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Um olhar sobre o processo do envelhecimento: a percepção do idoso sobre a velhice em centros de convivência selecionados / An overview of the aging process: the perception of elderly about old age in selected community centers

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Previous issue date: 2015-03-23 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Although it is clear that the number of elderly in Brazil has been increasing, yet little is known about them, and often the authors have spoken by them, giving focus to aging and old age as a negative and homogenizing process. Realizing the need to deconstruct the phenomenon of old age and considers it a social category and culturally constructed, this study sought to understand how the elderly see old age through their perception of the aging process and their personal experience of old age. The research was regional in scope and used a qualitative methodological approach, showing the images and representations of the elderly about aging. The technical procedures used were library research and field research. Data were collected through interviews with one hundred and twenty elderly, aged between 60 and 85 (regardless of gender, social class or race). They were selected in groups of community centers of 2 cities in São Paulo - São Caetano do Sul and Santo André. The social representations were brought back through individual questionnaires consisting of four open and structured questions: a) the meaning of being old; b) how to assess the social acceptance of the elderly; c) how they are perceived in social life; d) what their expectations and desires regarding to the future are. Aiming their subjective view, most of the questions were elaborated to check the perception that older people have of old age - a subjective dimension. The answers were processed qualitatively and quantitatively in a computer by a software, the DSC - Collective Subject Discourse, a method of discourse analysis that allows to reach some social representation. According to the results, there was appreciation of opinions in significant speeches, specially related to the appreciation of themselves and their image, or rather, it was observed manifestations that bring the identity characterizations back through the healthy aging process. The obtained data allowed to point out that, unlike the negative and homogenizing vision of others around the old age, elderly respondents experience the process of aging in different ways and report old age as a stage of pleasure. It was not noticed frustrations, conflicts and any drama in experiencing old age. Also, no feelings of inferiority was identified before changes and losses. It is noticeable and expressed in their speeches, looks and attitudes how different it is if you experience a healthy and active aging process, they speak of motivation to leave home, overcoming depressive states, the improvement of the physical condition, getting implied also the positive reference when they see the condition of being elderly as an important stage of life, mentioning achievements in relation to past generations and the possibility to accomplish the dream of freedom. We can notice that the programs - community centers - show positive responses, however, they need to overcome some barriers to better enable the achievements, participation, autonomy and integration. The programs offer physical, artistic, recreational, educational and leisure activities among others, all of great importance to experience the aging process positively. The issue of integration, however, needs more attention. In a general way, the community centers are legitimated for elderly over sixty and the new Brazilian elderly go far beyond 60. It is important to encourage solidarity between generations without prejudice or barriers. A good society for elderly is a good society for all ages / Embora seja evidente o aumento acelerado do número de idosos no Brasil, ainda se conhece muito pouco sobre a pessoa idosa, e até o momento frequentemente autores têm falado pelos idosos, dando foco ao envelhecimento e à velhice como um processo negativo e homogeneizador. Percebendo-se a necessidade de desnaturalizar o fenômeno da velhice e considera-la uma categoria social e culturalmente construída, este estudo buscou conhecer como os idosos representam a velhice, através de sua percepção do processo de envelhecimento e da vivência pessoal da velhice ( idosidade ). A pesquisa foi de âmbito regional e utilizou uma abordagem metodológica qualitativa, evidenciando as imagens e representações dos idosos a respeito do envelhecimento. Os procedimentos técnicos utilizados foram pesquisas bibliográficas e pesquisa de campo. Os dados foram coletados por meio de entrevistas realizadas com cento e vinte idosos, de idades entre 60 e 85 anos (independente do gênero, classe ou raça). Estes foram selecionados em grupos de centros-convivência, das cidades de São Caetano do Sul e Santo André - SP. O resgate das representações sociais foi efetivado por meio de questionários individuais, constando de quatro perguntas abertas e estruturadas: a) o significado de ser idoso; b) como avalia a aceitação social do idoso; c) como ele se percebe no convívio social; d) quais suas expectativas e desejos relacionados ao futuro. Na busca, pela visão êmica dirigimos boa parte das questões para a percepção que as pessoas idosas têm da velhice - uma dimensão subjetiva. As respostas foram tratadas quantitativamente e qualitativamente por meio da análise de um software, o DSC - Discurso do Sujeito Coletivo, um método de análise de discurso que permite chegar a uma dada representação social. De acordo com os resultados houve apreciação de opiniões em discursos significativos, agregados em especial à valorização de si mesmo e de sua imagem, ou melhor, às manifestações de resgate das caracterizações de identidade pelo viés de um envelhecimento saudável. As informações permitiram apontar que, diferentemente da visão negativa e homogeneizadora do outro em torno da velhice, os idosos entrevistados vivenciam o processo do envelhecimento de formas diferentes e relatam a velhice como uma fase de prazer. Não se perceberam frustações, conflitos e dramaticidades na forma de vivenciarem a velhice. Também, não foram identificados sentimentos de inferioridade em face das mudanças e perdas. Quanto à promoção do envelhecimento ativo e saudável, essa é perceptível na fala, no olhar e nas atitudes das pessoas e se expressa quando os idosos entrevistados falam da motivação de sair de casa, da superação de estados depressivos, da melhora das condições físicas, ficando implícita, também, a alusão positiva quando apontam a condição de ser idoso como uma importante etapa da vida, mencionando as conquistas em relação às gerações passadas e a possibilidade da concretização do sonho de liberdade. Pode-se verificar que os programas centros de convivência apresentam respostas positivas necessitando, contudo, superar alguns entraves para viabilizar melhor as conquistas de participação, autonomia e integração. Os programas oferecem atividades físicas, artísticas, lúdicas, educativas e de lazer, dentre outras, todas de grande importância para experienciar o processo de envelhecimento de forma positiva. A questão da integração, entretanto, necessita maior atenção. De forma geral os centros de convivência são legitimados para idosos acima de sessenta anos e os novos idosos brasileiros vão muito além dos 60 anos. É importante estimular a solidariedade intergeracional sem preconceitos ou barreiras. Uma sociedade boa para os idosos é uma sociedade boa para todas as idades

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/3629
Date23 March 2015
CreatorsOliveira, Susete Maria Ramos Cortez
ContributorsConcone, Maria Helena Villas Bôas
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências Sociais, PUC-SP, BR, Ciências Sociais
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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