Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The proposal expressed by this work is the defense of the thesis that metaphysics is originally
the result of a resentment of the will with the finite and unpredictable mode of Being of life,
making it impossible to control and rule the existence and whose summit takes place with the
advent of modern philosophy of Descartes and of the cogito as absolute foundation of the
reality of the real. Nietzsche identifies this scenario as originating from a change in the
essence of the Greco-Roman man who, in modern times, shall be characterized by the
rejection of any kind of transcendence to establish himself as the principle and cause of the
real. Nietzsche, the Greek world enthusiast, sees this supposed ontological change as
establishment of hubris, the Hellenic notion of h bris whose primary sense points to break the
man's limit m tron, man's Being - and that is an attempt to equalize or exceed divinity
transcendence. In modernity, the h bris settles ontologically in man when the opening of the
cogito as an operation of will promotes the death of God. In fact, kill the transcendence and
take his place is wanting to be ground when, in fact, is only a means to the ground Being,
the truth appear, founding, through man, all that is. Heidegger, another Greek world
enthusiast, agrees with Nietzsche, but sees the h bris of the phenomenon more broadly,
watching his character history and its connection to what he called a history of Being and its
manifestation as metaphysics. The author of Being and Time notes that the will which entails
the modern h bris has a Greek origin, more precisely at the time of transition from the pre-
Socratic philosophy and metaphysics of Plato and Aristotle. That\'s where Heidegger says the
change of attitude in the Being of man identified by Nietzsche in modernity takes shape. The
birth of metaphysics is the end of ontological agreement between man and ph sis Being
for the establishment of Eros for knowledge, or philosophy. This desire is the will that will
establish the will which will promote the death of God and the establishment of man as the
real measure, ie, the h bris of modern man. Heidegger finds the origin of this event and its
entire historical development the nihilism that Nietzsche saw only in modernity. As a result of
crystallization of contemporary rampant posture of man, Heidegger points out the appearance
of technique and its ambiguous nature, which can be both a threat to the Being of man to
equalize the way in which being is shown from it as a possibility of "new beginning" for
humanity. The itinerary, mediated by Heidegger and Nietzsche, of the establishment of the
ancient metaphysics as principle of h bris to its heyday in modernity as the death of God, and
its unfolding as a technique, it is the task of the following work. / A proposta expressa por este trabalho consiste na defesa da tese de que a metafí sica
originalmente resultado de um ressentimento da vontade com o modo de ser finito e
imprevis ível da vida, impossibilitando o controle e o dom ínio racional da existê ncia e cujo
ápice se dá no mundo moderno com o advento da filosofia de Descartes e o estabelecimento
do cogito como fundamento absoluto de realidade do real. Nietzsche identifica este cenário
como proveniente de uma mudança na essê ncia do homem greco-romano, que, na
modernidade, passa a se caracterizar pela rejeição de todo e qualquer tipo de transcendê ncia
para se estabelecer como princí pio e causa do real. Nietzsche, entusiasta do mundo grego,
encara esta suposta mudança ontológica como instauração da hýbris, a noção helê nica de
desmedida cujo sentido primordial aponta para a ruptura do limite do homem o metrón, seu
ser , e que se constitui como tentativa de equalização ou superação da divindade a
transcend ência. Na modernidade, a hýbris se instala ontologicamente no homem quando a
instauração do cogito como operação da vontade promove a morte de Deus. De fato, matar a
transcendê ncia e tomar-lhe o lugar é querer ser fundamento quando, na verdade, não passa, de
fato, de meio para o fundamento o ser, a verdade aparecer, fundando, por meio do homem,
tudo o que é. Heidegger, outro entusiasta dos gregos, concorda com Nietzsche, mas vê o
fenômeno da hýbris de forma mais ampla, observando seu caráter historial e sua vinculação
ao que chamou de história do ser e de sua manifestação como metaf ísica. O autor de Ser e
Tempo observa que a vontade que enseja a hýbris moderna tem uma proveniê ncia grega, mais
precisamente no momento de transição entre a filosofia pré -socrática e a metafí sica de Platão
e Aristóteles. É de lá que Heidegger afirma originar-se a mudança de postura no ser do
homem identificado por Nietzsche apenas na modernidade. O nascimento da metafí sica o
fim do acordo ontológico entre homem e phýsis o ser para o estabelecimento do Eros
pelo saber, ou seja, a filosofia. Este desejo o querer que vai fundar a vontade promovedora
da morte de Deus e o estabelecimento do homem como medida do real, ou seja, da hýbris
instauradora do homem moderno. Heidegger encontra na proveniê ncia deste evento e de todo
o seu desenvolvimento historial o niilismo que Nietzsche s via na modernidade. Como
resultado contemporâneo da cristalização da postura desmedida do homem, Heidegger aponta
o aparecimento da t écnica e sua ambí gua essê ncia, que pode ser tanto uma ameaça ao ser do
homem ao equalizar o modo pela qual o ser se mostra a partir dele quanto uma
possibilidade de novo in cio para a humanidade. O itinerário, mediado por Heidegger e
Nietzsche, do estabelecimento da metafísica antiga enquanto princí pio da hýbris até o seu
apogeu na modernidade enquanto morte de Deus, alé m de seu desdobramento enquanto
t écnica, a tarefa do trabalho a seguir. / Mestre em Filosofia
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/urn:repox.ist.utl.pt:RI_UFU:oai:repositorio.ufu.br:123456789/15593 |
Date | 13 February 2015 |
Creators | Santos, Fábio Candido dos |
Contributors | Almada, Leonardo Ferreira, Goto, Tommy Akira, Arêas, James Bastos |
Publisher | Universidade Federal de Uberlândia, Programa de Pós-graduação em Filosofia, UFU, BR, Ciências Humanas |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFU, instname:Universidade Federal de Uberlândia, instacron:UFU |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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