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Fácies sedimentares das formações Andirá e Arari, permiano da bacia do Amazonas, com base em testemunhos de sondagem no lago Soares, AmazonasSilva Júnior, Ziomar Costa e, 92-993358212 13 April 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-04-13 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This work presents the results of sedimentological and palynological analysis carried
out in approximately 230 m of core samples of the PBAT-15-43 borehole, where sedimentary
fácies and contact relationships were described among alluvial (base) deposits and fluvial
(top) fans of the Paleozoic Andirá and Arari formations from Amazon basin, respectively.
This borehole is located at Soares' Lake (Autazes, Amazon) and it was selected in function of
the good quality of the recovered cores, freely available by the Potassio do Brazil company.
Ten sedimentary facies were identified and clustered in three facies associations, denominated
informally as I, II and III. The facies association I were interpreted as fluvial with channel and
flood plain deposits. The association II, similarly, of fluvial environment includes facies from
processes of seismic nature and pen contemporaneous to the formation of alluvial deposits.
The association III were interpreted as an alluvial fan environment with deposits of
gravitational debris flows. Additionally palynological analysis in these formations endorsed
the age, and environmental interpretation of the final deposition process phase of the Permian
in the area. The inferior unit (Arari) was barren in palynomorphs. The Andirá Formation,
superior unit, contains a fairly well preserved palynoflora constituted mainly by the species
Lueckisporites virkkiae, Corisaccites alutas, Hamiapollenites andiraensis, H. karooensis,
Vittatina costabilis, V. saccata, V. subsaccata and Tornopollenites toreutos. Important species
of the Punctatisporites, Verrucosisporites, Limitisporites, Cycadopites and
Stratopodocarpites genera are also present. Elements of the paleomicroplancton (acritarchs)
were not detected. The sedimentologic data, corroborated by the recovered palynoflora
indicate that the sedimentation can be associated to the continental (fluvial-lacustrine)
environment, indicating a Late Permian age for the Andirá's strata formation. / Este trabalho apresenta os resultados de análises sedimentológicas realizadas em
aproximadamente 230m de testemunhos do furo de sondagem, PBAT-15-43, onde foram
descritas as fácies sedimentares e relações de contato entre depósitos de leques aluviais (base)
e fluviais (topo) das formações paleozoicas Andirá e Arari da Bacia do Amazonas,
respectivamente. Esta sondagem localiza-se no Lago do Soares (Autazes, Amazonas) e foi
selecionada em função da qualidade dos testemunhos recuperados, disponibilizados pela
empresa Potássio do Brasil. Dez fácies sedimentares foram identificadas e agrupadas em três
associações de fácies, denominadas informalmente de I, II e III. A associação I foi
interpretada como de ambiente fluvial com depósitos de canal e planície de inundação. A
associação II igualmente de ambiente fluvial engloba fácies deformadas oriundas de processos
de sobrecarga, liquefação e atividade sísmica, penecontemporâneas à formação dos depósitos
aluviais. A associação III foi interpretada como de ambiente de leques aluviais com depósitos
de fluxos gravitacionais de detritos. Adicionalmente procedeu-se a análise palinológica destas
formações que ratificaram a interpretação da fase final do processo de deposição no Permiano
da região. A unidade inferior (Arari) mostrou-se estéril em palinomorfos e nas amostras da
unidade superior (Andirá) não foram detectados elementos do paleomicroplancton marinho. A
palinoflora recuperada é constituída principalmente pelas espécies Lueckisporites virkkiae,
Corisaccites alutas, Hamiapollenites andiraensis, H. karooensis, Vittatina costabilis, V.
saccata, V. subsaccata e Tornopollenites toreutos; secundadas por espécies dos gêneros
Punctatisporites, Verrucosisporites, Limitisporites, Cycadopites e Stratopodocarpites. Os
dados sedimentológicos, corroborados pelos palinológicos indicam que a sedimentação pode
ser associada ao ambiente continental (fluvial-lacustre), definindo a idade Permiano Superior
para as camadas da Formação Andirá.
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Seqüências deposicionais e evolução paleoambiental do Grupo Bom Jardim e da Formação Acampamento Velho, Supergrupo Camaquã, Rio Grande do Sul / Not available.Liliane Janikian 10 November 2004 (has links)
O Supergrupo Camaquã (Neoproterozóico III-Eopaleozóico) aflora na porção centro-sul do Estado do Rio Grande do Sul e apresenta o registro sedimentar e vulcânico, sem metamorfismo, dos eventos tectônicos e deposicionais ocorridos no período entre as orogenias do Neoproterozóico (Ciclo Brasiliano) e o estabelecimento das grandes bacias intracratônicas paleozóicas. Este supergrupo é composto, do ponto de vista litoestratigráfico, por cinco unidades: Grupo Maricá, Grupo Bom Jardim, Formação Acampamento Velho, Grupo Santa Bárbara e Grupo Guaritas. Os levantamentos geológicos e estratigráficos, desenvolvidos durante os três anos de pesquisa da presente tese, foram realizados nas sucessões sedimentares e vulcanogênicas do Grupo Bom Jardim e da Formação Acampamento Velho, tendo-se como principais ferramentas análises de fácies e de associações de fácies, análise de proveniência e paleocorrentes, bem como a utilização dos conceitos de estratigrafia de seqüências e datações radiométricas de rochas vulcânicas e vulcanoclásticas, visando o reconhecimento da evolução paleoambiental destas unidades e a correlação de suas ocorrências, atualmente segmentadas em sub-bacias, denominadas Camaquã Central e Camaquã Ocidental. O Grupo Bom Jardim é composto por rochas vulcânicas, piroclásticas e sedimentares geradas em ambientes continentais subaéreos e lacustres. A Formação Acampamento Velho é constituída por sucessões vulcânicas e vulcanoclásticas geradas em ambientes subaéreos, que sobrepõe em discordância angular os depósitos do Grupo Bom Jardim. O Grupo Bom Jardim apresenta ótimas exposições na Sub-Bacia Camaquã Central, aflorando nas regiões de Bom Jardim (área-tipo da unidade) e Casa de Pedra, bem como na Sub-Bacia Camaquã Ocidental, principalmente nas regiões que compreendem Lavras do Sul (porção sul) e o flanco W da Serra do Espinilho (porção norte desta sub-bacia). Este grupo é constituído, a partir da base, pelas formações Cerro da Angélica, Hilário e Picada das Graças, tendo sido diagnosticadas seis seqüências deposicionais, denominadas como Seqüência Bom Jardim 1, 2, 3, 4, 5 e 6. A Formação Cerro da Angélica ocorre somente na Sub-Bacia Camaquã Central e possui cerca de 1.500m de espessura na região de Bom Jardim, que constitui a área-tipo da unidade, e aproximadamente 1.700m na região da Casa de Pedra. Nesta unidade foram diagnosticadas três seqüências deposicionais, denominadas como Seqüência Bom Jardim 1, 2 e 3. A primeira seqüência (SBJ-l) é caracterizada por sucessões geradas junto à bordas de falhas ativas, em regimes distensivos, representando os estágios iniciais do rifteamento da bacia. As SBJ-2 e SBJ-3 registram o crescente aumento das taxas de geração de espaço de acomodação, representando período de grande atividade tectônica. Os resultados geocronológicos obtidos possibilitaram estabelecer uma idade entre \'DA ORDEM DE\'600-593 Ma para a geração da Formação Cerro da Angélica. Sistemas deposicionais encontrados nestas três primeiras seqüências deposicionais indicam que a região da Casa de Pedra esteve próxima à borda da bacia enquanto que a região de Bom Jardim constituia a área de depocentro. A Formação Hilário, que corresponde à 4ª seqüência deposicional do Grupo Bom Jardim, representa o início da expansão da área da bacia em direção a oeste, causada pela migração das falhas de borda. Esta seqüência é constituída por rochas vulcânicas, piroclásticas e sedimentares, geradas em ambiente subaquático na região de Bom Jardim (considerada ainda neste período como o depocentro da bacia) e em ambientes subaéreos na região de Lavras do Sul (área de borda da bacia possivelmente próxima aos centros vulcânicos). Datações radiométricas realizadas pelos métodos Ar-Ar e U-Pb em zircões, atestam uma idade de aproximadamente 590 Ma para a geração da Formação Hilário. A Formação Picada das Graças compreende as seqüências BJ-5 e 6. A SBJ-5 é caracterizada pelos depósitos de pró-delta, reconhecidos tanto na Sub-Bacia Camaquã Central quanto na Ocidental, constituindo a continuação da expansão areal da bacia, associada aos últimos estágios de rifteamento e início do predomínio de subsidência termal. A continuidade da subsidência termal é observada na SBJ-6, com a deposição de sucessão conglomerática fluvial na Sub-Bacia Camaquã Ocidental e de deltas dominados por rios na região de Bom Jardim (SBC-Oc). Análises geocronológicas rea1izadas nas unidades sotopostas (Formação Hilário) e sobrepostas (Formação Acampamento Velho) sugerem uma idade aproximada de 580 Ma para a Formação Picada das Graças. Com ocorrência restrita à Sub-Bacia Camaquã Ocidental, a Formação Acampamento Velho constitui-se predominantemente de rochas vulcanoclásticas (piroclásticas primárias e retrabalhadas) e rochas vulcânicas de composição ácida, colocadas em contextos subaéreos, além de subordinadas rochas andesíticas associadas e de basaltos sub-vulcânicos. A unidade, com espessuras superiores a 600m, encontra-se em discordância angular sobre os depósitos flúvio-deltaicos do Grupo Bom Jardim, aflorantes no flanco oeste da Serra do Espinilho, e sobre os depósitos do Grupo Maricá, na parte oeste do Platô da Ramada. A Formação Acampamento Velho inicia-se com tufos grossos gerados por fluxos piroclásticos (ignimbritos), que transicionam para camadas tabulares e maciças de lapilli tufos e, por fim, para brecha tufos, que predominam na sucessão, composta por fragmentos de rochas vulcânicas ácidas e, principalmente, de rochas piroclásticas (tufos). Rochas vulcânicas de composição ácida, classificadas como riolitos, recobrem os depósitos piroclásticos. O topo da Formação Acampamento Velho constitui-se por novas rochas piroclásticas (lapilli tufos) retrabalhadas e por rochas andesíticas. Idades geocronológicas obtitas em riolitos da Formação Acampamento Velho atestam uma idade de 574 Ma para esta unidade / The Camaquã Supergrupo (Neoproterozoic III - Early Paleozoic) crops out in the South-central region of the Rio Grande do Sul State(southern Brazil) and presents the sedimentary and volcanic register, without metamorphism, of the tectonic and depositional events that occurred between the Neoproterozoic orogeny of southeastern South America (Brasiliano Cycle) and the onset of the great paleozoic intracratonic basins. The supergroup is divided, from a lithostratigraphic point of view, into five units: Maricá Group, Bom Jardim Group, Acampamento Velho Formation, Santa Bárbara Group and Guaritas Group. Stratigraphic and geological studies, developed through the three years of research of the present thesis, have focused on the sedimentary and volcanic successions of the Bom Jardim Group and Acampamento Velho Formation. The main methods were facies, paleocurrents and provenance analysis, as well as the application of sequence stratigraphy concepts and radiometric dating of volcanic and volcaniclastic rocks, to reconstitute the paleoenvironmental evolutions of these units and to stablish the stratigraphic correlations between their different outcrop areas, today separated into sub-basins, named Western and Central Camaquã Sub-basins. The Bom Jardim Group is composed of volcanic, pyroclastic and sedimentary rocks formed in continental subaerial and lacustrine environments. The Acampamento Velho Formation is constituted by volcanic and volcaniclastic successions of subaerial environments that overlay the Bom Jardim Group by angular unconformity. The Bom Jardim Group presents good exposures in the Central Camaquã Sub-basin, cropping out in the Bom Jardim (type-area of the unit) and Casa de Pedra regions, as well as in the Western Camaquã Sub-basin, mainly in the regions of Lavras do Sul (southern portion) and the region west of the Espinilho Range (northern portion of Western Camaquã Sub-basin). This group is constituted, from base to top, by the Cerro da Angélica, Hilário and Picada das graças formations, and can be divided into six depositional sequences, named Bom Jardim Sequence 1, 2, 3, 4, 5 and 6. Having its occurrences restricted to the Central Camaquã Sub-basin, the Cerro da Angélica Formation is approximately 1500m thick at its northernmost exposure (Bom Jardim region) and 1700m thick at the southernmost (Casa de Pedra region). There depositional sequences were identified in this unit, named Bom Jardim Sequence 1, 2 and 3. The first sequence is characterized by successions that were generated near the basin margin active normal faults, in the first stages of rifting of the basin. The Bom Jardim sequences 2 and 3 register the progressive increase of the accommodation space generation rates, related to greater tectonic activity. Geochronological results point to a deposition age between \'DA ORDEM DE\'600 and 593 Ma. The depositional environments of those three depositional sequences suggest that the Casa da Pedra region was nearer to the basin border, while the Bom Jardim region was closer to the depocenter. The Hilário Formation, that correspond to the 4th depositional sequence of the Bom Jardim Group, represents the onset of the expansion of the basin area towards the west, caused by the migration of the border faults. This sequence is constituted by volcanic, pyroclastic and sedimentary rocks formed in subaqueous environments in the Bom Jardim region (considered as the depocenter of the basin during this period) and subaerial environments in the Lavras do Sul region (close to the basin\'s border and probably near the volcanic centers). Ar-Ar and U-Pb radiometric dating reveal a crystallizations age of approximately 590Ma. The Picada das Graças Formation contains the Bom Jardim Sequences 5 and 6, the first being characterized by pro-delta deposits on both sub-basins, related to the ongoing expansion of the basin area during the late stages of rifting and the beginning of the dominance of thermal subsidence processes. The thermal subsidence continued during the deposition of the Bom Jardim Sequence 6, marked by the deposition of a fluvial conglomeratic succession in the Western Camaquã Sub-basin and river-dominated deltaic successions in the Bom Jardim region (Central Camaquã Sub-basin). Geochronological analyses of the Hilário and Acampamento Velho formations suggest a depositional age around 580 Ma for the Picada das Graças Formation. With occurrences to the Western Camaquã Sub-basin, the Acampamento Velho Formation (sensu Ribeiro & Fantinel 1978) is composed mainly of volcaniclastic and volcanic tocks of acid composition, formed in subaereous environments, and minor andesitic rocks. The unit is approximately 600m thick and is in angular unconformity with the Bom Jardim and Maricá groups, respectively in the western flank of the Espinilho Range and in the western portion of the Ramada Plateau. The acampamento Velho Formation begins with coarse-grained tuffs formed by pyroclastic flows that grade to tabular massive layers of lapilli tuffs capped by tuff breccias, which are the dominant lithology in the succession, composed by acid volcanic and pyroclastic fragments. Acid volcanic rocks, mainly rhyolites, overlay those pyroclastic deposits. The upper portion of the Acampamento Velho Formation contains new pyroclastic rocks (reworked lapilli tuffs) and minor andesitic volcanics. Geochronological results of the rhyolites point to a crystallization age of approximately 574 Ma for the Acampamento Velho Formation.
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Tectônica e sedimentação do Ediacarano ao Ordoviciano: exemplos do Supergrupo Camaquã (RS) e do Grupo Caacupé (Paraguai Oriental)Renato Paes de Almeida 21 October 2005 (has links)
A evolução geológica do sudeste da América do Sul do Ediacarano ao Ordoviciano é marcada pelo desenvolvimento de bacias sedimentares que registram os eventos geológicos do chamado Estádio de Transição entre o metamorfismo e intensa deformação da Orogenia Brasiliana e a relativa estabilidade tectônica da sedimentação meso e neopaleozóica das sinéclises cratônicas. A presente tese aborda o registro de eventos tectônicos preservado nas sucessões sedimentares do Estádio de Transição, com o objetivo de testar e complementar os modelos geológicos, abundantes na bibliografia, derivados do estudo de rochas plutônicas e metamórficas neoproterozóicas do sudeste da América do Sul. Os estudos apresentados têm como objetos o Supergrupo Camaquã (Ediacarano a Eocambriano, porção centro sul do estado do Rio Grande do Sul) e o Grupo Caacupé (Neo-ordoviciano, Paraguai Oriental), tomados como exemplo do registro sedimentar do intervalo entre o Ediacarano e o Neo-Ordoviciano. O reconhecimento dos eventos tectônicos relacionados à formação e deformação dessas bacias e a caracterização dos padrões de resposta sedimentar a esses eventos basearam-se em diversas abordagens e técnicas, principalmente levantamentos estratigráficos de detalhe, análise de fácies sedimentares e elementos arquiteturais, mapeamento geológico, análise de paleocorrentes, análise de proveniência macro e microscópica, análises geocronológicas, análise de estruturas tectônicas rúpteis e reconstituição de paleocampos de tensão. O Grupo Santa Bárbara (Neo-Ediacarano, Supergrupo Camaquã) apresenta, em sua área-tipo, ciclos de variação granulométrica de dezenas a centenas de metros de espessura, decorrentes de variações na proporção de depósitos de planícies de inundação distais e depósitos de correntes trativas em sistemas fluviais efêmeros. O reconhecimento da influência do soerguimento de um alto do embasamento durante a deposição da unidade, separando duas sub-bacias, baseou-se em trabalhos de mapeamento geológico e foi documentado por análises de proveniência macro e microscópica e análise de paleocorrentes. A identificação do nível estratigráfico relacionado ao início da contribuição detrítica do Alto de Caçapava do Sul na sedimentação do Grupo Santa Bárbara permitiu a comparação com as variações verticais de fácies e sistemas deposicionais documentadas em seções estratigráficas de detalhe. Constatou-se, desta forma, que o evento de reativação da falha, de caráter predominantemente normal, relacionada ao soerguimento do alto não coincide com um aumento imediato na taxa de geração de espaço de acomodação, como previsto pelos modelos vigentes, e sim com um aumento de granulação dentro de uma sucessão de depósitos de rios efêmeros arenosos. Essa constatação revela que características particulares de um evento tectônico, no caso o soerguimento de um alto interno à bacia, podem modificar o padrão de resposta sedimentar, com a possibilidade de variações das taxas de subsidência e aporte sedimentar em diferentes áreas da bacia em diferentes tempos. Levantamentos estratigráficos acompanhados por interpretações dos sistemas deposicionais e considerações sobre os controles tectônicos e climáticos nos padrões de variação vertical foram realizados na unidade superior do Supergrupo Camaquã, designada Grupo Guaritas, aqui datado no Eocambriano (535, 2\'MAIS OU MENOS\'1,1 Ma, Ar-Ar step heating em subvulcânica rasa que afeta a unidade, rocha total), levando a uma revisão da coluna estratigráfica da unidade e a modelos de resposta sedimentar a eventos de reativação de altos adjacentes à bacia, sobrepostos por oscilações climáticas. A unidade é dominada por sistemas fluviais efêmeros, com ciclos de variação na proporção entre depósitos de planícies distais e depósitos areno-conglomeráticos de correntes trativas que ocorrem em várias escalas, contando ainda com a presença de expressivos depósitos eólicos. A distinção entre ciclos de origem autogênica e alogênica baseou-se em estudos de elementos arquiteturais, perfil de eletrorresistividade de alta resolução, correlações entre seções colunares de detalhe e reconhecimento de superfícies estratigráficas com significado cronológico, identificando-se como autogênicos os ciclos relacionados à migração lateral de sistemas deposicionais e como alogênicos aqueles correlacionáveis em escala bacinal e vinculados a superfícies estratigráficas maiores. É proposto um modelo tectônico para a ciclicidade alogênica dos depósitos fluviais, relacionado a variações nas taxas de subsidência em função de eventos de reativação das falhas de borda. Já a alociclicidade relacionada a intercalações entre depósitos fluviais e eólicos é interpretada como decorrente de oscilações climáticas. Uma origem decorrente de esforços tectônicos distensionais para a Bacia do Camaquã é documentada por análises de proveniência de depósitos proximais do Grupo Santa Bárbara (Neo-Ediacarano) em sua área-tipo, que revelam a ausência de deslocamento lateral expressivo na falha de alto ângulo que delimitou a borda ativa da bacia, considerada como transcorrente em trabalhos anteriores. Essa caracterização é confirmada por análises de paleocampos de tensão realizadas separadamente em cada intervalo estratigráfico do Supergrupo Camaquã e unidades posteriores, que revelam eventos distensionais de direção NE-SW e SW-NE durante a formação da bacia e eventos causadores de transcorrência apenas durante a deformação das sucessões. Como tais eventos distensionais precedem as deformações transcorrentes, reconhecidas também no embasamento e granitos de áreas adjacentes à bacia, o suposto vínculo entre a movimentação de zonas de cisalhamento e a origem da bacia, em contextos pós-orogênicos, é descartada. Propõe-se que a origem da Bacia do Camaquã está relacionada a um grande sistema de bacias distensionais posteriores ao metamorfismo da Orogenia Brasiliana e sem relação direta com os processos orogênicos. A hipótese vigente de que o Grupo Caacupé (Neo-Ordoviciano, Paraguai Oriental) teria sido formado em uma bacia distensional ou transtrativa motivou uma análise comparativa com os depósitos do Supergrupo Camaquã. Análises de fácies, sistemas deposicionais, paleocorrentes, proveniência macroscópica e icnofósseis realizadas no Grupo Caacupé (Neo-Ordoviciano, Paraguai Oriental) caracterizam sistemas deposicionais fluviais conglomeráticos distais sobrepostos por sistemas costeiros dominados por marés. Não foram reconhecidas, nos depósitos aluviais, características que possam levar a uma interpretação de sistema de leques aluviais, não havendo evidências de campo que suportem a suposição de escarpas tectônicas proximais limitando a bacia. Sugere-se que a unidade depositou-se em uma bacia ampla, com conexão marinha a oeste, representativa da primeira fase sinéclise da Bacia do Paraná. Desta forma, propõe-se que o intervalo entre o Eocambriano e Neo-Ordoviciano marque o fim dos processos distensionais registrados nas bacias da Província Mantiqueira e o início dos ciclos de subsidência do tipo sinéclise, sendo o primeiro aflorante na borda oeste da bacia. Assim, os processos do Estádio de Transição, considerados como cambro-ordovicianos na proposta original (Almeida 1969), não ultrapassam o Mesocambriano, e o controle da margem proto-andina nos ciclos de subsidência de grandes áreas no paleozóico inicia-se já no Neo-Ordoviciano. A possibilidade de relação entre a distensão formadora do Grupo Guaritas e a origem da Bacia do Paraná é improvável devido à idade eocambriana desse grupo e à ausência de depósitos da Bacia do Paraná anteriores ao Permiano sobre a unidade, no Rio Grande do Sul, implicando em um adiamento de cerca de 240 milhões de anos da fase de subsidência termal em relação à de subsidência tectônica. / The geological evolution of southeastern South America from Ediacaran to Ordovician is characterized by the development of sedimentary basins that register the geological events of the so called Transitional Stage between the metamorphism and intense deformation of the Brasiliano Orogeny and the tectonic stability of the Middle to Late Paleozoic cratonic basins. The present thesis focus on the sedimentary record of the tectonic events of the Transitional Stage, aiming to test and develop the geological models based on the study of the neoproterozoic metamorphic and plutonic rocks of the same region. The objects of the present study are the Camaquã Supergroup (Ediacaran to Early Cambrian, south-central region of Rio Grande do Sul State, Southern Brazil) and the Caacupé Group (Late Ordovician, Eastern Paraguay), considered as examples of the sedimentary record of eastern South America from Ediacaran to Late Ordovician. Several methods and approaches were used in the recognition of the tectonic events responsible for the origin and posterior deformation of these basins, and in the characterization of the patterns of sedimentary response to tectonic activity. These included measurement of detailed stratigraphic sections, facies and architectural elements analyses, geological mapping, paleocurrent analysis, macroscopic and microscopic provenance analyses, geochronological analysis, analysis of brittle tectonic structures and reconstitution of paleostress fields. The Santa Bárbara Group (Late Ediacaran, Camaquã Supergroup) shows tens to hundreds of meters thick cycles of grain-size variation due to varied preservation of distal flood-plain and stream-dominated deposits of ephemeral river systems. The uplift of a basement highland during the deposition of the unit came to separate two isolated sub-basins, as first suggested by geological mapping of depositional systems and later characterized through provenance and paleocurrent analysis. The recognition of the stratigraphic level that records the first detrital contribution of the uplifted highland enabled the interpretation of the vertical facies changes recorded in the stratigraphic sections in terms of tectonic controls. It was observed that there is no correlation of the tectonic reactivation responsible for the uplift of the internal highland with an event of increased depositional space, as predicted by many theoretical models, but instead with grain-size coarsening of a sandy ephemeral stream succession. This result reveals that particularities in the history of reactivation, in this case the uplift of a highland internal to the basin, may imply in a diverse stratigraphic response than the predicted flooding surface, maybe due to different subsidence and sedimentation rates in different basin areas. Stratigraphic analysis of the Guaritas Group (here dated in 535,2\'MAIS OU MENOS\'l,l Ma, whole-rock Ar-Ar step heating method in a sample of shallow sub-volcanic rock that cuts through the unit) were undertaken aiming the reconstitution of depositional environments and the recognition of the tectonic and climatic controls on the sedimentation. The results include the revision of the stratigraphic column of the group and the development of models of sedimentary response to tectonic reactivation events and uplift of basin-margin highlands, superposed to climatic change. The Guaritas Group is composed of fluvial stream ephemeral deposits showing cycles of grain-size variation caused by lateral migration of distal flood-plain dominated deposits and sandy to pebbly proximal stream deposits, also including thick successions of aeolian deposits. A distinction between allogenic and autogenic cycles was based on architectural element analysis, high-resolution electro-resistivity pseudo-section, correlation among detailed stratigraphic sections and recognition of major bounding stratigraphic surfaces. Thus, cycles related to lateral migration of depositional systems were identified as autogenic and those related to basin-scale bounding surfaces were considered as allogenic. A model of tectonic control (through subsidence rates) on the generation of alluvial allogenic cycles is proposed. The aeolian-alluvial allogenic cycles are interpreted as climatically controlled. An extensional origin for the Camaquã Basin is interpreted from provenance analysis of the Santa Bárbara Group, which reveals the absence of lateral migration of alluvial fans with respect to their sources. Paleostress reconstitution of brittle tectonic structures of each stratigraphic unit of the Camaquã Basin and younger deposits of the region confirm this hypothesis, with extensional NE-SW and SW-NE paleostress fields being recognized as sin-depositional for the Camaquã Basin. As the strike-slip deformational events are related only to basin deformation, the supposed link between activation of basement shear zones and the origin of the Camaquã Basin, in a post-orogenic context, is refuted. The proposed model considers a great system of extensional basins formed after the Brasiliano Orogeny, with no direct relation to the previous orogenic processes. The hypothesis of a extensional or transtensional origin for the Caacupé Group (Late Ordovician, Eastern Paraguay) lead to a comparison of this unit with the deposits of the Camaquã Supergroup. Facies, depositional systems, paleocurrent and ichnofossil analyses of the Caacupé Group characterize a pebbly distal braided fluvial depositional system overlain by tide-dominated coastal systems. No diagnostic feature of alluvial fans were recognized and there is no support for the hypothesis of proximal border faults. It is suggested that the Caacupé Group was deposited in a wide basin with a marine connection to the west, recording the first intra-cratonic sag phase of the Paraná Basin. Thus, it is proposed that the period between Early Cambrian and Late Ordovician marks the end of the extensional processes recorded in the basins of southeastern South America and the onset of the intra-cratonic sag depositional cycles. So, the tectonic and depositional processes of the Transitional Stage, considered as of Cambrian to Ordovician age in the original definition (Almeida 1969), do not reach Late Cambrian, and the control of the proto-andean continental margin on the paleozoic intra-cratonic subsidence cycles of South America begins in Late Ordovician. The hypothesis of relationship between the basin-forming extension recorded in the Guaritas Group and the origin of the Paraná Basin is refuted due to the absence of post-rift deposits above the rift prior to the Permian, implying in a 240 million year gap between the tectonic subsidence and the supposed thermal subsidence phase.
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Formação Bandeirinha, região de Diamantina (MG) : um exemplo, no proterozoico, de lençol de areia eólica / Bandeirinha Formation, Diamantina (MG) : an example, in the proterozoic, of aeolian sand sheetSimplicio, Fábio, 1985- 23 August 2018 (has links)
Orientador: Giorgio Basilici / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociências / Made available in DSpace on 2018-08-23T12:00:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2013 / Resumo: Os lençóis de areia eólica são sistemas deposicionais constituídos em áreas de morfologia plana ou ligeiramente ondulada. As formas de leito predominantes nos lençóis de areia são as marcas onduladas de vento. Tais formas de leito podem ocorrer em comboios ou compondo zibars. Os zibars são formas de leito similares às dunas. Nos zibars não há geração de estratos de queda. Embora muitos estudos reconheçam sistemas de deposição eólica pré-cambrianos, poucos são direcionados aos lençóis de areia eólica. Igualmente negligenciados são os zibars. A Formação Bandeirinha é a unidade inferior do Supergrupo Espinhaço. Depósitos de arenitos vermelhos intercalados a conglomerados intraformacionais compõem esta unidade. Três elementos arquiteturais foram individualizados: zibars, dunas com faces de deslizamento e canais efêmeros. Os depósitos de zibars são arenitos finos a grossos, moderadamente bem selecionados, constituídos por sets de arenitos com laminações planas e paralelas, de geometria tabular ou em cunha. Os sets ocorrem sobrepostos, separados por superfícies truncadas, e constituem cosets. Os depósitos de dunas com faces de deslizamento são arenitos finos a médios, muito bem selecionados, que ocorrem na forma de corpos de geometria lenticular. Os depósitos de canais efêmeros são constituídos por corpos de conglomerados intraformacionais, clasto-suportados, de base côncava, os quais ocorrem em contato erosivo sobre os estratos de arenitos. As superfícies erosivas, de contato entre arenitos e conglomerados, têm amplitude regional. A Formação Bandeirinha é interpretada como uma sucessão sedimentar formada em um lençol de areia eólica dominado por zibars. A alternância entre depósitos de arenitos eólicos e conglomerados revela variações climáticas de ordem regional, onde a deposição eólica (clima seco) era interrompida por deposição subaquosa (clima mais úmido). Neste lençol de areia, o balanço entre entrada e saída de materiais clásticos foi sempre positivo, a construção eólica foi contínua nos períodos mais secos. A estabilização do sistema foi resultado dos processos de cimentação no substrato. A subsidência tectônica foi o principal mecanismo de preservação do sistema eólico / Abstract: The aeolian sand sheets are depositional systems formed in areas with flat or slightly undulating morphology. The predominant bedforms in sand sheets are climbing wind ripples. These bedforms may occur in convoys or composing zibars. The zibars are similar to dunes, but without avalanching faces. Although many studies recognise aeolian Precambrian systems, few works deal with aeolian sand sheets. Equally neglected are the zibars. The Bandeirinha Formation is the lower unit of the Espinhaço Supergroup. Deposits of red sandstones intercalated with intraformational conglomerates compose this unit. Three architectural elements are recognised: zibars, dunes with slip faces and ephemeral channels. Deposits of zibars are fine to coarse grained sandstones, moderately well sorted, and composed by sets of planar-parallel laminations sandstones, in tabular geometry. The sets are superimposed and occur separated by truncated surfaces that constitute cosets. The dunes with slip face are fine to medium grained, very well sorted, and occur as lenticular bodies. The ephemeral channel deposits consist of intraformational conglomerates, clast-supported, with concave erosive basal surface on the sandstone strata. The erosive surfaces of the conglomerates seem to have a regional extension. The Bandeirinha Formation is interpreted as an aeolian sand sheet dominated by zibars. The transition between aeolian sandstones and conglomerates reveals climate variations of regional range, where aeolian deposition, which corresponds to dry climate phase, was interrupted by subaqueous deposition, in more humid climate. During the sand sheet deposition, the balance between input and output of clastic materials was always positive, the aeolian construction was continuous. The stabilization of the aeolian system was result of cementation processes of shallow depth. The tectonic subsidence was the main mechanism of preservation of the aeolian system / Mestrado / Geologia e Recursos Naturais / Mestre em Geociências
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Arquitetura deposicional de um sistema de lençol de areia eólica : a Bacia Bauru na região de Marília (SP) / Depositional architecture of an aeolian sand sheet system : the Bauru basin on Marília (SP)Prandi, Pedro Lifter Rodrigues, 1985- 03 September 2012 (has links)
Orientador: Giorgio Basilici / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociências / Made available in DSpace on 2018-08-21T07:38:10Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2012 / Resumo: O principal objetivo deste trabalho é a caracterização estratigráfica da bacia Bauru nas proximidades do município de Marília (SP) através da análise das diferentes litofácies e superfícies limitantes de diversas escalas. O trabalho inclui também a análise dos paleossolos como elemento arquitetural, e a geofísica de poços que proporcionaram um maior detalhamento nas análises dos dados de superfície e subsuperfície. Os depósitos na área são interpretados como sucessões de lençóis de areia eólica com forte influência de processos pedogenéticos no topo e depósitos subaquosos na base da sequência. Esta influência ocorre devido a variações no clima. A espessura dos depósitos na área é de aproximadamente 260 metros, como pode ser comprovado pelos dados de perfilagem. As litofácies determinadas para este trabalho foram o arenito com laminação plano paralela, arenito com estruturas de fluxo não canalizado e arenito com estruturas de adesão. Para os paleossolos encontrados foram o Aridisols e o Entisols. Três fases deposicionais são distintas, da base para o topo: 1) A primeira fase deposicional é caracterizada por uma predominância de depósitos eólicos com grande influência do lençol freático aflorante; 2) A segunda fase também predominada por depósitos eólicos, porém mais seca, com pequena influência do lençol e a presença de paleossolos é pequena; 3) A terceira fase, do topo, é caracterizada por uma predominância de processos pedogenéticos ainda de clima árido a semiárido / Abstract: The main objective of this work is the stratigraphic characterization of Bauru basin in the city of Marília (SP) through the analysis of different lithofacies and bounding surfaces of various scales. This work also include an analysis of paleosols as an architectural element, and the analysis of geophysics wells data that provide a better detailed characterization of the surface and subsurface lithology. The deposit on this area is interpreted as eolian sand sheet deposits with strong influence of pedogenetic processes at the top and subaqueous at the bottom of the sequence. This influence occur due to the climate variations. The thickness of the deposit in this area is approximately 260 meters, as proven by the profiling data. The lithofacies determined for this work are: the sandstone with parallel lamination; sandstone with non-channeled flow structures and sandstone with adhesion structures. The palaeosols found was Aridisols and Entisols type. Three deposition phases can be distinguished, from the base to the top: 1) The first phase of the aeolian deposition process is characterized by a predominance of aeolian deposits with highly influence of water table; 2) The second phase is also of aeolian sedimentation but drier than the lower one, it is not so influenced by the water table and that are few paleosols; 3) Third phase, at the top of the deposit, is characterized by pedogenic processes from arid to semiarid climate / Mestrado / Geologia e Recursos Naturais / Mestre em Geociências
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Estudo faciológico das formações Longá e Poti (Famenniano e Tournasiano), na região de Floriano, Oeste do Estado do PiauíMeireles Mattos Rodrigues, Rodrigo January 2003 (has links)
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Previous issue date: 2003 / Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis / O estudo apresentado demonstra a análise e interpretação estratigráfica de afloramentos na região de Nazaré do Piauí e Floriano, oeste do Estado do Piauí. Foram escolhidos afloramentos representativos do Período Devoniano da Bacia do Parnaíba como subsídio de analogias para o entendimento de possíveis rochas-reservatório de hidrocarbonetos. Foram estudados quatro afloramentos localizados na região central e oeste do Estado do Piauí, geologicamente inseridos na borda sudeste da Bacia do Parnaíba. Os quatro afloramentos selecionados mostram as características de estratos carboníferos do Grupo Canindé. As seqüências sedimentares aflorantes confirmam a existência de dois ciclos sedimentares distintos ocorridos na bacia, comandados por variações de níveis eustáticos de um mar interior: uma seqüência devoniana e uma seqüência devoniano-eocarbonífera. A seqüência devoniana está representada pela Formação Cabeças, depositada em ambiente transicional de frente deltaica proximal, dominado por fácies canalizadas e sigmoidais. A seqüência devoniano-eocarbonífera compõe uma mesma sucessão deposicional de plataforma marinha rasa flúvio-deltaica, onde as fácies mais proximais pertencem à Formação Poti e, as mais distais, à Formação Longá. A Formação Poti foi depositada sob sistema fluvial meandrante em extensa planície de inundação com certa influência marinha e de tempestades. No estudo faciológico realizado entre o topo da Formação Longá e a base da Formação Poti identificaram-se 8 litofácies e 2 associações de fácies. Os litotipos identificados incluem arenitos médios a muito finos, siltitos arenosos, siltitos e folhelhos, geralmente de composição sub-arcoseana e/ou pelítica. Tais litofácies pertencem a uma sucessão deposicional regressiva, que está representada pelas rochas do topo da Formação Longá e a base da Formação Poti. As litofácies descritas foram: arenito fino com estratificação cruzada festonada (Af), arenito muito fino com estratificação cruzada hummocky (Ah), arenito fino e folhelho com estratificação cruzada hummocky (AFh), arenito com estratificação ondulada (Acr), arenito e siltito arenoso com laminação cruzada clino-ascendente (AScr), folhelho intercalado com arenito fino com estratificação plano paralela (FAp), folhelho intercalado com siltito com acamamento ondulado wavy (FSw) e siltito intercalado com arenito fino com estratificação plano paralela (SAp). . A seqüência devoniano-eocarbonífera apresenta um intervalo transgressivo corresponde à metade inferior da Formação Longá e é formado por duas parasseqüências que representam sistemas deposicionais de plataformas dominadas por tempestades. O intervalo regressivo corresponde à Formação Poti, onde são individualizados dois conjuntos de parasseqüências. Os depósitos da base da Formação Poti e do topo da Formação Longá são produtos de processos tempestíticos com influência deltaica subordinada. Estes depósitos integram um sistema transicional de mar raso com ação de processos de desaceleração de fluxos oscilatórios, proveniente do continente
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Fácies sedimentares e proveniência da Formação Bebedouro, Neoproterozóico (BA) / Sedimentary facies and provenance of the Bebedouro Formation, Neoproterozoic (BA)Felipe Torres Figueiredo 19 December 2008 (has links)
O registro sedimentar do final do Neoproterozóico tem sido alvo de intensas pesquisas desde a retomada dos modelos de glaciação extrema e rápidas mudanças climáticas, com destaque para a hipótese Snowball Earth. Esses modelos baseiam-se na identificação, em todos os continentes, de sucessões neoproterozóicas que compreendem diamictitos sobrepostos por carbonatos, interpretados, respectivamente, como depósitos glaciais e pós-glaciais. A fim de explicar o caráter global da distribuição dos diamictitos e sua aparente transição rápida para carbonatos, alguns autores propuseram hipóteses de que o planeta teria sofrido mudanças climáticas extremas, e de que estas teriam ocorrido na forma de três eventos glaciais durante o Criogeniano e o Ediacarano (Sturtian, Marinoan e Gaskiers). Outros autores consideram que a correlação global destes depósitos pode ser explicada pelo modelo Zipper-rift, que considera a existência de geleiras de altitude, condicionadas pelo soerguimento das ombreiras de sistemas de rifts, supostamente abertos durante a fragmentação do supercontinente Rodínia. Apesar de intensos esforços para correlacionar estas sucessões, ainda persistem dúvidas a esse respeito. Isto se deve, em parte, à ênfase dada ao estudo das sucessões carbonáticas sobrejacentes, em detrimento das pesquisas nos próprios diamictitos. Dentro desse contexto, o presente estudo tem como alvo a sucessão sedimentar inferior do Grupo Una, interpretada como representativa do evento Sturtian, localizada na porção norte do Cráton do São Francisco, Bahia, Brasil. Foram realizadas análises de fácies, de associações de fácies e de proveniência sedimentar com o objetivo de testar os modelos de dinâmica glacial propostos para o período e avaliar localmente o caráter da transição entre diamictitos e carbonatos. O Grupo Una apresenta área de afloramento de aproximadamente 16.000 km2 e compreende depósitos sedimentares isentos de metamorfismo, que se encontram distribuídos em três sinclinais (Salitre, Irecê e Una-Utinga). Na base, compreende arenitos, diamictitos e pelitos com clastos esparsos da Formação Bebedouro, interpretada em termos das associações de fácies (1) Transicional marinha influenciada por banquisas e/ou icebergs e (2) Marinha de plataforma continental. A passagem para a unidade de topo ocorre de forma brusca, em contato plano com dolomitos maciços a laminados com pseudomorfos de aragonita, sobrepostos por ritmitos de calcarenitos e calcilutitos com laminação planoparalela, laminação cruzada cavalgante, estromatólitos e slumps, dividos nas associações de fácies de (3) Plataforma carbonática rasa influenciada por ondas e (4) Rampa carbonática influenciada por escorregamentos. Dados de contagem de litotipos em clastos e seções delgadas indicam variação lateral de proveniência, com fontes particulares para cada uma das áreas investigadas. Essa variação é interpretada como resultado de aporte de geleiras de vale ou do tipo outlet na margem glacio-marinha, indicando a presença de altos topográficos. A datação U-Pb SHRIMP de seixos revelou predomínio de fontes próximas, com contribuição local de fontes mais distantes, sugerindo alguma deposição a partir de icebergs provenientes da margem oposta da bacia, talvez a mais de 150 km à leste, sobre os Blocos Jequié ou Itabuna-Salvador- Curaçá. Datações de cristais de zircão detrítico da matriz dos diamictitos confirmam os dados obtidos a partir de seixos, e permitem a identificação de uma fonte jovem, de fora do cráton, com cerca de 850 Ma. Esse dado limita a idade máxima da unidade. Ainda que a proveniência da Formação Bebedouro indique a existência de altos topográficos adjacentes à bacia, a ausência de controles tectônicos na sedimentação, evidenciada pela grande persistência lateral de sistemas deposicionais com pouca variação de espessura, não corrobora o modelo de desenvolvimento das geleiras neoproterozóicas em margens de sistemas de rifts. / The sedimentary record of Neoproterozoic age has become a major subject of research since the rebirth of the models of extreme glaciation and rapid climatic changes for the period, including the Snowball Earth hypothesis. These models are founded on the identification, in all continents, of Neoproterozoic diamictites directly overlain by carbonates, which are interpreted respectively as glacial and post-glacial deposits. In order to explain the global distribution of diamictites and their apparently rapid transition to carbonates, some authors have proposed hypothesis of extreme climatic change related to three glacial episodes during the Cryogenian and the Ediacaran (Sturtian, Marinoan e Gaskiers). On the other hand, some authors consider that the global correlation of these deposits is the consequence of altitude-nucleated glaciers formed on the shoulders of rift systems during the breakup of the Rodinia Supercontinent, in what is called the Zipper-rift model. Despite the efforts to establish a chronological correlation among the several successions, many questions still persist, in part due to the great emphasis on the study of the carbonate successions and the scarce work on the diamictites. The present work aims at studding the lower section of the Una Group, interpreted as related to the Sturtian glacial event and located in the northern region of the São Francisco Craton, Bahia, Brazil. Facies, facies associations and clastic provenance analysis were performed in order to test the current models on the Neoproterozoic glacial dynamics and to locally evaluate the passage from diamictites to carbonates. The Una Group crops out in a area of approximately 16,000 km2 and is composed of sedimentary deposits without metamorphism, preserved in three synclinal folds (Salitre, Irece e Una-Utinga). At its base, the unit comprises sandstones, diamictites and mudstones with dropstones grouped into the Bebedouro Formation. This formation comprises two facies associations: (1) Marine transitional deposits influenced by ice-shelves and/or icebergs and (2) Continental platform marine deposits. The passage to the upper unit is marked by a sharp planar surface above which lay two facies associations: (3) Wave influenced shallow carbonatic platform deposits, comprising massive to laminated dolomites, locally with aragonite pseudomorph crystals, overlain by (4) Carbonatic ramp influenced by slumps, composed of calcareous grainstones and mudstones with plane-parallel lamination, climbing ripples, slump structures and locally stromatolites. Pebble lithology and thin section compositional data indicate great spatial variation of provenance, with specific sources for each of the investigated areas. This variation is interpreted as the consequence of valley or outlet glaciers feeding the glaciomarine margin, thus indicating the presence of topographically elevated areas near the basin. U-Pb SHRIMP dating of selected pebbles reveals the dominance of nearby sources, with the local contribution of far-traveled clasts, suggesting mixing with sediments deposited from icebergs which came from the opposite basin margin, as far as 150 km to the east. U-Pb SHRIMP dating of detrital zircon grains from the matrix of the diamictites confirmed this model and lead to the identification of a source from outside the craton with approximately 850 Ma. This data constraints the maximum depositional age of the Bebedouro Formation. Despite provenance from the Bebedouro Formation indicates the presence of topographically elevated areas near the basin, the absence of tectonic controls on the sedimentation, evidenced by the great lateral continuity of the depositional systems and their small thickness variation, does not confirm the model of development of neoproterozoic glaciers over the shoulders of rift systems.
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Estudo de propriedades petrofísicas de rochas sedimentares por Ressonância Magnética Nuclear / Petrophysical properties study of sedimentary rocks by Nuclear Magnetic ResonanceAndré Alves de Souza 28 May 2012 (has links)
A Ressonância Magnética Nuclear (RMN) é uma das técnicas mais versáteis de investigação científica experimental, com destaque para o estudo da dinâmica, estrutura e conformação de materiais. Em particular, sua utilização na ciência do petróleo é uma de suas primeiras aplicações rotineiras. Metodologias desenvolvidas especificamente para atender esta comunidade científica mostraram-se desde cedo muito úteis, sendo o estudo da interação rocha/fluido uma de suas vertentes mais bem sucedidas. Desde então, importantes propriedades petrofísicas de reservatórios de óleo e gás têm sido determinadas e entendidas, tanto em laboratório quanto in-situ, nas próprias formações geológicas que armazenam esses fluidos. Entre estas propriedades, a permeabilidade, porosidade e molhabilidade de um reservatório figuram dentre as mais importantes informações estimadas. Com essa finalidade, a determinação e correlação dos possíveis efeitos que a interação rocha/fluido pode causar nos fenômenos de relaxação magnética e difusão molecular, tais como influência da susceptibilidade magnética e geometria do espaço poroso, foram estudados em onze rochas sedimentares retiradas de afloramentos, que possuem propriedades petrofísicas similares àquelas apresentadas por rochas reservatório de petróleo. Os resultados mostraram que os tipos de interação rocha/fluido, detectáveis pelos experimentos de RMN, são por sua vez influenciados pelas características geométricas e estruturais do meio poroso, sendo possível obter essas informações pelos resultados de RMN. Assim, este trabalho teve como objetivo principal estudar e estabelecer essas correlações, afim de se obter informações petrofísicas com maior acurácia e abrangência. Em particular, o estudo da razão T1/T2, que é a razão entre os tempos de relaxação longitudinal e transversal, típicos parâmetros envolvidos numa medida de RMN, mostrou ser um parâmetro útil no estabelecimento destas correlações. Ainda, diferentes metodologias para se medir estes e outros parâmetros de RMN foram estudadas e propostas, cuja interpretação conjunta mostrou ser fundamental para o entendimento dessas correlações. A permeabilidade das rochas, importante parâmetro que define as propriedades de transporte de fluidos dentro da matriz porosa, foi estimada aplicando-se essas metodologias propostas, mostrando excelentes resultados. Através do uso da técnica de RMN em estado-estacionário, esses resultados podem ser estendidos para a escala de well-logging, fato que aumenta consideravelmente a importância desses resultados. Uma vez consolidadas as medidas in-situ, as metodologias propostas deverão auxiliar a indústria de exploração e produção de petróleo a otimizar seus métodos e estratégias de produção, reduzindo seus custos e aumentando a vida útil de seus reservatórios. / The Nuclear Magnetic Resonance (NMR) technique is one of the most versatile techniques for scientific research, specially for the study of dynamics, structure and conformational of materials. In particular, its application in oil science is one of its first routine applications. Methodologies developed specifically to match this scientific community proved to be very useful, and the study of rock/fluid interactions is one of its most successful cases. Since then, important petrophysical properties of oil and gas reservoirs have been determined and understood both in the laboratory and inside the geological formations that store those fluids. Among these properties, the permeability, porosity and wettability of a reservoir formation are the most important information to be estimated. For this purpose, the determination and correlation of possible rock/fluid interaction effects that cause alterations on magnetic relaxation phenomena and molecular diffusion, such as the influence of the magnetic susceptibility and geometry of the porous space, were studied in eleven sedimentary rock cores taken from outcrops, since they have the same petrophysical properties presented by oil reservoir rocks. The results obtained confirmed that the types of rock/fluid interactions, detectable by the NMR experiments, are for instance influenced by the porous media geometry and structure, being possible so to obtain such information using those NMR results. Thus, the main goal of this work was the study and establishment of these correlations, in order to obtain petrophysical information with greater accuracy and comprehensiveness. In particular, the study of the T1/T2 ratio, which is the ratio of longitudinal and transverse relaxation times, common parameters strongly involved in a typical NMR measurement, was found to be useful in establishing those correlations. Moreover, different methodologies to measure this and other NMR parameters were studied and proposed, whose joint interpretation proved to be fundamental for the success of these correlations. The permeability of the rocks, an important parameter that controls the fluid transport properties inside the porous matrix, was estimated using the proposed methodologies, showing excellent results. Appling the steady-state NMR technique, those results could be extended to the well-logging scale, which could improve considerably the importance of that results. Once confirmed in measurements in-situ, the proposed methodologies will be able to help the production and exploration industry to optimize their production methods and strategies, thereby reducing production costs and increasing the reservoir lifetimes.
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Modelo deposicional de carbonatos albianos da Formação Quissamã : análise faciológica, diagenética e estratigráfica de um campo de óleo na porção meridional da Bacia de Campos /Favoreto, Julia. January 2014 (has links)
Orientadora: Rosemarie Rohn Davies / Banca: Joel Carneiro de Castro / Banca: Célia Maria Oliveira Falcone / Resumo: Rochas carbonáticas albianas das formações Quissamã e Outeiro foram estudadas num campo de petróleo de 16 km2 do Reservatório Quissamã, Bacia de Campos (RJ). De acordo com diversos procedimentos petrográficos e estratigráficos integrados (redes neurais) aplicados a testemunhos de quatro poços e perfis geofísicos de outros 24 poços, incluindo a utilização do software Petrel® 2012 (Schlumberger), foram reconhecidas litofácies (abrangendo também características diagenéticas e de permo-porosidade), eletrofácies, sucessões cíclicas, dando suporte para correlações estratigráficas, análises no âmbito da estratigrafia de sequências, confecção de mapas de proporção de fácies referentes a cada sequência e, finalmente, modelos dos respectivos paleoambientes da área de estudo. Para a Formação Quissamã foram definidas seis litofácies, principalmente grainstones e packstones (raros wackestones) com grãos carbonáticos compostos por ooides, oncoides, peloides e alguns bioclastos (moluscos, equinoides, microfósseis bentônicos). Sucessões de packstones peloidais/bioclásticos para grainstones representam típicos ciclos de alta frequência da passagem de paleoambientes deposicionais relativamente profundos/calmos para rasos/com maior energia. A Formação Outeiro apresenta três litofácies compostas por mudstones e wackestones, com gradual aumento de microfósseis de organismos planctônicos marinhos mais distais (principalmente foraminíferos). A história diagenética das rochas envolveu, na eodiagênese, processos de micritização, compactação mecânica, dissolução, cimentação (franja, mosaico e sintaxial) e, na mesodiagênese, compactação química e cimentação blocosa em fraturas. Todo o intervalo estudado apresenta superfícies de inundação máxima e de regressão máxima, as quais foram definidas como limites, respectivamente, para sucessões de média e baixa frequência, as últimas equivalentes... / Abstract: Albian carbonate rocks of the Quissamã and Outeiro formations were analysed in an oil field (16 km2) of the Quissamã Reservoir, Campos Basin (Rio de Janeiro, Southeastern Brazil). According to several integrated petrographic and stratigraphic procedures (neural network) applied to cores of four wells and geophysical profiles of other 24 wells, including the software Petrel® 2012 (Schlumberger), it was possible to recognize lithofacies (along with diagenetic and permo-porosity properties), electrofacies, cyclic successions, giving support for stratigraphic correlations, stratigraphic sequences analysis, maps of facies proportions for each sequence and respective paleoenvironmental models. Six lithofacies were defined for the Quissamã Formation, mainly grainstones and packstones (rare wackestones) with carbonate grains such as ooids, oncoids, peloids and some bioclasts (mollusks, echinoids and benthonic microfossils). Successions of peloidal/bioclastic packstones to grainstones correspond to typical shallowing upwards high frequency cycles. The Outeiro Formation has three lithofacies composed of mudstones and wackestones, with gradual increase of more distal planktonic microfossils (mainly foraminifers). The diagenetic history of the rocks encompassed, during the eodiagenesis, micritization, mechanic compactation, dissolution, cementation (fringe, mosaic and sintaxial) and, during the mesodiagenesis, chemical compactation and blocky cementation in fractures. The whole studied interval presents some maximum flooding and maximum regressive surfaces, which were defined as boundaries, respectively, for the medium and low frequency successions, the latter equivalent to five stratigraphic sequences. The present work corroborates previous interpretations that the Quissamã Formation was originated in a shallow carbonate ramp-like platform with several ooids bars parallel to the coast. Therefore, the other facies of the formation (mainly... / Mestre
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Caracterização geoquímica e de proveniência da Formação Corumbataí (Permiano, Bacia do Paraná, Brasil) /Montibeller, Cibele Carolina. January 2019 (has links)
Orientador: Guillermo Rafael Beltran Navarro / Resumo: A Formação Corumbataí é uma unidade sedimentar pelítica a psamo-pelítica de idade permiana, pertencente à Supersequência Gondwana I da Bacia do Paraná, sobre a qual poucos estudos foram realizados quanto à proveniência e suas implicações paleoambientais. Este trabalho visa preencher estas lacunas, apresentando correlações de composição e de proveniência entre seções aflorantes da Formação Corumbataí nos município de Rio Claro (SP), Santa Rosa de Viterbo (SP) e Mineiros (GO), e uma seção aflorante da Formação Serra Alta (Permiano da Bacia do Paraná, correlacionável com a base da Formação Corumbataí) no município de Cesário Lange (SP), bem como suas implicações paleoclimáticas, paleogeográficas e possíveis implicações na compreensão dos mecanismos de abertura do Atlântico Sul. Os dados mostram que as rochas permianas sobrejacentes à Formação Irati que ocorrem nas áreas de estudo são classificadas quimicamente com mais frequência como “wackes” e litoarenitos, formados por sedimentos derivados predominantemente de rochas sedimentares e/ou metassedimentares e ígneas ácidas, com a região de Cesário Lange discordando das demais regiões por indicar contribuição exclusiva de rochas supracrustais. Em se tratando das amostras da Formação Corumbataí, a maturidade química e textural aumenta de norte em direção a sul, bem como o grau de submissão dos sedimentos originais ao processo de reciclagem sedimentar. As rochas sedimentares foram depositadas em ambientes tectonicamente quiescentes, ... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: The Corumbataí Formation is a pelitic to psammo-pelitic sedimentary unit of Permian age, belonging to the Gondwana I Supersequence of the Paraná Basin, about which few studies have been conducted regarding its provenance and its paleoenvironmental implications. This work aims to fill these gaps, presenting correlations of composition and provenance between outcropping sections of the Corumbataí Formation in the municipalities of Rio Claro (SP), Santa Rosa de Viterbo (SP) and Mineiros (GO), and an outcropping section of the Serra Alta Formation (Permian of the Paraná Basin, correlated with the base of the Corumbataí Formation) in the municipality of Cesário Lange (SP), as well as its paleoclimatic and paleogeographic implications and possible implications in the understanding of the opening mechanisms of the South Atlantic. The data show that the Permian rocks overlying the Irati Formation that occur in the study areas are most commonly chemically classified as “wackes” and lithoarenites, formed by sediments derived predominantly from sedimentary and/or metasedimentary and acidic igneous rocks, with Cesário Lange region disagreeing with the other regions as it indicates exclusive contribution of supracrustal rocks. Regarding the Corumbataí Formation samples, the chemical and textural maturity increases from north to south, as well as the degree of submission of the original sediments to the sedimentary recycling process. The sedimentary rocks have been deposited in tectonicall... (Complete abstract click electronic access below) / Doutor
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