Return to search

A prerrogativa do inusitado: o estatuto da ação em Bergson

Made available in DSpace on 2016-04-27T17:26:58Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Jadir Mauro Galvao.pdf: 497456 bytes, checksum: 9c9717516eca0c9cf101545a2a25d668 (MD5)
Previous issue date: 2011-10-07 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / When getting deeper in the general thought of the meaning of Time, Bergson not only finds
out a particular way in which our Intelligence functions but also discovers that this
functioning interferes heavily in our view of the world, both our actions and our daily
decisions. It happens as a narrowing of our range of vision which imposes a limit to our
actions, as well as to our expectations. We depict the world in our conscience, but only that
specific part which is coherent to our concepts, and also only what we can translate through
language. From that on, our actions will be always based on the same concepts already
solidified in the past, and will always be described by language. This will only bring us
repetitions. Choosing Intuition as the way to keep contact with reality, Bergson searches for
removing the obstacles which Intelligence has introduced only for the sake of calculations,
measurements and predictions, which have become a filter to reality. When we remove the
symbolic intervention, we will have a more complete view of the world that surrounds us,
and also a truly open field for our actions. If, for Bergson, the concept of Duration is a more
trustworthy way to translate reality than the concept of Time, it is not less true for him that
the past consubstantiates the present in an inseparable interpenetration which turns into a
unique and singular present. Also, more than just another distinct element in the conceptual
web, the future is not there to be revealed, but to be started, to be created, filled with
something unexpected, not only as some clay modeled by our past experiences, but as a
blank screen ready to receive creative strokes by us, the artists / Ao escavar por debaixo da idéia que em geral temos sobre o tempo, Bergson encontra
o peculiar modo de funcionamento de nossa inteligência, bem como descobre que esse
funcionamento exerce profunda interferência sobre nossa visão do mundo. Seja em
termos de nossas ações ou nossas decisões cotidianas. Ocorre como um estreitamento de
nosso ângulo de visão que impõe uma redução de nosso campo de ação, tanto quanto um
encurtamento dos nossos horizontes. Representamos o mundo em nossa consciência, mas
apenas o tanto de mundo que faz coerência com nossos conceitos, bem como só o que
conseguimos traduzir pela linguagem. A partir disto nossas ações terão por base sempre os
mesmos conceitos já firmados no passado, como também sempre poderão ser descritas pela
linguagem. Não teremos com isso mais do que repetições. Ao eleger a intuição como modo
de contato com a realidade, Bergson busca a remoção dos obstáculos que a inteligência
introduziu apenas por comodidade para suas operações de cálculo, medição e previsão e
que se transformaram em um filtro da realidade. Removidas as mediações simbólicas
teremos diante de nos uma visão mais completa do mundo que nos cerca, tanto quanto um
campo francamente aberto para nossas ações. Se para Bergson a idéia de duração traduz de
modo mais fiel a realidade do que o conceito de tempo, não é menos verdade para ele que o
passado se consubstancia com o presente numa interpenetração indissociável que culmina
num presente único e singular. Assim também, mais do que apenas outro elemento distinto
da trama conceitual, o futuro não está ai para ser descoberto, mas sim para ser inaugurado,
para ser criado, preenchido com algo inusitado. Não apenas com a massa já moldada pelas
nossas experiências passadas, mas como uma tela em branco, pronta para receber os traços
criadores dos artistas que somos todos nós

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/11579
Date07 October 2011
CreatorsGalvão, Jadir Mauro
ContributorsPelbart, Peter Pál
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Filosofia, PUC-SP, BR, Filosofia
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.107 seconds