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Acompanhamento farmacêutico: uma estratégia para o aumento de adesão ao tratamento de pacientes em cuidados paliativos oncológicos

Nogueira, Thaísa Amorim 25 April 2017 (has links)
Submitted by Biblioteca da Faculdade de Farmácia (bff@ndc.uff.br) on 2017-04-25T16:58:10Z No. of bitstreams: 1 Nogueira, Thaísa Amorim [Dissertação, 2012].pdf: 4561234 bytes, checksum: 45a27db4023818d69bfa81af833e44ad (MD5) / Made available in DSpace on 2017-04-25T16:58:10Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Nogueira, Thaísa Amorim [Dissertação, 2012].pdf: 4561234 bytes, checksum: 45a27db4023818d69bfa81af833e44ad (MD5) / Os pacientes considerados pouco aderentes à terapia além de risco de morte e agravamento de sua doença, também contribuem para o aumento dos custos do tratamento. Para este estudo o objetivo foi observar a relação entre o fornecimento da orientação farmacêutica e a adesão ao tratamento em Cuidado Paliativo Oncológico. O trabalho foi dividido em duas etapas, a primeira durante a confecção da prescrição junto ao médico e a segunda em atendimento direto ao paciente. O estudo teve ainda dois grupos de pacientes, grupo controle, que recebeu apenas as orientações básicas, denominado “GRUPO C”, e um o “GRUPO E” que recebeu orientações farmacêuticas específicas (verbal e documentada). Este estudo mostrou que o grupo de pacientes que receberam orientação sobre o uso de medicamentos pelo farmacêutico pode descrever melhor os medicamentos utilizados e tem a adesão ao tratamento aumentada. Pacientes e cuidadores demonstraram que a informação, principalmente com relação à forma de administração de comprimidos por via oral, ajudou nos resultados da terapia / Patients poorly adherents to therapy, besides the risk of death and worsening of their illness, also contribute to the increased costs of treatment. The aim of this study the objective was to observe the relationship between the provision of pharmaceutical care and adherence in Palliative Care Oncology Unit. The work was divided into two stages, first during the elaboration of prescription by the physician and the second in direct contact with patient. The study had two groups of patients, control group that received only the basic guidelines, called "Group C", and the "Group E", which received pharmaceutical care (verbal and documented). This study showed that the group of patients who received guidance on the use of drugs by pharmacists can better describe the medication and had increased adherence to treatment. In this work it was observed that the pharmacist monitoring and guidance on the use of drugs contributed positively to the increased levels of adherence to treatment. Patients and caregivers have demonstrated that information, especially related to orally administred drugs, improved the results of therapy
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Acesso e uso de medicamentos : inquéritos de saúde como estratégia de avaliação / Access and use of drug : investigations as a strategy for health evaluation

Costa, Karen Sarmento, 1983- 24 August 2018 (has links)
Orientadores: Marilisa Berti de Azevedo Barros, Priscila Maria Stolses Bergamo Francisco / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-24T19:21:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Costa_KarenSarmento_D.pdf: 7002598 bytes, checksum: 030d0b32c49da1caab0f45ce4332924d (MD5) Previous issue date: 2014 / Resumo: Os medicamentos têm sido considerados como componente relevante da integralidade da saúde, uma vez que se constituem em recurso decisivo para reduzir o sofrimento humano e a morbimortalidade. Podem produzir curas, reduzir a dor, prolongar a vida e retardar o surgimento de complicações associadas a doenças. São utilizados como tecnologia custo-efetiva e, por outro lado, podem aumentar os custos na atenção à saúde, quando utilizados de maneira irracional, e levar a reações adversas. O objetivo da presente tese consistiu em analisar, por meio de inquéritos de saúde realizados nas capitais do Brasil e no município de Campinas (estado de São Paulo), o acesso aos medicamentos e seu uso pela população brasileira, entendendo-os como dimensões das políticas públicas de assistência farmacêutica no país. Em um primeiro estudo, utilizando dados de inquérito nacional telefônico (VIGITEL) de indivíduos com 20 anos ou mais de idade, buscou-se analisar o percentual de hipertensos e diabéticos que faziam uso de medicamentos e as fontes que haviam utilizado para a obtenção desses medicamentos, considerando as alternativas: Unidades de Saúde da rede pública, farmácias credenciadas ao Programa Farmácia Popular do Brasil e farmácias/drogarias do setor privado e outros locais. Dos 15.027 hipertensos e 4083 diabéticos entrevistados, 11.955 (71,8%) e 3.233 (78,2%) estavam em tratamento medicamentoso, respectivamente. Dentre os hipertensos e diabéticos, as maiores prevalências de obtenção dos medicamentos nas Unidades de Saúde foram nos segmentos com menos de 70 anos, que referiram cor de pele preta ou parda e naqueles que não possuíam plano privado de saúde. Maior proporção de diabéticos (54,4%) obtinha os medicamentos nas Unidades de Saúde em comparação aos hipertensos (45,8%). Em relação às regiões brasileiras, os maiores percentuais de hipertensos e diabéticos que precisaram comprar o medicamento em farmácias e drogarias foram justamente os residentes nas capitais da região Nordeste e, os menores percentuais na região Sudeste. Esses resultados indicam a necessidade de organizar e estruturar os serviços de assistência farmacêutica no Sistema Único de Saúde, a fim de viabilizar o acesso aos medicamentos de forma mais equânime e com qualidade. Em um segundo estudo, desenvolvido com dados do inquérito domiciliar de saúde de Campinas (ISACamp 2008), analisaram-se as prevalências e os fatores associados ao conhecimento e utilização do Programa Farmácia Popular do Brasil, segundo o perfil socioeconômico e de saúde de adultos residentes no município. Dos 2461 entrevistados de 20 anos ou mais, 32,8% conheciam o PFPB; e destes, 33,6% haviam utilizado medicamentos do Programa. Dentre os que conheciam o PFPB verificou-se maior prevalência em mulheres, indivíduos acima de 30 anos, pessoas com renda familiar acima de 5 salários mínimos, naqueles com 5 ou mais anos de estudo e nos que usavam 4 ou mais medicamentos. Entre os que utilizaram o Programa observou-se maior prevalência de uso de medicamentos do PFPB entre as mulheres, nos indivíduos acima de 70 anos e naqueles que não possuíam plano de saúde. O terceiro estudo objetivou analisar a prevalência do uso de medicamentos e da fonte de obtenção desses medicamentos segundo características sociodemográficas, de condições de saúde e de uso de serviços de saúde da população adulta e idosa do município de Campinas. Buscou, também, identificar ocorrências e motivos para o não acesso a medicamentos prescritos nos 15 dias prévios á entrevista. A prevalência de uso de ao menos um medicamento, nos três dias que antecederam a pesquisa, foi de 57,2%, e para 30,9% desses indivíduos, todos os medicamentos que haviam utilizado tinham sido obtidos no SUS. Entre os indivíduos que referiram uso de medicamentos, predominaram as mulheres, pessoas com idade entre 20 e 59 anos, os casados ou unidos e aqueles que referiram cor da pele branca. A maioria apresentava renda familiar per capita de até três salários mínimos e não possuía plano de saúde à época de pesquisa. O estudo identifica os segmentos com maior acesso aos medicamentos do SUS e constata que mesmo esses subgrupos apresentam percentuais relativamente baixos de uso de medicamentos do sistema público. Quanto ao não acesso, apenas 2,1% da população entrevistada referiu não ter conseguido obter algum dos medicamentos indicados pelo médico nos 15 dias anteriores à pesquisa, e os principais motivos relatados foram: "não tinha no sistema público" (42,5%) e "não tinha recurso" (35,9%). Os resultados dos três estudos apontam o potencial dos inquéritos de saúde para viabilizar o entendimento das disparidades existentes no acesso ao medicamento, seja entre regiões do país, seja entre diferentes segmentos da população brasileira; identificar a existência de dificuldades de obtenção dos medicamentos e avaliar o conhecimento e o uso de novos programas que vem sendo implantados como o Programa da Farmácia Popular no Brasil. O desenvolvimento de pesquisas que permitam monitorar os padrões e tendências de acesso e fontes de obtenção de medicamentos são essenciais para redirecionar as políticas públicas, de modo a favorecer a promoção de ações de saúde e de assistência farmacêutica mais equânimes no país / Abstract: Drugs have been considered to be a relevant component of integral health care since they constitute a decisive resource for reducing human suffering, morbidity and mortality. They are capable of producing cures, reducing pain, prolonging life and inhibiting the appearance of complications associated to illnesses. They are utilized as a cost-effective technology, and on the other hand, they may also increase costs in health care when used irrationally, by thusly leading to adverse reactions. The objective of the present thesis is to analyze, by means of health surveys carried out in Brazilian capitals and in the municipality of Campinas (the state of São Paulo), the access to drugs and their use by the Brazilian population, considering access and use to be dimensions of Brazil¿s pharmaceutical assistance public policy. Of three studies, the first one used data from a national telephone survey (VIGITEL) of individuals aged 20 and over, aimed to analyze the percentage of hypertensives and diabetics using drugs and the sources they had utilized in order to obtain said drugs, considering the options: the public network¿s Health Units; Brazilian Popular Pharmacy Program (BPPP) accredited pharmacies; and pharmacies/drugstores from the private sector and other locations. Of the 15,027 hypertensives and 4,083 diabetics interviewed, 11,955 (71.8%) and 3,233 (78.2%) were undergoing treatment with medication, respectively. Within the hypertensives and diabetics, the greatest prevalence of obtaining drugs at the Health Units were in segments of individuals under the age of 70, people who reported their race as black or mulatto, and those who did not have private health insurance. A greater number of diabetics (54.4%) obtained drugs from Health Units in comparison to hypertensives (45.8%). Regarding Brazilian regions, the greatest percentages of hypertensives and diabetics that needed to purchase drugs in pharmacies and drugstores were precisely the residents in capitals of the Northeast region and, the smallest percentages were in the Southeast region. These results indicate the need to organize and structure pharmaceutical assistance services in the Brazilian Public Health System (SUS), with the goal of making access to drugs more viable, and in a more impartial way, while also providing higher quality. The second study, developed with data from a domestic health survey in Campinas (ISACamp 2008), analyzed the prevalence and factors associated with the knowledge and use of the Brazilian Popular Pharmacy Program, according to the socio-economic and health profiles of adults residing in that municipality. Of the 2,461 people over the age of 20 interviewed, 32.8% had heard of the BPPP; and of those, 33.6% had acquired drugs through the Program. Among those who knew of the BPPP, there was a greater verified prevalence of women, individuals over the age of 30, people with a family income over 5 minimum salaries, those with 5 or more years of study and those who used 4 or more types of drugs. Among those that used the Program, a greater prevalence of use of BPPP drugs was observed in women, in individuals over 70 years of age and in those who did not have private health insurance. The third study aimed to analyze the prevalence of the use of drugs and the source for obtaining those drugs according to socio-demographic characteristics, the health conditions and the use of health services by the adult and elderly population in the municipality of Campinas. The study also sought to identify occurrences and motives for the lack of access to prescription drugs during the 15 days prior to the interview. The prevalence of the use of at least one drug, in the three days prior to the study, was 57.2%, and for 30.9% of those individuals, all the drugs had been obtained through the SUS. Among those individuals that reported using drugs, there was a predominance of women, people between the ages of 20 and 59, those who were married or living with someone, and individuals who reported their race as Caucasian. The majority of them reported a per capita family income of up to three minimum salaries and did not have private health insurance up to the time of the study. The study identifies the segments with the greatest access to SUS drugs and finds that even these sub-groups show relatively low percentages in the use of public system¿s drugs. Regarding the lack of access, only 2.1% of the population that was interviewed reported not being able to obtain some of the drugs indicated by their doctor during the 15 days prior to the interview, and the main reasons stated were: "not available in the public system" (42.5%) and "did not have the necessary financial resources" (35.9%). The results of the three studies indicate the potential of health surveys to facilitate the understanding of disparities that exist regarding access to drugs, be them disparities between the Brazilian regions or between the different segments of the Brazilian population; to identify the existence of difficulties when obtaining drugs; and to evaluate the knowledge and use of new programs that have been getting implemented, such as the Brazilian Popular Pharmacy Program. The development of studies that allow for the monitoring of standards and tendencies regarding access to drugs and the sources for obtaining drugs are essential for redirecting public policies in such a way as to favor the promotion of national health actions and pharmaceutical assistance that is more fair / Doutorado / Epidemiologia / Doutora em Saúde Coletiva
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"Investigação sobre a adesão ao tratamento medicamentoso em pacientes com doenças inflamatórias intestinais" / Investigation on compliance to drug therapy in patients with inflammatory bowel diseases.

Dewulf, Nathalie de Lourdes Souza 02 December 2005 (has links)
A adesão ao tratamento medicamentoso é um importante fator determinante no sucesso terapêutico. A adesão do paciente pode ser influenciada por fatores diversos, ligados à doença, ao tratamento, ao paciente, às condições sociais e econômicas, como também, relacionada ao sistema de saúde que o atende. Ainda que existam inúmeros estudos sobre a adesão ao tratamento em portadores com doenças crônicas, são escassas as investigações sobre este tema nas doenças inflamatórias intestinais. O presente trabalho teve o objetivo de avaliar a adesão ao tratamento medicamentoso e os possíveis fatores que a influenciam, em pacientes portadores de doenças inflamatórias intestinais (DII): doença de Crohn (DC) e retocolite ulcerativa (RCU), do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP), da Universidade de São Paulo. Como controles, foram investigados pacientes portadores de pancreatite crônica e insuficiência pancreática (PC), com medicação fornecida pelo hospital, tal como os pacientes portadores de DII. Foram também investigados pacientes portadores de afecções digestivas variadas (ADV), grupo no qual a medicação prescrita não era fornecida pelo hospital. Por meio de estudo transversal e indireto, foi realizada entrevista estruturada para avaliar a adesão de 110 pacientes, que foram caracterizados como apresentando maior ou menor grau de adesão. Esta classificação foi baseada no cotejo entre os dados do prontuário e os informados pelo paciente em entrevista, considerando a afirmação do paciente que usava a medicação e que conhecia o nome da droga em uso. Utilizou-se, também, o teste de Morisky, que permite avaliar o padrão de comportamento do paciente em relação ao uso diário do medicamento. Este teste consiste de quatro perguntas padronizadas relacionadas ao esquecimento, descuido com o horário de tomada do medicamento, percepção de efeitos colaterais e ausência de sintomas. Na análise dos medicamentos utilizados pelo paciente, foram observadas as seguintes proporções de pacientes classificados como menos aderentes: 15,4% em pacientes portadores de DC, 13,3% na RCU, 8,4% na PC e 16,6% nos pacientes do grupo ADV. Porém, o teste de Morisky mostrou as seguintes proporções de menos aderentes: 50% de pacientes portadores de DC, 63,3% na RCU, 54,2% na PC e 63,4% na ADV. Não houve diferenças estatisticamente significativas, entre os grupos de pacientes, tanto na análise dos medicamentos utilizados pelo paciente como pelos resultados do teste de Morisky. Em análise univariada, nenhum dos fatores demográficos, sociais, clínicos ou referentes ao tratamento medicamentoso apresentou relação estatisticamente significativa, comum a todos os grupos, que indicasse influência sobre a adesão ao tratamento. Apesar do alto grau de adesão, de acordo com a análise dos medicamentos utilizados, detectou-se alto percentual de não-adesão ao tratamento medicamentoso ligado ao comportamento habitual e independente do diagnóstico, ou do acesso gratuito aos medicamentos. Isto pode indicar a existência de um padrão específico de comportamento dos usuários do serviço, o que sugere a necessidade de maior atenção dos profissionais de saúde para o problema, bem como medidas de educação do paciente quanto ao uso dos medicamentos. / Compliance to drug therapy is an important factor determining a successful treatment. Patient compliance may be influenced by various factors related to the disease, to treatment, to the patient himself, to his socioeconomic condition, as well as to the health system. Although many studies have assessed compliance to treatment in patients with chronic diseases, few investigations are available in inflammatory bowel diseases (IBD). The objective of the present study was to assess compliance to drug therapy in patients with IBD - Crohn’s disease (CD) and ulcerative colitis (UC), seen at the University Hospital, Faculty of Medicine of Ribeirão Preto (HCFMRP), University of São Paulo, Brazil. Patients with chronic pancreatitis (CP) and pancreatic insufficiency who received free medication supplied by the hospital, like the IBD patients, were used as controls. Patients with various digestive affections (VDA) whose prescribed medication was not supplied by the hospital were also investigated. In a transverse and indirect study, a structured interview was applied to assess the compliance of 110 patients, who were characterized as presenting a higher or lower degree of compliance. This classification was based on a comparison of data in the medical records to the information provided by the patient in the interview, considering the patient’s statements that he/she actually used the medication and was capable of produce correctly its name. The Morisky test was also used to assess the behavioral pattern of the patient regarding the daily use of the medication. This test consists of four standardized questions that evaluate forgetfulness, carelessness regarding the time when the medication should be taken, the perception of side effects, and the absence of symptoms. In the analysis of patient statements on medication in use, the proportions of patients regarded as less compliant were as follows: 15.4% of patients with CD, 13.3% of those with UC, 8.4% of those with CP, and 16.6% of those with VDA. However, the Morisky test revealed the following proportions of less compliant patients: 50% of patients with CD, 63.3% of those with UC, 54.2% of those with CP, and 63.4% of those with VDA. No statistically significant differences were observed between the four groups regarding evaluation according to either the analysis of patient statements or the results of the Morisky test. Univariate analysis revealed that none of the demographic, social, or clinical factors or the variables related to drug therapy showed statistically significant relationships, common to all groups, that would indicate their influence on compliance to treatment. Despite the high degree of compliance evaluated by patient statements on medication in use, a high degree of noncompliance to treatment linked to habitual behavior was detected. Those findings were independent on either disease type or free access to medication. This may indicate the existence of a specific behavioral pattern common to the local health system users, which suggests the need for better consideration of the problem on the part of the health professionals, as well as the need for measures of patient education regarding medication use.
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"Investigação sobre a adesão ao tratamento medicamentoso em pacientes com doenças inflamatórias intestinais" / Investigation on compliance to drug therapy in patients with inflammatory bowel diseases.

Nathalie de Lourdes Souza Dewulf 02 December 2005 (has links)
A adesão ao tratamento medicamentoso é um importante fator determinante no sucesso terapêutico. A adesão do paciente pode ser influenciada por fatores diversos, ligados à doença, ao tratamento, ao paciente, às condições sociais e econômicas, como também, relacionada ao sistema de saúde que o atende. Ainda que existam inúmeros estudos sobre a adesão ao tratamento em portadores com doenças crônicas, são escassas as investigações sobre este tema nas doenças inflamatórias intestinais. O presente trabalho teve o objetivo de avaliar a adesão ao tratamento medicamentoso e os possíveis fatores que a influenciam, em pacientes portadores de doenças inflamatórias intestinais (DII): doença de Crohn (DC) e retocolite ulcerativa (RCU), do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP), da Universidade de São Paulo. Como controles, foram investigados pacientes portadores de pancreatite crônica e insuficiência pancreática (PC), com medicação fornecida pelo hospital, tal como os pacientes portadores de DII. Foram também investigados pacientes portadores de afecções digestivas variadas (ADV), grupo no qual a medicação prescrita não era fornecida pelo hospital. Por meio de estudo transversal e indireto, foi realizada entrevista estruturada para avaliar a adesão de 110 pacientes, que foram caracterizados como apresentando maior ou menor grau de adesão. Esta classificação foi baseada no cotejo entre os dados do prontuário e os informados pelo paciente em entrevista, considerando a afirmação do paciente que usava a medicação e que conhecia o nome da droga em uso. Utilizou-se, também, o teste de Morisky, que permite avaliar o padrão de comportamento do paciente em relação ao uso diário do medicamento. Este teste consiste de quatro perguntas padronizadas relacionadas ao esquecimento, descuido com o horário de tomada do medicamento, percepção de efeitos colaterais e ausência de sintomas. Na análise dos medicamentos utilizados pelo paciente, foram observadas as seguintes proporções de pacientes classificados como menos aderentes: 15,4% em pacientes portadores de DC, 13,3% na RCU, 8,4% na PC e 16,6% nos pacientes do grupo ADV. Porém, o teste de Morisky mostrou as seguintes proporções de menos aderentes: 50% de pacientes portadores de DC, 63,3% na RCU, 54,2% na PC e 63,4% na ADV. Não houve diferenças estatisticamente significativas, entre os grupos de pacientes, tanto na análise dos medicamentos utilizados pelo paciente como pelos resultados do teste de Morisky. Em análise univariada, nenhum dos fatores demográficos, sociais, clínicos ou referentes ao tratamento medicamentoso apresentou relação estatisticamente significativa, comum a todos os grupos, que indicasse influência sobre a adesão ao tratamento. Apesar do alto grau de adesão, de acordo com a análise dos medicamentos utilizados, detectou-se alto percentual de não-adesão ao tratamento medicamentoso ligado ao comportamento habitual e independente do diagnóstico, ou do acesso gratuito aos medicamentos. Isto pode indicar a existência de um padrão específico de comportamento dos usuários do serviço, o que sugere a necessidade de maior atenção dos profissionais de saúde para o problema, bem como medidas de educação do paciente quanto ao uso dos medicamentos. / Compliance to drug therapy is an important factor determining a successful treatment. Patient compliance may be influenced by various factors related to the disease, to treatment, to the patient himself, to his socioeconomic condition, as well as to the health system. Although many studies have assessed compliance to treatment in patients with chronic diseases, few investigations are available in inflammatory bowel diseases (IBD). The objective of the present study was to assess compliance to drug therapy in patients with IBD - Crohn’s disease (CD) and ulcerative colitis (UC), seen at the University Hospital, Faculty of Medicine of Ribeirão Preto (HCFMRP), University of São Paulo, Brazil. Patients with chronic pancreatitis (CP) and pancreatic insufficiency who received free medication supplied by the hospital, like the IBD patients, were used as controls. Patients with various digestive affections (VDA) whose prescribed medication was not supplied by the hospital were also investigated. In a transverse and indirect study, a structured interview was applied to assess the compliance of 110 patients, who were characterized as presenting a higher or lower degree of compliance. This classification was based on a comparison of data in the medical records to the information provided by the patient in the interview, considering the patient’s statements that he/she actually used the medication and was capable of produce correctly its name. The Morisky test was also used to assess the behavioral pattern of the patient regarding the daily use of the medication. This test consists of four standardized questions that evaluate forgetfulness, carelessness regarding the time when the medication should be taken, the perception of side effects, and the absence of symptoms. In the analysis of patient statements on medication in use, the proportions of patients regarded as less compliant were as follows: 15.4% of patients with CD, 13.3% of those with UC, 8.4% of those with CP, and 16.6% of those with VDA. However, the Morisky test revealed the following proportions of less compliant patients: 50% of patients with CD, 63.3% of those with UC, 54.2% of those with CP, and 63.4% of those with VDA. No statistically significant differences were observed between the four groups regarding evaluation according to either the analysis of patient statements or the results of the Morisky test. Univariate analysis revealed that none of the demographic, social, or clinical factors or the variables related to drug therapy showed statistically significant relationships, common to all groups, that would indicate their influence on compliance to treatment. Despite the high degree of compliance evaluated by patient statements on medication in use, a high degree of noncompliance to treatment linked to habitual behavior was detected. Those findings were independent on either disease type or free access to medication. This may indicate the existence of a specific behavioral pattern common to the local health system users, which suggests the need for better consideration of the problem on the part of the health professionals, as well as the need for measures of patient education regarding medication use.
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Élaboration et évaluation d’un test de concordance de script pour mesurer le raisonnement clinique infirmier relatif à l’usage optimal des médicaments en centre d’hébergement / Development and evaluation of a script concordance test to measure nursing clinical reasoning regarding the optimal use of medication in long-term care facilities

Gilbert, Annie January 2015 (has links)
Résumé : L’administration de la médication en centre d’hébergement (CH) constitue une activité qui amène l’infirmière à résoudre des problèmes complexes dans un contexte d’incertitude. Elle exige un raisonnement clinique rigoureux pour lequel il n’existe pas d’instrument de mesure valide et fidèle. Le but de cette étude était d’élaborer un test de concordance de script (TCS) pour mesurer le raisonnement clinique infirmier relatif à l’usage optimal des médicaments en CH et pour documenter sa validité et sa fidélité. Après l’optimisation, le TCS comprenait 55 items répartis dans 20 vignettes cliniques. Il a été mis à l’essai auprès d’étudiantes en sciences infirmières (n=76) et d’infirmières expertes (n=10). Le test a été rempli une seconde fois (test-retest) par 35 étudiantes. La moyenne des scores obtenue par les étudiantes novices est de 55,6 ± 7,7 tandis que celle obtenue par les infirmières expertes est de 63,7 ± 8,0. Les tests statistiques appliqués ont démontré une différence significative dans la moyenne des deux groupes (p < 0,02). La valeur du coefficient alpha de Cronbach de l’ensemble du TCS est de 0,65. Un coefficient de corrélation intraclasse (CCI) a été calculé pour évaluer la stabilité temporelle de l’instrument de mesure. Son résultat est de 0,618 (p = 0,000). Le TCS conçu dans le cadre de cette étude a besoin d’être modifié afin d’obtenir un meilleur indice de fidélité. Les autres résultats statistiques démontrent que le TCS est capable de distinguer les niveaux d’expertise. Cette étude vient s’ajouter aux autres études ayant évalué le raisonnement clinique et confirme l’importance de suivre les directives fondées sur les données probantes pour développer un TCS. / Abstract : The administration of prescribed medication in long-term care facilities is a task that requires the nurse to solve complex problems in a context of uncertainty. It demands a rigorous clinical reasoning for which there is no valid and reliable measurement tool. The purpose of this study was to develop a script concordance test (SCT) to measure nursing clinical reasoning regarding the optimal use of medication in long-term care facilities and to document its validity and reliability. After optimization, the SCT was made up of 55 items divided in 20 clinical vignettes. It has been tested on nursing students (n = 76) and expert nurses (n = 10). The test was completed a second time (test re-test) by 35 students. The mean score obtained by the novice students is 55.6 ± 7.7 while the one obtained by the expert nurses is 63.7 ± 8.0. The applied statistical tests showed a significant difference in the average of the two groups (p < 0.02). The Cronbach alpha coefficient for the entire SCT is 0.65. An inter-class correlation coefficient (ICC) was calculated to assess the temporal stability of the measuring tool. The result is 0.618 (p = 0.000). The SCT developed as part of this study needs to be modified in order for it to be more reliable. The other statistical results demonstrate that the SCT is able to differentiate between levels of expertise. This study adds to previous studies that evaluated clinical reasoning and confirms the importance of following guidelines that rely on evidence-based data to develop a SCT.

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