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[en] WHAT RADIO SANTA MARTA ANNOUNCES?: RADIO PRODUCTIONS IN THE CONTEXT OF A PEACEFUL COMMUNITY / [pt] O QUE A RÁDIO SANTA MARTA ANUNCIA?: PRODUÇÕES RADIOFÔNICAS NO CONTEXTO DE UMA COMUNIDADE PACIFICADAJESSE GUIMARAES DA SILVA 08 February 2017 (has links)
[pt] O presente trabalho objetivou investigar as produções oriundas de uma rádio comunitária, intitulada Rádio Comunitária Santa Marta, situada em uma favela de mesmo nome, na zona sul da cidade do Rio de Janeiro, no contexto de práticas policiais conduzidas a partir do ingresso do dispositivo Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). A pesquisa apoiou-se nas análises desenvolvidas a partir de observações realizadas junto às produções radiofônicas promovidas pelos moradores da localidade por intermédio da Rádio Santa Marta, 103,3 FM. Com base no pensamento de Michel Foucault, a presente pesquisa conduziu a reflexão sobre os modos de resistência suscitados não apenas a partir das programações regulares da rádio, mas também por ações coletivas (fóruns, debates a céu aberto, manifestos, eventos festivos). Ações estas responsáveis em fazer frente ao programa de segurança pública no que diz respeito às práticas de combate ao crime, assim como aos regimes de gestão governamental destinados à regulamentação de práticas e discursos na favela. Ao longo de aproximadamente 3 (três) anos de investigação, foi realizado extenso acompanhamento junto às diferentes produções da Rádio Santa Marta, o que foi possível com o uso do recurso de diário de campo. Posteriormente, entrevistas foram feitas individualmente com os participantes da rádio, incluindo os responsáveis pela programação e seus ouvintes, contabilizando um total de 10 (dez). A partir da referida metodologia, buscou-se pesquisar as tensões envolvendo os modos de gestão de vida no interior da favela com base nas produções discursivas autorizadas pelo dispositivo rádio. / [en] This study aimed to investigate the production originated from a community radio, community radio titled Santa Marta, located in a slum of the same name, in the southern city of Rio de Janeiro, in the context of police practices conducted from entering the Unit device Pacifying Police (UPP). The research was based on analyzes developed from observations made with the radio productions promoted by local residents by Radio Santa Marta, 103.3 FM. Based on Michel Foucault, this research led to reflection on the modes of resistance arising not only from regular radio schedules, but also by collective actions (forums, debates in the open, manifest, festivities). Responsible for these actions to tackle the public safety program with respect to the practices of combating crime, as well as to government management regimes for the regulation of practices and discourses in the slum. Over approximately three (3) years of research, extensive monitoring was conducted among the different productions of Radio Santa Marta, which was possible using the journaling feature field. Subsequently, interviews were conducted individually with the participants of the radio, including those responsible for programming and its listeners, accounting for a total of 10 (ten). From the above method, we sought to investigate the tensions involving management modes of life within the favela based on discursive productions authorized by radio device.
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[en] I DON T FEEL LIKE I M A TYPICAL POLICE OFFICER, THANK GOD: THE DOING AND THE BEING OF POLICE OFFICERS IN PACIFYING CONTEXTS / [pt] NÃO ME SINTO UM PERFIL PADRÃO DE POLICIAL, GRAÇAS A DEUS: O FAZER E O SER POLICIAL EM CONTEXTOS DE PACIFICAÇÃORONY CAMINITI RON-REN JUNIOR 02 August 2017 (has links)
[pt] Com a implantação das Unidades de Polícia Pacificadora, criou-se a necessidade de se repensar o modelo de atuação policial nas comunidades atendidas pelo programa. Se antes as incursões policiais tinham como objetivo principal o combate ao tráfico, agora, com a instalação de uma edificação física da polícia, a construção de laços de proximidade entre policial e comunidade tornou-se crucial. Contudo, implementar um programa que pressupõe mudança radical na forma como o policial historicamente vem atuando não é uma tarefa fácil, sobretudo quando há falta de clareza sobre o que constitui um policiamento de proximidade. Esta pesquisa tem por objetivo contribuir para um melhor entendimento desse novo modelo de policiamento a partir da voz de policiais atuantes no programa das UPPs. Com base em dados gerados a partir de entrevistas semiestruturadas e à luz dos estudos da análise de categoria de pertença e de accounts, foi possível identificar os diferentes discursos atrelados à categoria de policial e o modo como o contraste desses discursos serve à categorização negativa de quem não realiza as atividades tradicionais de policiamento. O contraste entre as atividades/ discursos aponta não só para uma visão da ineficácia da lógica da guerra à prática policial, mas também para a permanência do jargão da cultura combativa na fala dos entrevistados. Os resultados apontam também para uma visão de que a estigmatização da identidade de policial de proximidade se deve ao fato de que as métricas de desempenho são orientadas por uma cultura de combate ao crime. Com isso, o trabalho de prevenção do crime não é reconhecido. / [en] After the implementation of the Pacifying Police Units, it has become necessary to rethink the model of police action in the communities. If police raids had, as their main objective, the fight against drug trafficking, now with the installation of a physical police base, the construction of proximity ties between police and community has become crucial. However, implementing a program that presupposes radical change in the way the police has historically been performing their duty is not an easy task, especially when there is a lack of clarity about what community policing means. This research aims to contribute to a better understanding of this new policing model based on the voices of police officers who work or have worked in the Pacifying Police Units program. Based on data generated from semi-structured interviews and in the light of studies of membership categorization analysis and accounts, it was possible to identify the different discourses linked to the police category and the way in which the contrast of these discourses helps produce negative categorization of those who do not conform to traditional police practice. The contrast between activities /discourses not only points to a view of the inefficacy of a war mindset to police practice, but also to the permanence of a combative jargon in the interviewees speech. The results also indicate that the stigmatization of community police identity occurs due to the fact that performance metrics are guided by a culture of crime fighting. Thus, crime prevention tasks are not recognized.
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