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Comunicação, campanhas e bioidentidades: discursos sobre o HIV entre governos, OSCs e soropositivos

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Previous issue date: 2014-02-24 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Esta dissertação visa contribuir para a compreensão das resistências às campanhas de mobilização
social à Aids (Síndrome da Imunodeficiência Humana). Argumentamos que as pessoas, tratadas pelos
elaboradores das campanhas como meros "público alvo" e "receptores" de mensagens especializadas,
na verdade, produzem seus próprios discursos cotidianos sobre o corpo, a doença e a saúde, às vezes
silenciados na esfera privada e nem sempre parafrásticos ao que "pode" ou "deve ser feito" para
evitarem a (re)contaminação pelo HIV. Isso ocorre porque as instituições (governamentais ou civis)
geralmente não reconhecem no discurso cotidiano qualquer saber que possa vir a contribuir para as
campanhas. Partindo principalmente dos conceitos críticos de biopoder e biopolítica, conforme
concebidos por Michel Foucault, e dos dispositivos analíticos da teoria dos discursos (escola francobrasileira
– Michel Pêcheux e Eni Orlandi), propõe-se descobrir como os discursos e saberes
institucionalizados das campanhas de mobilização à Aids elaboradas entre 2009 e 2013 pelo
Ministério da Saúde, pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (MG) e pelo Grupo Vhiver
(uma organização da sociedade civil de MG voltada para a Aids) dialogam - ressoam, ressignificam ou
denegam - com os discursos de soropositivos (coletados através de entrevistas individuais). / This thesis aims to contribute to the understanding of resistances to social mobilization campaigns
against Aids (Human Immunodeficiency Syndrome). We argue that people, treated by the campaigns’
developers as mere "audience" and "receivers" of specialized messages, actually produce their own
everyday discourses on the body, diseases and health, which sometimes are silenced in the private
sphere and not always coincide with what "could" or "should be done" to prevent the (re)infection
with HIV. This is because the government or civilian institutions generally do not recognize any
knowledge in the everyday discourses that might contribute to campaigns. Especially under the critical
concepts of biopower and biopolitics, as conceived by Michel Foucault, and the French-Brazilian
strand of the Discourse Analysis (Michel Pêcheux and Eni Orlandi), we aim to discover how the
institutionalized discourses and knowledge of the mobilization campaigns against Aids, developed
between 2009 and 2013 by the Ministry of Health, the Department of Health of Minas Gerais (MG)
and the Grupo Vhiver (a civil society organization on Aids from MG) dialogue - resonate, resignify or
deny - with the discourses of seropositive people (collected through individual interviews).

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/548
Date24 February 2014
CreatorsCosta, Stéphanie Lyanie de Melo e
ContributorsSantana, Wedencley Alves, Cardoso, Janine Miranda, Musse, Christina Ferraz
PublisherUniversidade Federal de Juiz de Fora, Programa de Pós-graduação em Comunicação, UFJF, Brasil, Faculdade de Comunicação Social
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFJF, instname:Universidade Federal de Juiz de Fora, instacron:UFJF
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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