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Segregação residencial em SalvadorPalma, Joelma Araújo Silva da 03 July 2013 (has links)
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Dissertação_Joelma Palma.pdf: 16671768 bytes, checksum: cc671e033dd5d752c752bf2ed124ee4c (MD5) / FAPESB / As transformações socioeconômicas ocorridas nos anos 90 tiveram como
conseqüência a redefinição de um novo padrão espacial nas cidades brasileiras.
Esse novo padrão fragmentado aproxima fisicamente diferentes grupos sociais,
porém os mantém distantes socialmente. A segregação residencial, fenômeno social
inerente às cidades, representa a separação das classes sociais podendo ser
analisada a partir do grau de concentração espacial de um mesmo grupo social em
termos socioeconômicos, racial entre outros aspectos, que configuram, áreas
relativamente homogêneas em determinados locais da cidade. Esta pesquisa avalia
métodos e técnicas utilizadas para mensurar o grau da segregação residencial
usadas na literatura internacional, aplicadas em um caso local, na cidade de
Salvador (Bahia). Para medir o grau de segregação na dimensão
dispersão/agrupamento utilizou-se o índice de dissimilaridade (DUNCAN; DUNCAN,
1955) e para a dimensão exposição/isolamento o índice de isolamento
(LIEBERSON, 1981), nas variáveis renda nominal mensal e escolaridade dos
chefes de famílias dos Censos Demográficos do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) de 1991 e 2000. Para avaliar o comportamento dos indicadores
trabalhou-se com duas escalas geográficas: uma para toda cidade de Salvador e
uma outra que abrangeu parte da orla Atlântica composta pelos bairros da Pituba,
Itaigara/Caminho das Árvores, Stiep/Costa Azul, Rio Vermelho, Amaralina, Santa
Cruz e Nordeste de Amaralina. Os resultados obtidos incrementam a discussão
sobre medidas de segregação (vantagens e desvantagens) assim como, auxiliam no
entendimento deste fenômeno na cidade de Salvador, identificando os padrões de
segregação residencial existentes. / Salvador
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A construção da segregação residencial em Lauro de Freitas (BA):Estudo das características e implicações do processoDias, Patrícia Chame January 2005 (has links)
Submitted by Puentes Torres Antônio (antoniopuentes@hotmail.com) on 2016-08-01T12:43:53Z
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Dissertação-Segregação. L.Freitas.pdf: 20169408 bytes, checksum: 97651bb32fbc78a0324662276df8782a (MD5) / RESUMO
Pouco após sua emancipação, em 1962, Lauro de Freitas passou por uma série de transformações em
sua organização sócio-espacial e dinâmica socioeconômica. Situado na Região Metropolitana de
Salvador (RMS), em processo associado às transformações estruturais da economia e à redefinição
funcional dos municípios dessa região, Lauro de Freitas experimentou um intenso crescimento
demográfico e sua população de, aproximadamente, 10 mil habitantes em 1970, passou para 113 mil
pessoas em 2000. Favoreceram essa dinâmica, a proximidade de Salvador, dos principais pólos
industriais do Estado e a ação do mercado imobiliário que fragmentou o solo do município em
inúmeros loteamentos populares que, à época da implantação, apresentavam precárias condições
estruturais. Esses empreendimentos, que se localizaram, predominantemente, em Itinga, local de
topografia acidentada situado na divisa com a capital, pretendiam atender à demanda de casa própria
das classes populares. Noutra parte do município, especialmente na orla, no que atualmente é
denominado Atlântico Norte, foram lançados loteamentos voltados às classes médias e altas, sob o
signo da fuga dos males urbanos e da melhor qualidade de vida. Desde então, observou-se a
localização diferenciada das classes sociais nesse espaço. Nos anos 90, esses processos se mantiveram
e aprofundaram, sendo que na área destinada aos mais abastados verificou-se um intenso avanço do
número de novos empreendimentos (especialmente condomínios fechados), consolidando um processo
de segregação residencial. Partindo do entendimento de que o espaço é condição e condicionante dos
processos sociais, que, no capitalismo, ele é produzido sobretudo, para manter as condições de
reprodução social e que as elites buscam se apropriar do Estado para que ele represente seus interesses,
buscou-se com esse trabalho discutir as formas e as escalas sob as quais o processo de segregação
residencial pode ser identificado em Lauro de Freitas, analisando as diferentes características dos
locais de moradia das distintas classes sociais em dois de seus distritos: Itinga e Atlântico Norte.
Palavras chave: Espaço urbano. Lauro de Freitas. / ABSTRACT
After its emancipation, in 1962, Lauro de Freitas passed by a series of transformations in its spatial
and socioeconomic dynamic organization. Located in the Metropolitan Area of Salvador (MAS), such
process associated to the structural transformations of the state economy and the functional
redefinition of the municipalities of the area, Lauro de Freitas has experimented an intense
demographic growth from, approximately, 10 thousand inhabitants in 1970 grew to 113 thousand
people in 2000. The socioeconomic growth was favored by the neighborhood of Salvador, the main
industrial poles of the State and the action of the real estate market that fragmented the soil of the
municipal district into countless popular lots that, at the time of its implantation, they presented
precarious structural conditions. Those enterprises were located, predominantly, in Itinga, a municipal
district that presents great topographic irregularities, located in the frontier of the state capital were
they regarded the demand for home ownership from the popular classes. In another district of the
municipality, especially in the ocean side denominated now Atlântico Norte, the divisions into lots
were directed to the middle and upper classes and under the sign of escapement from of the urban evils
and better quality of life. Since then, the differentiated location of the social classes was observed in
the space. In the nineties, those processes deepened but in the area designated to the wealthiest people
an intense progress of the number of new enterprises was verified (above all gated condominiums),
consolidating a process of residential segregation. Understanding that the space is a condition and that
it conditions the social processes and, in the capitalism, it is produced above all to maintain the social
reproduction conditions and that the elites look up to the State as an authority to represent their
interests, this study discuss the forms and the scales under which the process of residential segregation
can be identified in Lauro de Freitas, analyzing the different characteristics of the residential places of
the different social classes in two of its districts: Itinga and Atlântico Norte.
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Políticas territoriais, segregação e reprodução das desigualdades sócio-espaciais no aglomerado urbano de BrasíliaGuia, George Alex da 03 1900 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, 2006. / Submitted by Marcos Felipe Gonçalves Maia (felipehowards@gmail.com) on 2010-06-29T23:49:01Z
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Versao_Final_Mestrado.pdf: 2007215 bytes, checksum: 9787952e5ee4b4773fae89fccb5b8671 (MD5) / Approved for entry into archive by Daniel Ribeiro(daniel@bce.unb.br) on 2010-06-30T17:49:11Z (GMT) No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2006-03 / A compreensão das formas de produção do espaço no Aglomerado Urbano de Brasília, com foco na segregação sócio-espacial, constitui o objetivo principal do estudo desenvolvido. Para isso, adotou-se um quadro interpretativo que enfatizou, em cada período analisado, o contexto socioeconômico; as ações de gestão do território e os resultados do processo, postos sob a forma de relações entre padrões de distribuição espacial e de urbanização dos grupos sociais. O estudo partiu da construção de um esquema de legibilidade baseado no referencial teórico sobre o tema da estruturação interna das cidades. Em seguida realizou análise compreensiva das relações entre gestão do território e segregação sócio-espacial nos períodos de implementação, consolidação e expansão do Aglomerado Urbano. Apoiada na noção de centralidade do trabalho na estruturação e funcionamento da sociedade foi realizada uma observação do comportamento da diferenciação social por meio das categorias sócio-ocupacionais para o ano 2000. Por fim, para relacionar a estrutura sócio-espacial resultante e seu rebatimento na segregação, traduziu-se a estrutura social no território metropolitano por meio de uma tipologia sócio-espacial, construída com o auxílio da análise fatorial e de conglomerados. Como resultados, o Aglomerado Urbano mostrou-se estruturado como um gradiente social que descende do centro para a periferia, marcado pela concentração de grupos dirigentes nas áreas centrais e de grupos populares nas periféricas. Destacou-se a forte presença dos setores médios em praticamente todos os tipos sócio-espaciais, o que sugere uma aparente ruptura no sistema causal: renda e escolaridade e uma relativização da segregação sócio-espacial. Contudo, os resultados indicam que a organização sócio-espacial do Aglomerado Urbano é regulada, em sua ampla maioria, pela posição das pessoas na hierarquia social e pelo setor de emprego, o que determina também os graus de acessibilidade a serviços e equipamentos públicos. Embora a oferta de alguns equipamentos se distribua de forma relativamente eqüitativa no Distrito Federal, observou-seno território do Entorno Goiano, fraca presença de grupos sócio-ocupacionais típicos de espaços do tipo médio-superior e forte ausência da oferta de serviços urbanos básicos. Em síntese, o que se observa no Aglomerado Urbano é o aprofundamento de tendências dadas desde a sua formação, sobressaindo-se o contínuo processo de periferização dos pobres, agora em direção ao Entorno, e o fortalecimento da auto-segregação de parte dos setores médios, intelectuais e dirigentes nas áreas centrais do Distrito Federal e em suas proximidades. _________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The main goal of this study is to reach an understanding of the forms of space production in Brasilia’s urban sprawl, with a focus on the social and spatial segregation.. For that purpose, the author adopted an interpretative framework that emphasized, for each analyzed period, the socioeconomic context, which included the changes in the demographic and productive structures and the labor market; the initiatives of territorial management, specially public policies. The results of the process were viewed under the perspective of their relationships between spatial distribution patterns and the urbanization of social groups. The theoretical approach called for a reading of the internal structure of the cities. The author then proceeded to undertake a comprehensive analysis of the relations between territorial management and segregation of the periods of implementation, consolidation and sprawl of the Urban Conglomerate. The next step, which aimed to explore the spatial distribution of social differentiation, was to make a review of the social structures, through socio-occupational categories, based on the concept of labor centrality in structuring and functioning of society. In order to observe the expression of the social-spatial structure on segregation, the representation of the social structure and the metropolitan space was achieved through the social and spatial typology, built with aid of factorial and cluster analyses. As results, the urban sprawl revealed itself to be structured as a social gradient – reaching out from the inner core toward the periphery - marked by the concentration of the ruling groups in the inner areas and the popular groups in the peripheral areas. The results detected a strong presence of the mean sectors in almost all types of social spaces, which indicates an apparent rupture in the causal system: income and educational levels and a relative slant of segregation. Nevertheless, the results indicate that the social and spatial organization of the urban sprawl is regulated, mostly, by the rank in the social hierarchy, which in turn determines the degree of accessibility to services and public utilities. Although the distribution of public services is relatively equalitarian, this tendency takes place mainly in the Federal District. In brief, the study pointed out to the ongoing trend of the urban sprawl to perpetuate the pattern established since its formation, that is a continuous process of ousting the poor toward the peripheral areas, now in the direction of areas outside the Federal District, and the intensification of self-segregation on the part of the elite, the middle-class, the intellectuals and the ruling classes in central areas of the Federal District and their vicinity.
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Segregação residencial na cidade do Recife: um estudo da sua configuração recenteOLIVEIRA, Tássia Germano de 02 March 2015 (has links)
Submitted by Fabio Sobreira Campos da Costa (fabio.sobreira@ufpe.br) on 2017-02-14T12:07:18Z
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Previous issue date: 2015-03-02 / CNPq / Esta dissertação examina a configuração da segregação residencial na cidade do Recife,
através do cálculo de índices sintéticos espaciais de segregação. Para este propósito, são
empregados dados dos setores censitários dos Censos Demográficos de 2000 e 2010 do IBGE
para os grupos populacionais descritos pelas variáveis renda dos responsáveis e raça dos
residentes. A partir do cômputo das medidas sintéticas espaciais de segregação e da
espacialização dos índices locais, as evidências apontam para padrões de macrossegregação
na cidade. Especificamente, para os responsáveis com rendimento superior a 10 salários
mínimos há um claro padrão de concentração espacial desses grupos nas regiões que
apresentam amenidades locais: Rio Capibaribe, Praia de Boa Viagem e parques da cidade.
Além disso, estas áreas são bem localizadas, próximas ao centro, e com forte oferta de
serviços públicos (saneamento, por exemplo). Por sua vez, embora o arranjo espacial da
população mais pobre e dos negros apresente-se mais disperso no território, é possível
verificar alguns padrões de segregação destas populações. Estudos sobre a mensuração da
segregação residencial e identificação da sua configuração espacial são bastante escassos na
literatura do país, mais ainda para a cidade do Recife. O presente estudo objetiva contribuir
para a análise da segregação residencial nas cidades brasileiras. / This master thesis examines the configuration of residential segregation in the city of Recife,
by calculating spatial synthetic indices of segregation. For such purpose, data of census layers
of the Demographic Census of 2000 and 2010 from IBGE are applied to the population
groups described by variables of income of the household head and by race of household’s
residents. From the estimation of synthetic spatial segregation measures and spatial
distribution of local indices, the evidence points to standards of macro-segregation in the city.
In particular, groups of household heads with income higher than 10 minimum wages present
a clear pattern of spatial concentration in the regions that have local amenities, such as:
Capibaribe River, Boa Viagem Beach and city parks. Moreover, these areas are well located,
close to the center and with a strong supply of public services (sanitation, for example). In
turn, although the spatial arrangement of poor and black populations is shown to be more
disperse in the territory, some segregation patterns of these populations may be seen. Studies
on the measurement of residential segregation and identification of its spatial configuration
are generally scarce in the country's literature, and even more limited about the city of Recife.
This study aims to contribute to the analysis of residential segregation in Brazilian cities.
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A construção da segregação residencial em Lauro de Freitas (BA): estudo das características e implicações do processoDias, Patrícia Chame January 2006 (has links)
Submitted by Edileide Reis (leyde-landy@hotmail.com) on 2014-10-29T14:35:58Z
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Patrícia Chame Dias.pdf: 20169408 bytes, checksum: 97651bb32fbc78a0324662276df8782a (MD5) / Approved for entry into archive by Rodrigo Meirelles (rodrigomei@ufba.br) on 2015-05-30T14:08:27Z (GMT) No. of bitstreams: 1
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Patrícia Chame Dias.pdf: 20169408 bytes, checksum: 97651bb32fbc78a0324662276df8782a (MD5) / Pouco após sua emancipação, em 1962, Lauro de Freitas passou por uma série de transformações em sua organização sócio-espacial e dinâmica socioeconômica. Situado na Região Metropolitana de Salvador (RMS), em processo associado às transformações estruturais da economia e à redefinição
funcional dos municípios dessa região, Lauro de Freitas experimentou um intenso crescimento demográfico e sua população de, aproximadamente, 10 mil habitantes em 1970, passou para 113 mil pessoas em 2000. Favoreceram essa dinâmica, a proximidade de Salvador, dos principais pólos industriais do Estado e a ação do mercado imobiliário que fragmentou o solo do município em
inúmeros loteamentos populares que, à época da implantação, apresentavam precárias condições estruturais. Esses empreendimentos, que se localizaram, predominantemente, em Itinga, local de
topografia acidentada situado na divisa com a capital, pretendiam atender à demanda de casa própria das classes populares. Noutra parte do município, especialmente na orla, no que atualmente é denominado Atlântico Norte, foram lançados loteamentos voltados às classes médias e altas, sob o signo da fuga dos males urbanos e da melhor qualidade de vida. Desde então, observou-se a
localização diferenciada das classes sociais nesse espaço. Nos anos 90, esses processos se mantiveram e aprofundaram, sendo que na área destinada aos mais abastados verificou-se um intenso avanço do
número de novos empreendimentos (especialmente condomínios fechados), consolidando um processo de segregação residencial. Partindo do entendimento de que o espaço é condição e condicionante dos
processos sociais, que, no capitalismo, ele é produzido sobretudo, para manter as condições de reprodução social e que as elites buscam se apropriar do Estado para que ele represente seus interesses,
buscou-se com esse trabalho discutir as formas e as escalas sob as quais o processo de segregação residencial pode ser identificado em Lauro de Freitas, analisando as diferentes características dos
locais de moradia das distintas classes sociais em dois de seus distritos: Itinga e Atlântico Norte.
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Habitação, cidade e campo: indicadores de segregação e seus padrões espaciais / Housing, city and countryside: segregation indexes and their spatial patternsFerreira, José Fabricio 30 November 2018 (has links)
O objeto com o qual se ocupa esta tese é a mensuração das diferenciações espaciais em entornos intraurbanos e rurais sob uma perspectiva regional a partir de dados censitários. Os padrões de desigualdades espaciais e desigualdades sociais no espaço e suas influências nos padrões espaciais de segregação residencial são investigados em variadas temáticas. Para além dos estudos consolidados que abordam os conteúdos raciais e econômicos da segregação residencial, a presente tese explora temáticas não muito usuais, tais como o gênero, as tipologias contratuais para ocupação da moradia e acesso à água. O presente estudo de caso aborda a região de 93 municípios que integram, conforme a classificação do IBGE, a rede de cidades sob influência da recém-criada região metropolitana de Ribeirão Preto. A discussão da produção social do espaço prioriza dimensões ativas dos espaços habitacionais. Os submercados residenciais relacionados à ocupação e propriedade da moradia condicionam formas de contratualização e temporalidades de giros de capitais e a conformação dos espaços residenciais na escala da cidade, bem como sua apropriação pelos diversos grupos sociais. As centralidades urbanas se reafirmam como potentes geradores de padrões espaciais de concentração basilares, muito embora não restem dúvidas sobre a complexidade crescente da diversificação de nossos entornos periféricos. Ainda que esta complexidade seja característica da contemporaneidade, há que atentarmos a este padrão elementar de centralização na medida em que as ideologias dominantes das políticas habitacionais recentes aparentam nublar o campo de disputas pelo direito à moradia nos centros e a própria cidade. / The object of this thesis is the measurement of spatial differentiation in intraurban and rural environments based on census data and under a regional perspective. The patterns of spatial inequalities and social inequalities in space and their influences on spatial patterns of residential segregation are investigated in a number of thematic areas. In addition to the consolidated literature that address the racial and economic contents of residential segregation, the present thesis explores some unusual topics such as gender, contractual typologies for housing occupation and access to water. The present case study comprises a region of 93 municipalities that, according to the official classification, integrate the network of cities under the influence of the recently stated metropolitan region of Ribeirão Preto (São Paulo State, Brazil). My approach on the theory of social production of space prioritizes productive dimensions of housing spaces. Residential submarkets based on the mismatch among occupation and ownership of the dwelling induce contractual forms and temporalities of capital returns and the configuration of the residential spaces in the scale of the city, as well as its appropriation by the diverse social groups. Urban centers reassert themselves as potent generators of spatial clustering patterns, although there is no doubt about the increasing complexity and diversification of our peripheral environments. Although this complexity is characteristic of our contemporaneity, we must pay attention to this basic pattern of centralization insofar as the dominant ideologies of recent housing policies that seem to fade the fight over the right to housing in city centers, as well as the city itself.
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Segregação racial em São Paulo: residências, redes pessoais e trajetórias urbanas de negros e brancos no século XXI / Racial segregation in São Paulo: residences, personal networks and urban trajectories in the 21st centuryFrança, Danilo Sales do Nascimento 28 September 2017 (has links)
Esta tese propõe uma interpretação sobre a relevância da segregação residencial como dimensão estruturante das relações raciais no Brasil, a partir da análise de dados da Região Metropolitana de São Paulo. Comparações com situações de segregação racial típicas de cidades norte-americanas, aliadas a narrativas de dissimulação das manifestações do racismo no Brasil, têm alimentado discursos que desprezam a importância da segregação para as relações raciais, argumentando que em nossas cidades ocorre segregação apenas por classe social. Esta pesquisa posiciona-se contrariamente a tais discursos e apresenta evidências da segregação residencial por raça nos diferentes estratos sociais. Por um lado, através de abordagens quantitativas mais tradicionais que partem dos diferenciais de localização das residências de grupos sociais, constatamos pequenos níveis de segregação racial em camadas sociais mais baixas que se tornam significativos nas camadas médias e altas. Os brancos de classes médias e superiores residem nas áreas mais privilegiadas da metrópole, estando muito isolados e distantes de todos os outros grupos, até mesmo de negros de classe média e alta. Trata-se, portanto, de segregação residencial por raça e classe. Por outro lado, a partir de uma crítica das formas como a própria noção de segregação residencial tem sido mobilizada pela sociologia, propomos uma abordagem mais aprofundada que revele em que medida a separação das moradias se associa a diferenciais de integração social e acesso à cidade. Para tanto, empreendemos uma estratégia empírica baseada no mapeamento de trajetos e locais frequentados pelos indivíduos no espaço da cidade e na espacialização de suas redes pessoais de relações. As informações foram coletadas através de pesquisa qualitativa na qual entrevistamos 28 indivíduos de classe média negros e brancos, mulheres e homens em três diferentes áreas da cidade de São Paulo: São Miguel Paulista, Tatuapé e Itaim Bibi. Demostramos a importância do local de residência na medida em que a maior parte dos relacionamentos pessoais e dos locais frequentados localizam-se no entorno do distrito no qual residem os entrevistados. Ou seja, na medida em que negros e brancos estão residencialmente segregados, são segregadas também suas redes pessoais e locais frequentados. Além disso, nossos resultados apontam que brancos, independentemente do local de residência, possuem redes pessoais compostas preponderantemente por outros brancos e frequentam mais as áreas nobres da metrópole. Nossos achados realçam o papel do espaço urbano em processos de fechamento social que reforçam barreiras à integração de negros nas classes médias. Ademais, argumentamos que as classes médias se organizam como grupos de status cujas fronteiras são fortemente baseadas, não apenas em características raciais, mas também no espaço urbano (habitado e frequentado). / This thesis proposes an interpretation on the relevance of residential segregation as a structuring dimension of race relations in Brazil, based on the data from the Metropolitan Region of São Paulo. Comparisons with cases of racial segregation typical of North American cities, coupled with narratives that disguise manifestations of racism in Brazil, have fueled discourses that despise the importance of segregation for race relations, arguing that in our cities segregation occurs only by social class. This research opposes such discourses and presents evidence of residential segregation by race in the different social strata. On the one hand, through more traditional quantitative approaches based on the differentials of location of residences, we find small levels of racial segregation in lower social strata that become significant in the middle and upper classes. The white middle and upper classes reside in the most privileged areas of the metropolis, being very isolated and distant from all other groups, even from middle and upper-class blacks. This is, therefore, residential segregation by race and class. On the other hand, from a critique of the ways in which the very notion of residential segregation has been mobilized by sociology, we propose a more in-depth approach that reveals the extent to which the separation of housing is associated with differentials of social integration and access to the city. Therefore, we undertook an empirical strategy based on mapping of paths and places frequented by individuals in the city space and on the spatial distribution of their personal networks of relationships. The information was collected through qualitative research in which we interviewed 28 middle class individuals blacks and whites, women and men in three different areas of the city of São Paulo: São Miguel Paulista, Tatuapé and Itaim Bibi. We demonstrate the importance of place of residence to the extent that most of the personal relationships and the places attended are located around the district in which the respondents reside. That is, to the extent that blacks and whites are residentially segregated, their personal networks and urban paths are also segregated. In addition, our results indicate that whites, regardless of their place of residence, have personal networks that are predominantly composed of other whites and frequent more the elite areas of the metropolis. Our findings highlight the role of urban space in social closure processes that reinforce barriers to the integration of blacks in the middle classes. Furthermore, we argue that the middle classes are organized as status groups whose boundaries are strongly based not only on racial characteristics, but also in urban space (inhabited and frequented).
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Habitação, cidade e campo: indicadores de segregação e seus padrões espaciais / Housing, city and countryside: segregation indexes and their spatial patternsJosé Fabricio Ferreira 30 November 2018 (has links)
O objeto com o qual se ocupa esta tese é a mensuração das diferenciações espaciais em entornos intraurbanos e rurais sob uma perspectiva regional a partir de dados censitários. Os padrões de desigualdades espaciais e desigualdades sociais no espaço e suas influências nos padrões espaciais de segregação residencial são investigados em variadas temáticas. Para além dos estudos consolidados que abordam os conteúdos raciais e econômicos da segregação residencial, a presente tese explora temáticas não muito usuais, tais como o gênero, as tipologias contratuais para ocupação da moradia e acesso à água. O presente estudo de caso aborda a região de 93 municípios que integram, conforme a classificação do IBGE, a rede de cidades sob influência da recém-criada região metropolitana de Ribeirão Preto. A discussão da produção social do espaço prioriza dimensões ativas dos espaços habitacionais. Os submercados residenciais relacionados à ocupação e propriedade da moradia condicionam formas de contratualização e temporalidades de giros de capitais e a conformação dos espaços residenciais na escala da cidade, bem como sua apropriação pelos diversos grupos sociais. As centralidades urbanas se reafirmam como potentes geradores de padrões espaciais de concentração basilares, muito embora não restem dúvidas sobre a complexidade crescente da diversificação de nossos entornos periféricos. Ainda que esta complexidade seja característica da contemporaneidade, há que atentarmos a este padrão elementar de centralização na medida em que as ideologias dominantes das políticas habitacionais recentes aparentam nublar o campo de disputas pelo direito à moradia nos centros e a própria cidade. / The object of this thesis is the measurement of spatial differentiation in intraurban and rural environments based on census data and under a regional perspective. The patterns of spatial inequalities and social inequalities in space and their influences on spatial patterns of residential segregation are investigated in a number of thematic areas. In addition to the consolidated literature that address the racial and economic contents of residential segregation, the present thesis explores some unusual topics such as gender, contractual typologies for housing occupation and access to water. The present case study comprises a region of 93 municipalities that, according to the official classification, integrate the network of cities under the influence of the recently stated metropolitan region of Ribeirão Preto (São Paulo State, Brazil). My approach on the theory of social production of space prioritizes productive dimensions of housing spaces. Residential submarkets based on the mismatch among occupation and ownership of the dwelling induce contractual forms and temporalities of capital returns and the configuration of the residential spaces in the scale of the city, as well as its appropriation by the diverse social groups. Urban centers reassert themselves as potent generators of spatial clustering patterns, although there is no doubt about the increasing complexity and diversification of our peripheral environments. Although this complexity is characteristic of our contemporaneity, we must pay attention to this basic pattern of centralization insofar as the dominant ideologies of recent housing policies that seem to fade the fight over the right to housing in city centers, as well as the city itself.
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Segregação racial em São Paulo: residências, redes pessoais e trajetórias urbanas de negros e brancos no século XXI / Racial segregation in São Paulo: residences, personal networks and urban trajectories in the 21st centuryDanilo Sales do Nascimento França 28 September 2017 (has links)
Esta tese propõe uma interpretação sobre a relevância da segregação residencial como dimensão estruturante das relações raciais no Brasil, a partir da análise de dados da Região Metropolitana de São Paulo. Comparações com situações de segregação racial típicas de cidades norte-americanas, aliadas a narrativas de dissimulação das manifestações do racismo no Brasil, têm alimentado discursos que desprezam a importância da segregação para as relações raciais, argumentando que em nossas cidades ocorre segregação apenas por classe social. Esta pesquisa posiciona-se contrariamente a tais discursos e apresenta evidências da segregação residencial por raça nos diferentes estratos sociais. Por um lado, através de abordagens quantitativas mais tradicionais que partem dos diferenciais de localização das residências de grupos sociais, constatamos pequenos níveis de segregação racial em camadas sociais mais baixas que se tornam significativos nas camadas médias e altas. Os brancos de classes médias e superiores residem nas áreas mais privilegiadas da metrópole, estando muito isolados e distantes de todos os outros grupos, até mesmo de negros de classe média e alta. Trata-se, portanto, de segregação residencial por raça e classe. Por outro lado, a partir de uma crítica das formas como a própria noção de segregação residencial tem sido mobilizada pela sociologia, propomos uma abordagem mais aprofundada que revele em que medida a separação das moradias se associa a diferenciais de integração social e acesso à cidade. Para tanto, empreendemos uma estratégia empírica baseada no mapeamento de trajetos e locais frequentados pelos indivíduos no espaço da cidade e na espacialização de suas redes pessoais de relações. As informações foram coletadas através de pesquisa qualitativa na qual entrevistamos 28 indivíduos de classe média negros e brancos, mulheres e homens em três diferentes áreas da cidade de São Paulo: São Miguel Paulista, Tatuapé e Itaim Bibi. Demostramos a importância do local de residência na medida em que a maior parte dos relacionamentos pessoais e dos locais frequentados localizam-se no entorno do distrito no qual residem os entrevistados. Ou seja, na medida em que negros e brancos estão residencialmente segregados, são segregadas também suas redes pessoais e locais frequentados. Além disso, nossos resultados apontam que brancos, independentemente do local de residência, possuem redes pessoais compostas preponderantemente por outros brancos e frequentam mais as áreas nobres da metrópole. Nossos achados realçam o papel do espaço urbano em processos de fechamento social que reforçam barreiras à integração de negros nas classes médias. Ademais, argumentamos que as classes médias se organizam como grupos de status cujas fronteiras são fortemente baseadas, não apenas em características raciais, mas também no espaço urbano (habitado e frequentado). / This thesis proposes an interpretation on the relevance of residential segregation as a structuring dimension of race relations in Brazil, based on the data from the Metropolitan Region of São Paulo. Comparisons with cases of racial segregation typical of North American cities, coupled with narratives that disguise manifestations of racism in Brazil, have fueled discourses that despise the importance of segregation for race relations, arguing that in our cities segregation occurs only by social class. This research opposes such discourses and presents evidence of residential segregation by race in the different social strata. On the one hand, through more traditional quantitative approaches based on the differentials of location of residences, we find small levels of racial segregation in lower social strata that become significant in the middle and upper classes. The white middle and upper classes reside in the most privileged areas of the metropolis, being very isolated and distant from all other groups, even from middle and upper-class blacks. This is, therefore, residential segregation by race and class. On the other hand, from a critique of the ways in which the very notion of residential segregation has been mobilized by sociology, we propose a more in-depth approach that reveals the extent to which the separation of housing is associated with differentials of social integration and access to the city. Therefore, we undertook an empirical strategy based on mapping of paths and places frequented by individuals in the city space and on the spatial distribution of their personal networks of relationships. The information was collected through qualitative research in which we interviewed 28 middle class individuals blacks and whites, women and men in three different areas of the city of São Paulo: São Miguel Paulista, Tatuapé and Itaim Bibi. We demonstrate the importance of place of residence to the extent that most of the personal relationships and the places attended are located around the district in which the respondents reside. That is, to the extent that blacks and whites are residentially segregated, their personal networks and urban paths are also segregated. In addition, our results indicate that whites, regardless of their place of residence, have personal networks that are predominantly composed of other whites and frequent more the elite areas of the metropolis. Our findings highlight the role of urban space in social closure processes that reinforce barriers to the integration of blacks in the middle classes. Furthermore, we argue that the middle classes are organized as status groups whose boundaries are strongly based not only on racial characteristics, but also in urban space (inhabited and frequented).
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Raça, classe e segregação residencial no município de São Paulo / Race, class and residential segregation in São PauloDanilo Sales do Nascimento França 17 December 2010 (has links)
Esta dissertação de mestrado desenvolve uma análise da segregação residencial no município de São Paulo, descrita a partir da articulação entre raça e classe social. Deste modo, realçamos as diferenças de padrões residenciais de negros e brancos pertencentes a estratos sociais semelhantes, dando ênfase à caracterização da segregação racial nas classes médias e altas de São Paulo. A partir desta descrição, revelamos a maneira pela qual a segregação se relaciona com o perfil da estratificação social e das desigualdades raciais no Brasil, refletindo as dificuldades de inserção dos negros em estratos sociais mais altos. Para tanto, defendemos a hipótese de que a distância residencial entre os negros e brancos aumenta conforme consideramos as camadas sociais médias e altas. De modo que os negros destes estratos apresentam maior concentração em bairros mais pobres e periféricos. Esta hipótese é demonstrada através de uma ampla análise quantitativa, na qual exploramos a aplicação de diversas técnicas disponíveis para mensuração e análise da segregação residencial. Nossa argumentação acerca destas questões se alicerça no campo da sociologia das relações raciais, em diálogo com a produção brasileira e norte-americana sobre segregação residencial. / In this dissertation we develop an analysis of residential segregation in the city of São Paulo based upon the articulation of race and social class. In this way one can stress the differences in residential patterns among blacks and whites belonging to similar social strata, highlighting racial segregation in middle and upper classes in São Paulo. From this description we reveal the way in which segregation relates itself with the contour of social stratification and racial inequalities in Brazil, reflecting on the difficulties in inclusion of blacks in higher social strata. For such, we defend the hypothesis that the residential distance in blacks and whites increases as we look upon the middle and higher social classes. The blacks in these strata are more concentrated in poorer and peripheral neighborhoods. This hypothesis is demonstrated through a wide quantitative analysis in which we apply several available techniques for measurement and analysis of residential segregation. Our argument for such questions is based on the sociology of racial relations, but also in dialogue with the north-American and Brazilian literature relating to residential segregation.
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