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Mais que uma oferenda : representações e resistências afro na cozinha brasileira (Recife 1926- 1945)

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Previous issue date: 2009-11-20 / The purpose of this study is to examine the kitchen afrobrasileira through the offices assigned to the kitchen for various social groups in the city of Recife and the mechanisms to withstand the adversities encountered over time. The temporal focus of the work is located in the decades of twenty, thirty and forty of the twentieth century, as the period of greatest political and social effervescence, flows in tumultuous events for the black culture. Thus it was necessary to find the start of this kitchen, since its entry into an already mixed in the cooking-houses of the great engines of sugar cane, when the Indian away from this letter. In the period of growth of towns and the urban slave wins new attributes, and will do in domestic kitchens and sell on the streets of Recife and its region quitutes; to consolidate the third point of the kitchen came the African matrix Xangô, worship afrobrasileiro characterized the large quantity of food, as it works through the animal and vegetable offerings to deities. Entry into the house-wide, sales in the streets and Xangô are the mechanism through which the power developed in the black society Pernambuco. In the twentieth century Recife is a major economic centers of the country, the consumption of mass culture and a foreign company dominates the Recife. From 1926 Gilberto Freyre and other intellectuals develop the regionalist manifesto, one against the invasion of outsiders fashions, which placed the kitchen black as regional identity, of local culture as well as the First Negro Congress, 1934, happened in Recife, Freyre organizes dinners on the terraces Xangô, showing a rich cuisine and Pernambuco. In worship afrobrasileiro called Xangô Pernambuco in the food represents power, communication, community, nutrition, replacement ... Many representations. In 1937 the government of Pernambuco took theintervenor Agamenon Magalhães, until 1945 the Xangô and any black cultural expressions were mercilessly hunted. The food was represented as african dirty and late. With the end of the speakers bit by bit the sellers of sweets african back the streets and its use grows, the kitchen currently afrobrasileira is considered the cultural heritage of the region, built a tradition for generations. / O objetivo do presente estudo é analisar a cozinha afrobrasileira através das representações atribuídas a esta cozinha por diversos grupos sociais na cidade do Recife e os mecanismos criados para resistir ás adversidades encontradas ao longo do tempo. O foco temporal do trabalho está situado nas décadas de vinte, trinta e quarenta do século XX, por ser o período de maior efervescência política e social, desaguando em tumultuosos fatos para a cultura negra. Para tanto foi necessário pesquisar o início desta cozinha, desde sua entrada numa culinária já miscigenada nas casas-grande dos engenhos de cana-de-açúcar, quando afastaram as índias deste ofício. No período de crescimento das vilas e aglomerados urbanos o escravo ganha novos atributos, e passa a fazer nas cozinhas domésticas e vender nas ruas do Recife e região seus quitutes; o terceiro ponto para consolidar a cozinha de matriz africana veio pelo xangô, culto afrobrasileiro caracterizado pela grande quantidade de comidas, pois funciona através das oferendas animais e vegetais aos orixás. A entrada na casa-grande, a venda nas ruas e o xangô são os mecanismo por onde a alimentação negra desenvolveu-se na sociedade pernambucana. No século XX Recife torna-se um dos maiores centros econômicos do país, o consumo de uma cultura massificada e estrangeira domina a sociedade recifense. A partir de 1926 Gilberto Freyre e outros intelectuais desenvolvem o Manifesto Regionalista, um contraponto a invasão das modas forasteiras, que colocava a cozinha negra como identidade regional, pertencente a cultura local, assim como o Primeiro Congresso Negro de 1934, acontecido no Recife, Freyre organiza jantares em terreiros de xangô, mostrando uma cozinha rica e pernambucana. No culto afrobrasileiro denominado de xangô em Pernambucoo alimento representa força, comunicação, comunhão, nutrição, renovação... Muitas representações. Em 1937 assume o governo de Pernambuco o interventor Agamenon Magalhães, até 1945 o xangô e qualquer manifestação cultural negra foram impiedosamente caçados. A alimentação afro era representado como suja e atrasada. Com o término da interventoria pouco a pouco os vendedores de guloseimas afro voltam as ruas e sua valorização cresce; atualmente a cozinha afrobrasileira é considerada patrimônio cultural dessa região, uma tradição edificada por gerações.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede2:tede2/4708
Date20 November 2009
CreatorsCORREIA, Bruno Celso Vilela
ContributorsLUNA, Suely Cristina Albuquerque de, OLIVEIRA, Ana Lúcia do Nascimento, CAMPOS, Zuleica Dantas Pereira
PublisherUniversidade Federal Rural de Pernambuco, Programa de Pós-Graduação em História Social da Cultura Regional, UFRPE, Brasil, Departamento de História
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRPE, instname:Universidade Federal Rural de Pernambuco, instacron:UFRPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
Relation2842174349731852959, 600, 600, 600, 1686574110831741672, -3840921936332040591

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