[pt] Este trabalho tem por objetivo abordar criticamente o encontro entre a forma
como a memória é compreendida no campo da justiça de transição, por um lado, e,
por outro, como é concebida a partir da obra de Walter Benjamin, e transmitida pela
literatura Primo Levi. Trata-se, mais precisamente, da tentativa de partir da teoria
benjaminiana e da literatura de Primo Levi para pensar criticamente a forma da
memória e seus limites, quando inserida no campo da justiça transicional. Isso
porque, argumentamos, há certos pressupostos implícitos a esse campo que dão azo
a questionamentos sobre sua natureza transitória, e que delimitam a potência da
memória como meio de pôr em crítica o presente e, assim, para impulsionar a
criação do novo. Para tratar do tema, abordamos, na primeira parte da tese,
contornos conceituais e genealógicos da justiça de transição; as formas de
expressão da memória, a partir do entendimento da Comissão Interamericana de
Direitos Humanos (CIDH); e alguns dos pressupostos do campo. Na segunda parte
do trabalho, apresentamos alguns dos aspectos que marcam a concepção da
memória em Benjamin, a fim de alcançar uma outra perspectiva sobre a potência
da relação entre a transmissão da experiência pretérita e o presente. Em seguida,
aproximamos a memória benjaminiana e a forma literária criada por Primo Levi
para transmitir a memória da ofensa. / [en] This thesis aims to critically address the encounter between the way memory is understood in the field of transitional justice, on the one hand, and, on the other, how it is conceived from the work of Walter Benjamin, and conveyed by Primo Levi s literature. This is, more precisely, an attempt to draw from Benjaminian theory and Primo Levi s literature to think critically about the form of memory and its limits when embedded in the field of transitional justice. This is because, we argue, there are certain assumptions implicit in this field that give rise to questions about its transitory nature, and that delimit the power of memory as a means to critique the present and, thus, to drive the creation of the new. To address the theme, we address, in the first part of the thesis, conceptual and genealogical contours of transitional justice; the forms of expression of memory, from the understanding of the Inter-American Commission on Human Rights (IACHR); and some of the assumptions of the field. In the second part of the paper, we present some of the aspects that mark the conception of memory in Benjamin, in order to achieve another perspective on the potency of the relationship between the transmission of past experience and the present. Then, we approximate Benjaminian conception of memory, and the literary form created by Primo Levi to transmit the memory of the offense.
Identifer | oai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:65841 |
Date | 08 January 2024 |
Creators | MARIA IZABEL GUIMARÃES BERALDO DA COSTA VARELLA |
Contributors | MAURICIO DE ALBUQUERQUE ROCHA, MAURICIO DE ALBUQUERQUE ROCHA, MAURICIO DE ALBUQUERQUE ROCHA |
Publisher | MAXWELL |
Source Sets | PUC Rio |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | TEXTO |
Page generated in 0.0026 seconds