ha tingut un impacte positiu en les condicions de treball i en conseqüència sobre el nivell de seguretat i salut dels treballadors des de llavors i fins hui. No obstant això, s'observen diferents comportaments cíclics en l'evolució dels indicadors, com ara els índexs d'incidència, freqüència i gravetat, que posa de manifest la seua dependència de la naturalesa i comportament cíclic d'algunes de les variables explicatives més importants relacionades amb cicles econòmics, mercat de treball, estructura productiva, etc. A més, s'observa com a aspectes com ara la pertinença a grups d'edat joves o experts, el nivell d'estudis, determinades categories professionals, i alguns sectors particulars tenen efectes significatius sobre els valors aconseguits pels índexs de sinistralitat. En canvi, uns altres, com el treball a temps parcial o la contractació temporal no manifesten tindre tanta repercussió sobre els indicadors. / [EN] The Occupational Risk Prevention Act of November 8, 1995 (ORPA), in force since February 10, 1996, establishes in its article 5: "will have as its objective the promotion of the improvement of working conditions aimed at raise the level of protection of the safety and health of workers at work. " This thesis has investigated the evolution of the occupational accident rates and their relationship with the evolution of different explanatory variables related to regulatory development, the labor market, the productive structure, employment conditions and individual conditions, among others, in the case of Spain and in the period 1995-2017, which ranges from the enactment of the LPRL to recent dates where the necessary historical data was available. Research has focused on the most relevant health indices according to their meaning in terms of risk and / or their components. The objective of the research has been to find evidence on cause-effect relationships between indices and variables, from which to extract lessons that will facilitate better planning of preventive action. To this end, several explanatory models have been proposed using different statistical tools, which have made it possible to explicitly formulate and analyze the relationship between the evolution of occupational health indicators and the evolution of the main explanatory variables. In general terms, it can be concluded that the implementation of said law and accompanying regulations has had a positive impact on working conditions and consequently on the level of health and safety of workers since then and to date. However, different cyclical behaviors are observed in the evolution of the indicators, such as incidence, frequency and severity indices, which highlights their dependence on the nature and cyclical behavior of some of the most important explanatory variables related to economic cycles, labor market, productive structure, etc. Furthermore, aspects such as belonging to young age groups or experts, educational level, certain professional categories, and some particular sectors are observed as having significant effects on the values reached by the accident rates. On the other hand, others, such as part-time work or temporary hiring, do not claim to have such an impact on the indicators. / Gallego Blasco, VS. (2021). Análisis de la incidencia de factores causales en la evolución de la siniestralidad laboral en España [Tesis doctoral]. Universitat Politècnica de València. https://doi.org/10.4995/Thesis/10251/168774

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