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Entre Balzac e Benjamin : a perda da experiência e a capitalização do espírito humano

Technique, industrialization and capitalism are the tonic of French society of the 19th century. The mercantilization of literature, phenomenon from various implications, as literacy and new techniques of production and distribution, is analyzed with the theoretical contribution of authors such as Roger Chartier (2009), Christophe Charle (1991) and Renato Ortiz (2001). In Balzac we analyze two works of his The Human Comedy, namely: Lost Illusions (1835-1845) and Eugénie Grandet (1833). The frustrations of the young Lucien of the Lost Illusions are put into review in relations between province and capital, as well as the conflict between the rich bourgeoisie and the aristocracy who sought to maintain a noble tradition. Avarice and evil are candescent elements in Eugénie Grandet, in so far as Mister Grandet is commanded by an excessive avarice. In the relationship with his daughter Eugenie and all around her, emotional ties are broken by the love of money, so the notion of experience is dull. We treat these works in the light of experts as Nicole Mozet (1998), Paulo Rónai (2012), François Taillandier (2005) and still Pierre-Louis Rey (1979), Paul Ricoeur (1988), JoëlleGleize (1994). In Benjamin, we'll treat some fundamental elements of his thought: loss of experience, the notion of history and the loss of aura. These elements are contained in his great project of Passages, and also in primary texts as the Theses on the Philosophy of History (1940), his essay about Baudelaire or also Experience and poverty (1933). Fund of authors as Lukács (1999), Sergio Paulo Rouanet (2005), Jeanne Marie Gagnebin (2009), Karl Marx (2008), Theodor Adorno (1985), Hannah Arendt (2010) show up with pertinent issues to Benjamin's thought. The flâneur, gaming and prostitution figures, highlighted by Benjamin will be an important link in decoding the intricacies of France of the 19th century, also establishing a link with the work of Balzac and literature then produced. That same France coveted titles of obsolet nobility, while selling literature as it sells a cap or any other industrialized object. / Técnica, industrialização e capitalismo são a tônica da sociedade francesa do século XIX. A mercantilização da literatura, fenômeno de várias implicações como alfabetização e inovações técnicas de produção e distribuição, é analisada com o aporte teórico de autores como Roger Chartier (2009), Christophe Charle (1991) e Renato Ortiz (2001). Em Balzac analisaremos duas obras da sua Comédia Humana, a saber: Ilusões Perdidas (1835-1845) e Eugénie Grandet (1833). As frustrações do jovem Lucien das Ilusões Perdidas são postas em revista nas relações província e capital, assim como no conflito entre a rica burguesia e a aristocracia que buscava a manutenção de uma tradição nobre. Avareza e mal são elementos candentes em Eugénie Grandet, na medida em que o senhor Grandet é comandado por uma avareza desmedida. Na relação com sua filha Eugénie e com todos a seu redor, laços afetivos são triturados pelo amor ao dinheiro, também a noção de experiência é embotada. Trataremos dessas obras à luz de especialistas como Nicole Mozet (1998), Paulo Rónai (2012), François Taillandier (2005) e ainda Pierre- Louis Rey (1979), Paul Ricoeur (1988), Joëlle Gleize (1994). Em Benjamin trataremos de alguns elementos fundamentais de seu pensamento: a perda da experiência, a noção de história e a perda da aura. Tais elementos estão contidos no seu grande projeto das Passagens e também em textos primordiais como as “Teses sobre o conceito de história” (1940), seu ensaio sobre “Baudelaire” ou ainda “Experiência e pobreza” (1933). Autores de cabedal como Lukács (1999), Sérgio Paulo Rouanet (2005), Jeanne Marie Gagnebin (2009), Karl Marx (2008), Theodor Adorno (1985), Hannah Arendt (2010) comparecem com problemáticas pertinentes ao pensamento benjaminiano. As figuras do flâneur, do jogo e da prostituição destacadas por Benjamin serão um elo importante na decodificação dos meandros da França do XIX, estabelecendo ainda um nexo com a obra de Balzac e com a literatura produzida então. Esta mesma França cobiçava obsoletos títulos de nobreza e ao mesmo tempo vendia a literatura como se vende um boné ou qualquer outro objeto industrializado.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:ri.ufs.br:riufs/5849
Date17 August 2015
CreatorsPereira, Otávio Monteiro
ContributorsBezerra, Cícero Cunha
PublisherUniversidade Federal de Sergipe, Pós-Graduação em Letras, UFS, Brasil
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFS, instname:Universidade Federal de Sergipe, instacron:UFS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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