Return to search

[en] I DON T FEEL LIKE I M A TYPICAL POLICE OFFICER, THANK GOD: THE DOING AND THE BEING OF POLICE OFFICERS IN PACIFYING CONTEXTS / [pt] NÃO ME SINTO UM PERFIL PADRÃO DE POLICIAL, GRAÇAS A DEUS: O FAZER E O SER POLICIAL EM CONTEXTOS DE PACIFICAÇÃO

[pt] Com a implantação das Unidades de Polícia Pacificadora, criou-se a necessidade de se repensar o modelo de atuação policial nas comunidades atendidas pelo programa. Se antes as incursões policiais tinham como objetivo principal o combate ao tráfico, agora, com a instalação de uma edificação física da polícia, a construção de laços de proximidade entre policial e comunidade tornou-se crucial. Contudo, implementar um programa que pressupõe mudança radical na forma como o policial historicamente vem atuando não é uma tarefa fácil, sobretudo quando há falta de clareza sobre o que constitui um policiamento de proximidade. Esta pesquisa tem por objetivo contribuir para um melhor entendimento desse novo modelo de policiamento a partir da voz de policiais atuantes no programa das UPPs. Com base em dados gerados a partir de entrevistas semiestruturadas e à luz dos estudos da análise de categoria de pertença e de accounts, foi possível identificar os diferentes discursos atrelados à categoria de policial e o modo como o contraste desses discursos serve à categorização negativa de quem não realiza as atividades tradicionais de policiamento. O contraste entre as atividades/ discursos aponta não só para uma visão da ineficácia da lógica da guerra à prática policial, mas também para a permanência do jargão da cultura combativa na fala dos entrevistados. Os resultados apontam também para uma visão de que a estigmatização da identidade de policial de proximidade se deve ao fato de que as métricas de desempenho são orientadas por uma cultura de combate ao crime. Com isso, o trabalho de prevenção do crime não é reconhecido. / [en] After the implementation of the Pacifying Police Units, it has become necessary to rethink the model of police action in the communities. If police raids had, as their main objective, the fight against drug trafficking, now with the installation of a physical police base, the construction of proximity ties between police and community has become crucial. However, implementing a program that presupposes radical change in the way the police has historically been performing their duty is not an easy task, especially when there is a lack of clarity about what community policing means. This research aims to contribute to a better understanding of this new policing model based on the voices of police officers who work or have worked in the Pacifying Police Units program. Based on data generated from semi-structured interviews and in the light of studies of membership categorization analysis and accounts, it was possible to identify the different discourses linked to the police category and the way in which the contrast of these discourses helps produce negative categorization of those who do not conform to traditional police practice. The contrast between activities /discourses not only points to a view of the inefficacy of a war mindset to police practice, but also to the permanence of a combative jargon in the interviewees speech. The results also indicate that the stigmatization of community police identity occurs due to the fact that performance metrics are guided by a culture of crime fighting. Thus, crime prevention tasks are not recognized.

Identiferoai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:30786
Date02 August 2017
CreatorsRONY CAMINITI RON-REN JUNIOR
ContributorsMARIA DO CARMO LEITE DE OLIVEIRA
PublisherMAXWELL
Source SetsPUC Rio
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
TypeTEXTO

Page generated in 0.0027 seconds