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O trabalho noturno do profissional de enfermagem :

Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico. / Made available in DSpace on 2012-10-17T21:54:29Z (GMT). No. of bitstreams: 0Bitstream added on 2014-09-25T17:00:41Z : No. of bitstreams: 1
161713.pdf: 6025605 bytes, checksum: 4b6bf4a581141e44d8207fcc8a4a3dcd (MD5) / Baseado no que representam as várias formas de organização do trabalho, diante do processo de transformação das áreas produtivas, a globalização da economia, aliada ao rápido processo de desenvolvimento tecnológico e científico, tem contribuído para o surgimento de sintomas de insatisfação, medo, receio, angústia, dor, sofrimento, infelicidade e precarização das condições de trabalho. Estas revoluções tecnológicas demonstram a submissão dos trabalhadores quanto ao seu estado físico e mental, substituindo a consciência, a participação e o controle do conhecimento operativo da produção pelas necessidades de sobrevivência; apresentando cada vez mais um comportamento que pressupõe a sujeição do corpo e alienação em nome da produtividade. Embora o advento tecnológico não seja negado em sua plenitude, até porque é elemento fundamental para o domínio da natureza pelo homem, observa-se uma grande lacuna nos seus aspectos maléficos diante dos atuais modelos de organização do trabalho. Nas sociedades modernas, a intensidade das exigências do trabalho e a ameaça à vida denunciam a perpetuação do flagelo ao sofrimento. O sofrimento deixa de ser aparente e transmuda sua fisionomia na dor subjetiva do trabalho cotidiano. Neste caso o sofrimento separa a doença da saúde à medida em que o espaço de liberdade operatória do trabalhador é bloqueado. Dentre os fatores de mudança no mundo do trabalho, o turno noturno estabelece uma nova ordem na produção em alta escala e na prestação de serviços contínuos. Como conseqüência, há inversão do relógio biológico do ser humano, intensificando a vulnerabilidade dos trabalhadores noturnos quando o período de funcionamento orgânico é extenso. Assim sendo, dentre as várias áreas produtivas, os trabalhadores da área da saúde também estão submetidos aos riscos do processo de trabalho que acarretam doenças profissionais. O presente trabalho é resultado do estudo de caso em uma Unidade de Atendimento de Emergência Hospitalar. Como pressuposto científico, sugeriu um referencial teórico-empírico, cuja abordagem histórica, sociológica e ergonômica teve como método o exploratório. Como metodologia, utilizou-se a análise ergonômica do trabalho (AET). Quanto ao objetivo geral, delineou-se quais as interferências ao nível organizacional, pessoal e interpessoal, físico e ambiental que possam fazer com que o trabalho noturno do profissional de enfermagem seja de sofrimento ou de prazer. A aplicação dos procedimentos metodológicos da AET possibilitou: analisar, diagnosticar, recomendar mudanças e soluções a partir das interferências apresentadas. As interferências que incidiram majoritariamente no trabalho noturno dos profissionais de enfermagem, como estado de insatisfação e sofrimento, foram as organizacionais, físicas e ambientais e discretamente as interferências pessoais e interpessoais. Portanto, as evidências levaram-nos a concluir que o trabalho noturno dos profissionais de enfermagem não é um estado de sofrimento. A partir da elaboração do diagnóstico, recomenda-se, diante dos vários problemas apresentados, estudos específicos que possam contribuir e minimizar deficiências.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/78991
Date January 2000
CreatorsLopes, Valter
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Silva Filho, Jose Luiz Fonseca da
PublisherFlorianópolis, SC
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatxii, 140f.| tabs. +
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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