Reproduction de : Thèse d'exercice : Médecine : Nancy 1 : 2003. / Titre provenant de l'écran-titre.

Reproduction de : Thèse de doctorat : Médecine. Santé publique : Université de Reims : 2009. / Titre provenant de l'écran-titre. Bibliogr. p.254268.

Diss.--Berlin--Freie Universität, 1996. / Bibliogr. p. 412-421. Index.

Th.--Méd.--Nancy 1, 1983. N°: 218.

Th. Méd.--Nancy 1, 1983. N°: 280.

Este trabalho de dissertação de mestrado se desenvolve em torno da pergunta sobre o sujeito na clínica psicanalítica das psicoses e trata de indagar sobre a estrutura em que o sujeito está simbolicamente representado, e na qual, ao mesmo tempo, ele faz parte. Indica-se o termo sujet para apontar a direção de Lacan de seu uso, fazendo um apanhado sobre os conceitos de sujeito e psicose na tentativa de desenvolver especificidades da relação entre os mesmos. Nota-se que a inferência clínica de não haver sujeito na estrutura das psicoses está sustentada sobre dois eixos principais que estão apontados neste trabalho: a relação dialética sujeito-objeto e o próprio conceito de estrutura. Neste sentido, faz-se uma crítica a estes dois eixos por não concernirem necessariamente à psicanálise. Utilizamos a banda de Moebius como estrutura topológica em homologia com o conceito de sujeito. Somente depois de se percorrer a banda de Moebius é que se revela que esta é de uma superfície unilátera. Assim também a posição de sujeito é efeito de um percurso no tempo e no espaço. Na escuta psicanalítica trata-se de ler um percurso discursivo (tempo) em um endereçamento ao lugar do Outro (espaço). Esta pesquisa mostra que sujeito é uma posição discursiva, efeito da relação entre a fala e a linguagem. Desta forma, podemos pensar o conceito de inconsciente e suas formações para todo o sujeito falante, indo além das restrições que o conceito de estrutura impõe à emergência do sujeito. Ao final, apresenta-se a hipótese da exclusão do sujeito do campo do Outro, como lugar de reconhecimento do sujeito, o que provoca efeitos tanto no âmbito subjetivo como nas práticas de cuidado que orientam as ciências atuais, como a psiquiatria, a psicologia e a psicanálise. / This work of master thesis is developed around the question about the subject in the psychoanalytical clinic of psychoses and inquires about the structure in which the subject is symbolically represented and in which, at the same time, it is a part of. It’s indicated the term sujet to point Lacan’s direction on its use, making a summary on the concepts of subject and psychosis in attempt to develop specificities of their relation. It is noticed that the clinic inference that there’s no subject in psychosis is sustained over two principal axes that are pointed in this work: the dialectical relation subject-object and the proper concept of structure. In this sense, it is present a critique to these two axes for doesn’t necessarily concern to psychoanalysis. We use the Moebius band as the topological structure in homology with the concept of subject. Only after covering the Moebius band is revealed that it is a one face surface. Through that also the position of subject is an effect of a travel on time and space. At the psychoanalytical listening it’s intended to read a discursive travel (time) in a adressement to the place of the Other (space). This research present that the subject is a discursive position, effect of the relationship between the speech and the language. At this form we can think the concept of unconscious and their formation to every specking subject, going over the restrictions that the concept of structure impose to the emergence of the subject. At the end, it’s presented the hypothesis of the exclusion of the subject from the field of the Other as the place of the recognition for the subject, what causes effects on both subjective sphere as in the care practices that guide the current science, like psychiatry, psychology and psychoanalysis.

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Este trabalho de dissertação de mestrado se desenvolve em torno da pergunta sobre o sujeito na clínica psicanalítica das psicoses e trata de indagar sobre a estrutura em que o sujeito está simbolicamente representado, e na qual, ao mesmo tempo, ele faz parte. Indica-se o termo sujet para apontar a direção de Lacan de seu uso, fazendo um apanhado sobre os conceitos de sujeito e psicose na tentativa de desenvolver especificidades da relação entre os mesmos. Nota-se que a inferência clínica de não haver sujeito na estrutura das psicoses está sustentada sobre dois eixos principais que estão apontados neste trabalho: a relação dialética sujeito-objeto e o próprio conceito de estrutura. Neste sentido, faz-se uma crítica a estes dois eixos por não concernirem necessariamente à psicanálise. Utilizamos a banda de Moebius como estrutura topológica em homologia com o conceito de sujeito. Somente depois de se percorrer a banda de Moebius é que se revela que esta é de uma superfície unilátera. Assim também a posição de sujeito é efeito de um percurso no tempo e no espaço. Na escuta psicanalítica trata-se de ler um percurso discursivo (tempo) em um endereçamento ao lugar do Outro (espaço). Esta pesquisa mostra que sujeito é uma posição discursiva, efeito da relação entre a fala e a linguagem. Desta forma, podemos pensar o conceito de inconsciente e suas formações para todo o sujeito falante, indo além das restrições que o conceito de estrutura impõe à emergência do sujeito. Ao final, apresenta-se a hipótese da exclusão do sujeito do campo do Outro, como lugar de reconhecimento do sujeito, o que provoca efeitos tanto no âmbito subjetivo como nas práticas de cuidado que orientam as ciências atuais, como a psiquiatria, a psicologia e a psicanálise. / This work of master thesis is developed around the question about the subject in the psychoanalytical clinic of psychoses and inquires about the structure in which the subject is symbolically represented and in which, at the same time, it is a part of. It’s indicated the term sujet to point Lacan’s direction on its use, making a summary on the concepts of subject and psychosis in attempt to develop specificities of their relation. It is noticed that the clinic inference that there’s no subject in psychosis is sustained over two principal axes that are pointed in this work: the dialectical relation subject-object and the proper concept of structure. In this sense, it is present a critique to these two axes for doesn’t necessarily concern to psychoanalysis. We use the Moebius band as the topological structure in homology with the concept of subject. Only after covering the Moebius band is revealed that it is a one face surface. Through that also the position of subject is an effect of a travel on time and space. At the psychoanalytical listening it’s intended to read a discursive travel (time) in a adressement to the place of the Other (space). This research present that the subject is a discursive position, effect of the relationship between the speech and the language. At this form we can think the concept of unconscious and their formation to every specking subject, going over the restrictions that the concept of structure impose to the emergence of the subject. At the end, it’s presented the hypothesis of the exclusion of the subject from the field of the Other as the place of the recognition for the subject, what causes effects on both subjective sphere as in the care practices that guide the current science, like psychiatry, psychology and psychoanalysis.

"Mort du sujet", "retour du sujet", "sujet postmoderne", notre temps n'est pas avare de concepts et de formules... Or, savoir précisément ce qu'ils recouvrent est un autre défi. Penser l'époque contemporaine est en effet une gageure intellectuelle et déterminer ce qu'est le sujet ne l'est pas moins... Pour cela, étudier les spécificités du sujet aujourd'hui dans ses trois acceptions d'écrivain, de fable et de personnage sans gommer les différences propres à un corpus d'étude comparatiste semblait de bonne méthode. Une trentaine de vies imaginaires et d'essais méditatifs, formes littéraires nées pour ainsi dire dans le dernier quart du XXe siècle ; des proses mi-fictionnelles mi-sérieuses de quatre auteurs contemporains ayant déjà une certaine reconnaissance institutionnelle, P. Michon, G. Macé, P. Quignard et Fl. Delay, constituait notre corpus d'étude. Se demander d'abord comment les ruptures avec l'ère formaliste affectaient la parole de nos auteurs était une étape nécessaire. On les a ainsi vu refuser l'autorité de "l'auteur" pour se représenter en "lettrés actifs" et chercher davantage l'espace tenu mais ferme d'un "effet sujet" que les sables mouvants de l'écriture personnelle. Que cette subjectivité repensée influe également sur le délicat équilibre de l'avéré et de l'imaginaire dans nos textes n'est alors pas étonnant. Elle est révélatrice de l'attente double qui caractérise notre temps et d'une des configurations que prend le lyrisme dans la prose contemporaine. Ces tensions dans l'écriture sont cependant moins sources de déchirements que l'origine d'une figuration nouvelle. D'une densité légère, d'une luminosité spectrale et d'une profondeur complexe et translucide à la fois, l'hologramme constitue une métaphore riche de sèmes pour penser l'écriture contemporaine comme le fonctionnement du personnage dans nos textes. Ni acteur impliqué dans la glèbe du monde ni individu désabusé, le sujet contemporain est plutôt ce rêveur qui construit des mondes et qui s'efforce d'y advenir. Altérant le présent pour pouvoir rencontrer autrui, le sujet contemporain s'assume comme être de relation et d'accueil, nouveau sujet lyrique qu'une voix chuchotée a fait naître entre le monde de l'attesté et celui de l'imaginaire. / "Death of the subject", "return of the subject", Postmodern subject" - modern criticism is not short of such notions and formulae. To know precisely what these mean is, however, another matter entirely... Whilst understanding the contemporary poses an intellectual challenge of one kind, defining the subject poses another of equal importance. For this reason, it seemed methodologically appropriate to define the specificities of the subject today by considering the three dimensions it assumes in the works of contemporary writers - namely the scholarly, the fabulous and the fictional. The corpus of works considered in this study comprises about thirty imaginary lives and meditative essays - literary forms which have developed mainly during the last quarter of the 20th century. These texts, by four relatively well-established literary figures, (P. Michon, G. Macé, P. Quignard and F. Delay) mingle both fiction and reality. It was firstly necessary to determine how the break with the Formalist era had affected the writing of the authors considered. In this regard, they were found to be locking for a more concrete way of self-expression thus avoiding the potential pitfalls inherent in subjective writing. that this re-analysis of subjectivity in the chosen texts equally affects the delicate characterises our times and illustrative of one of the forms of lyricism in contemporary prose. Such tensions in contemporary writing do not lead so much to rupture as to the beginnings of a new configuration. With a lightness, a spectral luminosity and a depth of complexity with a translucent quality, the hologram represents a rich set of metaphors for contemporary writing and the dynamic of the character within our texts. Neither an active force within the world nor disabused by it, the contemporary subject is above all a dreamer constructing its own worlds in which to take place ; altering the present in order to approach others, the contemporary subject presents itself as open to relationships with others, and constitutes a new lyrical entity brought forth by a whispering voice between the real world and the imagined.

Este trabalho de dissertação de mestrado se desenvolve em torno da pergunta sobre o sujeito na clínica psicanalítica das psicoses e trata de indagar sobre a estrutura em que o sujeito está simbolicamente representado, e na qual, ao mesmo tempo, ele faz parte. Indica-se o termo sujet para apontar a direção de Lacan de seu uso, fazendo um apanhado sobre os conceitos de sujeito e psicose na tentativa de desenvolver especificidades da relação entre os mesmos. Nota-se que a inferência clínica de não haver sujeito na estrutura das psicoses está sustentada sobre dois eixos principais que estão apontados neste trabalho: a relação dialética sujeito-objeto e o próprio conceito de estrutura. Neste sentido, faz-se uma crítica a estes dois eixos por não concernirem necessariamente à psicanálise. Utilizamos a banda de Moebius como estrutura topológica em homologia com o conceito de sujeito. Somente depois de se percorrer a banda de Moebius é que se revela que esta é de uma superfície unilátera. Assim também a posição de sujeito é efeito de um percurso no tempo e no espaço. Na escuta psicanalítica trata-se de ler um percurso discursivo (tempo) em um endereçamento ao lugar do Outro (espaço). Esta pesquisa mostra que sujeito é uma posição discursiva, efeito da relação entre a fala e a linguagem. Desta forma, podemos pensar o conceito de inconsciente e suas formações para todo o sujeito falante, indo além das restrições que o conceito de estrutura impõe à emergência do sujeito. Ao final, apresenta-se a hipótese da exclusão do sujeito do campo do Outro, como lugar de reconhecimento do sujeito, o que provoca efeitos tanto no âmbito subjetivo como nas práticas de cuidado que orientam as ciências atuais, como a psiquiatria, a psicologia e a psicanálise. / This work of master thesis is developed around the question about the subject in the psychoanalytical clinic of psychoses and inquires about the structure in which the subject is symbolically represented and in which, at the same time, it is a part of. It’s indicated the term sujet to point Lacan’s direction on its use, making a summary on the concepts of subject and psychosis in attempt to develop specificities of their relation. It is noticed that the clinic inference that there’s no subject in psychosis is sustained over two principal axes that are pointed in this work: the dialectical relation subject-object and the proper concept of structure. In this sense, it is present a critique to these two axes for doesn’t necessarily concern to psychoanalysis. We use the Moebius band as the topological structure in homology with the concept of subject. Only after covering the Moebius band is revealed that it is a one face surface. Through that also the position of subject is an effect of a travel on time and space. At the psychoanalytical listening it’s intended to read a discursive travel (time) in a adressement to the place of the Other (space). This research present that the subject is a discursive position, effect of the relationship between the speech and the language. At this form we can think the concept of unconscious and their formation to every specking subject, going over the restrictions that the concept of structure impose to the emergence of the subject. At the end, it’s presented the hypothesis of the exclusion of the subject from the field of the Other as the place of the recognition for the subject, what causes effects on both subjective sphere as in the care practices that guide the current science, like psychiatry, psychology and psychoanalysis.