As características da conclamada identidade norte-americana transfiguraramse após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos. As construções identitárias ressaltam o nacionalismo e as virtudes do povo estadunidense em oposição às de um Outro imaginado como perigoso e infiel. A profusão na mídia de notícias de ataques terroristas por toda parte faz com que a violência adquira uma aura onipresente, em especial, no horizonte das grandes cidades. Essas narrativas também produzem preconceito e medo que são representados em filmes como Crash - no limite. Diferentes articulações estéticas funcionam como estratégias na construção fílmica que traduz um país abalado e que necessita (re)constituir e (re)afirmar-se para, então, (des)construir e restabelecer narrativas e identidades. Neste sentido, nosso trabalho objetiva semear novos olhares sobre as narrativas que são enunciadas pelos norte-americanos após os eventos de 11 de setembro de 2001, ao invés de assentar verdades ou realidades de forma tácita, uma vez que as identidades estão atreladas ao contexto de sua produção. O panorama muda de acordo com as contingências que o sujeito, pertencente a várias comunidades simultaneamente, vivencia ao longo de sua história. Seja esta representação alegórica ou documental, posto que o diretor também se baseie em fatos reais do seu cotidiano para lançar-se na ficção, o projeto justifica-se pela tentativa de esboçar uma significação de pertencimento, levando-se em conta o loci de enunciação dos interlocutores. Logo, procuramos imprimir uma tradução de Crash como representação dessa teia de significados, na qual é possível estabelecer a interconexão entre identidade, medo, preconceito, violência e reflexão crítica. / The so-urged American identity has changed since September 11, 2001 in the United States. Constructions of identity emphasize the virtues and the nationalism of the American people, as opposed to an Other imagined as dangerous and disloyal. The profusion of news of terrorist attacks in the media everywhere makes that violence acquire a ubiquitous aura, especially in the horizon of big cities. These narratives also produce prejudice and fear represented in films like Crash. Different aesthetic joints function as strategies in building a film that translates an upset country and that needs to (re)build and (re)affirm itself, and then (de)construct and (re)constitute their narratives and identities. In this sense, this work aims to sow new perspectives on the narratives that are enunciated by the Americans after September 11th, instead of stating truths or realities tacitly. After all, concepts such as identity are tied to its production environment. The picture changes according to the contingencies that the subject, belonging to several communities simultaneously, experiences throughout his history. Whether it is an allegorical or a documentary representation, since the director has also based the story on real facts of his everyday life to embark on fiction, the project is justified by the attempt to establish a sense of belonging, taking into account the interlocutors´ loci of enunciation. Thus, we tried to print a translation of Crash as a representation of this web of meaning, in which it is possible to establish the interconnection between identity, fear, prejudice, violence and critical reflection.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-09112010-111713 |
Date | 05 October 2010 |
Creators | Andréa Antonieta Cotrim Silva |
Contributors | Lynn Mario Trindade Menezes de Souza, Cielo Griselda Festino, Carlos Renato Lopes |
Publisher | Universidade de São Paulo, Letras (Estudos Lingüísticos e Literários em Inglês), USP, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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