Esta dissertação analisa as discursividades presentes em livros educativos contemporâneos que buscam tratar da educação de meninos e meninas, a saber: Criando Meninas da autora Gisela Preuschoff (2008), Criando Meninos do autor Steve Biddulph (2006), Como criar meninas felizes e confiantes e Como criar meninos felizes e confiantes, ambas as obras da autora Elizabeth Hartley-Brewer (2004a, 2004b). Ancorada numa perspectiva pós-estruturalista e a partir dos aportes teóricos dos Estudos de Gênero e dos Estudos Culturais, a investigação objetivou discutir e problematizar como tais artefatos culturais, investidos de conselhos, prescrições, dicas, regulações, funcionam como instâncias pedagógicas, sugerindo formas específicas dos indivíduos, no caso, mães, pais e educadores/as, conduzirem suas vidas e de outras pessoas e relacionarem-se consigo mesmos e com os outros a partir e em nome de certas verdades. Desse modo, pode-se dizer que os livros operam como manuais educativos. Além disso, procurei olhar para os mecanismos, os jogos estratégicos e as técnicas que fazem funcionar os discursos que ali se apresentam. Este estudo filia-se às discussões que buscam problematizar as relações entre poder e infância, ou seja, de como a infância é capturada nas relações saber-poder; como este sujeito infantil generificado é produzido e como operam as estratégias que objetivam seu governamento. Com o propósito de analisar as políticas de verdade presentes nas obras em questão, foram observadas as linguagens utilizadas e os diferentes campos discursivos em que se baseiam os saberes e proposições ali postos. As análises permitem dizer que as formas de “educar” presentes nas publicações posicionam os sujeitos de formas diversas e particulares, constituindo meninos, meninas, pais, mães, educadores/as, através de tecnologias humanas específicas. / This dissertation analyses the discursivities present in contemporary educational books that search to treat the education of boys and girls, namely: Raising Girls of the authoress Gisela Preuschoff (2008), Raising Boys of the author Steve Biddulph (2006), How to raise happy and confident girls and How to raise happy and confident boys, both titles of the authoress Elizabeth Hartley-Brewer (2004a, 2004b). Anchored in a post-structuralist perspective and from the theoretical contributions of Gender Studies and Cultural Studies, the research aimed to discuss and to problematize how such cultural artifacts, invested advices, prescriptions, hints, regulations, serve as educational instances, suggesting specific forms of individuals, in this case, mothers, fathers and educators, to lead their lives and other people and to relate to themselves and others from and on behalf of certain truths. Thus, we can say that the books operate as educational manuals. Also, I tried to look at the mechanisms, strategic games and the techniques that make the speeches that are presented work. This study is affiliated to the discussions that search to problematize the relationships between power and childhood, or of how childhood is captured in the knowledge-power relationships, as this infantile gendered subject is produced and how operate the strategies that aim their government. In order to analyze the politics of truth present in the titles in issue, were observed the language used and the different discursive fields that are based on the knowledge and the proposal put there. The analysis allow to say that the ways of "educating" presented in these publications positionates the subjects in different ways and particular, constituting boys, fathers, mothers, educators, by specific human technologies.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.lume.ufrgs.br:10183/36394 |
Date | January 2011 |
Creators | Sostisso, Débora Francez |
Contributors | Felipe, Jane |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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