Esta dissertação tem como objetivo analisar o nacionalismo na vida política da Bolívia contemporânea, em especial no interior do bloco histórico (em sentido gramsciano) popular que se forma a partir de 2000 e que passa a ocupar os principais postos do Estado com a eleição de Evo Morales em 2005. Seu recorte temporal cobre as chamadas guerras antineoliberais (Guerra da Água em 2000, Guerra do Gás em 2003 etc.) e o processo constituinte, que vai da Assembleia Constituinte (2006-2007) até a aprovação da nova carta constitucional em um referendo nacional (2009). A nova constituição inaugura um Estado plurinacional, refletindo uma demanda histórica pelo reconhecimento da pluralidade cultural e institucional do país. A partir de autores que concebem o nacionalismo como expressão de determinado conflito político (Tom Nairn, Ernest Gellner) ou como expressão de experiências históricas populares (Anthony D. Smith), foi possível entender o nacionalismo de maneira ampla. Assim, foi possível estabelecer relações entre o nacionalismo e o indigenismo, analisando este último com algumas categorias pensadas originalmente para o exame do primeiro. Por outro lado, para entender a formação de identidades coletivas nacionais bolivianas, foi necessário recorrer à ideia de tempos sociais que se cruzam em épocas de crise do Estado ou em situações revolucionárias, evitando a categorização étnica. Do ponto de vista empírico, analisou-se os documentos sobre Visão de País formulados pelas 16 agrupações políticas que participaram da constituinte. A análise do período nos levou a três principais considerações finais. Primeiro, há neste bloco histórico uma tensão, que pode levar à sua fragmentação, entre a demanda por maior estatalidade e a demanda por maior autonomia dos setores populares. Segundo, é possível pensar a vigência de certo nacionalismo no país, mesmo em tempos de plurinacionalidade; mas este nacionalismo precisa ser entendido como expressão de uma síntese cunhada em diversidades, não como uma monoculturalidade, que surge a partir de experiências políticas compartilhadas pela sociedade. Terceiro, as teorias de nacionalismo abordadas são desafiadas com o indigenismo boliviano, que nos traz um exemplo de olhar para o passado no qual o elemento irracional não está no apelo ao passado, mas sim no presente. / This dissertation aims to analyze nationalism in Bolivian contemporary political life, in particular within the popular historic bloc (as conceptualized by Gramsci) that emerges from 2000 and, with the election of Evo Morales in 2005, begins to occupy the key positions of the state. Its time frame covers the so-called anti-neoliberal \"wars\" (Water War in 2000, the Gas War in 2003 etc.) and the constitutional process, which runs from the Constituent Assembly (2006-2007) until the approval of new constitution in a national referendum (2009). The new constitution inaugurates a \"plurinational state\", reflecting a historical demand for the recognition of cultural and institutional diversity of the country. From authors who conceive nationalism as an expression of a particular political conflict (Tom Nairn, Ernest Gellner) or as an expression of popular historical experiences (Anthony D. Smith), it was possible to understand nationalism broadly. Thus, it was possible to establish relationships between nationalism and indigenism, analyzing the latter with some categories originally designed to examine the former. On the other hand, to understand the formation of collective national identities, it was necessary to resort to the idea of \"social temporalities\" that intersect in state crisis or revolutionary situations, avoiding ethnic categorization. From the empirical perspective, we analyzed documents on the \"View of the Country\" made by the 16 political groups which participated in the Constituent Assembly. The analysis has led us to three main remarks. First, there is a tension inside this historical block which may lead to its fragmentation: the tension between the demand for greater statality and the demand for greater autonomy of the popular sectors. Second, it is possible to consider valid certain nationalism in Bolivia, even in times of plurinationality; but this nationalism must be understood as an expression of a synthesis of diversity, not as a monoculturality, that emerges from shared political experiences. Third, the discussed theories of nationalism are challenged with the Bolivian indigenism, which brings us an example of \"looking back\" in which the irrational element is not in the appeal to the past, but in the present.

Thesis (doctoral)--University of Göteborg, 2001. / Includes bibliographical references.

XVIII ir XIX a. vyko ginkluoti išsivadavimo iš nacionalinės ir socialinės priespaudos judėjimai. Tai 1794 m., 1830 – 1831 m. ir 1863 – 1864 m. sukilimai, kurie telkė įvairių luomų žmones kovai prieš pavergėjus. Sukilimai atsispindi skirtingų laikotarpių atminties kultūroje, žmonės juos pamena ir įvairiais būdais įamžina. Atminties kultūra gali pasireikšti pačiais įvairiausiais aspektais, per kuriuos galima tirti kaip formuojama atmintis apie sukilimus ir kiek žmonėms jie yra reikšmingi. Šiame darbe analizuojami sukilimai atminties kultūroje Šiaulių apskrityje nuo 1918 m. iki šių dienų. Pirmiausia pateikiama istoriografijos analizė, kaip Lietuvos ir užsienio autoriai nagrinėja atminties kultūrą. Istoriografija nagrinėjama siejant su šiais sukilimais. Tiriamosiose dalyse išskiriami tokie aspektai kaip laikraščiai, muziejai, paminklai ir gatvėvardžiai. Tema yra aktuali, kadangi naujaisiais laikais paplinta mikroistorijos tyrimai, kuomet analizuojama smulkių vienetų istorija, koncentruojamasi į labiau apibrėžtus ir glaustus tyrimus, todėl svarbu pažvelgti kaip ankstesnėje ir dabartinėje visuomenėje įamžinami šie įvykiai. Pirmiausia darbe tiriama, kaip sukilimų tema perteikiama Šiaulių apskrities laikraščiuose, žiūrima, ar tai yra aktualus klausimas. Taip pat išryškinami svarbiausi aspektai, kurie pateikiami straipsniuose. Pasitelkiama laikraščių klasifikacija pagal tris laikotarpius: tarpukaris, sovietmetis ir Nepriklausomybės laikai. Šis skirstymas naudojamas ir kitose... [toliau žr. visą tekstą] / In the 18th and 19th century, there were armed liberation movements against national and social oppression. There were uprisings in 1794, 1830 - 1831 and 1863 – 1864, when people from various estates were gathered to fight against the subjugators. Memory culture can reflect in various aspects, through which we may research how memory of uprisings is formed and how much they are important for people. This work contains the analysis of uprisings memory culture from 1918 to our days in Siauliai district. The presentation of the historiography analysis is presented at the beginning. Historiography is analyzed linking with these uprisings. Such aspects as newspapers, museums, monuments and street’s names are distinguished in research parts. The subject is relevant, due to spreading microhistory studies in the new era, when history of small units is analyzed, concentrating on a more defined and more concise researches. Therefore it is important to look how in the previous and the nowadays society these events are commemorated. First of all, in this research is analyzed how the theme of uprisings is rendered in newspapers of Siauliai district, also it is studied if this question is urgent. Three periods of newspapers classification are invoked: the interwar, The Soviet period, and Independence times. This distribution is also used in other parts of the research. In the next part the biggest attention is directed to the material of museums. It's interesting to know if any... [to full text]

Thesis (M. A.)--University of Canterbury, 2008. / Typescript (photocopy). Includes bibliographical references (leaves 116-125). Also available via the World Wide Web.

Thesis (Ph. D.)--University of California, San Diego, 2008. / Title from first page of PDF file (viewed July 3, 2008). Available via ProQuest Digital Dissertations. Vita. Includes bibliographical references (p. 397-409).

Esta dissertação tem como objetivo analisar o nacionalismo na vida política da Bolívia contemporânea, em especial no interior do bloco histórico (em sentido gramsciano) popular que se forma a partir de 2000 e que passa a ocupar os principais postos do Estado com a eleição de Evo Morales em 2005. Seu recorte temporal cobre as chamadas guerras antineoliberais (Guerra da Água em 2000, Guerra do Gás em 2003 etc.) e o processo constituinte, que vai da Assembleia Constituinte (2006-2007) até a aprovação da nova carta constitucional em um referendo nacional (2009). A nova constituição inaugura um Estado plurinacional, refletindo uma demanda histórica pelo reconhecimento da pluralidade cultural e institucional do país. A partir de autores que concebem o nacionalismo como expressão de determinado conflito político (Tom Nairn, Ernest Gellner) ou como expressão de experiências históricas populares (Anthony D. Smith), foi possível entender o nacionalismo de maneira ampla. Assim, foi possível estabelecer relações entre o nacionalismo e o indigenismo, analisando este último com algumas categorias pensadas originalmente para o exame do primeiro. Por outro lado, para entender a formação de identidades coletivas nacionais bolivianas, foi necessário recorrer à ideia de tempos sociais que se cruzam em épocas de crise do Estado ou em situações revolucionárias, evitando a categorização étnica. Do ponto de vista empírico, analisou-se os documentos sobre Visão de País formulados pelas 16 agrupações políticas que participaram da constituinte. A análise do período nos levou a três principais considerações finais. Primeiro, há neste bloco histórico uma tensão, que pode levar à sua fragmentação, entre a demanda por maior estatalidade e a demanda por maior autonomia dos setores populares. Segundo, é possível pensar a vigência de certo nacionalismo no país, mesmo em tempos de plurinacionalidade; mas este nacionalismo precisa ser entendido como expressão de uma síntese cunhada em diversidades, não como uma monoculturalidade, que surge a partir de experiências políticas compartilhadas pela sociedade. Terceiro, as teorias de nacionalismo abordadas são desafiadas com o indigenismo boliviano, que nos traz um exemplo de olhar para o passado no qual o elemento irracional não está no apelo ao passado, mas sim no presente. / This dissertation aims to analyze nationalism in Bolivian contemporary political life, in particular within the popular historic bloc (as conceptualized by Gramsci) that emerges from 2000 and, with the election of Evo Morales in 2005, begins to occupy the key positions of the state. Its time frame covers the so-called anti-neoliberal \"wars\" (Water War in 2000, the Gas War in 2003 etc.) and the constitutional process, which runs from the Constituent Assembly (2006-2007) until the approval of new constitution in a national referendum (2009). The new constitution inaugurates a \"plurinational state\", reflecting a historical demand for the recognition of cultural and institutional diversity of the country. From authors who conceive nationalism as an expression of a particular political conflict (Tom Nairn, Ernest Gellner) or as an expression of popular historical experiences (Anthony D. Smith), it was possible to understand nationalism broadly. Thus, it was possible to establish relationships between nationalism and indigenism, analyzing the latter with some categories originally designed to examine the former. On the other hand, to understand the formation of collective national identities, it was necessary to resort to the idea of \"social temporalities\" that intersect in state crisis or revolutionary situations, avoiding ethnic categorization. From the empirical perspective, we analyzed documents on the \"View of the Country\" made by the 16 political groups which participated in the Constituent Assembly. The analysis has led us to three main remarks. First, there is a tension inside this historical block which may lead to its fragmentation: the tension between the demand for greater statality and the demand for greater autonomy of the popular sectors. Second, it is possible to consider valid certain nationalism in Bolivia, even in times of plurinationality; but this nationalism must be understood as an expression of a synthesis of diversity, not as a monoculturality, that emerges from shared political experiences. Third, the discussed theories of nationalism are challenged with the Bolivian indigenism, which brings us an example of \"looking back\" in which the irrational element is not in the appeal to the past, but in the present.

Cette recherche de doctorat interdisciplinaire examine ce qu’Østergaard-Nielsen (2003) a appelé « homeland politics », c’est-à-dire les activités politiques des migrants et des réfugiés relatives à la politique intérieure ou extérieure de leur pays d’origine. Cette thèse se concentre sur deux études de cas, Vienne et Paris, et les personnes et les groupes qui ont tenté d'influencer la politique pendant et après les soulèvements en Egypte (2011-2013). Mon intérêt porte notamment sur l'identification de ces activistes, de leurs réseaux et des raisons de leur participation politique. Mon deuxième intérêt vise le rôle des médias sociaux comme outil de la contestation transnationale. La thèse est divisée en trois parties. La première adopte une approche macro et trace le contexte dans lequel les pratiques transnationales des migrants égyptiens et leurs enfants ont eu lieu, en mettant l'accent sur les politiques d'émigration, d'immigration et d’intégration. La deuxième partie contient l’analyse de mes données empiriques à un niveau micro et décrit les différents types d’activistes transnationaux, leurs argumentations politiques, leurs réseaux et stratégies. Elle donne également un aperçu de leur utilisation Facebook. La troisième partie est une contribution théorique au transnationalisme politique : elle soulève la question de savoir si nous assistons aujourd'hui à l'émergence d'une société civile transnationale égyptienne et développe ensuite un cadre analytique des déterminants qui influencent la « politique de la patrie ». / This interdisciplinary PhD project examines what Østergaard-Nielsen (2003) calls ‘homeland politics’, namely the political activities of migrants and refugees who aim to influence the domestic or foreign policy of their country of origin. It focuses on two case studies, Vienna and Paris, and examines the people and groups who tried to influence politics during and after the uprisings in Egypt (2011-2013). It focuses particularly on the identification of transnational activists, their networks and their motives of their political participation. It further analyzes the role of social media as a tool for transnational politics. The thesis is divided into three parts. The first adopts a macro-level approach and traces the context in which transnational practices of Egyptian migrants and their children take place, by focusing on emigration, immigration and immigrant policies. The second is an empirical analysis on the micro-level and describes different types of transnational activists, their argumentations, networks, and strategies. This includes a comprehensive analysis of their use of Facebook. The third part is a theoretical contribution to political transnationalism by discussing the limits of Egyptian transnational civil society today and by developing an analytical framework for factors which influence homeland politics.

Typewritten sheets in cover. Thesis (M.A.)--Boston University

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