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Previous issue date: 2009-04-30 / This study aims to elucidate the parody rewriting of the Parable of the
Prodigal Son and its mythic allusions in Raduan Nassar s novel Lavoura
Arcaica. Our aim is to point out, in Nassar s narrative discourse, the peculiarity
of its structure in which we have identified poetic procedures as lyricism,
silence, the sacred and the profane. These strategies recur in the novel,
alternating the organic and the visceral with the problematization of the natural
and the mythic.
Therefore, we raised the following question: how does Lavoura Arcaica
engage itself in a dialogue parody with the Parable of the Prodigal Son , and
reconstruct, in a poetical prose, the mythical family ties, generating the rite of
cosmic renewal? For us Lavoura Arcaica reconstructs these mythical ties
through a tense lyricism between the dialogism and the silence. The mythical
family ties in Lavoura Arcaica promote a circular narrative in which the rite of
comic renewal is organizing with the fusion of the mystic and of parodying the
presence of the sacred and the profane that bring the subject back to the
organic, visceral and natural.
Reflecting upon this issue, we studied the theory of myth dealing with the
concept according to some scholars as Mircea Eliade, Gilbert Durand and
Joseph Campbell. For the discussion of parody and dialogism, we have focused
on Mikhail Bakhtin studies. We also discussed, the sacred and the profane as
a pecualiarity of Nassar s novel, focusing on Mircea Eliade s studies, and the
question of silence, presented in the novel, basing on Eni Orland´s studies. On
the relation between poetry and lyricism, we have chosen the critical essays of
T.S. Eliot.
This study on Nassar s novel showed us that the mythical family ties are
the bases for the discursive tensions and the parody rewriting of myth. Along
this project, we observed that in the narrative discourse the myth of the eternal
return has constructed Lavoura Arcaica as a great allegory of the ruins of a
family unit / O presente estudo tem por objetivo elucidar a reescritura mítico-paródica
da Parábola do filho pródigo presente no romance Lavoura arcaica, de Raduan
Nassar. Nosso intuito é flagrar, nesse discurso narrativo de Nassar, a
peculiaridade de sua escritura, na qual identificamos procedimentos poéticos
como: o lirismo, o silêncio, o sagrado e o profano que apresentam no discurso
dialógico do romance recorrência e alternância do orgânico, do visceral e do
natural que otimizam a questão do mito no romance.
Para tanto, levantamos a seguinte questão: De que maneira o romance
Lavoura arcaica, de Raduan Nassar, ao dialogar de forma paródica com a
Parábola do filho pródigo, reconstrói, em prosa lírica, os laços míticos de
família, gerando um rito de renovação cósmica? As principais hipóteses que
nos orientaram foram: ao dialogar com a Parábola do filho pródigo, o romance
Lavoura arcaica reconstrói os laços míticos de família por meio de um lirismo
tenso entre o dialogismo e o silêncio. Ainda cogitamos que os laços míticos de
família, presentes em Lavoura arcaica, promovem uma narrativa circular, na
qual o rito de renovação cósmica assume a fusão do místico e do paródico pela
presença do sagrado e do profano, trazendo o homem de volta ao orgânico, ao
visceral e ao natural.
Para refletir sobre essa problemática, traçamos um percurso de estudo
do mito tratando o conceito segundo os teóricos Mircea Eliade, Gilbert Durand
e Joseph Campbell. Da mesma forma, a respeito da paródia e do dialogismo,
temos como base teórica os estudos de Mikhail Bakhtin. Por uma peculiaridade
desse romance nassariano, o sagrado e o profano foram estudados a partir dos
estudos também de Mircea Eliade, já a questão do silêncio presente no
romance está embasado nos estudos de Eni Orlandi. Revelamos as relações
de poesia e lirismo, tendo como embasamento os ensaios críticos de T.S. Eliot.
Enfim, a pesquisa evidenciou-nos que os laços míticos de família foram
os construtores das tensões discursivas e da reescritura paródico-mitica
presentes no romance. Ao longo deste trabalho, observamos que o mito do
eterno retorno no discurso da narrativa constrói Lavoura arcaica como metáfora
da busca de uma unidade familiar perdida
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/14897 |
Date | 30 April 2009 |
Creators | Salles, Lilian Silva |
Contributors | D'Angelo, Biagio |
Publisher | Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Literatura e Crítica Literária, PUC-SP, BR, Literatura |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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