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Previous issue date: 2016-12-01 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás - FAPEG / Introduction: dengue is the most important arboviral disease in the world and a major
health challenge in Brazil. The hyperendemic scenario with large epidemics led to an
increase in severe forms of the disease, including special groups such as pregnant
women. Dengue infection during pregnancy has been associated with the development
of unfavorable maternal and infant outcomes, however, few studies have addressed this
association and usually with a small sample size. Objective: to evaluate the
epidemiological profile of pregnant women reported with dengue and the symptomatic
infection caused by dengue virus during pregnancy as a factor associated with
premature birth, low birth weight and congenital malformations in live births in Brazil.
Methods: a descriptive study of dengue probable cases reported in pregnant women in
Brazil with onset of symptoms between 2007 and 2015 was conducted from data of
National Reportable Disease Information System (SINAN). We then carried one
retrospective cohort study based on a probabilistic linkage between databases from
SINAN and Live Birth Information System (SINASC) from 2007 to 2013. The linkage
was performed for pregnant women with a positive or negative laboratory specific test
for dengue and all live births using the the Fine-Grained Record Integration and
Linkage (FRIL) software. Additionally, an external reference group was randomly
selected for each dengue positive case among newborns from the same municipality of
residence and year of the onset of symptoms of the case. Multivariate logistic regression
was performed to assess the relationship between symptomatic dengue during
pregnancy and adverse outcomes in live births, adjusted for relevant covariates.
Results: 43,772 probable dengue cases in pregnant women were reported during the
study period. The proportion of cases per trimester of gestation presented a similar
distribution, with a slightly higher frequency in the second trimester of pregnancy
(32.6%). The risk of death due to dengue was higher in pregnant women when
compared to women childbearing age not pregnant (RR: 3.95; 95% CI 3.07 to 5.08, p
<0.001), reaching a risk of 8.55 (95% CI: 6.08 to 12.02, p <0.001) in the third trimester
of pregnancy. 3,898 live births in the group of positive pregnant women from 1,283
municipalities were included in the retrospective cohort study. The distribution of birth
weight was similar among all study groups, ranging from 2.8 to 3.5 kg in 50% of
newborns. The adjusted odds ratio for preterm birth was higher in the group of pregnant
women positive for dengue than negative group compared in all trimesters (OR 1.26,
95% CI 1.06 to 1.49; p = 0.006). The incidence of congenital malformations was <1%
in all groups. Conclusions: this is the first study based on national data and establishes
the baseline of the evaluated outcomes in live births before the introduction of
Chikungunya and Zika virus in the country. Our findings reinforce the dengue as a
major problem for pregnant women, indicating increased risk for death from the disease
and preterm birth in live births, but not to congenital malformations or low birth weight. / Introdução: a dengue é a arbovirose de maior relevância mundial e um dos principais
desafios de saúde no Brasil. O cenário de hiperendemicidade, com epidemias de grande
magnitude e aumento de formas graves da doença levou também ao aumento de casos
em grupos especiais, como as gestantes. A infecção por dengue durante a gestação tem
sido associada ao desenvolvimento de desfechos maternos e infantis desfavoráveis, no
entanto, essa evidência decorre de poucos estudos e com tamanhos de amostras
reduzidos. Objetivo: avaliar o perfil epidemiológico das gestantes notificadas com
dengue e a infecção sintomática pelo vírus da dengue na gestação como fator associado
à prematuridade, baixo peso ao nascer e malformações congênitas nos nascidos vivos no
Brasil. Métodos: um estudo descritivo dos casos prováveis de dengue em gestantes no
Brasil, com início dos sintomas entre 2007 e 2015, foi realizado a partir de dados do
Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Em seguida, foi realizado
um estudo de coorte retrospectivo baseado em um relacionamento probabilístico dos
dados registrados no Sinan e no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc),
no período de 2007 a 2013. Esse relacionamento foi realizado a partir das gestantes
confirmadamente positivas e negativas para dengue e nascidos vivos usando o programa
Fine-Grained Record Integration and Linkage (FRIL). Adicionalmente, um grupo de
referência externo foi selecionado aleatoriamente entre nascidos vivos dos municípios
de residência dos casos de dengue, no mesmo ano de início de sintomas. A regressão
logística multivariada foi realizada para verificar a relação entre dengue sintomática
durante a gestação e desfechos desfavoráveis em nascidos vivos, ajustadas para covariáveis
relevantes. Resultados: 43.772 casos prováveis de dengue em gestantes
ocorreram no período do estudo. A proporção de casos por trimestre de gestação
apresentou distribuição semelhante, com freqüência ligeiramente maior no segundo
trimestre da gravidez (32,6%). O risco do óbito por dengue foi maior na população de
gestantes que na população de mulheres em idade fértil não gestante (RR: 3,95; IC 95%
3,07-5,08, p<0,001), sendo observado um risco relativo de 8,55 (IC95%: 6,08-12,02, p
<0,001) para as gestantes no terceiro trimestre. 3.898 nascidos vivos do grupo de
gestantes positivas provenientes de 1.283 municípios foram incluídos no estudo de
coorte retrospectivo. A distribuição do peso ao nascer foi similar entre todos os grupos
de estudo, variando de 2,8 a 3,5 Kg em 50% dos recém-nascidos. O odds ratio ajustado
de prematuridade foi maior no grupo de gestantes positivas para dengue do que o grupo
negativo, na comparação de todos os trimestres agregados (OR 1,26; IC 95% 1,06-1,49;
p= 0,006). A incidência de malformações congênitas foi <1% em todos os grupos.
Conclusões: este é o primeiro estudo realizado com dados nacionais e estabelece a linha
de base dos desfechos em nascidos vivos antes da introdução dos vírus Chikungunya e
Zika no País. Nossos achados reforçam a dengue como um importante problema para as
gestantes, indicando risco aumentado para o óbito pela doença e prematuridade nos
nascidos vivos, mas não para malformações congênitas ou baixo peso ao nascer.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.bc.ufg.br:tede/6630 |
Date | 01 December 2016 |
Creators | Nascimento , Laura Branquinho do |
Contributors | Siqueira Júnior , João Bosco, Siqueira Júnior , João Bosco, Afonso , Eliane Terezinha, Moura , Lenildo de, Morais Neto , Otaliba Libânio de, Martins , Regina Maria Bringel |
Publisher | Universidade Federal de Goiás, Programa de Pós-graduação em Medicina Tropical e Saúde Publica (IPTSP), UFG, Brasil, Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública - IPTSP (RG) |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFG, instname:Universidade Federal de Goiás, instacron:UFG |
Rights | http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/, info:eu-repo/semantics/openAccess |
Relation | 6085308344741430434, 600, 600, 600, 600, -7769011444564556288, -1614662311676629386, -961409807440757778 |
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