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Quem bate na mulher machuca a família inteira: violência de gênero a partir de narrativas de uma família / Who beats in woman hurts whole family: gender violence of a family narratives fromBARROS, Larissa Silva January 2015 (has links)
BARROS, Larissa Silva. Quem bate na mulher machuca a família inteira: violência de gênero a partir de narrativas de uma família. 2015. 89f. – Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Psicologia, Fortaleza (CE), 2015. / Submitted by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2016-04-08T13:09:30Z
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Previous issue date: 2015 / This research is an focused study about how members of a family in a gender violence context tell their stories and how they mean the experienced violence in order to identify in their narratives values, traditions and practices which can stimulate or facilitate violence culture inside this family. This research also intended to analyze the intergenerational transmission process of gender violence and to discuss the construction of gender and relationships with violence in these family members. To this end, we interviewed, through the narrative interview technique, four members of a family in a gender violence context. For the children was added the use of recreational materials (modeling clay or puppets) to facilitate them to develop their narratives. The theoretical perspectives that framed this research were narrativist supported in studies of Jerome Bruner who proposes that the narrated stories give clues about the cultural rules that guide social interactions and how these are defined in terms of identity. The second approach used in this research stems from gender studies, emphasizing the relational database built from the psychosocial phenomena and negotiations through dialogues. It was observed from the narratives of the four family members, that each one of them told their own story revealing values, traditions and gender representations. The story took a place of justification of actions and management of self-image, especially for the parents, selecting facts and omitting others to preserve a positive self-image. Referring to the construction of gender, it can be said that they live conflicts of the passage of an old pattern of masculinity and femininity to a new more flexible and symmetrical configuration. Thus, these facts indicate that there was a variance of power where there is no static or deterministic relationship of subordination /domination by women, nor by man. Regarding the construction of gender in children, we found evidence that they rely dominant gender patterns and traditional masculinity and femininity roles constructed in the primary socialization process, especially in the family. It can be observed in the narratives that previous generations transmit practices and discourses in relation to masculine and feminine that can be meant in different ways. In the case of the mother, she has adhered to a position against submission and the father has not taken a stance to combat or avoid macho values. In fact, the father’s aggressive and rude hang contributes to the reproduction of traditional views about the male/female relation. / Esta pesquisa busca investigar a forma como membros de uma família, no contexto de violência de gênero, contam sua história e significam a violência vivenciada. Busca identificar os valores, tradições que estão envolvidos nas narrativas da família, que podem estimular ou facilitar uma cultura de violência na mesma. Pretende-se também analisar o processo de transmissão geracional da violência de gênero e discutir a construção de gênero nos membros e a sua relação com a violência. Para tanto, foram entrevistados, por meio da técnica da entrevista narrativa, quatro membros de uma família em contexto de violência de gênero. Em relação aos filhos do casal, foi acrescentado o uso de material lúdico (massa de modelar ou bonecos) para facilitar o processo de elaboração de suas narrativas. As perspectivas teóricas que emolduraram essa pesquisa foram: narrativista amparada nos estudos de Jerome Bruner, que propõe que as histórias narradas dão pistas sobre as regras culturais que orientam as interações sociais e para o modo como estas se definem em termos identitários; a segunda abordagem decorre dos estudos de gênero, com ênfase na base relacional e construída a partir dos fenômenos psicossociais e das negociações através das conversações. A partir das narrativas dos quatros membros da família, observou-se que cada um contou a sua história, revelando valores, tradições e representações de gênero. A narrativa assumiu um lugar de justificativa das ações e manejo da autoimagem, especialmente para o casal da família, com seleção de fatos e omissão de outros para manter uma autoimagem favorável. Referindo-se à construção de gênero, pode-se afirmar que estes vivem os conflitos da passagem de um velho padrão de masculinidade e feminilidade para uma nova configuração mais flexível e simétrica. Deste modo, estes sinalizam que exerciam em sua relação uma variância de poder, não havendo uma relação estática ou determinista de subordinação/dominação por parte da mulher, nem por parte do homem. Em relação à construção de gênero nos filhos temos evidencia de que eles se valem de padrões de gênero dominantes e papéis de masculinidade e feminilidade tradicionais construídas no processo de socialização primária, principalmente na família. Foi possível acompanhar nas narrativas que as gerações anteriores transmitem práticas e discursos em relação ao masculino e feminino, sendo significadas de formas diferenciadas. No caso da mãe da família, esta aderiu a uma posição de combate à submissão e o pai da família não assumiu uma postura de combate aos valores machistas. A forma agressiva e ríspida do seu pai contribui para este reproduzir visões tradicionais sobre o masculino e feminino.
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Da prisão à "ressocialização": masculinidades aprisionadas na execução da Lei "Maria da Penha"VASCONCELOS, Francis Emmanuelle Alves January 2013 (has links)
VASCONCELOS, Francis Emmanuelle Alves. Da prisão à "ressocialização": masculinidades aprisionadas na execução da Lei "Maria da Penha". 2013. 155f. – Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Sociologia, Fortaleza (CE), 2013. / Submitted by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2013-10-29T12:34:39Z
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Previous issue date: 2013 / Esta Dissertação tem por objetivo geral compreender e analisar os mecanismos de punição de homens que tiveram a prisão decretada em decorrência da Lei 11.340/2006, Lei “Maria da Penha”. Tem como objetivos específicos entender as tentativas de remodelagem das masculinidades desses homens através do processo punitivo ao qual são submetidos. Também buscou identificar o perfil social desses homens. A metodologia adotada foi a quali-quantitativa. Foram três os campos de pesquisa: o Juizado da Mulher de Fortaleza, onde foi realizada a parte quantitativa da pesquisa, no qual foram adotadas técnicas de observação simples num grupo reflexivo com os réus presos e em audiências, e aplicados 100 (cem) questionários no intuito de identificar o perfil social desses homens. A Casa de Privação Provisória de Liberdade Professor José Jucá Neto - CPPL III foi o campo de pesquisa que aproximou a pesquisadora da realidade do presídio no qual esses homens ficam detidos. A pesquisa qualitativa ocorreu, efetivamente, no Núcleo de Atendimento ao Homem Autor de Violência Contra a Mulher - NUAH, onde foram entrevistados 8 (oito) homens que passavam pelo processo de “ressocialização” adotado pelo sistema judiciário fortalezense. A partir dos dados quantitativos, observou-se que a realidade dos presos pela Lei “Maria da Penha” reflete a realidade dos presos no Brasil e no mundo: tal população é formada, geralmente, por homens de classes sociais desfavorecidas. É possível, no entanto, questionar a forma como a punição tem incidido, sobre a massa da população desfavorecida, quando a violência é um fenômeno que se dá nas mais diversas classes sociais. Observa-se também que a punição incide durante o processo criminal e não com a condenação judicial. Trabalhamos essas questões através da análise do circuito da prisão à “ressocialização”, em que são induzidas reaprendizagens sobre as relações de gênero e os modelos de masculinidade.
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Passos e espaços: violência conjugal e ingestão de bebida alcoólica / Steps and spaces: marital violence and drinking alcoholicFURTADO, Luísa Escher January 2010 (has links)
FURTADO , Luísa Escher. Passos e espaços: violência conjugal e ingestão de bebida alcoólica. 2010. 110f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Universidade Federal do Ceará, Departamento de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Fortaleza-CE, 2010. / Submitted by moises gomes (celtinha_malvado@hotmail.com) on 2012-03-14T18:41:55Z
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Previous issue date: 2010 / Esta dissertação teve como objetivo produzir um estudo de caso que desse visibilidade às redes construídas que sustentam a produção de um homem autor de violência conjugal. A pesquisa foi realizada na Delegacia de Defesa da Mulher de Fortaleza, no Juizado de Violência Doméstica e Familiar da Comarca de Fortaleza e em um grupo de Alcoólicos Anônimos. A produção de um homem autor de violência é muitas vezes associada à ingestão de bebida alcoólica. Assim, ocorre a produção de um homem que passa de “desordeiro” para “criminoso”, de “criminoso” para “alcoólico” e sendo “alcoólico” torna-se um “doente”. Essa construção só pode acontecer em um cotidiano de práticas culturais que moralmente polarizam o mundo em bem e mal e colocam a embriaguez na polaridade má e a sobriedade na polaridade boa. Além disso, para que esse caminho se sustente, é necessário que existam práticas clínicas e científicas que produzam o sujeito doente, práticas disciplinares que produzam o sujeito vigilante, além de relações que instituem prescrições de gênero e de conjugalidades.
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